Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
|3| LÍNGUA PORTUGUESA CONVENÇÕES DE ESCRITA ORTOGRAFIA A palavra Ortografia é formada por "orto", elemento de origem grega, usado como prefixo, com o significado de direito, reto, exato e "grafia", elemento de composição de origem grega com o significado de ação de escrever; ortografia, então, significa ação de escrever direito. É fácil escrever direito? Não!! É, de fato, muito difícil conhecer todas as regras de ortografia a fim de escrever com o mínimo de erros ortográficos. Hoje tentaremos facilitar um pouco mais essa matéria. Abaixo seguem algumas frases com as respectivas regras sobre o uso de ç, s, ss, z, x... Vamos a elas: 1) Uma das intenções da casa de detenção é levar o que cometeu graves infrações a alcançar a introspecção, por intermédio da reeducação. a) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TO: intento = intenção canto = canção exceto = exceção junto = junção b) Usa-se ç em palavras terminadas em TENÇÃO referentes a verbos derivados de TER: deter = detenção reter = retenção conter = contenção manter = manutenção c) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TOR: infrator = infração trator = tração redator = redação setor = seção d) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TIVO: introspectivo = introspecção relativo = relação ativo = ação intuitivo = intuição e) Usa-se ç em palavras derivadas de verbos dos quais se retira a desinência R: reeducar = reeducação importar = importação repartir = repartição fundir = fundição f) Usa-se ç após ditongo quando houver som de s: eleição, traição 2) A pretensa diversão de Creusa, a poetisa vencedora do concurso, implicou a sua expulsão, porque pôs uma frase horrorosa sobre a diretora Luísa. a) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em NDER ou NDIR: pretender = pretensão, pretensa, pretensioso defender = defesa, defensivo compreender = compreensão, compreensivo repreender = repreensão expandir = expansão fundir = fusão b) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em ERTER ou ERTIR: inverter = inversão converter = conversão perverter = perversão divertir = diversão c) Usa-se s após ditongo quando houver som de z: Creusa coisa maisena d) Usa-se s em palavras terminadas em ISA, substantivos femininos: Luísa Heloísa Poetisa Profetisa Obs.: Juíza escreve-se com z, por ser o feminino de juiz, que também se escreve com z. e) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em CORRER ou PELIR: concorrer = concurso discorrer = discurso expelir = expulso, expulsão compelir = compulsório f) Usa-se s na conjugação dos verbos PÔR, QUERER, USAR: ele pôs ele quis ele usou g) Usa-se s em palavras terminadas em ASE, ESE, ISE, OSE: frase tese crise osmose Exceções: deslize e gaze. h) Usa-se s em palavras terminadas em OSO, OSA: horrorosa gostoso Exceção: gozo |4| 3) I. Teresinha, a esposa do camponês inglês, avisou que cantaria de improviso. II. Aterrorizada pela embriaguez do marido, a mulherzinha não fez a limpeza. a) Usa-se o sufixo indicador de diminutivo INHO com s quando esta letra fizer parte do radical da palavra de origem; com z quando a palavra de origem não tiver o radical terminado em s: Teresa = Teresinha Casa = casinha Mulher = mulherzinha Pão = pãozinho b) Os verbos terminados em ISAR serão escritos com s quando esta letra fizer parte do radical da palavra de origem; os terminados em IZAR serão escritos com z quando a palavra de origem não tiver o radical terminado em s: improviso = improvisar análise = analisar pesquisa = pesquisar terror = aterrorizar útil = utilizar economia = economizar c) As palavras terminadas em ÊS e ESA serão escritas com s quando indicarem nacionalidade, títulos ou nomes próprios; as terminadas em EZ e EZA serão escritas com z quando forem substantivos abstratos provindos de adjetivos, ou seja, quando indicarem qualidade: Teresa Camponês Inglês Embriaguez Limpeza 4) O excesso de concessões dava a impressão de compromisso com o progresso. a) Os verbos terminados em CEDER terão palavras derivadas escritas com CESS: exceder = excesso, excessivo conceder = concessão proceder = processo b) Os verbos terminados em PRIMIR terão palavras derivadas escritas com PRESS: imprimir = impressão deprimir = depressão c) Os verbos terminados em GREDIR terão palavras derivadas escritas com GRESS: progredir = progresso agredir = agressor, agressão, agressivo transgredir = transgressão, transgressor d) Os verbos terminados em METER terão palavras derivadas escritas com MISSou MESS: comprometer = compromisso prometer = promessa intrometer = intromissão remeter = remessa 5) Para que os filhos se encorajem, o lojista come jiló com canjica. a) Escreve-se com j a conjugação dos verbos terminados em JAR: Viajar = espero que eles viajem Encorajar = para que eles se encorajem Enferrujar = que não se enferrujem as portas b) Escrevem-se com j as palavras derivadas de vocábulos terminados em JA: loja = lojista canja = canjica sarja = sarjeta gorja = gorjeta c) Escrevem com j as palavras de origem tupi-guarani. Jiló Jibóia Jirau 6) O relógio que ele trouxe da viagem ao México em uma caixa de madeira caiu na enxurrada. a) Escrevem-se com g as palavras terminadas em ÁGIO, ÉGIO, ÍGIO, ÓGIO, ÚGIO: pedágio sacrilégio prestígio relógio refúgio b) Escrevem-se com g os substantivos terminados em GEM: a viagem a coragem a ferrugem Exceções: pajem, lambujem c) Palavras iniciadas por ME serão escritas com x: Mexerica México Mexilhão Mexer Exceção: mecha de cabelos d) As palavras iniciadas por EN serão escritas com x, a não ser que provenham de vocábulos iniciados por ch: Enxada Enxerto Enxurrada Encher – provém de cheio Enchumaçar – provém de chumaço e) Usa-s x após ditongo: ameixa caixa peixe Exceções: recauchutar, guache |5| ACENTUAÇÃO GRÁFICA ● Acento tônico/ gráfico 1. Sílaba tônica - A sílaba proferida com mais intensidade que as outras é a sílaba tônica. Esta possui o acento tônico, também chamado acento de intensidade ou prosódico. Nem sempre a sílaba tônica recebe acento gráfico. Exemplos: cajá, caderno, lâmpada 2. Sílaba subtônica - Algumas palavras geralmente derivadas e polissílabas, além do acento tônico, possuem um acento secundário. A sílaba com acento secundário é chamada de subtônica. Exemplos: terrinha, sozinho 3. Sílaba átona - As sílabas que não são tônicas nem subtônicas chamam-se átonas. Podem ser pretônicas (antes da tônica) ou postônicas (depois da tônica), Exemplos: Barata (átona pretônica, tônica, átona postônica) Máquina (tônica, átona postônica, átona postônica) Não confunda acento tônico com acento gráfico. O acento tônico está relacionado com intensidade de som e existe em todas as palavras com duas ou mais sílabas. O acento gráfico existirá em apenas algumas palavras e será usado de acordo com regras de acentuação. Quanto aos monossílabos, eles podem ser: a) Átonos: não possuem acentuação própria, isto é, são pronunciados com pouca intensidade: o, lhe, e, se, a. b) Tônicos: