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Projeto Arquitetônico - Introdução e História

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Laís Zucchetti
Carina Mariane Stolz
Projeto 
Arquitetônico
Laís Zucchetti
Carina Mariane Stolz
Projeto 
Arquitetônico
Reitor: Marcelo Palmério
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Pró-Reitora de Ensino Superior: Inara Barbosa Pena Elias
Pró-Reitor de logística para Educação a Distância: Fernando César Marra e Silva
Capa e Editoração: Andresa G. Zam; Diego R. Pinaffo; Fernando T. Evangelista; Renata Sguissardi
Revisão Textual e Normas: ?????????????????????????
Ficha catalográfica realizada pela bibliotecária.
Este livro é publicado pelo Programa de Publicações Digitais da Universidade de Uberaba.
FiChA CATAlogRáFiCA - SERviço DE BiBlioTECA E 
DoCumENTAção – uNivERSiDADE DE uBERABA
X???x Xxxxxx, Xxxxx
Xxxxxxxxx xx xxxxxx xxxxxx xxxxxxxxxxxxx x xxxxx xxxxxxxxxxxx 
x x xxxxxxx xxxxxxxxxx x xxxxxxxxxxxxxx xxxx xxxxxxxxx xxx x xx 
xxxxxxxxxxxx xxxxxx.
ISBN: ???????????????????????
Xxxxxxxxxx, xxxxxxxxxxxxxxxx, xxxxxxxxxxx, xxxxxxxxxxxxxx, 
xxxxx, xxxxxxx, xxxxxxxxxx, xxxxx.
CDD: ???
A história da hoje Universidade de Uberaba, Instituição sem fins lucrativos, manti-
da pela Sociedade Educacional Uberabense, remonta ao ano de 1940, quando Mário 
Palmério funda o Lyceu do Triângulo Mineiro, com sede, inicialmente, na Rua Manoel 
Borges. Com essa iniciativa, o educador dava os primeiros passos na direção de um 
projeto muito mais ousado: dotar a pacata Uberaba da época, de uma escola voltada 
para a oferta do ensino superior.
Até que a ideia se transformasse em realidade, Mário Palmério pôs em prática ou-
tras duas ações. Transferiu a sede do Lyceu, mais tarde chamado de Colégio Triângulo 
Mineiro, para um conjunto de edifícios onde, hoje, funciona o Campus Centro e criou a 
Escola Técnica de Comércio do Triângulo Mineiro.
Em 1947 o governo federal autorizou a abertura da Faculdade de Odontologia do 
Triângulo Mineiro. Em menos de dez anos, outras duas escolas entraram em funciona-
mento: a Faculdade de Direito do Triângulo Mineiro, em 1951, e a escola de Engenharia 
do Triângulo Mineiro, em 1956. Uberaba, então, passa a se projetar também em razão 
de sua importante estrutura, voltada para o ensino superior, privilégio de poucas cida-
des mineiras, no início dos anos 50. Junto com essas importantes conquistas, veio a 
necessidade de expansão da estrutura física. Por isso, em 1976, começou a funcionar o 
Campus Aeroporto, instalado na Avenida Nenê Sabino.
ApresentAção
Projeto 
Arquitetônico
Carina Mariane Stolz; Laís Zucchetti; 
Prezado aluno,
Seja muito bem-vindo à disciplina de Projeto Arquitetônico, ministrada pela professora 
Doutora em Engenharia Civil Engª. Civil Carina Mariane Stolz e pela professora Mestre em 
Engenharia Civil Arqª. Laís Zucchetti, ambas diplomadas pelo NORIE/UFRGS.
Vamos adentrar em um Universo muito interessante e instigante, explorar, aprender e com-
preender como se desenvolve um projeto arquitetônico, suas etapas, modos de representação 
e visualização. Prepare-se para idealizar, criar e representar seus próprios projetos e soluções. 
Vamos lá, anime-se!! Será desafiador imaginar um objeto ou obra e representá-la em 
forma de projeto, com suas formas, dimensões e arranjos. A solução será sua, e você 
poderá visualizá-la em sua prancheta de desenho, tomando forma e tornando-se não mais 
apenas uma ideia, mas a representação gráfica de uma proposta de solução. 
Para iniciar, vamos refletir sobre a visão de Gildo Montenegro (1997,p.22) acerca do 
Projeto Arquitetônico: 
O projeto arquitetônico é a casca seca e miniaturizada de uma fruta; ainda 
que possa crescer e ter vida, ao ser construído e servir de abrigo às pesso-
as. (...) O projeto de hoje, detalhado até os parafusos, é o diagrama de uma 
montagem e não passa de uma ideia imaterial.
ApresentAção
sumário
E você? O que pensa sobre o projeto arquitetônico? Compartilha dessa mesma visão 
do autor Gildo Montenegro? O projeto que você desenvolverá poderá ser uma solução pen-
sada, imaginada, concebida de forma consciente ou apenas desenhada. Caro aluno, você 
já parou para refletir que qualquer pessoa, com um mínimo entendimento sobre desenho, 
pode representar uma planta? Entretanto, elaborar um projeto é uma atividade que exige 
conhecimento e comprometimento, e o engenheiro e/ou arquiteto precisam estudar, pes-
quisar, analisar, pensar, imaginar, riscar, propor, discutir com o cliente e voltar a planejar e 
desenvolver soluções. Normalmente, a primeira proposta de solução não será aquela que 
você irá desenvolver, o processo de projetar é um constante aprimoramento. 
Você poderá abordar um projeto de forma criativa e desenvolver diferentes soluções 
para um mesmo problema, buscando aquela que melhor se adapta à topografia, tipo de 
solo, solução tecnológica disponível, perfil do cliente, entre outros. Pense: o desenho não 
reflete sons, cheiros, a vivacidade das cores e a movimentação das sombras, quem decide 
sobre essas questões é quem está projetando, isso tudo está na essência da ideia, da 
solução que você como futuro engenheiro irá desenvolver e projetar. Faça a diferença e 
prepare-se! Vamos lá?
Lembre-se, caro aluno: não é porque estamos falando de educação a distância, que 
você estará só em seus estudos, conte conosco sempre que precisar, principalmente com a 
ajuda do professor tutor (mediador).
Ótimos estudos!
sumário
cAPítulo 1: conceitos gerAis 11
Como nasce um projeto? ..................................................................... 16
Etapas do projeto ..................................................................................... 16
cAPítulo 2: instrumentos e normAs 35
Materiais e instrumentos de desenho .................................................. 37
Normas técnicas aplicadas à representação de projetos ..................... 48
cAPítulo 3: escAlAs e cotAs 57
Escalas ................................................................................................ 59
Cotas ................................................................................................... 64
cAPítulo 4: lAyout 75
Os tipos de papel ................................................................................. 77
Dobramento de cópias de desenho ...................................................... 83
cAPítulo 5: métodos de comPosição e reProdução de desenhos 93
Linhas técnicas .................................................................................... 95
Caligrafia técnica ................................................................................. 99
cAPítulo 6: ProJeçÕes 109
Projeções ortográficas ......................................................................... 111
Método europeu ou método do 1º diedro .................................................. 113
Método americano ou método do 3º diedro .............................................. 115
Cortes e seções ................................................................................... 120
cAPítulo 7: regrAs básicAs PArA desenho à mão livre 131
Tipos de desenho: esboço, croqui, desenho preliminar ........................ 133
Vistas ortográficas ............................................................................... 136
Perspectivas ........................................................................................ 140
cAPítulo 8: ProJetos 151
O projeto arquitetônico ......................................................................... 154
Plantas baixas ...................................................................................... 157
Cortes .................................................................................................. 159
Elevações ............................................................................................ 162
Detalhes ............................................................................................... 164
Um pouco mais sobre a utilização do cad ............................................ 167
conclusão 181
conceitosgerais
Carina Mariane Stolz; Laís Zucchetti; 
obJetivos de APrendizAgem 
• Entender os conceitos que regem o projeto arquitetônico e a sua 
representação.
• Identificar as etapas que compõem o desenvolvimento de um projeto 
arquitetônico.
• Conhecer as atividades relacionadas em cada uma das etapas do projeto 
e a sua organização.
esquemA
• O que é o projeto arquitetônico?
• Como surge o projeto arquitetônico?
• Quais são as etapas que compõem o projeto arquitetônico?
• Qual é o tipo de representação que se deve utilizar em cada uma das 
etapas do processo de projeto?
capítulo
1
13Projeto Arquitetônico
introdução
O projeto arquitetônico e de engenharia nada mais é do que uma ideia e/ou so-
lução que é desenvolvida a partir da experiência, técnica, análise de condicionantes 
legais, físicos, econômicos, culturais, entre outros. Ele é uma das etapas de um 
projeto de uma edificação e a parte essencial para a construção desta.
O engenheiro e o arquiteto são os profissionais habilitados para o desenvolvi-
mento do projeto arquitetônico. Dessa forma, eles podem participar de diferentes 
atividades envolvidas nesse processo que vão desde a escolha do terreno para a 
implantação do projeto, montagem do programa de necessidades juntamente com 
os clientes e usuários, análise de viabilidade do projeto, desenvolvimento de diferen-
tes propostas e análise técnicas dessas soluções, até a aprovação de projetos nos 
órgãos competentes, entre outras.
Ao longo do processo do projeto, diferentes tipos de representação serão uti-
lizados, pois as plantas e os esquemas apresentados aos clientes e aos órgãos 
competentes nada mais são do que a representação da solução desenvolvida. A 
afirmação de Costa (1995): 
Nenhum objeto ou obra pode ser concebida sem que por algum momen-
to alguém especifique graficamente o que se planeja executar. Para esta 
finalidade existem no mercado de trabalho profissionais específicos para 
desempenhar esta função, são os Arquitetos, Engenheiros, Designers, 
Desenhistas e Projetistas em geral.
14 Capítulo 1
Vem ao encontro desse pensamento do projeto uma ideia que precisa ser concre-
tizada através da representação para que possa ser entendida e para que consiga 
atingir seus objetivos ao longo das diferentes fases do processo de projeto.
Estes profissionais – arquitetos, engenheiros, desenhistas, entre outros – de al-
guma forma e em diferentes graus, tiveram contato com o Universo da representa-
ção gráfica, seja nas Universidades, em cursos técnicos, ou mesmo diretamente no 
mercado de trabalho. Cada um deles, caro aluno, aprendeu a desenvolver, desta 
forma, as suas aptidões para o Desenho Técnico e Arquitetônico (COSTA, 1995). 
