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CLAMPEAMENTO DO CORDÃO UMBILICAL

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CLAMPEAMENTO DO CORDÃO UMBILICAL 
 
 
Profª. Enfª Vanessa Carvalho 
 
 
 
VISÃO GERAL 
 O clampeamento oportuno do cordão umbilical (realizado 1 a 3 minutos após o 
nascimento) é recomendado para todos os nascimentos. Esse clampeamento per
mite a passagem do sangue da placenta para o recém-nascido durante mais 1 a 3 
minutos após o nascimento, aumentando as reservas de ferro do bebê em até 50%
. 
 Dada a presença de circulação sanguínea entre o recém-nascido e a placenta d
urante um período de tempo, mesmo após o clampeamento oportuno do cordão u
mbilical, haverá profundos efeitos sobre o volume de sangue do recém-nascido ap
ós o parto. 
 Se o recém-nascido se mantém suficientemente acima do nível do útero da mã
e (de 50 a 60 cm acima) a transfusão placentária pode ser diminuída, em razão da 
redução do fluxo de sangue através da veia umbilical. 
 Os benefícios do clampeamento oportuno do cordão incluem níveis mais altos d
e hematócritos, de pressão sanguínea, de hemoglobina, maior transporte de oxigê
nio (incluindo a oxigenação cerebral) e de maior fluxo de glóbulos vermelhos. 
 O clampeamento oportuno do cordão umbilical aumenta o volume sanguíneo do 
recém-nascido elevando o nível das reservas de ferro ao nascer e a concentração 
de hemoglobina aos dois e três meses de idade, reduzindo o risco de anemia. 
 Em prematuros, o clampeamento oportuno do cordão umbilical está associado 
a benefícios significativos, incluindo melhor circulação de transição, melhor estabel
ecimento do volume de glóbulos vermelhos, diminuição da necessidade de transfu
são sanguínea, menor incidência de enterocolite necrosante e hemorragia intraven
tricular. 
 Pode ocorrer um pequeno aumento na icterícia no grupo de bebês submetidos 
ao clampeamento tardio do cordão umbilical. 
MATERIAIS 
▪ Bandeja; 
▪ Óculos de proteção; 
▪ Avental cirúrgico; 
▪ Luvas estéreis; 
▪ 3 pinças Kelly; 
▪ 2 tesouras Schumacher; 
▪ 1 clamp plástico; 
▪ Gazes estéreis; 
▪ Álcool a 70%. 
AVALIAÇÃO E PREPARAÇÃO 
 AVALIAÇÃO 
1. Avalie as condições de parto. 
2. Avalie as condições gerais do recém-nascido. 
3. Avalie a necessidade de reanimação do recém-nascido. 
4. Avalie o aspecto do cordão e as pulsações do cordão. 
5. Avalie o cordão umbilical após a secção quanto à presença de duas artér
ias e uma veia. 
6. Avalie a presença de sangramento. 
7. Avalie a presença de icterícia neonatal. 
CLAMPEAMENTO DO CORDÃO UMBILICAL 
 
 
Profª. Enfª Vanessa Carvalho 
 PREPARAÇÃO 
1. Verifique o protocolo da instituição para a identificação do recém-nascido
. 
2. Separe os materiais necessários para a realização do procedimento. 
3. Proceda à abertura do frasco e a inserção da tampa conta-gotas. 
4. Identifique no frasco a data de abertura utilizando recurso preconizado p
ela instituição. 
PROCEDIMENTO 
1. Reúna e verifique todo o material necessário para a realização do proced
imento. 
Fundamentação: certificar-se de que todos os instrumentos necessários 
ao procedimento estão disponíveis e estéreis. Evita possíveis complicaçõ
es oriundas da falta de instrumentais necessários a realização do procedi
mento, como exemplo sangramento excessivo pela falta do clampe. 
2. Confira os resultados das sorologias maternas para HIV e HTLV. 
Fundamentação: diminuir o risco de transmissão vertical. 
3. Verifique o fator Rh materno. 
Fundamentação: Isoimunização maternofetal. 
4. Higienize as mãos. 
5. Coloque máscara de procedimento. 
Fundamentação: proteção do profissional (diminuição do risco de exposiç
ão do profissional a fluídos biológicos durante o procedimento). 
6. Coloque óculos de proteção. 
Fundamentação: proteção do profissional (diminuição do risco de exposiç
ão do profissional a fluídos biológicos durante o procedimento). 
7. Calce luvas estéreis. 
Fundamentação: proteção do profissional (diminuição do risco de infeção 
maternoinfantil). 
8. Avalie as condições do parto. 
Fundamentação: verifique a circulação placentária, presença de placenta 
prévia, presença de rotura ou prolapso placentário ou presença de mecô
nio. Nesses casos o clampeamento do cordão deve ser imediato. 
 