possuem acentuação própria, isto é, são pronunciados com muita intensidade: lá, pá, mim, pôs, tu, lã. Os monossílabos tônicos soam distintamente no interior da frase:já os monossílabos átonos, não possuindo acentuação própria, soam como uma sílaba da palavra anterior ou da palavra posterior. Quero encontrá-la lá. Dê o livro de Português. Tenho dó do menino. A distinção entre monossílabo tônico e monossílabo átono depende do contexto, ou seja, eles têm que ser analisados numa frase. Fora do contexto, todos os monossílabos são tônicos. Classificação das palavras quanto à sílaba tônica Quanto à posição da sílaba tônica, as palavras classificam-se em: a) Oxítonas: a sílaba tônica é a última sílaba da palavra. Exemplos: ma-ra-cu-já, ca-fé, re-com-por. b) Paroxítonas: a sílaba tônica é a penúltima sílaba da palavra. Exemplos: ca-dei-ra, ca-rá-ter, me-sa. c) Proparoxítonas: a sílaba tônica é a antepenúltima sílaba da palavra. Exemplos: sí-la-ba, me-ta-fí-si-ca, lâm-pa-da. Nem sempre a sílaba tônica vem indicada com acento gráfico. Dessa forma, é fundamental distinguir o acento tônico do acento gráfico. Acento tônico é o acento da fala; marca a maior intensidade na pronúncia de uma sílaba. O acento gráfico é o sinal utilizado, em algumas palavras, para indicar a sílaba tônica. Acentuação gráfica 1. Regras gerais: Para acentuar corretamente as palavras, convém observar as seguintes regras: 1.1. Proparoxítonas Todos os vocábulos proparoxítonos são acentuados. Exemplos: árvore, metafísica, lâmpada, pêssego, quiséssemos, África, Ângela. 1.2. Paroxítonas São acentuados os vocábulos paroxítonos terminados em: i(s): júri, júris, lápis, tênis. us: vírus, bônus. um/uns: álbum, álbuns. r: caráter, mártir, revólver. x: tórax, ônix, látex. n: hífen, pólen, mícron, próton. l: fácil, amável, indelével. Ditongo: Itália, Áustria, memória, cárie, róseo, Ásia, Cássia, fáceis, imóveis, fósseis, jérsei. ão(s): órgão(s), sótão(s), ófão(s), bênção(s). ã(s): órfã(s), ímã(s). ps: bíceps, fórceps Não se acentuam os paroxítonos terminados em ens: hifens, polens, jovens, nuvens, homens. Não se acentuam os prefixos paroxítonos terminados em i ou r: super-homem, inter-helênico, semi- selvagem. 1.3. Oxítonas São acentuados os vocábulos terminados em: a(s), e(s), o(s): maracujá, ananás, café, você, dominó, paletós, vovô, vovó, Paraná. em/ens: armazém, vintém, armazéns, vinténs. |6| Acentuam-se também os monossílabos tônicos terminados em a, e, o (seguidos ou não de s): pá, pé, pó, pás, pés, pós, lê, dê, hás, crês. As formas verbais terminadas em a, e, o tônicos seguidos de lo, la, los, las também são acentuadas: amá- lo, dizê-lo, repô-lo, fá-lo, repô-la, fá-lo-á, pô-lo, comprá-la-á. O til vale como acento tônico se outro acento não figura no vocábulo: lã, fã, irmã, alemã. 2. Regras especiais Além das anteriormente vistas, cumpre observar ainda as seguintes regras: a) Acentuam-se os ditongos de pronúncia aberta éu, éi, ói APENAS em palavras oxítonas ou monossilábicas: chapéu, céu, anéis, pastéis, coronéis, herói. Observação: Não se acentuam os ditongos abertos de palavras paroxítonas: jiboia – plateia – estreia – paranoia – heroico, etc b) Coloca-se acento nas vogais i e u que formam hiato com a vogal anterior: sa-í-da, sa-ís-te, sa-ú-de, ba-la- ús-tre, ba-ú, ra-í-zes, ju-í-zes, Lu-ís, pa-ís, He-lo-í- sa, Ja-ú. Observações: Não se acentuam o i e o u que formam hiato quando seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z: Ra-ul, ru-im, sa-ir-des, ju-iz. Também não se acentua o hiato seguido do dígrafo nh: ra-i-nha, ven-to-i-nha, ba-i-nha. Observações finais i) Os verbos ter e vir levam acento circunflexo na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo: ele tem/ eles têm, ele vem/eles vêm. ii) Os verbos derivados de ter e vir levam acento agudo na 3ª pessoa do singular e acento circunflexo na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo: ele retém/ eles retêm, ele intervém /eles intervêm. iii) Recebem acento diferencial as seguintes palavras: pôr (verbo), para diferenciar de por (preposição). pôde(3ª pessoa do singular do pretérito perfeito), para diferenciar de pode (3ª pessoa do singular do presente o indicativo) Não mais recebem acento diferencial: para (preposição e verbo), pera (fruta), polo (extremidades do eixo da Terra e nome de um jogo) O USO DOS PORQUÊS: POR QUE - grafa-se separadamente e sem acento: a) Orações interrogativas diretas (equivale a por que motivo): Por que ele saiu? b) Orações interrogativas indiretas (equivale a por que motivo): Não sei por que ele saiu. c) Pronome relativo (equivale a pelo(a) qual): O caminho por que (pelo qual) passei era difícil. POR QUÊ - grafa-se separadamente e com acento, quando ocorrer no fim de frases interrogativas (equivale a por que motivo): Ele saiu cedo, por quê? Você não aceitou minha sugestão. Por quê? PORQUE - grafa-se numa única palavra quando for empregado como conjunção, geralmente causal ou explicativa. Neste caso pode ser substituído pela conjuncão pois. É a resposta da pergunta. Saí cedo, porque tinha um sério compromisso. PORQUÊ - grafa-se numa única palavra e acentuado quando for substantivo. Não sei o porquê de sua revolta. Nesse caso, pode ser reconhecido: a) pela anteposição do artigo; b) substituindo-o pelas palavras “motivo”, “causa”. Anotações |7| MORFOLOGIA PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS ● Conceitos Importantes Palavras Cognatas São palavras que possuem o mesmo radical. Também conhecidas por famílias etimológicas Ex.: locutor locutório elocução interlocutor locução Derivação Acréscimo de afixos (Prefixos e/ou Sufixos) à palavra primitiva Ex.: des + honra = desonra Composição União de dois ou mais radicais Ex.: ponta + pé = pontapé ● Tipos de Derivação 1) Derivação Prefixal Exemplos: desleal, inapto, infeliz, subsolo, retroagir, etc. 2) Derivação Sufixal Exemplos: lealdade, deslocamento, felizmente, idiotismo, etc. 3) Derivação Prefixal e Sufixal Exemplos: deslealdade, infelizmente, etc. 4) Derivação Parassintética Forma-se palavra pela anexação SIMULTÂNEA de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Exemplos: a + noite + ecer = anoitecer en + gaiola + ar = engaiolar a + manhã + ecer = amanhecer Observação: Na derivação prefixal e sufixal, para formar palavra, não há obrigatoriedade de acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo. 5) Derivação Regressiva A palavra primitiva reduz-se ao formar a palavra derivada. Também conhecida como deverbal. Exemplos: cantar canto roubar roubo vender venda flamengo mengo Observação: Não confundir a derivação regressiva com a sufixal. Na primeira, o substantivo se forma a partir do verbo. Já na segunda, o verbo se forma a partir do substantivo. Exemplos: Roubar Roubo (Derivação Regressiva) Vender Venda (Derivação Regressiva) Ancorar Âncora (Derivação Sufixal) 6) Derivação Imprópria A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical. Exemplos: a) Os adjetivos passam a substantivos Os bons