Aqui podemos destacar a diferença entre esses dois tipos de desenho, uma vez 
que, normalmente, o arquitetônico está associado à representação de uma ideia, de 
forma mais livre e solta, expressando o desejo do autor do desenho em demonstrar 
a solução ou objeto criado, liberto das regras que regem o desenho técnico, este 
representado de forma mais rígida, já que segue padrões e normas específicas no 
seu desenvolvimento. Na verdade, os dois podem representar um mesmo objeto, 
entretanto, como podemos observar nas imagens a seguir, da casa da Cascata de 
Frank Lloyd Wright, são utilizadas técnicas e linguagens diferentes.
15projeto arquitetônico
a) Desenho arquitetônico
b) Planta técnica
Fonte: Ching e Eckler (2013)
Contudo, caro aluno, o projeto e a sua representação são necessários para que 
possamos comunicar aos demais envolvidos no projeto e construção das obras 
quais são nossas intenções e objetivos. Você já parou para pensar na concepção de 
um projeto, em como ele nasce? É o que veremos a partir de agora.
16 Capítulo 1
como nAsce um ProJeto?
O projeto surge da necessidade ou do desejo de construção de uma edifica-
ção, barragem, estrada, entre outros. Importante ressaltar que o projeto não são 
as plantas que apresentamos ao cliente ou aquelas que aprovamos na prefeitura e 
outros órgãos municipais, estaduais e federais. As plantas, cortes, elevações e de-
talhamentos são apenas a representação do projeto. O projeto propriamente dito é 
a ideia, a solução desenvolvida e proposta aos clientes, considerando suas expecta-
tivas e necessidades. O Projeto é aquilo que se deseja construir. Segundo Monteiro 
(1997), o projeto é o resultado da imaginação criadora, ao escolher entre centenas 
de fatores aqueles que devem prevalecer, para isso, a habilidade e o conhecimento 
técnico serão as bases para equilibrar a Arte e as Ciências Técnicas no projeto.
O processo de projeto pode ser entendido como a evolução de uma ideia ini-
cial, que vai sendo aperfeiçoada com o passar das fases e que permite ao seu 
final a adequada construção da edificação. A seguir abordaremos as etapas que 
compõem o processo de projeto.
etAPAs do ProJeto
Segundo a NBR 13531 (ABNT, 1995), as atividades técnicas do projeto de edifi-
cações e de seus elementos, instalações e componentes podem ser divididas nas 
etapas descritas abaixo, com suas respectivas abreviações, sendo que esse proces-
so de desenvolvimento das atividades é sucessivo, ou seja, uma etapa antecede a 
outra, fornecendo suporte para que ela seja plenamente concluída.
17Projeto Arquitetônico
a. Levantamento (LV)
Nessa etapa, futuro engenheiro, você realizará a coleta das informações referen-
tes ao projeto que irá desenvolver, normalmente associadas às condições preexis-
tentes, relacionadas entre outras às características físicas do local (levantamentos 
planialtimétricos, de rede de esgoto, hidráulicas e elétricas, condições climáticas e 
ambientais), assim como às informações técnicas, legais e jurídicas, sociais e eco-
nômicas. Essa etapa é de suma importância para a identificação tanto de potenciali-
dade do projeto quanto de entraves para o seu desenvolvimento e execução.
A seguir está demonstrado o exemplo de um levantamento, no qual podemos iden-
tificar alguns condicionantes legais, como recuos, limite de altura de construção e ve-
getação imprópria para corte, algumas preexistências como uma edificação e algumas 
vegetações e de ordem física como desníveis e a localização geográfica do terreno.
Disponível em: <https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/originals/43/33/45/433345f6f0d989d-
faa9ea4a5cdae8488.jpg>. Acesso em: 05 jan. 2016.
18 Capítulo 1
b. Programa de necessidades (PN)
Esta fase caracteriza-se pela coleta de dados relacionadas aos clientes e usu-
ários, normalmente é descritiva e baseia-se em entrevistas que determinam as ne-
cessidades e exigências que a edificação deverá atender, ou seja, elas mudam em 
função dos clientes e usuários, dessa forma, é importante que essa etapa seja en-
carada com muito comprometimento e atenção, para que a satisfação dos usuários 
e clientes seja atendida. Como exemplo, podemos citar o desenvolvimento de um 
projeto, considerando um mesmo terreno, para dois perfis diferentes de clientes, um 
é solteiro, sociável, acostumado a receber amigos e outro de um casal de idosos, 
estudiosos, que preferem ler livros e cuidar de plantas e animais. Certamente o pro-
grama de necessidades dessa edificação será completamente diferente para esses 
dois perfis de usuários, mesmo que o terreno seja o mesmo, ou seja, a solução de 
projeto será diferente para cada um deles.
c. Estudo de viabilidade (EV)
Nessa fase, ocorrem as análises e avaliações dos condicionantes e alternativas 
consideradas nas etapas anteriores, que culminarão na seleção e recomendação de 
algumas destas para a concepção da edificação e de seus elementos, instalações e 
componentes (NBR 13531; ABNT, 1995). 
d. Estudo Preliminar (EP)
Nessa etapa as ideias e soluções começam a ser representadas, ou seja, as 
alternativas consideradas adequadas na etapa anterior começam a tomar forma, 
iniciam-se a concepção do projeto e a sua representação, de forma a comunicar ao 
19Projeto Arquitetônicocliente as primeiras soluções desenvolvidas baseadas nas informações técnicas ini-
ciais. Normalmente, no EP não se utiliza uma representação técnica, pois o objetivo 
dessa fase é transformar, de uma forma breve, as ideias em soluções, com um traço 
mais livre, normalmente esboçado à mão. A seguir, é apresentado um exemplo de 
Estudo Preliminar, nele podemos identificar a fachada de uma edificação, com suas 
dimensões principais, espaços para estacionamento de automóveis, a presença de 
uma vegetação preexistente, a data e a assinatura do autor dessa proposta. 
Disponível em: <http://www.lema.arq.br/blog/projeto-parceria-entre-cliente-e-arquiteto/attach-
ment/emerson-1/>. Acesso em: 04 jan. 2015.
e. Anteprojeto (AP) e/ou pré-execução (PR)
No Anteprojeto, a intenção do profissional é demonstrar ao cliente as soluções de-
senvolvidas, agora com uma linguagem um pouco mais técnica. Segundo Montenegro 
20 Capítulo 1
(1997) o Anteprojeto é um desenho de apresentação para apreciação pelo cliente, e por 
isso, nele podem ser utilizadas perspectivas internas e externas, cores e outros recur-
sos disponíveis, tais como maquetes virtuais e/ou físicas, montagens em vídeos, entre 
outros. A seguir, está um exemplo de uma apresentação em formato de vídeo que pode 
ser acessada através do link <https://www.youtube.com/watch?v=LzJRDCx5Nq0>. 
Segundo Costa (1995), no Anteprojeto, o conjunto de desenhos que devem ser 
apresentados, basicamente, são:
• Planta de Situação
É um desenho que mostra a posição de implantação da edificação no terreno, as 
suas dimensões e a posição do terreno em relação ao logradouro (rua) (COSTA, 1995).
• Plantas baixas
São desenhos que mostram todos os elementos que compõem a obra, como se 
fosse um corte horizontal ao longo de toda a construção. Para Niezel (1974), é como 
se os diversos pavimentos de uma edificação fossem cortados por um plano secante 
à uma altura de 1,50m acima do piso, atravessando as portas e janelas e outros ele-
mentos que se encontram aproximadamente nessa altura. O que não estiver sendo 
cortado aparece em vista (o que está abaixo desse corte) ou então em projeção (o 
que está acima dessa seção imaginária).
Nessas plantas, podemos observar quais os ambientes que compõem a edifica-
ção, suas dimensões, áreas, cotas de nível, onde ficam as portas e janelas e quais 
suas dimensões, entre outras informações que promovam o adequado entendimen-
to de determinada obra (COSTA, 1995).
21Projeto Arquitetônico
Importante destacar que, se a edificação tiver mais de um pavimento, deve-se 
representar uma planta baixa para cada um deles. Como exemplo de Plantas baixas, 
podem ser citadas:
• Planta de subsolo.
• Planta da Cobertura.
• Planta do Pavimento Térreo.
• Planta do Pavimento Tipo.
• Cortes
Os cortes são plantas que nos fornecem a distribuição vertical da edificação, 
demonstrando quais as alturas de cada pavimento, das esquadrias, entre outras. 
• Fachadas
São as vistas do lado externo da edificação, normalmente nessas representa-
ções mostram-se os acabamentos e os revestimentos externos que serão emprega-
dos na construção.
Abaixo podemos visualizar um exemplo de uma prancha de desenho de um an-
teprojeto com as representações que acabamos de mencionar.
22 Capítulo 1
Disponível em: <https://www.google.com.br/search?q=anteprojeto&source=l-
nms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjK4vLfnJ3KAhVJfZAKHTlwAWwQ_
AUIBygB#imgrc=Xwd52jzyfUBmbM%3A>. Acesso em: 06 jan. 2016.
f. Projeto legal (PL)
Para que possamos construir uma obra, é necessário que os órgãos competentes 
aprovem os projetos, ou seja, verifiquem se os condicionantes legais vigentes foram 
cumpridos. Para isso, precisamos representar as informações técnicas com base nas 
normas e leis disponíveis e submetê-las às avaliações dos órgãos (municipal, estadual 
e federal). Se estiverem adequadas às normativas, então são expedidas as licenças, 
alvarás e demais documentos necessários para o início das atividades de construção. 
23Projeto Arquitetônico
É importante ressaltar que, além do projeto arquitetônico, outros projetos com-
plementares precisam ser desenvolvidos e aprovados para a construção de uma 
edificação. Dentre esses, podemos citar o projeto estrutural, hidrosanitário, elétrico, 
contra incêndios, entre outros. Apenas o profssional habilitado pode solicitar a apro-
vação de projetos de engenharia e Arquitetura e não é incomum a reprovação des-
ses, uma vez que qualquer inconsistência no projeto deve ser corrigida e adequada 
às leis e normas. Se essas licenças e permissões não forem cumpridas, a obra 
poderá ser suspensa e/ou sofrer embargos, daí a importância do projeto legal para o 
adequado andamento do processo de projeto e construção das obras.