9. Avalie atividade e reatividade do recém-nascido. 
Fundamentação: em recém-nascidos que necessitem de reanimação, o c
lampeamento do cordão umbilical deve ser imediato, possibilitando a inte
rvenção da equipe de saúde na assistência ao recém-nascido. , 
10. Avalie as condições respiratórias do recém-nascido. 
Fundamentação: nos neonatos que não iniciam a respiração ao nascer, o 
clampeamento tardio do cordão pode retardar o início da ventilação com 
pressão positiva, com maior chance de admissão em unidade de cuidado
s intensivos ou morte no primeiro dia de vida. 
11. Posicione o recém-nascido de bruços sobre o abdome da mãe. 
Fundamentação: promover o vínculo entre o binômio recém-nascido/mãe 
e manter o recém-nascido aquecido. 
12. Seque o recém-nascido com panos ou compressas aquecidas. 
Fundamentação: A evaporação do líquido amniótico que envolve o corpo 
do recém-nascido associado a epiderme não queratinizada e a menor ca
CLAMPEAMENTO DO CORDÃO UMBILICAL 
 
 
Profª. Enfª Vanessa Carvalho 
pacidade de vasoconstrição cutânea promovem a perda de calor, podend
o levar a um quadro de hipotermia. 
13. Mantenha o recém-nascido aquecido pelo contato pele a pele do recém-
nascido com a mãe ou em presença de fonte de calor ao realizar o proce
dimento. 
Fundamentação: a epiderme não queratinizada associada a baixa capaci
dade de vasoconstrição cutânea promovem a perda de calor, podendo le
var a um quadro de hipotermia. 
 
14. Aguarde de 1 a 3 minutos após o parto e observe o aspecto do cordão u
mbilical. 
Fundamentação: aguardar o cessar da pulsação para realizar o procedim
ento de clampeamento do cordão umbilical e a respectiva secção aument
a os níveis de hemoglobina e melhora os estoques de ferro, o que pode t
er um efeito favorável sobre os resultados do desenvolvimento. Garantir 
o cessar dos batimentos do cordão. Quando o cordão umbilical para de p
ulsar, ele torna-se achatado e branco. 
15. Fixe a primeira pinça Kelly de 6 a 8 cm de distância do anel umbilical. 
Fundamentação: interromper o fluxo sanguíneo no cordão umbilical. 
16. Fixe a segunda pinça Kelly de 2 a 3 cm de distância da primeira pinça Ke
lly. 
Fundamentação: garantir a interrupção do fluxo sanguíneo no cordão um
bilical e delimitar a área de secção. 
 
17. Seccione distalmente o cordão umbilical entre as duas pinças Kellys fixa
das, com o auxílio de uma tesoura de Schumacher. 
Fundamentação: Interromper definitivamente o fluxo sanguíneo entre a pl
acenta e o recém-nascido. 
18. Avalie o cordão umbilical (presença de duas veias e uma artéria). 
Fundamentação: A ausência de um dos vasos pode indicar a presença d
e malformações congênitas. 
19. Fixe o clampe de 2 a 3 cm de distância do anel umbilical. 
Fundamentação: evitar sangramento do cordão após a sua secção. 
20. Com um auxílio de uma tesoura de Schumacher, seccione novamente o 
cordão umbilical entre o clampe já fixado e a primeira pinça Kelly fixada, 
mantendo 1 cm de distância após o clampe para a secção. 
Fundamentação: deixar o coto umbilical clampeado e em tamanho acess
ível para o cuidado. 
 