serão contemplados. b) Os particípios passam a substantivos ou adjetivos Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso. c) Os infinitivos passam a substantivos O andar de Roberta era fascinante. O badalar dos sinos soou na cidadezinha. d) Os substantivos passam a adjetivos O funcionário fantasmafoi despedido. O menino prodígio resolveu o problema. e) Os adjetivos passam a advérbios Falei baixo para que ninguém escutasse. f) Palavras invariáveis passam a substantivos Não entendo o porquê disso tudo. g) Substantivos próprios tornam-se comuns. Aquele coordenador é um caxias! (chefe severo e exigente) ● Tipos de Composição 1) Por Justaposição Consiste em formar compostos que ficam lado a lado, ou seja, justapostos, sem que nenhum dos agregados sofra alteração em sua forma original. Exemplos: passatempo (passa + tempo), girassol (gira + sol), couve-flor (couve + flor) 2) Por Aglutinação Consiste em formar compostos em que ao menos um dos elementos agregados sofre alteração em sua forma original Exemplos: aguardente (água + ardente), planalto (plano + alto), embora (em + boa + hora) |8| OUTROS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS 1) Hibridismo Consiste na formação de palavras compostas por elementos provenientes de idiomas diferentes. Exemplos: automóvel (grego e latim) burocracia (francês e grego) sociologia (latim e grego) 2) Estrangeirismo Ocorre quando não existe, na nossa língua, uma palavra que nomeie o determinado ser, sensação ou fenômeno. Há, portanto, uma incorporação literal de um vocábulo usado em outra língua, sem nenhuma adaptação ao português falado. Exemplos: internet, hardware, iceberg, mouse, etc. 3) Empréstimo Linguístico Ocorre quando há incorporação de um vocábulo pertencente a outra língua, adaptando-o ao português falado. Exemplos: estresse, futebol, bife, blecaute, etc CLASSES DE PALAVRAS (GENERALIDADES) A gramática portuguesa divide as palavras do idioma em dez classes. Dentre as dez, há duas que podemos chamar de básicas ou nucleares: o substantivo e o verbo. Com apenas essas duas classes de palavras, podem-se construir frases, tais como: Acidentes acontecem. (substantivo + verbo) Barulho incomoda. (substantivo + verbo) 1) SUBSTANTIVO Pertencem a essa classe todas as palavras que designam os seres em geral, as entidades reais ou imagináveis. Exemplos: mesa, lua, luz, fada, centauro, ilusão, tristeza. 2) VERBO Pertencem a essa classe as palavras que designam ações, processos que ocorrem com os seres em geral. Exemplos: brilhar, correr, padecer, sorrir, pôr, ter. OS SATÉLITES DOS SUBSTANTIVOS 3) ADJETIVO Classe de palavras que servem para indicar as qualidades, as propriedades do substantivo. Exemplos: poroso leve giz branco frágil comprido (substantivo + adjetivos) LOCUÇÃO ADJETIVA Trata-se de uma expressão formada de preposição mais substantivo, qualificadora de outro substantivo. Exemplos: de madeira de tijolo casa sem porta com varanda de praia (substantivo + locuções adjetivas) 4) NUMERAL Classe que, em princípio, serve para indicar a quantidade dos substantivos, quantos são eles (um, dois, dez, o triplo, o quádruplo, um terço, um quinto). O numeral ordinal indica em que posição se localiza certo substantivo numa escala de números dispostos em série (décimo, trigésimo, centésimo). 5) ARTIGO Classe que serve, basicamente, para indicar se o substantivo é concebido como algo já definido e conhecido previamente, ou como algo indefinido e ainda não nomeado. Exemplos: Era uma vez um cordeiro e um lobo que bebiam água à beira de um córrego. Então, o lobo disse para o cordeiro: ―Por que está você sujando o córrego em que estou bebendo?‖ Como se vê, os artigos indefinidos (um) no trecho I servem para indicar que os substantivos cordeiro, lobo e córrego não haviam ainda sido citados, tratando-se, pois, de entidades indefinidas. No trecho II, os artigos definidos (o) indicam que os três substantivos já são dados como conhecidos por terem sido anteriormente mencionados. |9| OBSERVAÇÃO: No interior da frase, a sequência formada pelo substantivo e seus satélites é chamada de grupo nominal. Exemplo: Os dois principais pilotos do Brasil abandonaram a corrida. (grupo nominal) O SATÉLITE DO VERBO 6) ADVÉRBIO Como o próprio nome indica, pertencem a essa classe as palavras que se associam ao verbo para indicar as várias circunstâncias que envolvem a ação. Exemplos: suavemente ontem A aeronave pousou aqui longe (verbo + advérbios) LOCUÇÃO ADVERBIAL Trata-se de uma expressão formada de preposição mais substantivo, modificadora do verbo. Exemplos: com suavidade por acaso A aeronave pousou sem atraso no deserto (verbo + locuções adverbiais) OBSERVAÇÃO: O advérbio pode também ser associado: • Ao adjetivo Ayrton Senna era um piloto muito arrojado (substantivo + advérbio + adjetivo) • A outro advérbio A notícia chegou muito cedo. (verbo + advérbio + advérbio) 7) PRONOME É uma classe de palavras que serve para indicar uma das três pessoas do discurso ou situar alguma coisa em relação a essas três pessoas. Por convenção, considera-se: — 1ª pessoa: a que fala; — 2ª pessoa: aquela com quem se fala; — 3ª pessoa: aquela de quem se fala. PRONOME ADJETIVO Vem sempre associado a um substantivo da frase. Exemplo: Chegou a sua encomenda. (pronome adjetivo + substantivo) PRONOME SUBSTANTIVO Vem sempre num lugar que é próprio de substantivo. Exemplo: Chegou notícia sobre o governador (substantivo) Ele não quis dar entrevistas (pronome substantivo) CONECTIVOS Duas classes de palavras possuem a função de conectar elementos da frase: a preposição e a conjunção. 8) PREPOSIÇÃO Classe de palavras que serve para estabelecer conexão entre uma palavra e outra. Exemplo: Um homem de chapéu me olhou com desconfiança. (preposição) As preposições mais usuais são: a, ante, após, até com, contra de, desde em, entre para, perante, por sem, sob, sobre. 9) CONJUNÇÃO Classe de palavras que estabelece conexão entre uma oração e outra. Exemplo: Só me declararam que o tempo estava bom. Chegou atrasado, pois seu carro estava no conserto. 