A seguir são apresentadas algumas notícias sobre problemas ocasionados pela 
ausência de aprovação de projetos em órgãos competentes e projetos que não se-
guem normas brasileiras específicas e por esse motivo foram suspensos ou não 
aprovados. Leia e reflita sobre a importância do desenvolvimento de um projeto bem 
resolvido, comprometido e adequado.
Disponível em: <http://arede.info/campos_gerais/justica-suspende-obra-em-predio-historico-
de-castro/>. Acesso em: 05 jan. 2016.
Disponível em: <http://www.conjur.com.br/2015-jun-08/ministerio-publico-suspender-obras
-estrada-rio-petropolis>. Acesso em: 05 jan. 2016.
24 Capítulo 1
Disponível em: <http://www.cimentoitambe.com.br/projeto-de-acessibilidade-alvara/>. Acesso 
em: 05 jan. 2016.
g. Projeto básico (PB)
A norma NBR 13531 (ABNT, 1995) cita a existência dessa etapa como opcio-
nal, pois ela aborda a representação das informações técnicas ainda não comple-
tas ou definitivas, seria uma etapa intermediária ao projeto legal e ao anteprojeto. 
Entretanto essas informações são consideradas compatíveis com os projetos bási-
cos das atividades técnicas necessárias e suficientes à licitação (contratação) dos 
serviços de obra correspondentes. Abaixo está uma notícia que aborda a utilização 
do Projeto Básico em contratações de serviços. Leia com atenção e reflita sobre a 
utilização desse tipo de projeto para a contratação de serviços de engenharia!
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1580008-pf-recomenda-que-pe-
trobras-impeca-inicio-de-obras-sem-projeto-basico.shtml>. Acesso em: 05 jan. 2016.
O último tipo ou fase de projeto que a Norma 13531 (ABNT, 1995) cita é o Projeto 
para execução (PE), que será apresentado a seguir.
25Projeto Arquitetônico
h. Projeto para execução (PE)
Nessa fase, são executadas as plantas com as informações finais técnicas da cons-
trução, seus elementos, instalações e componentes. Estas informações são aquelas 
que serão empregadas na construção, dessa forma, devem ser completas, definitivas, 
necessárias e suficientes à contratação e à execução dos serviços correspondentes.
Segundo Costa (1995), nessa fase, os projetos complementares, tais como o pro-
jeto estrutural e de instalações, também devem estar definidos e com informações 
completas para a adequada construção da edificação. 
Dentre os projetos de instalações, podem ser citados:
• Instalações elétricas.
• Instalações Hidráulicas.
• Instalações Sanitárias.
• Instalações Mecânicas (ar condicionado, Exaustão, Mecânica, Elevador, 
Incêndio, Telefone, entre outros).
Outra fase, que não consta na Norma, mas que Costa (1995) cita, é aquela em 
que os detalhes de cada projeto são esmiuçados para o adequado entendimento e 
execução dos serviços de construção, para o autor, essa etapa é a mais delicada e 
talvez a mais complexa do Projeto, devido à quantidade de itens envolvidos e ad-
versidades de soluções para todas as questões pertinentes à obra que devem ser 
executadas. Segundo Costa (1995), o número de desenhos de detalhes varia de 
acordo com a complexidade do Projeto. 
26 Capítulo 1
FIQUE POR DENTRO!
Caro aluno, nesta seção, gostaríamos 
de apresentar algumas tendências que vêm 
sendoobservadas no campo do projeto ar-
quitetônico, principalmente em relação às 
tecnologias de informação e comunicação 
(TICs). Leia com atenção e reflita sobre al-
guns trechos do artigo escrito por Eduardo 
Sampaio Nardelli, publicado na Arquitetura 
Revista de 2007:
Título: Arquitetura e projeto na era digital
(...) Baseado em literatura recente sobre a utilização intensiva das Tecnologias 
da Informação e Comunicação – TICs na prática da arquitetura, o artigo demons-
tra como essas tecnologias, tendo remodelado o comportamento da sociedade na 
última década, vêm contribuindo para uma verdadeira revolução nessa área, esta-
belecendo novos paradigmas de conceituação, desenvolvimento e execução dos 
produtos arquitetônicos. Como consequência, o artigo pontua sobre a importância 
da atualização dos profissionais do projeto no domínio da tecnologia digital (...)
Superada, pois, a fase inicial de mera substituição dos recursos tradicionais de 
desenvolvimento dos projetos de arquitetura por recursos computacionais – da pran-
cheta analógica à prancheta digital –, e face à contínua evolução das TICs, que tem 
colocado à disposição dos arquitetos variados recursos e inéditas possibilidades que 
vão muito além do gesto criador, estaríamos, então, diante de uma nova tendência 
que nos permitiria falar, em “Arquitetura Digital”, no sentido de uma metodologia 
inédita, baseada num corpo teórico exclusivo, cultural e prático, apoiado em novas 
tecnologias e capaz de produzir uma categoria inédita de objetos.(...)
27Projeto Arquitetônico
(..) as tecnologias digitais libertaram a imagem dos tradicionais conceitos de repre-
sentação e as formas já não estão mais sendo representadas de um modo convencio-
nal baseado nos parâmetros de um espaço estático estabelecido pelo papel, já que 
foram introduzidos novos conceitos de espaço e formas dinâmicas e interativas que 
produzem novas categorias de projetos que se viabilizam, necessária e exclusivamen-
te, através das Tecnologias da Informação e Comunicação e que, portanto, devem ser 
definidos como “Projetos Digitais”, ou, num conceito mais amplo, como “Arquitetura 
Digital”. Como exemplo, refere-se ao Museu Guggenheim de Frank Gehry, em Bilbao, 
classificando-o como a síntese mais evidente e reconhecida de uma nova maneira de 
se pensar a forma, buscando novos métodos de projetar, incluindo a tecnologia digital. 
Museu Guggenheim, Frank Gehry (1992).
Cita também o Terminal Internacional da Estação de Waterloo, em Londres, 
projetado por Nicholas Grimshaw (1993), caracterizando-o como um dos primeiros 
exemplos de uma proposta não repetitiva, que se utilizou de técnicas de projeto pa-
rametrizado para a definição do formato curvilíneo de sua fachada de vidro.
28 Capítulo 1
Terminal Internacional da Estação Waterloo, em Londres – Nicholas Grimsahw (1993).
E localiza no projeto do Terminal Portuário Internacional de Yokohama, do 
Foreign Office Architects (Farshid Moussavi and Alejandro Zaera Pólo, 1995) um 
estudo de caso de complexidade formal, incluindo a ênfase no que poderia ser 
chamado de hiper-continuidade, ou modelo de alta complexidade topográfica, 
praticamente inviável antes da era digital.
Terminal Portuário Internacional de Yokohama - Foreign Office Architects, Farshid Moussavi 
e Alejandro Zaera Pólo (1995).
29Projeto Arquitetônico
(...) Vimos, então, que as possibilidades de concepção formal oferecidas pela 
tecnologia digital têm estimulado os arquitetos a buscarem novos caminhos e novas 
formas de aplicação dessas tecnologias que têm determinado saltos paradigmáticos 
em relação às metodologias tradicionais (...)”
O texto continua e é interessantíssimo, você pode acessá-lo através do seguinte 
endereço: <http://revistas.unisinos.br/index.php/arquitetura/article/view/5573>.
Ah! E nunca se esqueça, assim como Gildo Montenegro (1997) bem expressou e 
graficou na imagem demonstrada ao lado:
30 Capítulo 1
INDICAÇÃO DE LEITURA
A importância do projeto de construção na concepção e execução de uma obra
Muito mais do que empilhar tijolos ou montar estruturas metálicas, construir é 
uma missão elaborada que requer análise de cálculos, detalhamento estrutural, to-
mada de decisões, entre outros fatores que fazem toda a diferença no produto final 
da obra. Diante disso, o projeto de construção de uma obra torna-se indispensável 
atualmente, quando custo, tempo e exploração de recursos são itens fundamentais 
ao construir. Descubra a seguir como um projeto de construção e como a gestão 
desse podem fazer a diferença na sua obra.
O que é e para que serve um projeto de engenharia?
O projeto é um dos elementos fundamentais do processo de produção no setor da 
construção. É neste momento que são feitas as escolhas que vão direcionar a obra: 
definições de material, construtoras, escritórios de engenharia e arquitetura, pro-
fissionais, entre outros aspectos que compõem o momento construtivo. Costumam 
fazer parte do projeto, entre outras, definições sobre:
Fonte: Grifos do Autor
31Projeto Arquitetônico
É no projeto de construção também que se especificam objetivos, prazos, custos, 
enfim, é quando se traça o planejamento da obra.
Qual a importância do projeto de engenharia?
O projeto de engenharia é o guia de execução de uma obra. “É importante para 
que as necessidades do usuário sejam entendidas e transformadas na melhor solução 
arquitetônica, o que inclui não só a estética como as condições de habitação, acesso e 
conforto”, ressalta a arquiteta e mestre em engenharia Marcia Menezes dos Santos, di-
retora da Unidade de Projetos Especiais do CTE (Centro de Tecnologia de Edificações).
O projeto prevê e direciona como, quando e por quem as operações serão reali-
zadas. Com o estudo do projeto de construção da obra, as previsões são mais preci-
sas, o processo pode ser otimizado, e o bom resultado tem maior garantia, conforme 
explica Santos: “na fase de projeto, ainda podem ser estudadas soluções para uma 
melhor eficiência das edificações, como, por exemplo, economia de energia e reúso 
de água, gerando uma economia no custo da operação após a entrega”.
Esse texto continua e pode ser acessado em: <http://wwwo.metalica.com.br/a-impor-
tancia-do-projeto-na-concepcao-e-execucao-de-uma-obra>. Acesso em: 06 jan. 2016.
32 Capítulo 1
Arte de Projetar Em Arquitetura
A 18ª edição deste manual mundialmente reconhecido pode ser 
considerada uma nova edição. Por um lado, conservou-se a mag-
nífica proposta do original e, por outro, atualizou-se o seu conteú-
do, a fim de responder às novas expectativas que surgiram no 
mundo da construção, especialmente em relação às exigências 
ambientais. Arte de Projetar em Arquitetura é um manual de cons-
trução que reúne, de forma sistemática, os fundamentos, normas 
e prescrições sobre recintos, edifícios, exigências de programa e 
relações espaciais, dimensões de edifícios, locais, estâncias, instalações e utensílios, tomando 
o ser humano como medida e objetivo. (...) continua sendo uma referência bibliográfica de re-
conhecido valor universal, um manual indispensável para arquitetos, técnicos em arquitetura, 
engenheiros, construtores, professores e estudantes. Desde a sua primeira edição alemã de 
1936, realizaram-se 39 edições em alemão e 17 em português, além de ter sido publicado em 
18 idiomas diferentes e vendido mais de um milhão de exemplares, no total.
