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Catabolismo de aminoácidos Características gerais: A degradação oxidativa dos aminoácidos contribui p/ produção de energia, uma vez que a maioria dos seres vivos não armazenam proteínas. Entretanto, a quantidade da energia derivada de aminoácidos vai depender do tipo de organismo e das condições metabólicas. Condições p/ degradação de aminoácidos: Renovação de proteínas: ocorre continuamente no organismo, a frequência com isso acontece varia de acordo com cada proteína. Um adulto com dieta adequada, cerca de 400g de proteínas são renovadas por dia. Dieta rica em proteínas: causam uma grande liberação de aminoácidos, porém, quando esse composto excede a demanda do nosso organismo, eles são catabolizados/eliminados, pois não podem ser armazenados. Jejum severo e diabetes: em caso de jejum, a ausência de nutrientes energéticos faz com que as células usem as proteínas como fonte de energia; já tratando-se da diabetes, onde a glicose (combustível energético) não consegue entrar na célula, utiliza-se os aminoácidos. Proteínas intracelulares: -Através de lisossomos: ocorre para proteínas extracelulares que entraram na célula por endocitose; -Através de proteossomos: principal forma de degradação, esta é uma molécula localizada no citosol, importante para degradas proteínas defeituosas. Sua atuação vai depender da marcação com ubiquitina (serve para sinalizar o erro); Proteínas advindas da dieta: -1° fase: ocorre através do trato gastrointestinal. Esse processo inicia quando o alimento chega no estomago, causando a secreção da gastrina (atua sob as células principais do estomago, que secretam pepsinogênio e nas parietais que secretam ácido clorídrico - HCL). -2° fase: o pepsinogênio entra em contato com o suco gástrico e é ativado, transformando-se em pepsina, a qual inicia a degradação. O HCL é importante também pois tem ação antisséptica e de desnaturação das proteínas. -3° fase: o alimento chega no intestino, estimulando a secreção de secretina (induz o pâncreas a secretar bicarbonato, para aumentar o pH do alimento) e a colecistocinina (estimula o pâncreas a liberar suco pancreático que contem enzimas digestivas). DEGRADAÇÃO DAS PROTEÍNAS: Produtos da digestão: -40% são aminoácidos livres: são absorvidos pela célula intestinal (enterócito) e seguem para a corrente sanguínea. -60% são tripeptídeos: são absorvidos pelos enterócitos, mas sofrem ação das enzimas dipeptidases e tripeptidase, sendo convertidos em aminoácidos livres e podem assim ir para o sangue. Patologia: A pancreatite aguda é uma doença causada por obstrução da vida normal responsável pela secreção pancreática. Isso ocorre quando o zimogênio é convertido em sua forma ativa dentro das células pancreáticas, isto é, fora do seu local de atuação, por isso ele ataca o próprio tecido, ocasionando lesões ao órgão e fortes dores. Em que consiste: Na separação do grupamento amina do alfa-cetoácido (restante da cadeia). Destino das moléculas: -Grupamento amina: serve como fonte de nitrogênio para os compostos nitrogenados, e em casos de sobra, ele é eliminado, pois em sua forma livre ele vira um composto tóxico, a amônia; a qual é direcionada para o fígado sendo transformado em ureia. -Alfa-cetoácido: parte do aminoácido que se aproveita do ponto de vista energético, podendo ser usado no Ciclo de Krebs ou na Neoglicogênese Etapas p/ formação da ureia: Transaminação: consiste na transferência do grupamento amina (por meio da enzima aminotransferase) de um aminoácido para o alfa-cetogluterato. Essa reação acontece no citosol e forma o composto glutamato, que atua levando o grupamento amina para a síntese da ureia. Destino do glutamato: -Transporte por desaminação: o glutamato vai para a mitocôndria onde é desidrogenado, perdendo seus hidrogênios e o grupamento amina. -Transporte por transaminação: a enzima TGO vai retirar o grupamento amina do glutamato (que vira alfa-cetoglutarato), transferindo-o para o oxalocetato (que se transforma em aspartato). Transferência de amônia para o fígado: trata-se de uma “etapa extra”, para aminoácidos metabolizados em outros tecidos. Por ser tóxica, a amônia precisa ser incorporada em compostos não tóxicos que consigam atravessar a membrana. As principais formas desse transporte são a alanina e glutamina. DEGRADAÇÃO DE AMINOÁCIDOS Ciclo glicose-alanina: no músculo, o glutamato sofre a ação de uma enzima, que pega o seu grupamento amina e o transfere para o piruvato, formando assim a alanina, a mesma vai para o sangue e é enviada para o fígado. VANTAGENS: liberação da amônia e formação de glicose a partir do piruvato. Ocorre nos hepatócitos; Envolve dois compartimentos: a mitocôndria e o citosol; A ureia é formada por 1 átomo de carbono ligado a 2 de nitrogênio e 1 de oxigênio. Etapas da síntese: 1° reação – ocorre na mitocôndria, consiste na condensação entre a amônia e o gás carbônico, formando o carbamoil-fosfato. 2° reação – o carbamoil-fosfato se condensa com composto ornitina, formando citrulina; 3° reação – essa citrulina vai para o citoplasma, onde se condensa com aspartato, resultando na formação de argininossuccinato. 4° reação – quebra da molécula formada anteriormente, resultando em fumarato (intermediário do ciclo de Krebs) e arginina. 5° reação – a arginina recebe oxigênio, através da hidrolise, que quebra a ligação liberando ureia; de modo que a arginina volta a ser ornitina, que entra no ciclo e inicia tudo de novo. Balanço energético do ciclo: O gasto final é de somente 1 ATP, pois o ciclo da ureia forma fumarato, que se converte em oxalacetato, e produz NADH. Essa molécula de NADH ao transferir elétrons na cadeia respiratória sintetiza ATP, compensando assim o gasto anterior. Excreção de amônia gera muita perda de água, então, por exemplo, para animais terrestre isso não seria vantajoso, por isso excretamos ureia; Porque a amônia é toxica: -Porque ela pode diminuir a concentração de alfa-cetoglutarato, inibindo assim o Ciclo de Krebs; -Porque o aumento do glutamato provoca a síntese do GABA, um depressor do SNC, que causa sua inibição; -O excesso de glutamato pode ser convertido em glutamina, que quando se acumula no sistema nervoso, que aumenta a pressão osmótica, causando um edema cerebral. Patologia: -Fenilcetonúria: é um defeito no metabolismo da fenilalanina, que é transformado em tirosina (para ser utilizada, por exemplo, na síntese de melanina), Quando essa reação não ocorre, a fenilalanina vai ficar em excesso, formando o fenilpiruvato, que compete com o piruvato para entrar na mitocôndria, interrompendo assim a entrada do carboidrato no Ciclo de Krebs. Causa retardo mental e pode ser identificada no teste do pezinho. SÍNTESE DA UREIA: TOXIDADE DA AMÔNIA
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