10) INTERJEIÇÃO Pertencem a essa classe palavras invariáveis que exprimem, de maneira inarticulada (impossível de segmentar), sentimentos e reações de natureza emocional. Exemplos: Ah! Oh! Alô! Olá! APROFUNDAMENTO EM PRONOMES O pronome é a palavra que substitui o substantivo (pronome substantivo) ou o acompanha (pronome adjetivo), indicando sua posição em relação às pessoas do discurso ou situando-o no espaço e tempo. O pronome flexiona-se em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e pessoa (primeira, segunda e terceira). |10| 1) Pronomes Pessoais Pronome pessoal é aquele que indica as pessoas do discurso. Primeira pessoa: aquela que fala (emissor) Segunda pessoa: aquela com que se fala (receptor) Terceira pessoa: aquela de quem se fala (referente) O pronome pessoal flexiona-se em gênero, número, pessoa e caso (reto ou oblíquo). Pronome pessoal do caso reto: exerce função de sujeito da oração. Ex: Eu vou pra casa. Pronome pessoal do caso oblíquo: exerce a função de complemento. Os pronomes pessoais oblíquos dividem-se em átonos e tônicos. Os tônicos sempre vêm precedidos de preposição, e os átonos não. Ex: Tome a sua riqueza, e fique com ela. (oblíquo tônico) Mamãe mandou me chamar. (oblíquo átono) Os pronomes ele, ela, nós, vós, eles, elas, quando precedidos de preposição, são oblíquos tônicos. Pronomes pessoais Número Pessoa Pronomesretos Pronomes oblíquos Átonos Tônicos Singular Primeira Segunda Terceira Eu Tu Ele, Ela Me te o, a, lhe, se mim, comigo ti, contigo si, consigo Plural Primeira Segunda Terceira Nós Vós Eles, Elas Nos vos os, as, lhes, se nós, conosco vós, convosco eles, elas, si, consigo OBSERVAÇÕES: A) Utilizam-se as formas nós e vós em vez de conosco ou convosco quando vierem reforçadas por numeral ou pronome: Ex: Eles ficaram com nós dois. Paulo irá com nós todos. B) Após preposição, utilizam-se sempre os pronomes oblíquos tônicos mim e ti, nunca eu ou tu. Ex: Este problema é entre você e mim. Não há nada entre mim e ele. Este problema é entre eu e você (ERRADO). Este problema é entre você e eu. (ERRADO) C) Empreste seu caderno para mim. (a preposição rege o pronome) Empreste seu caderno para eu estudar. (a preposição rege o verbo) 2) Pronome de tratamento: É a palavra (ou locução) com valor de pronome pessoal. ATENÇÃO: É usado para designar a segunda ou terceira pessoa do discurso, e sempre concorda com a terceira pessoa. Ex: Você vai estudar ? Vossa Alteza tem algum problema ? (falando com um príncipe) Sua Alteza está preocupada. (falando de um príncipe) SINGULAR PLURAL USO Vossa Alteza (V.A.) Vossas Altezas (VV.AA.) Príncipes, duques Vossa Eminência (V.Em.ª) Vossas Eminências (V.Em. as ) Cardeais Vossa Excelência (V.Ex.ª) Vossas Excelências (V.Ex. as ) Altas autoridades Vossa Magnificência (V. Mag.ª) Vossas Magnificências (V.Mag. as ) Reitores de universidade Vossa Majestade (V.M.) Vossas Majestades (VV.MM.) Reis, imperadores Vossa Reverendíssima (V.Rev. ma ) Vossas Reverendíssimas (V.Rev. mas ) Sacerdotes Vossa Senhoria (V.S.ª) Vossas Senhorias (V.S. as ) Oficiais, funcionários graduados e na linguagem comercial 3) Pronomes Possessivos Pronome possessivo é aquele que associa a ideia de posse às pessoas do discurso. Ex: Meu amigo sofreu muito. PRONOMES POSSESSIVOS Pessoa Um possuidor Mais de um possuidor Uma coisa possuída Mais de uma coisa possuída Uma coisa Possuída Mais de uma coisa possuída Primeira Segunda Terceira meu, minha teu, tua seu, sua meus, minhas teus, tuas seus, suas nosso, nossa vosso, vossa seu, sua nossos, nossas vossos, vossas seus, suas |11| O pronome concorda em gênero e número com a coisa possuída, e em pessoa com o possuidor. OBSERVAÇÕES: A) Para evitar ambiguidades, podemos utilizar as formas dele, dela, deles, delas. Ex: João e Maria gritaram quando a bala atingiu sua perna. João e Maria gritaram quando a bala atingiu a perna dele. B) Pronome possessivo adjetivo: Minha casa é bela. Pronome possessivo substantivo: Meu carro é negro. E o seu ? C) Os pronomes oblíquos átonos me, te, lhe, nos, vos, lhes podem ter valor de possessivo. Ex: Beijei-lhe as mãos. = Beijei as suas mãos. ―Tua nobre presença à lembrança / A grandeza da pátria nos traz‖ = Tua nobre presença traz a grandeza da pátria à nossa lembrança. ―A repulsa estampava-se-lhe nos músculos da face‖. (José Mauro de Vasconcelos) = A repulsa estampava-se nos músculos de sua face. 4) Pronomes Demonstrativos Pronome demonstrativo é aquele que indica a posição de um ser em relação às pessoas do discurso, situando-o no tempo ou no espaço. PRONOMES DEMONSTRATIVOS Pessoa Situação no espaço Situação no tempo Pronomes variáveis Pronomes invariáveis Primeira Proximida de da pessoa que fala Presente este, esta estes, estas isto Segunda Proximida de da pessoa com que se fala ou coisa pouco distante Passado ou futuro próximos esse, essa esses, essas isso Terceira Proximida de da pessoa de quem se fala ou coisa muito distante Passado remoto aquele, aquela aqueles, aquelas aquilo OBSERVAÇÕES A) As palavras o, a, os, as podem desempenhar o papel de pronomes demonstrativos. Ex: Vai e faze o que deves fazer. (= aquilo que deve fazer) Leve esse dinheiro – é tudo o que tenho (= aquilo) B) As palavras semelhante, próprio, mesmo também podem desempenhar o papel de pronomes demonstrativos. Ex: Estivemos reunidos naquela mesma noite. Os próprios diretores se enganaram. Não aceito tais condições. C) Os pronomes demonstrativos podem fazer referência a elementos do próprio discurso. Ex: Pedro Paulo e René são nossos professores: este, de geografia, e aquele, de matemática. 5) Pronomes Relativos Pronome relativo é aquele que se refere a um termo expresso anteriormente. Pronomes relativos Variáveis Invariáveis o qual cujo quanto que quem onde Ex: a escola onde estudo o professor que fala inglês a tia em cuja casa morei a) Emprego dos Pronomes Relativos Que, chamado pronome relativo universal, é o pronome relativo mais usado, podendo referir-se a pessoa ou coisa, no singular ou no plural. Ex: Esta é a criança que estava chorando ontem. O qual (e flexões) é utilizado depois de pessoa ou coisa, por razões de clareza. Ex: A filha do meu primo, a qual estuda em Brasília, ficará em minha casa. Cujo (e flexões) normalmente estabelece uma relação de posse entre o antecedente e o termo que especifica. Ex: O convidado cujo filho não se comportar será advertido. (filho do convidado) Os meninos cujas unhas estavam limpas foram elogiados. (unhas dos meninos) ATENÇÃO: Nunca devemos usar artigo definido depois de cujo e suas flexões. Ex: Este é o pai cujo o filho é o infrator.(ERRADO) |12| Quem refere-se unicamente a pessoa ou a coisa personificada. Ex: Nunca mais vi o cachorro a quem eu amava tanto. Confirmou-se a culpa do profissional de quem eu suspeitava. Onde é utilizado unicamente na indicação de lugar. Ex: Itajubá é uma cidade onde o ensino é valorizado. Quando é utilizado na indicação de tempo. Ex: Estávamos esperando o momento quando o céu se tornaria azul. Como é utilizado na indicação de modo. Ex: Não aprovo a maneira como você foi tratado. b) Emprego de preposições antes de pronomes relativos Se, na segunda oração, for necessária uma preposição antes do termo substituído pelo pronome relativo, essa preposição deverá ser colocada antes do pronome. Ex: Este é o livro. Eu falei do livro. Este é o livro de que eu falei. Observe os seguintes exemplos: Esse é o livro a que eu me referi. (referi-me ao livro) Minha namorada é a menina com quem eu saí ontem. (saí com a menina) O professor ao qual eu entreguei o livro não veio hoje. (entreguei ao professor) Não cuspa no prato em que você comeu. (comeu no prato) O filme a que você fez referência é muito bonito. (referência ao filme) Os remédios dos quais temos necessidade foram entregues. (necessidade dos remédios) A regra também é válida para o pronome relativo cujo(a). Observe: O professor a cuja aula faltei esclareceu minhas dúvidas. (faltei à aula do professor) O técnico de cuja ajuda necessito está aqui. (necessito da ajuda do técnico) O estagiário com cujo irmão falei acaba de chegar. (falei com o irmãodo estagiário) O presidente sobre cuja vida escrevi faleceu. (escrevi sobre a vida do presidente) OBSERVAÇÕES A) O qual (e flexões) é exclusivamente pronome relativo. A substituição de que, quem e onde por o qual permite verificar se essas palavras são pronomes relativos. O livro que eu li. = O livro o qual eu li. O engenheiro com quem eu falei. = O engenheiro com o qual eu falei. A fazenda onde eu estive. = A fazenda na qual eu estive. B) Não se usa artigo depois de cujo. ―Cujo o filho‖ é incorreto. C) Onde equivale a em que, no qual. A casa onde eu morei. = A casa em que eu morei. Como onde só é utilizado na indicação de lugares, expressões como ―a festa onde eu conheci você‖ estão incorretas, sendo mais adequado ―a festa em que eu conheci você‖. (Observe que uma festa não é um lugar, mas uma ocasião). 