Autores: Peter Neufert
Disponível em: <http://ggili.com.br/pt/tienda/productos/arte-de-projetar-em-arqui-
tetura-1>. Acesso em: 22 jan. 2016.
33Projeto Arquitetônico
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro aluno, nesta unidade, iniciamos o entendimento sobre o processo de proje-
to, as etapas que o compõem e como elas são necessárias para o adequado anda-
mento e desenvolvimento do projeto arquitetônico. Também pudemos observar as 
consequências do não atendimento ou não cumprimento das normas e leis munici-
pais, estaduais e federais.
Lembre-se que o processode projeto é o desenvolvimento de ideias, que ne-
cessitam de conhecimento teórico e prático, persistência, criatividade, perspicácia 
e, porque não, um bocado de paciência para lidar com os imprevistos e insucessos. 
Nunca se esqueça de que o projeto propriamente dito é a ideia, única e exclusiva 
que você irá desenvolver como solução a uma série de condicionantes. As plantas 
técnicas e de apresentação desse processo são a representação gráfica do desen-
volvimento de sua solução.
Como futuro engenheiro, crie, pesquise, analise e desenvolva soluções inovado-
ras, encare cada uma das etapas de projeto como uma oportunidade para melhorar 
os seus projetos, ampliando assim a sua experiência e o seu repertório de soluções. 
Você verá: Será recompensador e prazeroso!!!
AnotAções
capítulo
2 instrumentos e normas
Carina Mariane Stolz; Laís Zucchetti
introdução
Prezado aluno, nesta unidade, vamos identifi car quais instrumentos e materiais que 
você poderá empregar na representação gráfi ca de seus projetos. Aliado a isso, ire-
mos abordar quais as normas pertinentes ao desenho arquitetônico e aos projetos 
de forma geral.
Prepare-se para iniciar seus desenhos e projetos! A partir desta unidade, você con-
seguirá representar as suas ideias e soluções utilizando instrumentos e materiais 
próprios para essa função. Você verá o quão facilitador é a utilização adequada dos 
instrumentos de desenho, eles permitem que se executem representações técnicas 
aprimoradas, principalmente quando pensamos em curvas e ângulos específi cos, 
tipos e dimensões de traços, ou então, quando se trata de um desenho à mão livre, 
dada a angulação, o tipo e a forma de manuseio do instrumento.
Nesse sentido, as normas contribuem para a padronização dos desenhos, permitin-
do a intercambialidade das informações entre os diferentes envolvidos ao longo do 
processo de projeto e construção de uma edifi cação. A sua correta utilização é de 
suma importância caso você queira realizar uma representação de qualidade dos 
seus projetos. O capricho e a dedicação são essenciais no desenho de projetos. 
Lembre-se sempre: 
“O modo como o seu escritório se apresenta reflete a sua imagem como profissional, 
e, da mesma forma, ocorre com suas representações gráficas, futuro engenheiro! 
Busque sempre o melhor! Entregue ao seu cliente um projeto e um produto de qua-
lidade! Busque sempre o melhor!!”
Vamos lá? Você verá que alguns dos materiais e instrumentos que iremos apresentar você 
já conhece e já manuseou, entretanto existem alguns novos que iremos apresentar a você 
e demonstrar como utilizá-los! Prepare-se será instigante e motivador!!
obJetivos de APrendizAgem 
• Reconhecer os instrumentos e objetos necessários para a adequada 
representação do projeto arquitetônico.
• Identificar quais as normas pertinentes ao projeto arquitetônico e como 
utilizá-las.
• Conhecer como aplicar os instrumentos e as normas na representação 
dos Projetos Arquitetônicos.
esquemA
• Identificação dos instrumentos utilizados na representação de projetos 
arquitetônicos
• Utilização dos materiais e instrumentos na representação dos projetos 
Arquitetônicos
• Normas pertinentes ao projeto arquitetônico e à sua representação.
37Projeto Arquitetônico
mAteriAis e instrumentos de desenho
Os materiais e instrumentos de desenho permitem que se realize uma representação 
adequada da solução/projeto que desenvolvemos ou estamos desenvolvendo. O corre-
to manejo dos instrumentos gera desenhos de qualidade, que expressam de forma mais 
ajustada os objetivos do projetista e demonstram a sua qualidade e dedicação. Prezado 
aluno, o exercício de desenho faz que a expressão se aprimore, então, não hesite em 
tentar, testar e exercitar o seu traço, a sua expressão! Quanto mais você treinar, mais fa-
cilidade terá no manejo dos instrumentos e materiais! Abaixo estão apresentados alguns 
materiais e instrumentos que você certamente irá empregar nas suas representações:
INSTRUMENTO/ 
MATERIAL
DESCRIÇÃO/ 
APLICAÇÃO
IMAGEM
Prancheta
Serve de apoio para a folha de desenho . 
Dica: alguns projetistas preferem utilizar a 
prancheta com o tampo na posição vertical, 
pois acreditam que reduz o cansaço, sendo 
uma posição mais cômoda. 
MONTENEGRO (1997)
38 Capítulo 2
Régua paralela
Serve prin-
cipalmente 
para traçar 
linhas paralelas 
horizontais. É 
também usada 
como apoio 
dos esquadros 
no traçado de 
linhas verticais 
e obliquas. Ela 
veio para subs-
tituir a régua T
MONTENEGRO (1997)
Régua graduada
Serve para 
desenhar na 
escala dese-
jada. Existem 
diferentes 
escalas nos 
escalímetros. 
Você deve 
adquirir aquela 
que melhor 
se adapta às 
escalas que irá 
empregar em 
seus desenhos.
MONTENEGRO (1997)
39Projeto Arquitetônico
Esquadros
Servem para 
traçarmos 
linhas em 
ângulos. 
Normalmente 
os mais 
utilizados são 
os de 45º e de 
60º. Quando 
utilizados em 
conjunto eles 
podemos 
formar outros 
ângulos.
MONTENEGRO (1997)
Compasso
Utilizado 
para traçar 
circunferências. 
É composto 
por uma ponta 
seca que deve 
ser apoiada na 
mesa e outra 
com grafite, 
que desliza 
pelo papel para 
formar o ângulo 
ou círculo. MONTENEGRO (1997)
40 Capítulo 2
Transferidor
Serve para 
medir ângulos, 
fabricado nor-
malmente em 
180° e 360°
MONTENEGRO (1997)
Tecnígrafo
Utilizado com 
função de 
esquadro, 
transferidor, 
régua paralela 
e escala. Esse 
instrumento 
pode ser adap-
tado à mesa de 
desenho.
(NEIZEL, 1974)
Gabaritos de curvas ou 
curvas francesas
São empre-
gadas para 
traçar as 
curvas que não 
sejam arcos de 
circunferência. 
(FRENCH, 1978)
41Projeto Arquitetônico
Papel
Local onde são 
executados 
os desenhos. 
Eles podem ser 
transparentes 
ou opacos, 
finos ou de 
maior espessu-
ra, dependendo 
da representa-
ção que será 
executada.
Lápis / Lapiseira
Serve para o 
traçado das 
linhas e curvas. 
Pode ser de di-
ferentes forma-
tos, espessuras 
e durezas. A 
diferença entre 
o lápis e a la-
piseira é que o 
lápis necessita 
ser apontado 
e a lapiseira 
necessita ser 
recarregada 
com grafite.
MONTENEGRO (1997)
42 Capítulo 2
Borracha
De diversos 
tipos, cores 
e formatos, 
normalmente 
as mais macias 
possuem me-
lhor desempe-
nho para lápis 
de desenho.
Importante ressaltar que os lápis podem ser de diferentes durezas, assim como o 
grafite das lapiseiras, segundo Montenegro (1997), eles podem ser classificados de 
acordo com a tabela abaixo:
Graduação dos 
grafites
Macio - Nº 1 Médio - Nº 2 Duro - Nº3 Duríssimo
6B a B HB F- H a 2H 3H a 9H
Orientação
Não pode ser 
usado em desenhos 
técnicos
Uso normal em 
desenhos técnicos
Não é usado
Fonte: Grifos do Autor
Normalmente os graus de dureza estão informados nos cabos dos lápis e nas mi-
nas das lapiseiras por números e letras, de acordo com a tabela acima. Abaixo estão 
demonstrados a cor e a espessura do traçado, nesta imagem podemos identificar 
que, conforme vamos passando do grafite macio para o médio e duro, a cor vai se 
tornando menos preta, tendendo ao cinza.
43Projeto Arquitetônico
Disponível em: <http://myworldwitharch.blogspot.com.br/2015/04/materiais-para-desenhocro-
quidesenho.html>. Acesso em: 07 jan. 2016.
Algumas referências indicam a utilização dos grafites da classe 6B a B para a 
representação em desenhos artísticos, croquis, esboços, pois geram desenhos com 
um traço mais grosso. Já os grafites HB, F e H são empregados em escritas e de-
senhos de forma geral, pois originam traços médios, mais compatíveis com esses 
tipos de atividades. Por fim, a categoria H, que vai do 2H ao 6H é indicada para a 
representação gráfica técnica e desenhos sobre papel vegetal.
Disponível em: <http://www.faber-castell.com.br/53900/Curiosidades/Fabricao-do-EcoLpis/
fcv2_index.aspx>. Acesso em: 07 jan. 2016.
Atualmente a régua paralela vem sendo utilizada no lugar da antiga régua “T”,que era um instrumento com a mesma função da régua paralela, que é traçar linhas 
paralelas e servir de apoio aos esquadros para realização dos desenhos.