21. Despreze o cordão umbilical remanescente na primeira pinça Kelly fixada 
em lixo infectante. 
Fundamentação: o cordão remanescente é um tecido biológico e aprese
nta fluído biológico, necessitando ser incinerado. 
22. Mantenha a segunda pinça Kelly fixada. 
Fundamentação: Evitar perda sanguínea da placenta. 
23. Envolva o coto umbilical em gaze estéril embebida em álcool a 70%. 
Fundamentação: diminuir o risco de infecção. 
24. Realize a limpeza do coto umbilical. 
Fundamentação: diminuir o risco de infecção. 
25. Posicione o coto umbilical clampeado voltado para cima. 
Fundamentação: diminuir o risco de choque hipovolêmico por hemorragia 
espontânea do coto umbilical. 
CLAMPEAMENTO DO CORDÃO UMBILICAL 
 
 
Profª. Enfª Vanessa Carvalho26. Realize os demais cuidados imediatos e mediatos preconizados na instit
uição. 
Fundamentação: promover o cuidado ao recém-nascido. 
27. Observe sinais de sangramento. 
Fundamentação: diminuir e/ou evitar complicações pela hemorragia espo
ntânea do coto umbilical. 
28. Observe sinais de icterícia neonatal. 
Fundamentação: Após o nascimento a proteção do feto a bilirrubina não 
conjugada se perde, caso não haja a depuração rápida, o clampeamento 
tardio do cordão umbilical pode aumentar a concentração de hemoglobin
a aumentando o risco de hiperbilirrubinemia. 
29. Acione a equipe médica em caso de sangramento e presença de icterícia 
neonatal. 
30. Realize as devidas anotações de enfermagem em prontuário. 
MONITORAÇÃO E CUIDADOS 
▪ Atente para o posicionamento correto do recém-nascido ao realizar o pro
cedimento. 
▪ Atente para as sorologias maternas para HIV e HTLV. 
▪ Atente para o fator Rh materno. 
▪ Atente para as condições de parto. 
▪ Avalie a atividade e reatividade do recém-nascido. 
▪ Atente para o correto posicionamento das pinças e do clampe antes de r
ealizar a secção do cordão. 
▪ Atente para a técnica asséptica. 
▪ Atente para a ocorrência de sangramento excessivo após a secção e cla
mpeamento do cordão umbilical. 
▪ Atente para a ocorrência de icterícia neonatal. 
RESULTADOS ESPERADOS 
▪ Aumento das reservas totais de ferro no organismo do recém-nascido. 
▪ Expansão do volume sanguíneo no recém-nascido. 
▪ Prevenção da anemia neonatal. 
RESULTADOS INESPERADOS 
▪ Aumento para o risco de hiperbilirrubinemia. 
▪ Impedimento e/ou atraso no início da reanimação cardiopulmonar se nec
essário. 
DOCUMENTAÇÃO 
▪ Registro do procedimento em prontuário. 
▪ Resultados inesperados e intervenções de enfermagem relacionadas. 
▪ Orientação a puérpera e a família. 
REFERÊNCIAS 
1. Ministério da Saúde (BR); Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de 
Ações Programáticas Estratégicas. Atenção à saúde do recém-nascido: guia 
para os profissionais de saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2012 [acesso 
em 10 set 2017]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoe
s/atencao_saude_recem_nascido_profissionais_v1.pdf 
2. Hooper, S.B., Te Pas, A.B., Lang, J., van Vonderen, J.J., Roehr, C.C., Klu
c-kow, M. et al. Cardiovascular transition at birth: a physiological sequenc
e. Pediatr Res. 2015;77: 608-14. 
CLAMPEAMENTO DO CORDÃO UMBILICAL 
 
 
Profª. Enfª Vanessa Carvalho 
3. Vain NE, Satragno DS, Gorenstein AN, Gordillo JE, Berazategui JP, Alda 
MG, et al. Effect of gravity on volume of placental transfusion: a multicentr
e, randomised, non-inferiority trial. Lancet. 2014; 384:235-40. 
4. Jelin AC, Kuppermann M, Erickson K, Clyman R, Schulkin J. Obstetrician
s’ attitudes and beliefs regarding umbilical cordclamping. J Matern Fetal N
eonatal Med. 2014; 27:1457-61. 
Revisão Científica e Adaptação 
Karen Regina Amato Samos 
Responsável pelo Núcleo de Pesquisa do Centro de Simulação e Pesquisa da 
Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo 
Graduada em Enfermagem pelo Centro Universitário São Camilo (CUSC) 
Especialista em Gestão de Saúde pelo Centro Universitário São Camilo (CUSC) 
 
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