6) Pronomes Indefinidos Pronome indefinido é aquele que se refere aos seres de modo impreciso, indeterminado, genérico. Ex: Alguém estava me seguindo. Pronomes indefinidos Variáveis Invariáveis Algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco, certo, vários, tanto, quanto, qualquer, um alguém, ninguém, tudo, outrem, nada, cada, algo, algures, alhures, nenhures OBSERVAÇÕES Chamam-se locuções pronominais indefinidas os grupos de palavras com valor de pronome indefinido. Ex: quem quer que, cada qual, todo aquele, seja quem for, etc. 7) Pronomes Interrogativos Pronome interrogativo é aquele utilizado para formular uma pergunta. Os principais são: quem, que, qual, quanto. Ex: Quantos anos você tem? Qual o seu nome? OBSERVAÇÕES A) Pelo próprio caráter da interrogação, os pronomes interrogativos assemelham-se aos pronomes indefinidos. B) Interrogações indiretas: Gostaria de saber quem pintou essa obra. |13| Aprofundamento em Verbos 1) Formação dos Tempos Verbais Temos, na Língua Portuguesa, apenas três tempos primitivos: Presente do Indicativo, Pretérito Perfeito do Indicativo e Infinitivo Impessoal. Deles, derivam os demais tempos verbais. Vejamos como se dá essa formação: Tempos derivados do Presente do Indicativo O Presente do Indicativo forma o Presente do Subjuntivo e o Modo Imperativo. a) Presente do Subjuntivo O Presente do Subjuntivo é obtido pela eliminação da desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do indicativo (eu). Aos verbos de 1ª conjugação, acrescenta-se -e; aos de 2ª e 3ª, -a, acrescentando-se, ainda, as mesmas desinências do Presente do Subjuntivo para os verbos regulares. Por exemplo, veja a conjugação dos verbos cantar, vender e sorrir. Eu canto (- o + e) = talvez eu cante, tu cantes, ele cante, nós cantemos, vós canteis, eles cantem Eu vendo (- o + a) = é possível que eu venda, tu vendas, ele venda, nós vendamos, vós vendais, eles vendam Eu sorrio (-o + a) = quem sabe eu sorria, tu sorrias, ele sorria, nós sorriamos, vós sorriais, eles sorriam Exceções: querer = Eu quero / queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram. ir = Eu vou / vá, vás, vá, vamos, vades, vão. saber = Eu sei / saiba, saibas, saiba, saibamos, saibais, saibam. ser = Eu sou / seja, sejas, seja, sejamos, sejais, sejam. haver = Eu hei / haja, hajas, haja, hajamos, hajais, hajam. b) Imperativo Afirmativo O Imperativo Afirmativo provém do Presente do Indicativo e do Presente do Subjuntivo. Tu e vós provêm do Presente do Indicativo, sem a desinência -s; Você, nós e vocês provêm do Presente do Subjuntivo. Por exemplo, veja a conjugação do verbo cantar. Presente do indicativo: Eu canto, tu cantas, ele canta, nós cantamos, vós cantais, eles cantam. Presente do Subjuntivo: Talvez eu cante, tu cantes, ele cante, nós cantemos, vós canteis, eles cantem. Imperativo Afirmativo: canta (tu), cante(você), cantemos(nós), cantai(vós), cantem(vocês). Exceção: Ser = sê tu, seja você, sejamos nós, sede vós, sejam vocês. c) Imperativo Negativo O Imperativo Negativo provém do Presente do Subjuntivo. Por exemplo, veja a conjugação do verbo cantar: Não cantes(tu), Não cante(você), Não cantemos(nós), Não canteis(vós), Não cantem(vocês). Tempos derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo O Pretérito Perfeito do Indicativo forma o Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo, o Futuro do Subjuntivo e o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo. a) Pretérito Mais-que-Perfeito do Indicativo O Pretérito Mais-que-Perfeito do Indicativo é obtido pela eliminação da desinência -ste da segunda pessoa do singular (tu), acrescentando-se as respectivas desinências número-pessoais. Por exemplo, veja a conjugação dos verbos ver, vir e pôr. Tu viste - ste = eu vira, tu viras, ele vira, nós víramos, vós víreis, eles viram Tu vieste - ste = eu viera, tu vieras, ele viera, nós viéramos, vós viéreis, eles vieram Tu puseste – ste = eu pusera, tu puseras, ele pusera, nós puséramos, vós puséreis, eles puseram b) Futuro do Subjuntivo O Futuro do Subjuntivo é obtido pela eliminação da desinência -ste da segunda pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo (tu), acrescentando-se as respectivas desinências número-pessoais. O Futuro do Subjuntivo sempre é iniciado pelas conjunções quando ou se. Por exemplo, veja a conjugação dos verbos ver, vir e pôr. Tu viste - ste = quando eu vir, tu vires, ele vir, nós virmos, vós virdes, eles virem. Tu vieste - ste = quando eu vier, tu vieres, ele vier, nós viermos, vós vierdes, eles vierem. Tu puseste - ste = quando eu puser, tu puseres, ele puser, nós pusermos, vós puserdes, eles puserem. |14| c) Pretérito Imperfeito do Subjuntivo O Pretérito Imperfeito do Subjuntivo é obtido pela eliminação da desinência -ste da segunda pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo (tu), acrescentando-se as respectivas desinências do Pretérito Imperfeito do Subjuntivo. O Pretérito Imperfeito do Subjuntivo sempre é iniciado pelas conjunções caso ou se. Por exemplo, veja a conjugação dos verbos ver, vir e pôr. Tu viste - ste + sse = se eu visse, tu visses, ele visse, nós víssemos, vós vísseis, eles vissem. Tu vieste - ste + sse = se eu viesse, tu viesses, ele viesse, nós viéssemos, vós viésseis, eles viessem. Tu puseste - ste + sse = se eu pusesse, tu pusesses, ele pusesse, nós puséssemos, vós pusésseis, eles pusessem. Tempos derivados do Infinitivo Impessoal O Infinitivo Impessoal forma o Futuro do Presente do Indicativo, o Futuro do Pretérito do Indicativo e o Pretérito Imperfeito do Indicativo. a) Futuro do Presente do Indicativo O Futuro do Presente do Indicativo é obtido pelo acréscimo ao infinitivo das desinências -ei / ás / á / emos / eis / ão. Por exemplo, veja a conjugação dos verbos cantar, vender e sorrir. cantar = eu cantarei, tu cantarás, ele cantará, nós cantaremos, vós cantareis, eles cantarão. vender = eu venderei, tu venderás, ele venderá, nós venderemos, vós vendereis, eles venderão. sorrir = eu sorrirei, tu