44 Capítulo 2
Outra dica importante diz respeito à utilização do escalímetro, existem escalí-
metros com diferentes escalas, esse instrumento é composto basicamente por três 
faces que têm duas escalas em cada uma delas e serve para desenharmos em 
diferentes escalas, pois não temos como representar um projeto arquitetônico em 
sua escala real, né? A escala real é a construção da edificação, os projetos devem 
ser executados em escala reduzida para que possam ser manipulados, corrigidos e 
trocados entre os diferentes envolvidos ao longo do processo de projeto e execução 
da construção. As escalas de redução recomendadas pela NBR 6492 (ABNT, 1994) 
para a representação de projetos de arquitetura são: 1:2; 1:5; 1:10; 1:20; 1:25; 1:50; 
1:75; 1:100; 1:200; 1:250; 1: 500.”
Para auxiliá-lo a descobrir um pouco mais como funciona o escalímetro e como 
você deve utilizá-lo, assista ao vídeo disponível em: <https://www.youtube.com/wat-
ch?v=oBlvZS1IpFI>. Da mesma forma que você utiliza o escalímetro para desenhar 
em escala, você poderá empregá-lo para medir projetos em escala. Dica: não use o es-
calímetro como régua para fazer traços com o seu auxilio, essa prática faz que as mar-
cações das escalas desapareçam e dessa forma o instrumento perde a sua precisão. 
O manuseio dos esquadros é outra questão importante que você deve dominar para 
que consiga representar linhas e traçados em ângulo com precisão, para auxiliá-lo, 
veja o vídeo disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=nEdN0wDml_w>.
Caro aluno, respire fundo e busque aperfeiçoar o manuseio desses diferentes 
materiais e instrumentos que acabamos de apresentar, eles serão seus compa-
nheiros por um bom tempo. Caso surjam duvidas, busque nos referenciais teóricos 
45Projeto Arquitetônico
apresentados mais informações sobre cada um deles e a melhor forma de utilizá-los 
e lembre-se: arrisque-se, experimente e treine. Uma boa representação é resultado 
de comprometimento, estudo e treino! Vamos lá!
INDICAÇÃO DE LEITURA
Livro: Desenho de Projetos
Esse livro nasceu da percepção de que aqueles que desenham 
são órfãos de um ensino que, com exceções aqui e ali, eliminou 
geometria, desenho e arte do currículo do segundo grau. Como 
se os estudiosos e os profissionais de Arquitetura, Projeto de 
Produto, Programação Visual, Design de Interior, Publicidade 
e afins pudessem prescindir da representação gráfica. E, no 
entanto, ocorre a contradição: os cursos profissionais daquelas 
áreas começam cobrando a realização de trabalhos gráficos de seus alunos que, na maioria 
das vezes, jamais riscaram figuras além daquelas que enchem seus cadernos e seus sonhos. 
Este livro foi desenvolvido com o propósito de ser útil a tais pessoas que insistem em riscar. Ele 
não aprofunda os assuntos, pois sua pretensão maior é a de orientar os primeiros passos. Ou 
traços. E estimular o leitor para que avance, soltando o lápis e a imaginação. O livro é dividido 
em sete capítulos, tendo cada um deles a indicação de obras que aprofundam o conteúdo.
Autor: Gildo Montenegro
Disponível em: <http://www.submarino.com.br/produto/6581034/livro-desenho-
de-projetos?DCSext.recom=Neemu_Produto_viu-comprou&nm_origem=rec_produ-
to_viu-comprou&nm_ranking_rec=4>.
46 Capítulo 2
FIQUE POR DENTRO
Existem outras opções para a representação dos projetos de arquitetura, além da 
representação manual, que são os softwares computacionais baseados em CAD e BIM. 
A seguir, você verá algumas dessas opções, mas não se esqueça, caro aluno, que para 
saber desenhar utilizando um software como ferramenta, primeiro você precisa saber 
como se representa manualmente, como se dá o traçado, qual a sua espessura e cor, 
como se desenham objetos e elementos em diferentes projeções, entre outras.
• AutoCAD
Interessado em engenharia? Deseja aprender design? Obtenha acesso gratuito 
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Utilize os mesmos programas dos melhores designers, animadores e engenhei-
ros do mundo.
Obtenha acesso a milhares de recursos de aprendizado para evoluir rapidamente
Disponível em: <http://www.autodesk.com.br/education/country-gateway>. 
Acesso em: 08 jan. 2016.
47projeto arquitetônico
• Sketchup
O SketchUp Pro é útil desde os estágios mais primários do desenho esquemático 
até o fi nal da administração de construções. Programação, diagramação, estimativa 
material, desenvolvimento de design, detalhamento, documentação, resposta a RFIs 
— onde quer que você precise de desenhos, você precisa do SketchUp Pro.
Disponível em: <https://www.sketchup.com/pt-BR/products/sketchup-pro>. 
Acesso em: 09 jan. 2016.
• Revit
O software de projeto de construção Revit® foi desenvolvido especifi camente 
para Modelagem de Informação da Construção (BIM), incluindo recursos para projeto 
48 Capítulo 2
de arquitetura, de engenharia MEP, de engenharia estrutural e de construção. 
Disponível em: <http://www.autodesk.com.br/products/revit-family/overview>. 
Acesso em: 09 jan. 2016.
normAs técnicAs APlicAdAs à rePresentAção de 
ProJetos
As normas técnicas surgiram para ordenar e padronizar os desenhos, de forma que 
eles pudessem ser trocados e entendidos pelos diferentes profissionais que participam 
tanto do processo de projeto quanto da construção da edificação propriamente dita.
Dessa forma, podemos citar aqui a NBR 6492 (ABNT, 1994), que trata da representa-
ção dos projetos de arquitetura, relatando grande parte das fases do processo de projeto 
arquitetônico, bem como os elementos necessários para a sua correta representação. 
Nesse sentido, o objetivo dessa norma (NBR 6492, ABNT, 1994) é fixar as condi-
ções exigíveis para representação gráfica de projetos de arquitetura, visando à sua 
boa compreensão. Ela define, entre outras, cada uma das representações utilizadas 
no desenvolvimento do projeto arquitetônico tais como:
Planta de Situação
Planta que compreende o partido arquitetônico como um todo, em seus 
múltiplos aspectos. Pode conter informações específicas em função do tipo 
e porte do programa, assim como para a finalidade a que se destina. Nota: 
Para aprovação em órgãos oficiais, esta planta deve conter informações 
completas sobre localização do terreno.
49Projeto Arquitetônico
Planta de locação (ou 
implantação)
Planta que compreende o projeto como um todo, contendo, além do pro-
jeto de arquitetura, as informações necessárias dos projetos complementa-
res, tais como movimento de terra, arruamento, redes hidráulica, elétrica e 
de drenagem, entre outros. Nota: A locação das edificações, assim como a 
das eventuais construções complementares são indicadas nessa planta.
Planta de edificação
Vista superior do plano secante horizontal, localizado a, aproximadamente, 
1,50 m do piso em referência. A altura desse plano pode ser variável para 
cada projeto de maneira a representar todos os elementos considerados 
necessários. Nota: As plantas de edificação podem ser do térreo, subsolo, 
jirau, andar-tipo, sótão, cobertura, entre outros.
Corte
Plano secante vertical que divide a edificação em duas partes, seja no 
sentido longitudinal, seja no transversal. Nota: O corte, ou cortes, deve ser 
disposto de forma que o desenho mostre o máximo possível de detalhes 
construtivos. Pode haver deslocamentos do plano secante onde neces-
sário, devendo ser assinalados, de maneira precisa, o seu início e final. 
Nos cortes transversais, podem ser marcados os cortes longitudinais e 
vice-versa.
Fachada
Representação gráfica de planos externos da edificação. Os cortes trans-
versais e longitudinais podem ser marcados nas fachadas.
Elevações Representação gráfica de planos internos ou de elementos da edificação.
Detalhes ou ampliações
Representação gráfica de todos os pormenores necessários, em escala 
adequada, para um perfeito entendimentodo projeto e para possibilitar sua 
correta execução.
Fonte: Grifos do Autor
Além disso, essa mesma norma (NBR 6492, ABNT, 1994) define as fases do 
projeto e os documentos que as compõem, como no exemplo apresentado abaixo 
para o Anteprojeto:
50 Capítulo 2
Fase O que devemos apresentar Documentos
Anteprojeto
Definição do partido arquitetônico e 
dos elementos construtivos, consi-
derando os projetos complementares 
(estrutura, instalações etc.). 
Nessa etapa, o projeto deve receber 
aprovação final do cliente e dos ór-
gãos oficiais envolvidos e possibilitar 
a contratação da obra.
a) situação; 
b) plantas, cortes e fachadas; 
c) memorial justificativo, abrangendo aspec-
tos construtivos; 
d) discriminação técnica; 
e) quadro geral de acabamento (facultativo); 
f) documentos para aprovação em órgãos 
públicos; 
g) lista preliminar de materiais.
Devem estar bem caracterizados os elementos construtivos, com indicação de medidas, níveis, áreas, 
denominação de compartimentos, topografia e orientação, eixos e coordenadas. A descrição dos materiais 
adotados deve atender às necessidades da etapa.
Fonte: Grifos do Autor
Seguindo, essa norma (NBR 6492, ABNT, 1994) ainda, em seu anexo, aborda 
a questão do traçado na representação gráfica, considerando as linhas de repre-
sentação em projetos arquitetonicos. Outra norma que pode ser consultada, caso 
haja dúvida na representação do traçado, é a NBR 8403 (ABNT, 1984), que trata da 
aplicação de linhas em desenhos, considerando os tipos de linhas e as larguras das 
linhas. A seguir estão apresentadas algumas indicações presentes na NBR 6492 
(ABNT, 1994):
51Projeto Arquitetônico
Tipo de linha Descrição Representação gráfica Espessura
Linhas de contor-
no - Contínuas
A espessura varia com 
a escala e a natureza do 
desenho.
(± 0,6 mm)
Linhas internas 
- Contínuas
Firmes, porém de menor 
valor que as linhas de 
contorno.
(± 0,4 mm)
Linhas situa-
das além do 
plano do desenho 
- Tracejadas
Mesmo valor que as linhas 
de eixo.
(± 0,2 mm)
Linhas de proje-
ção - Traço e dois 
pontos
Quando se tratar de proje-
ções importantes, devem 
ter o mesmo valor que as 
linhas de contorno. São 
indicadas para representar 
projeções de pavimentos 
superiores, marquises, 
balanços etc.
(± 0,2 mm)
Linhas de eixo ou 
coordenadas 
Traço e ponto firmes, 
definidas, com espessura 
inferior às linhas internas e 
com traços longos.