sorrirás, ele sorrirá, nós sorriremos, vós sorrireis, eles sorrirão. b) Futuro do Pretérito do Indicativo O Futuro do Pretérito do Indicativo é obtido pelo acréscimo ao infinitivo das desinências -ia / ias / ia / íamos / íeis / iam. Por exemplo, veja a conjugação dos verbos cantar, vender e sorrir. cantar = eu cantaria, tu cantarias, ele cantaria, nós cantaríamos, vós cantaríeis, eles cantariam. vender = eu venderia, tu venderias, ele venderia, nós venderíamos, vós venderíeis, eles venderiam. sorrir = eu sorriria,tu sorririas, ele sorriria, nós sorriríamos, vós sorriríeis, eles sorririam. Exceções: Os verbos fazer, dizer e trazer são conjugados no Futuro do Presente e no Futuro do Pretérito, seguindo-se as mesmas regras acima, porém sem as letras ze, sendo estruturados, então, assim: far, dir, trar. fazer = eu farei, tu farás, ele fará, nós faremos, vós fareis, eles farão. dizer = eu diria, tu dirias, ele diria, nós diríamos, vós diríeis, eles diriam. trazer = eu trarei, tu trarás, ele trará, nós traremos, vós trareis, eles trarão. b) Infinitivo Pessoal O Infinitivo Pessoal é obtido pelo acréscimo ao infinitivo das desinências / - / es / - / mos / des / em. Por exemplo, veja a conjugação dos verbos cantar, vender e sorrir. cantar = era para eu cantar, tu cantares, ele cantar, nós cantarmos, vós cantardes, eles cantarem. vender = era para eu vender, tu venderes, ele vender, nós vendermos, vós venderdes, eles venderem. sorrir = era para eu sorrir, tu sorrires, ele sorrir, nós sorrirmos, vós sorrirdes, eles sorrirem. c) Pretérito Imperfeito do Indicativo O Pretérito Imperfeito do Indicativo é obtido pela eliminação da terminação verbal -ar, -er, -ir do Infinitivo Impessoal, acrescentando-se a desinência -ava- para os verbos terminados em -ar e a desinência –ia para os verbos terminados em -er e -ir e, depois, as mesmas desinências número-pessoais para os verbos regulares ( - / s / - / mos / is / m). Na segunda pessoa do plural (vós), troca-se o -a por -e. cantar - ar + ava = eu cantava, tu cantavas, ele cantava, nós cantávamos, vós cantáveis, eles cantavam. vender - er + ia = eu vendia, tu vendias, ele vendia, nós vendíamos, vós vendíeis, eles vendiam. sorrir - ir + ia = eu sorria, tu sorrias, ele sorria, nós sorríamos, vós sorríeis, eles sorriam. Exceções Os verbos que não seguem as regras acima são ter, pôr, vir e ser. Ter = tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham. Pôr = punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis, punham. Vir = vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham. Ser = era, eras, era, éramos, éreis, eram. 2) Uso dos Tempos Verbais Quando uma pessoa diz "Tomo banho todos os dias", será que naquele exato momento ela está tomando banho? Não. O verbo está no presente, mas sua função é indicar um fato que se repete, um presente habitual. Numa aula de história o professor fala: "Então, nesse dia, Napoleão invade ..." A forma verbal "invade", que é presente, não indica que naquele momento Napoleão está invadindo algum lugar. Na frase, o tempo presente do verbo "invadir" faz remissão a um fato que ocorreu no passado e traz esse passado mais para perto. |15| Concluímos, então, que os tempos verbais têm outros valores além dos específicos. Tomemos o futuro do presente como ele aparece nos "Dez mandamentos" bíblicos: Amarás a Deus sobre todas as coisas Não tomarás seu santo nome em vão Guardarás os domingos e feriados Honrarás pai e mãe Não matarás Não pecarás contra a castidade Não furtarás .... "Não furtarás", ao pé da letra, significaria que é proibido furtar no futuro, apenas no futuro, o que abre a possibilidade de entender que o ato é perfeitamente aceitável no presente. Mas, na verdade, "não furtarás", que é futuro, tem nesse caso o valor de imperativo e, como tal, indica que é proibido furtar em qualquer tempo. O futuro do presente do indicativo pode ser empregado numa frase volitiva, que expressa vontade, desejo. A ideia de querer, de desejar, às vezes vem expressa de uma forma sutil. Veja a letra da canção "A cura", gravada por Lulu Santos: Existirá em todo porto tremulará a velha bandeira da vida acenderá todo o farol iluminará uma ponta de esperança... Você notou que a letra traz um tempo verbal, o futuro do presente, que não se usa muito no dia-a-dia, no Brasil. Não dizemos "amanhã eu farei", mas antes "amanhã eu vou fazer". Justamente pelo fato de não ser muito usado, o futuro do presente reveste-se de um caráter mais formal. A canção de Lulu tem um valor volitivo. No fundo, o que o artista está expressando é o desejo de que algumas coisas aconteçam. Conclusão Importantíssima Ao analisar um tempo verbal, não se esqueça de considerar que ele pode indicar seu valor específico (literal) ou um valor paralelo (não-literal), ou seja, um valor decorrente de seu uso no idioma. 3) Correlação dos Tempos Verbais Um dos assuntos mais recorrentes nos últimos vestibulares tem sido ―correlação verbal‖, ou seja, a harmonia, sintonia que se estabelece entre verbos e modos do mesmo período e, de uma forma mais abrangente, de um texto. Uma incorreta articulação entre os verbos muitas vezes causa mal-estar aos ouvidos. Imagine-se ouvindo alguém dizer ao seu lado: “O que você espera que eu faço?”... Há algo de errado nisso aí, não é mesmo? Observe outro exemplo: “Os professores grevistas poderão sofrer retaliações se não voltassem ao trabalho.” Entre a locução verbal da primeira oração (verbo auxiliar no futuro do presente do indicativo) e o verbo da segunda (que se apresenta no pretérito imperfeito do subjuntivo), não houve ―sintonia‖, pois, enquanto o primeiro indica um fato real (ainda que se perceba uma possibilidade, fruto do valor do verbo auxiliar modal: eles poderão sofrer), o segundo verbo apresenta valor hipotética, como se fosse uma suposição (―se não voltassem ao trabalho‖). Duas formas seriam válidas, a depender do contexto: a) “Os professores grevistas poderiam sofrer retaliações se não voltassem ao trabalho.” – Nesse caso, ambas as construções situam-se no campo da suposição, da hipótese. Nesse caso, o texto poderia mostrar que os professores voltaram às salas de aula. Caso não tivessem feito isso, estariam sujeitos a retaliações. b) “Os professores grevistas poderão sofrer retaliações se não voltarem ao trabalho.” – Agora, as construções denotam fatos reais. Os professores estão em greve (fato) e poderão sofrer retaliações por esse motivo (fato) caso não retomem suas atividades. Na última oração, nota-se o valor condicional do futuro do subjuntivo. Apresentamos, a seguir, algumas ―dobradinhas clássicas‖. - PRESENTE DO INDICATIVO + PRESENTE DO SUBJUNTIVO: “Quero que você me apresente ao diretor hoje mesmo!” - PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO + PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO: “Pedi que viesse à minha sala.” - PRESENTE INDICATIVO+ PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO DO SUBJUNTIVO: “Espero que ele tenha feito boa prova.” - FUTURO DO PRETÉRITO INDICATIVO+ PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO DO SUBJUNTIVO “Gostaria que você tivesse vindo à minha festa.” – FUTURO DO SUBJUNTIVO + FUTURO DO PRESENTE INDICATIVO “Quando eu passar no vestibular, rasparei a cabeça.” - PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO + FUTURO DO PRETÉRITO (simples ou composto) DO INDICATIVO: “Se eu passasse no vestibular, rasparia a cabeça.” |16| - PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO SUBJUNTIVO + FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO DO INDICATIVO: “Se eu tivesse passado no vestibular, teria raspado a cabeça.” 