(± 0,2 mm)
Linhas de cotas 
Contínuas firmes, defini-
das, com espessura igual 
ou inferior à linha de eixo 
ou coordenadas.
(± 0,2 mm)
52 Capítulo 2
Linhas auxiliares 
Contínuas para construção 
de desenhos, guia de le-
tras e números, com traço; 
o mais leve possível.
(± 0,1 mm)
Linhas de indica-
ção e chamadas 
- Contínuas
Mesmo valor que as linhas 
de eixo.
(±0,2 mm) 
Linha de interrup-
ção de desenho
Mesmo valor que as linhas 
de eixo.
(± 0,2 mm)
Fonte: Grifos do Autor
Além da indicação dos tipos e espessura dos traços, essa norma (NBR 6492, ABNT 
1994) aborda os tipos de letras e números, as escalas, que serão abordadas na unida-
de III, e outros elementos e representações pertinentes à representação de projetos.
Outras normas que podem ser consultadas são a NBR 8196 (ABNT, 1999), sobre 
o emprego de escalas; a NBR 8403 (ABNT, 1984), sobre as aplicações de linhas, 
considerando os seus tipos e larguras; a NBR10068 (ABNT, 1987), que aborda a 
folha de desenho, mais especificamente o leiaute e suas dimensões; e a NBR13142 
(ABNT, 1999), sobre o método de dobramento e a execução de cópias de projetos. 
Nas unidades seguintes, veremos a aplicação de algumas dessas normas.
53Projeto Arquitetônico
INDICAÇÃO DE LEITURA
Introdução à Arquitetura
Esta é uma das obras de Introdução à Arquitetura mais 
completas. Apresenta de forma extremamente gráfica os 
principais aspectos da arquitetura, incluindo arquitetura de 
interiores e urbanismo. É um verdadeiro guia para aqueles 
que estão iniciando a carreira ou para os apaixonados por 
desenho e projeto de arquitetura.
Autores: Francis D. K. Ching, James F. Eckler
Primeiro capítulo disponível em: <http://www.grupoa.com.br/livros/arquitetura-e-
construcao/introducao-a-arquitetura/9788582601013#>. Acesso em: 22 jan. 2016.
REFLITA
Prezado aluno, após conversarmos so-
bre projeto arquitetônico, apresentarmos 
alguns materiais e instrumentos para a sua 
representação e explanarmos sobre algumas 
normas pertinentes à representação dos pro-
jetos arquitetônicos, deixaremos esta frase 
para que você reflita sobre o papel do projeto 
arquitetônico e da sua representação gráfica:
“Pois a representação da arquitetura não é 
somente o entendimento de um projeto, mas tam-
bém um meio de comunicação com a sociedade”. 
Frase retirada do artigo intitulado A 
Representação Gráfica na Revista Projeto 
& Design, de autoria de: Flávia Massaro 
Fonseca e Simone Helena Tanoue Vizioli, 
publicado nos anais do Graphica’ 13, dis-
ponível em: http://www.iau.usp.br/pesquisa/
grupos/nelac/wp-content/uploads/2015/01/
GRAPHICA2013_massaro_vizioli_A-RE-
PRESENTACAO-GRAFICA-NA-REVISTA-
-PROJETO-DESIGN.pdf
Acesso em: 12 jan. 2016.
Capítulo 2
SAIBA MAIS
O mesmo texto de Flávia Massaro 
Fonseca e Simone Helena Tanoue Vizioli, 
que analisaram a representação gráfica uti-
lizada nas publicações de obras arquitetô-
nicas em mídias impressas especializadas, 
mais especificamente na Revista Projeto & 
Design, fornece indicativos de como a re-
presentação gráfica dos projetos arquitetô-
nicos contribuiu na compreensão e leitura 
dos projetos arquitetônicos, relacionando os 
resultados com o momento histórico em que 
foram projetadas ou publicadas. Leia o texto 
na íntegra, disponível no endereço indicado, 
e veja quão poderosa é a representação grá-
fica dos projetos, em suas diferentes formas, 
como forma de comunicação! É desafiador!! 
Prepare-se!
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado aluno! Nesta unidade, adentramos, de forma mais prática, no universo 
do projeto arquitetônico e da sua representação, conhecemos instrumentos e ma-
teriais de desenho que serão nossos parceiros ao longo deste livro. Em seguida, 
apresentamos algumas normas que serão suas guias sempre que você pensar em 
representação gráfica de projetos, pois, para termos um desenho organizado e pa-
dronizado, necessitamos seguir a orientação dessas normativas para conseguirmos 
expressar com clareza o que nossa representação objetiva, bem como para alcan-
çarmos a comunicação gráfica adequada entre os diferentes envolvidos ao longo do 
processo de projeto e construção. Nunca se esqueça devemos consultar as normas 
e buscar representar da melhor forma as nossas soluções e ideias!! Bom estudo!
Projeto Arquitetônico
AnotAções
AnotAções
capítulo
3 escalas e cotas
Carina Mariane Stolz; Laís Zucchetti
introdução
Caro aluno, nesta unidade, iremos exercitar um pouco mais a nossa capacidade de 
observação e de representação de objetos simples, ao abordarmos os temas de es-
calas e cotas. Você verá e compreenderá o quão importante são esses dois assuntos 
para que você possa representar adequadamente seus projetos.
Você entenderá que as escalas são ferramentas interessantíssimas para de-
monstrarmos, de forma mais clara, soluções que desejamos destacar, bem 
como representar projetos com diferentes dimensões numa mesma proporção. 
Sem esquecer da técnica adequada de representação gráfica presente nas 
normas e diretrizes, bem como da simbologia adequada para o entendimento 
dos esquemas e plantas.
Nesta unidade, veremos, de forma explicativa e prática, qual a melhor forma de 
cotagem de um desenho nos diferentes planos que apresentamos em um pro-
jeto arquitetônico. É muito importante que você preste muita atenção nas dicas 
aqui escritas, bem como consulte as normas citadas e exercite muito tudo que for 
aprendido. Não existe forma melhor de aprender do que exercitando!
Vamos iniciar esse conteúdoreferente às escalas, passando em seguida para as 
cotas. Ambos os assuntos são de extrema importância para a adequada represen-
tação de seus projetos.
Bons estudos e prepare-se para escalar desenhos e cotá-los!
obJetivos de APrendizAgem 
• Compreender por que usamos as escalas.
• Identificar quais os tipos de escalas e onde aplicar cada uma delas.
• Entender como desenhar em escala.
• Identificar a função das cotas e a sua importância.
• Compreender como fazer a contagem dos projetos.
esquemA
• Importância da escala no projeto arquitetônico
• Como utilizar as escalas na representação de projetos
• Quais os tipos de cotas e a sua função no projeto arquitetônico
• Como utilizar as cotas na representação de projetos
59Projeto Arquitetônico
escAlAs
Caro aluno, você já parou para pensar o quanto a escala faz parte da sua vida? 
Existem objetos reais, que em sua escala natural, podem ser manuseados, carrega-
dos, jogados, podemos citar como exemplo uma lâmpada, um celular, um livro. Por 
outro lado, existem outros artefatos que são tão pequenos que, para sua adequada 
visualização, são necessários instrumentos de ampliação da visão, pedras brilhan-
tes, peças de equipamentos, estrelas no céu são alguns exemplos de tais artefa-
tos. Inversamente, existem aqueles cuja dimensão é tão grande que necessitam de 
técnicas de redução para que possam ser melhores entendidos, tais como o globo 
terrestre, um projeto de uma hidrelétrica, um projeto urbanístico. Em todos esses 
casos, estamos abordando o conceito de escala, seja para menor, seja para maior.
Segundo a NBR 8196 (ABNT, 1999), a escala a ser escolhida para um desenho depen-
de da complexidade do objeto ou elemento a ser representado e da finalidade da repre-
sentação. Em todos os casos, a escala selecionada deve ser suficiente para permitir uma 
interpretação fácil e clara da informação representada. A escala e o tamanho do objeto ou 
elemento em questão são parâmetros para a escolha do formato da folha de desenho.
tiPos de escAlAs
Segundo a NBR 6492 (ABNT, 1994), escala é a relação dimensional entre a re-
presentação de um objeto no desenho e suas dimensões reais. As escalas podem 
ser de dois tipos: numéricas e gráficas. As numéricas apresentam uma divisão em: 
de ampliação ou de redução.
60 Capítulo 3
As escalas gráficas são a representação das escalas numéricas em forma de 
desenho, elas servem como base para entendermos as proporções de cada projeto. 
Graficamente, elas se apresentam conforme a figura a seguir, presente na norma 
NBR 6492 (ABNT, 1994):
Já as escalas numéricas podem ser de ampliação e de redução segundo a NBR 
8196 (ABNT, 1999), sendo que a escala 1:1 é a escala natural, ou seja, o objeto está 
sendo representado em sua verdadeira grandeza, já a escala X:1, sendo X>1, fica 
determinada como escala de ampliação, e a escala 1:X, sendo X>1, fica determina-
da como escala de redução.
Dessa forma, podemos exemplificar, conforme apresentado na tabela abaixo, 
disponível na NBR 8196 (ABNT, 1999), algumas escalas de redução e de ampliação:
Ampliação Natural Redução
2:1
1:1
1:2
5:1 1:5
10:1 1:10
Normalmente, na engenharia, o tipo de escala mais utilizado é a de redução, justa-
mente pelo porte das obras que são projetadas e construídas. Você já imaginou como 
seria executar um projeto arquitetônico, em escala real de uma casa térrea? Como 
61Projeto Arquitetônico
seriam realizadas as representações de plantas, cortes e fachadas? Praticamente im-
possível, não é? Para isto que usamos as escalas, representar um projeto, construção, 
objeto em uma dimensão adequada para que possamos compreender e manusear.
Segundo a NBR 6492 (ABNT, 1994), as escalas mais usuais em projetos arqui-
tetônicos são: 1/2; 1/5; 1/10; 1/20; 1/25; 1/50; 1/75; 1/100; 1/200; 1/250 e 1/500. 
Sempre lembrando que, na escolha da escala, deve-se sempre ter em mente a futu-
ra redução do desenho.
Outra questão apontada pela NBR 8196 (ABNT, 1999) diz respeito à indicação da 
escala das representações na legenda da folha de desenho, e, quando for necessá-
rio o uso de mais de uma escala na folha de desenho, além da escala geral, estas 
devem estar indicadas junto à identificação do detalhe ou vista a que se referem, 
sendo que, na legenda, deve constar a escala geral.