4) Vozes Verbais Voz é a forma que o verbo assume para indicar sua relação com o sujeito. Há três tipos principais: a) Voz Ativa: indica que o sujeito pratica a ação verbal (sujeito agente). Ex: Eu fiz os exercícios. ―Em sonho, os pescadores sorriam‖.(Cecília Meireles) b) Voz passiva: indica que o sujeito sofre a ação verbal (sujeito paciente). Ex: Cantigas de sol e de água eram cantadas pelas filhinhas de pescadores. A voz passiva pode apresentar-se das seguintes maneiras: Analítica (ser + particípio do verbo principal): Ex: Os exercícios foram feitos. As meninas eram conduzidas pelos pais. Sintética ou Pronominal (3ª pessoa – verbo principal + "se"): Ex: Fizeram-se os exercícios. Cantam-se canções de ninar. Quebrou-se o violão. O “se”, neste caso, é chamado de pronome apassivador. Pelos exemplos acima, pode-se perceber que o verbo principal apresenta-se conjugado na terceira pessoa do singular ou plural, de acordo com o sujeito paciente. Observemos que, tanto na forma analítica quanto na sintética, apenas os verbos transitivos diretos e transitivos diretos e indiretos vão para a voz passiva. Em orações com verbos intransitivos ou transitivos indiretos ou de ligação, a voz passiva não ocorre. Vejamos: Precisa-se de encanador. Vive-se bem lá. Duvida-se dos garotos. Trata-se de bons livros. Está-se muito feliz nesta casa. Neste caso, “se” não é pronome apassivador, e sim, índice de indeterminação do sujeito. Conversão voz ativa – voz passiva Voz ativa – O pescador consertou o barco. Voz passiva – O barco foi consertado pelo pescador. Aqui, percebe-se que quem executou a ação na voz ativa tornou-se o agente da voz passiva e o tempo verbal permaneceu o mesmo. Voz ativa com sujeito indeterminado Condenaram o prisioneiro. Voz passiva sem agente O prisioneiro foi condenado. Se, na voz ativa, não houver sujeito ou ele for indeterminado, não haverá agente da voz passiva. c) Voz reflexiva: indica que o sujeito pratica e sofre a ação verbal (sujeito agente e paciente). Ex: Ele se escondeu sob a escada. A filha do pescador feriu-se. OBSERVAÇÃO: No plural, a voz reflexiva pode dar ideia de reciprocidade. Ex: Os namorados se abraçaram (um ao outro). Os dois pescadores cumprimentaram-se com muita alegria (um ao outro). Anotações |17| SINTAXE CONCEITOS BÁSICOS Frase é todo enunciado linguístico de sentido completo. Frase nominal é aquela cujo núcleo é um nome. Ex: Fogo! Frase verbal, ou oração, é aquela cujo núcleo é um verbo. Ex: A casa caiu! Encontraram o professor na escola. Período é um conjunto de uma ou mais orações. Período simples é aquele constituído por uma única oração, chamada de oração absoluta. Ex: Nós estávamos tristes. Período composto é aquele constituído por duas ou mais orações. Ex: Ele disse / que não viria ao encontro. Ela foi à escola, / voltou para casa / e logo dormiu. SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES I. Sujeito e Predicado II. Complementos Verbais III. Adjunto Adnominal e Adverbial IV. Predicativo do Sujeito e do Objeto V. Complemento Nominal VI. Aposto e Vocativo 1) Sujeito e Predicado Sujeito é o termo do qual de declara algo em uma oração. Predicado é o que se declara sobre o sujeito. Exemplos: Os homens trabalhavam. Sujeito Predicado O Rio de Janeiro fica a cinco horas daqui. Sujeito Predicado Preciso ir embora cedo. Predicado Trabalha-se demais naquela região do país. Predicado Houve uma grande seca naquela época. Predicado Estudo do Sujeito a) Núcleo do Sujeito Núcleo é a principal palavra do sujeito. Ex: Minha primeira lágrima caiu dentro dos teus olhos. Os dois sumiram. Carlos e Jonas fizeram boa prova ontem. b) Classificação do Sujeito Sujeito Simples: é o sujeito determinado que apresenta um único núcleo. Ex: Nós vimos as crianças. Sujeito Composto: é o sujeito determinado que apresenta mais de um núcleo. Ex: Crianças e adultos choraram. O amor e o ódio são duas faces da mesma moeda. Sujeito Oculto: é o sujeito que não está explícito na frase, mas pode ser determinado (pela desinência verbal ou pelo contexto) Ex: Corri como um louco. (sujeito oculto: eu) Carla e Maria estão doentes. Entretanto, insistiram em vir à aula. (Sujeito oculto: Carla e Maria) Sujeito Indeterminado: é o sujeito que não se pode ou não se quer determinar. Ocorre indeterminação do sujeito em orações: - Com verbo na terceira pessoa do plural (desde que o sujeito não tenha sido especificado anteriormente): Bateram à porta. - Com verbo na terceira pessoa do singular + pronome ―se‖: Precisa-se de apoio. (construção típica de verbos que não apresentam complemento direto) Sujeito Inexistente: ocorre em frases em que só há predicado. A oração sem sujeito ocorre a partir de um verbo impessoal (aquele que não admite sujeito). São verbos impessoais: - Verbos que indicam fenômenos da natureza: Amanheceu repentinamente. Choveu todo o dia. - Verbos ser, estar, fazer, haver, indicando tempo meteorológico ou cronológico: Faz frio nessa época do ano. Há tempos que não o vejo. Deve fazer meses que não a vejo. É cedo. Está tarde. São três horas. - Verbo haver no sentido de existir: Havia bons motivos para que nos separássemos. Poderia haver muitos problemas. Estudo do Predicado a) Predicado Verbal (PV) Predicado verbal é aquele cujo núcleo significativo é um verbo. Para ser núcleo do predicado, o verbo deve indicar uma ação. Verbos que indicam ações são ditos verbos significativos ou verbos nocionais. Ex: Os homens trabalhavam muito. Predicado Verbal |18| Chove muito nesta época do ano. Predicado Verbal b) Predicado Nominal (PN) Predicado nominal é aquele cujo núcleo significativo é um nome (substantivo ou adjetivo). Este nome atribui uma qualidade ou estado ao sujeito, sendo chamado de predicativo do sujeito. Ex: Ela é muito bonita. Predicado Nominal Predicativo do Sujeito: muito bonita Antonio é um bom aluno. Predicado Nominal Predicativo do Sujeito: um bom aluno Ele estava triste. Predicado Nominal Predicativo do Sujeito: triste Nos exemplos acima, observe que o verbo não indica uma ação, isto é, não é significativo. Sua única função é ligar o sujeito à sua característica. Tais verbos são chamados verbos de ligação. Principais verbos de ligação ser, estar, permanecer, ficar, tornar-se, parecer, andar, continuar c) Predicado Verbo-Nominal (PVN) Predicado Verbo-Nominal é aquele que tem como núcleos significativos