Por fim, um cuidado muito importante que devemos ter diz respeito à escala que iremos 
utilizar em cada uma de nossas representações, como bem dissertou Costa (1995): a esco-
lha da escala deve ser feita de acordo com a necessidade de visualização de cada desenho, 
de forma que fique clara e objetiva a sua leitura e o seu entendimento. Sendo que cada item 
do projeto a ser detalhado terá uma necessidade diferente de escala de representação.
REFLITA
Como as escalas podem ser utilizadas na 
engenharia, além da representação gráfica:
“A maquete, assim como o desenho, tem 
papel fundamental no processo de elabora-
ção de projetos de Arquitetura e Urbanismo. 
A maquete como modelo físico de escala 
62 Capítulo 3
reduzida do que está sendo projetado, seja 
um edifício ou complexo urbano, é um instru-
mento de extensão do desenho, com a vanta-
gem de possibilitar a manipulação da terceira 
dimensão que é real. Durante o processo 
criativo, são importantes os estudos por meio 
dos modelos de massa para analisar o con-
junto da volumetria e o impacto da sua im-
plantação em relação ao entorno. Esse tipo 
de maquete alimenta a reflexão do arquiteto 
e revela-se de grande importância no proces-
so de projeto. Os recentes avanços no pro-
cesso de projeto têm ocorrido em uma abor-
dagem “de cima para baixo”, desprezando os 
requisitos tanto para abstração como do de-
talhe que estão envolvidos em um processo 
de desenvolvimento simultâneo. A maquete, 
nessa fase, é útil para testar ideias globais 
e, assim, enriquecer o processo, interagindo 
com as demais linguagens gráficas.” 
Texto extraído da dissertação de Renata 
França Marangoni (2011), intitulado: A ma-
quete manual como estímulo à criativida-
de na formação de arquitetos e urbanistas. 
Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.
unicamp.br/document/?code=000788976>. 
Acesso em: 10 jan. 2016.
Você parou para pensar o quão importante pode ser, ao longo do processo de pro-
jeto, contar com um modelo físico reduzido da solução que você projetou. Para cons-
truir o seu modelo físico, será necessário trabalhar com os conceitos de escalas que 
abordamos: será de ampliação ou de redução? Qual é a melhor escala para visualizar 
o que desejo? Onde mais eu poderia utilizar os conceitos de ampliação e redução? 
Reflita sobre esses questionamentos e, se você desejar, pode ainda fazer uma bela 
maquete básica de um projeto ou solução que você desenvolveu! Vamos lá! Tente!!
63Projeto Arquitetônico
Fique Por dentro
Engenharia do vento
Além das reações da estrutura, dos re-
vestimentos e esquadrias, ensaios aerodinâ-
micos em túnel permitem prever também os 
efeitos do vento nos arredores
Embora a NBR 6123 - Forças Devidas ao 
Vento em Edificações permita prever o com-
portamento da estrutura perante os efeitos 
do vento, há situações não consideradas no 
texto, especialmente quando se trata de es-
truturas com formas esféricas ou cilíndricas, 
edificações altas e esbeltas e pontes estaia-
das, por exemplo. Nesses casos, para deter-
minar os esforços na estrutura e analisar os 
efeitos do escoamento ao seu redor, é neces-
sário realizar ensaios em túnel de vento.
Modelo reduzido
A escolha pelo tipo de ensaio é determina-
da por análise do projeto arquitetônico. A etapa 
seguinte é de projeto e construção do modelo 
reduzido, em escala e reproduzindo os deta-
lhes geométricos relevantes. Os materiais, de 
acordo com Antonio Pacífico, pesquisador do 
túnel de vento do IPT, dependem do tipo de 
ensaio. “Em um ensaio estático, o material é ir-
relevante desde que apresente rigidez mínima. 
No caso de ensaios dinâmicos a densidadedo 
material também é importante”, conta. Assim, 
para o primeiro caso, costuma-se utilizar mate-
riais fáceis de trabalhar, como acrílico, madeira, 
compensados e aglomerados. Para modelos 
flexíveis, no entanto, a rigidez do material deve 
64 Capítulo 3
ser escolhida de modo a representar as características dinâmicas da estrutura.
Especialmente em áreas urbanas, as 
características do vento podem ser influen-
ciadas pelas edificações do entorno. Para 
simular a situação de vento em casos as-
sim, os laboratórios utilizam os chamados 
modelos de vizinhança, em que os prédios 
vizinhos também são representados.
Trechos de texto retirados da reporta-
gem disponível em: <http://techne.pini.com.
br/engenharia-civil/156/artigo286688-1.
aspx>. Acesso em: 10 jan. 2016.
cotAs
Prezado aluno, na segunda seção desta unidade, falaremos sobre as cotas, ele-
mentos primordiais para a adequada comunicação das dimensões dos desenhos 
que realizamos. Para a NBR 10126 (ABNT, 1987), a cotagem significa a representa-
ção gráfica no desenho da característica do elemento, através de linhas, símbolos, 
notas e valor numérico numa unidade de medida.
Segundo a NBR 6492 (ABNT, 1994), as cotas devem ser indicadas em metro (m), 
para as dimensões iguais e superiores a 1 m, e em centímetro (cm), para as dimen-
sões inferiores a 1 m, e os milímetros (mm) devem ser indicados como se fossem 
expoentes, conforme o exemplo apresentado a seguir, retirado da NBR 6492 (ABNT, 
65Projeto Arquitetônico
1994) para representação gráfica de projetos arquitetônicos.
Outras prescrições presentes nessa norma (NBR 6492 - ABNT, 1994) são:
a. as linhas de cota devem estar sempre fora do desenho, salvo em casos de 
impossibilidade; 
b. as linhas de chamada devem parar de 2 mm a 3 mm do ponto dimensionado;
c. as cifras devem ter 3 mm de altura, e o espaço entre elas e a linha de cota 
deve ser de 1,5 mm; 
d. quando a dimensão a cotar não permitir a cota na sua espessura, colocar a 
cota ao lado, indicando seu local exato com uma linha; 
e. nos cortes, somente marcar cotas verticais; 
f. evitar a duplicação de cotas.
Outras indicações dizem respeito à cotagem de vãos de portas e janelas, cuja 
cota deve ser indicada no vão acabado pronto para receber as esquadrias, conforme 
apresentado abaixo:
66 Capítulo 3
A NBR 10126 (ABNT, 1987) informa que a indicação dos limites da linha de cota 
pode ser feita por meio de setas ou traços oblíquos, sendo que a seta é desenha-
da com linhas curtas formando ângulos de 15°, podendo ser aberta ou fechada e 
preenchida, já o traço oblíquo é desenhado com uma linha curta e inclinado a 45°, 
conforme as imagens apresentadas abaixo: 
Existem dois métodos de cotagem, mas somente um deles deve ser utilizado 
num mesmo desenho, ou seja, quando iniciamos a inserção das cotas seguindo um 
método, devemos continuar com ele ao longo da cotagem de todos os elementos da 
representação (NBR 10126, ABNT, 1987).
• Método 1
• as cotas devem ser localizadas acima e paralelamente às suas linhas de cotas 
e preferivelmente no centro, conforme a imagem ao lado.
67Projeto Arquitetônico
• Método 2
• as cotas devem ser lidas da base da folha de papel. As linhas de cotas devem 
ser interrompidas, preferivelmente no meio, para inscrição da cota, de acordo 
com a representação mostrada ao lado. 
Na cotagem de ângulos, podem ser utilizadas as seguintes soluções (NBR, 
10126, 1987), seguindo a mesma indicação dos métodos, com a inscrição da dimen-
são na parte externa da linha de cota, ou então seccionando a linha de cota para 
inscrição da dimensão.
Podemos notar que na cotagem de ângulos de elementos, a dimensão da cota pode 
estar alinhada horizontalmente, seja externamente ou seccionando a linha de cota, ou en-
tão alinhada com a angulação da cota estando a escrita na parte externa da linha de cota.
68 Capítulo 3
Há ainda a utilização de símbolos, na cotagem de representações gráficas, para 
mostrar a identificação das formas e melhorar a interpretação de desenho. Os sím-
bolos de diâmetro e de quadrado podem ser omitidos quando a forma for claramente 
indicada (NBR 10126, 1987). Os símbolos devem preceder à cota e são representa-
dos da seguinte forma:
• φ - Diâmetro
• R- Raio 
• □ – Quadrado
FormAs de cotAgem
Há ainda duas formas principais de cotagem considerando a disposição e a apre-
sentação das cotas, a primeira refere-se à aplicação de cotas em cadeia, método 
que deve ser utilizado, segundo a NBR 10126 (ABNT, 1987), somente quando o pos-
sível acúmulo de tolerâncias não comprometer a necessidade funcional das partes 
e cujo exemplo está apresentado ao lado, em uma representação de Costa (1995). 
69Projeto Arquitetônico
Já a segunda, denomina-se cotagem por elemento de referência e, segundo a 
NBR 10126 (ABNT, 1987), esse método é utilizado quando um número de cotas da 
mesma direção se relaciona a um elemento de referência. Esse método pode tam-
bém denominar-se como cotagem em paralelo ou cotagem aditiva. Veja o exemplo 
ao lado, apresentado na NBR 10126 (ABNT, 1987).
Além dessas cotas que adicionamos às nossas representações, existem as cotas 
de nível que devemos informar nas plantas, tais como as apresentadas a seguir.
70 Capítulo 3
cotAs de nível
Segundo a NBR 6492 (ABNT, 1994), as cotas de nível são apresentadas sempre em 
metro, e devem indicar o nível acabado (N.A.) e o nível em osso (N.O.). Normalmente 
as cotas de nível têm duas representações, conforme apresentado abaixo:
Por fim, veja essa ilustração de Montenegro (1997) com algumas dicas valiosas 
para realizar uma cotagem adequada dos seus projetos, futuro engenheiro! 
71Projeto Arquitetônico
INDICAÇÃO DE LEITURA
Livro - Representação Gráfica Em Arquitetura
Neste livro, Francis Ching mostra aos estudantes de arquite-
tura e design como usar as ferramentas gráficas com o obje-
tivo de transpor as ideias arquitetônicas para a representa-
ção visual. Este guia cobre os seguintes assuntos - princípios 
básicos do desenho; convenções utilizadas no desenho de 
projeções ortográficas e de perspectivas; penumbras e som-
72 Capítulo 3
bras; símbolos gráficos e letras; desenho à mão livre; apresentação de layouts. 
Autor: Francis D. K. Ching
Disponível em: <http://books.google.com.br/books?id=9jXxEa04URMC&hl=p-
t-BR&source=gbs_similarbooks>. Acesso em: jan. 2016.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro aluno, nesta unidade, aprendemos sobre dois assuntos muito importantes 
para a adequada representação do projeto arquitetônico, a utilização das escalas e 
das cotas! Sem elas, dificilmente conseguiremos comunicar nossas ideias aos nossos 
clientes e demais envolvidos no processo de projeto e construção de uma edificação.
As escalas nos permitem demonstrar nossas soluções de projeto de forma cla-
ra, sem a necessidade de grandes pranchas ou esquemas de desenho, permitin-
do que nossas informações possam ser compreendidas de uma forma completa e 
simplificada. Não se esqueça que, além de desenhos em escala, podemos utilizar 
representações fisicas em escalas, ou seja, modelos reduzidos de noosas soluções. 
As maquetes são uma importante ferramenta de comunicação, pois possuem tres 
dimensões e podem ser manuseadas, facilitando o entendimento do funcionamento 
e da volumetria das soluções propostas.
As cotas, assim como a escala, são de suma importância para que possamos 
identificar as dimensões dos projetos e comunicá-las aos clientes e demais envol-
vidos no processo de projeto e construção. Se realizadas adequadamente, podem 
evitar vários equívocos e problemas de projeto e construção, dessa forma, nunca 
73Projeto Arquitetônico
economize na cotagem de seus desenhos. Apresentar uma cota repetida não é o 
mais adequado, mas esquecer de apresentar a dimensão de um projeto é ainda 
mais problemático. Tenha muita atenção quando for cotar seus desenhos! Pense 
como alguém que não conhece seu projeto poderá lê-lo de forma completa e , quan-do receber um projeto que não tenha a cota de dimensão que você necessita, entre 
em contato com o projetista e solicite ao escritório, se puder: evite a leitura de di-
mensões, com réguas e escalímetros, diretamente nas pranchas de desenho, elas 
podem estar indevidamente representadas, sempre contate o projetista!
Agora, pegue seus instrumentos de desenho e as normas pertinentes!! Vamos 
exercitar o que aprendemos sobre escalas e cotas nas atividades de autoestudo!
 Bom trabalho e bom estudo!
AnotAções
capítulo
4 layout
Carina Mariane Stolz; Laís Zucchetti
introdução
Prezado aluno, nesta unidade, vamos aprender sobre vários itens relevantes que 
têm a folha de desenho que utilizamos na representação de nossos projetos como 
foco principal. Vamos identifi car os diferentes tipos de papel que podemos utilizar 
para desenhar e também para plotar nossos projetos, analisando qual a melhor op-
ção para o tipo de representação que pretendemos realizar.
Ainda, vamos apresentar as principais dimensões das folhas de desenho utilizadas 
na representação de projetos arquitetônicos, identifi cando cada uma e as partes que 
as compõem. Vamos falar sobre as margens e o selo, apresentar sua importância e 
as informações principais que devem constar nesse documento que chamamos de 
projeto arquitetônico.
Por fi m, vamos aprender como se dobra a folha de desenho dependendo de sua di-
mensão, identifi cando a importância do adequado dobramento das folhas de projeto, 
das marcações de dobra e de corte. Enfi m, prepare suas folhas de desenhos, seus 
esquadros, lapiseiras e treine a sua caligrafi a!! 
obJetivos de APrendizAgem 
• Identificar os tipos e as dimensões dos papéis para representação 
gráfica de projetos arquitetônicos.
• Entender o layout e a sua importância na representação de projetos.
• Entender como se realiza o dobramento das folhas de desenho.
esquemA
• Tipos de papel
• Layout e dimensões
• Margens e Selo
• Dobramento de folhas
77Projeto Arquitetônico
os tiPos de PAPel
Segundo a NBR 6492 (ABNT, 1994), os desenhos devem ser executados em pa-
péis transparentes ou opacos, de resistência e durabilidade apropriadas, sendo que 
a escolha do tipo de papel deve ser feita em função dos objetivos, do tipo do projeto 
e das facilidades de reprodução. Essa mesma norma cita a categorização do tipo 
de papel em função da sua transparência, conforme apresentado no quadro abaixo:
Transparente Opaco
Papel manteiga Canson 
Papel vegetal Schoeller
Papel cronaflex Sulfite Grosso
FormAtos de PAPel 
Devem ser utilizados os formatos de papel da série A, conforme NBR 10068, 
formato A0 como máximo e A4 como mínimo, para evitar problemas de manuseio e 
arquivamento (NBR 6492, ABNT, 1994). As folhas de desenhos podem ser utilizadas 
tanto na posição horizontal como na vertical (NBR 10068, ABNT, 1987). A seguir 
estão apresentadas as principais dimensões das folhas para desenho:
 Tamanho da folha da série “A” Dimensões (mm)
A0 841 x 1189
A1 594 x 841
A2 420 x 594
A3 295 x 420
A4 210 x 297
78 Capítulo 4
A seguir, está apresentada uma figura que mostra a relação dos tamanhos de cada 
uma das folhas da série “A”.
Note a relação de dimensão que existe entre os tamanhos da série A, veja que 
o formato A0 é equivalente a 2 (duas A1), ou então a 4 (quatro) folhas A2, ou então 
a 8 (oito) A3. A norma indica a utilização desse padrão de tamanho de folha, entre-
tanto, se for necessário, empregar uma outra dimensão de folha de desenho, ela 
recomenda que a escolha dos formatos seja realizada de forma que a largura ou o 
comprimento corresponda ao múltiplo ou submúltiplo ao do formato padrão.
79Projeto Arquitetônico
lAyout
A área para a representação do projeto é formatada pelas margens e selo (carim-
bo), são esses os elementos que delimitam o espaço do desenho. Dessa forma, a 
NBR10068 (ABNT,1987) determina o tamanho das margens, bem como a espessura 
das linhas do quadro conforme apresentado abaixo:
Formato
Margem (mm) Largura da linha do quadrado conforme 
a NBR 8403 (mm)Esquerda Direita
A0 25 10 1,4
A1 25 10 1,0
A2 25 7 0,7
A3 25 7 0,5
A4 25 7 0,5
Note que a margem esquerda é maior do que a margem direita, isso acontece 
pois essa margem é perfurada para ser utilizada no arquivamento das folhas de 
projeto. Importante identificar que, independentemente da orientação da folha de 
desenho (horizontal ou vertical), as dimensões das margens continuam as mesmas.
Além das margens, a NBR10068 (ABNT,1987) determina que, nas folhas de forma-
tos de série “A”, devem ser executadas quatro marcas de centros. Essas marcas de-
vem ser localizadas no final das duas linhas de simetria – horizontal e vertical à folha.
Além disso, o espaço inferior direito das folhas de desenho deve ser reservado 
ao carimbo destinado à legenda de titulação e numeração dos desenhos (NBR 6492, 
ABNT, 1994), conforme apresentado na imagem a seguir:
80 Capítulo 4
Além dessas indicações, devem constar nas folhas da série A, 4 (quatro) marcas de 
centro, que devem ser localizadas no final das duas linhas de simetria (horizontal e vertical) 
à folha, bem como uma escala métrica de referência, sem os números, com comprimento 
de 100 mm no mínimo e em intervalos de 10 mm. Essa escala métrica deve estar embai-
xo, disposta simetricamente em relação à marca de centro, na margem e junto ao quadro, 
com largura de 5 mm no máximo. Deve ser executada com traço de 0,5 mm de largura no 
mínimo e deve ser repetida em cada seção do desenho (NBR 10068, ABNT, 1987).
Nesse sentido, a NBR 6492 (ABNT, 1994) indica que devem constar no carimbo 
(selo), no mínimo, as seguintes informações:
81Projeto Arquitetônico
a. identificação da empresa e do profissional responsável pelo projeto;
b. identificação do cliente, nome do projeto ou do empreendimento;
c. título do desenho; indicação sequencial do projeto (números ou letras);
d. escalas;
e. data;
f. autoria do desenho e do projeto;
g. indicação de revisão.
Abaixo está apresentado um exemplo de um projeto com o selo:
82 Capítulo 4
Além disso, a folha de desenho é separada em duas partes principais, segundo a NBR 
10582 (ABNT, 1988): espaço para desenho e espaço para texto. No espaço para o dese-
nho, as representações podem ser dispostas na vertical ou horizontal, sendo que o dese-
nho principal da folha, se houver, é colocado acima e à esquerda, no espaço para desenho.
Já o espaço para texto é colocado à direita ou na margem inferior do padrão de 
desenho (NBR 10582, ABNT, 1988), sendo que a largura de espaço para texto é 
igual à da legenda ou no mínimo 100 mm. Quando o espaço para texto é colocado 
na margem inferior, a altura varia conforme a natureza do serviço.
83Projeto Arquitetônico
O espaço para texto deve conter as seguintes informações: 
a. explanação; 
b. instrução 
c. referência; 
d. localização da planta de situação; 
e. tábua de revisão.
Cada um desses itens apresentados está descrito e pormenorizado ao longo 
da NBR 10582 (ABNT, 1988), analise com cuidado essa Norma, pois ela contém 
informações importantes sobre os detalhes do processo de projeto que devem ser 
registrados nas folhas de desenho.
Para a entrega final do projeto, a folha sempre deverá ser dobrada de forma que seu 
formato seja igual ao de uma folha A4. Para isso, a NBR 13142 de 1999, mostra todas 
as formas corretas de se realizar essas dobras, visando padronizar os documentos. 
dobrAmento de cÓPiAs de desenho
Além do formato final em A4, as folhas devem ser dobradas levando em conta a fixa-
ção através da aba em pastas e de modo a deixar visível o carimbo destinado à legenda. 
Nesse sentido, são demonstrados abaixo exemplos de dobradura, com suas res-
pectivas dimensões para os formatos de papel de A0 até A3:
84 Capítulo 4
Outros aspectos importantes quanto ao dobramento são apresentados na NBR 
13142 (ABNT, 1999), tais como: 
• o dobramento deve ser feito a partir do lado direito, em dobras verticais;

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