um nome e um verbo. O nome é um predicativo e o verbo necessariamente indica ação. Neste caso, o predicativo pode referir-se ao sujeito ou ao complemento verbal (objeto), sendo, respectiva- mente, predicativo do sujeito ou predicativo do objeto. Exemplos: O dia amanheceu ensolarado. PVN Núcleo verbal: amanheceu (verbo que indica ação) Núcleo nominal: ensolarado (predicativo do sujeito) Eu estudei preocupado. PVN Núcleo verbal: estudei (verbo que indica ação) Núcleo nominal: preocupado (predicativo do sujeito) Os professores julgam os alunos inteligentes. PVN Núcleo verbal: julgam (verbo que indica ação) Núcleo nominal: inteligentes (predicativo do objeto) Objeto: os alunos 2) Complementos Verbais Necessitam de complemento os verbos que indicam ação (verbos significativos ou nocionais). Esses verbos fazem parte de predicados verbais ou verbo-nominais. Os verbos de ligação não necessitam de complemento, pois servem apenas para ligar o predicativo ao sujeito. Chama-se transitividadea relação que se estabelece entre os verbos e seus complementos. Os complementos verbais são chamados objetos. a) Verbos Transitivos Diretos (VTD) São aqueles cujo sentido requer um objeto direto. Objeto Direto (OD) é o complemento que se liga diretamente (sem preposição) a um verbo transitivo. Ex: Amo minha namorada. Ela viu-me triste. VTD OD VTD OD b) Verbos Transitivos Indiretos (VTI) São aqueles cujo sentido requer um objeto indireto. Objeto Indireto (OI) é o complemento que se liga indiretamente (através de preposição) a um verbo transitivo. Ex: Preciso de ajuda. Gosto de você. Falei com ela. VTI OI VTI OI VTI OI c) Verbos Transitivos Diretos e Indiretos (VTDI) São aqueles cujo sentido requer um objeto direto e um objeto indireto. Ex: Pedi ajuda a meu colega. Disse-lhe tudo. VTDI OD OI VTDI OI OD d) Verbos Intransitivos (VI) São aqueles cujo sentido não necessita de um objeto. Ex: Os preços subiram. Ocorreu um acidente. VI VI Observações: i) Método prático para determinação do objeto Pergunte ao verbo transitivo direto: ―(verbo) o quê ?’‖ ou ―(verbo) quem?‖ Ex: Ela bebeu muita água. Bebeu o quê ? muita água objeto Pergunte ao verbo transitivo indireto: ―(verbo+prep) o quê ?‖ ou ―(verbo+prep) quem?‖ Ex: Gostei daquela festa. Gostei de quê ? daquela festa objeto Entregamos o trabalho ao professor. Entregamos o quê ? o trabalho – OD Entregamos a quem ? ao professor OI ii) Transitividades diferentes Um mesmo verbo pode ter transitividades diferentes em diferentes frases. |19| Ex: Ela cantou. (VI) Ela cantou uma música bonita. (VTD) Falei a verdade. (VTD) Falei a verdade a meu pai . (VTDI) iii) Objeto direto preposicionado Algumas vezes, o objeto direto vem precedido de preposição. Isso ocorre em função de recursos estilísticos ou para evitar ambiguidade, e não por exigência do verbo. Ex: Não bebo dessa água. VTD OD prep Casos em que ocorre normalmente o objeto direto preposicionado: a) Para evitar ambiguidades: O leão matou o caçador. Ao leão matou o caçador. Sujeito VTD OD ODp VTD Sujeito b) Com pronomes oblíquos tônicos (a preposição é obrigatória por exigência do pronome) : ―Nem ele entende a nós, nem nós a ele.‖ (Camões) VTD ODp ODp c) com nomes próprios referindo-se a seres, com pronomes indefinidos referindo-se a pessoa ou com pronomes de tratamento: Ex: Ama a Deus. Não odeies a ninguém. Não quero cansar a Vossa Senhoria. iv) Pronomes pessoais oblíquos Os pronomes o, a, os, as, quando exercem função de objeto, são sempre objeto direto. Os pronomes lhe, lhes, quando exercem função de objeto, são sempre objeto indireto. Os demais pronomes pessoais oblíquos podem ser objetos diretos ou indiretos, de acordo com a frase. Ex: Eu a encontrei na escola. OD VTD Pedi-lhe um minuto de atenção. VTDI OI OD Os pronomes pessoais oblíquos podem contrair-se para formar simultaneamente um OD e um OI. Ex: Entreguei o projeto ao avaliador. VTDI OD OI Entreguei-o ao avaliador. VTDI OD OI Entreguei-lhe o projeto. VTDI OI OD Entreguei-lho. lho (OI e OD)= lhe (OI) + o (OD) VTDI 3) Adjunto Adverbial Adjunto Adverbial é o termo que indica uma circunstância em que ocorre o processo verbal ou o termo que intensifica o adjetivo, o verbo ou o advérbio. Adjunto adverbial é uma função adverbial, isto é, desempenhada por advérbios (e locuções adverbiais). Ex: Eu gosto muito de você. Ele é muito inteligente. Eu cheguei muito tarde. Nas frases acima, muito é adjunto adverbial, intensificando, respectivamente, a forma verbal gosto, o adjetivo inteligente e o advérbio tarde. Exemplos de circunstâncias expressas pelo adjunto adverbial a) Tempo: Amanhã eu falarei com ele. b) Modo: Marina pediu-me gentilmente que fosse vê-la. c) Lugar: Estão todos aqui ? d) Intensidade: Ele falou muito. e) Causa: Devido à chuva escassa, muitas plantas morreram. f) Afirmação: Certamente atenderei ao pedido. g) Negação: Não podemos esquecer de nossas responsabilidades. h) Dúvida: Talvez haja alguns problemas. i) Finalidade: Leio muito para aumentar minha cultura. j) Meio: Viajarei de ônibus. k) Companhia: Fui ao museu com meus amigos. l) Instrumento: Redações devem ser escritas à caneta. m) Assunto: Falarei com ele sobre o ocorrido. Note que nem sempre é possível determinar precisamente a circunstância expressa pelo adjunto adverbial. Ex: Gostaria de vê-lo novamente. 4) Adjunto Adnominal Adjunto Adnominal é o termo que caracteriza um substantivo sem intermediação de um verbo. Adjunto adnominal é uma função adjetiva, isto é, desempenhada por adjetivos, artigos, pronomes adjetivos e numerais adjetivos. Um substantivo desempenhando qualquer função sintática pode ser caracterizado por adjuntos adnominais. Exemplos: A nova casa está pronta. Sujeito: A nova casa, Núcleo: casa, A.Adn.: A, nova Não gosto do seu tom de voz. OI: do seu tom de voz, Núcleo: tom, A.Adn.: o, seu, de voz |20| Nossa amizade vai superar todos os obstáculos. Sujeito: Nossa amizade, Núcleo: amizade, A. Adn: nossa OD: todos os obstáculos, Núcleo: obstáculos, A.Adn: todos, os Os adjuntos adnominais de fato fazem parte do mesmo termo sintático que tem o substantivo como núcleo. Para confirmar isso, observe que, quando substituímos esse termo por um pronome substantivo, tanto o núcleo quanto os adjuntos adnominais são substituídos. Nossa amizade vai superar todos os obstáculos. Ela vai superá-los. Os pronomes pessoais oblíquos podem exercer função de adjunto adnominal, quando substituem um pronome possessivo. Observe: Ele roubou-me o relógio. OD: o relógio, NOD: relógio, A.Adn: me, o Ele roubou o meu relógio. OD: o meu relógio, NOD: relógio, A.Adn: o, meu O predicativo do sujeito foi visto durante o estudo da classificação do predicado (capítulo II), e será estudado de forma mais aprofundada neste capítulo, no qual também será estudado o predicativo do objeto. 5) Predicativo a) Predicativo do Sujeito Predicativo do Sujeito é o termo que caracteriza o sujeito, tendo um verbo como intermediário. O predicativo do sujeito pode ser um substantivo, um adjetivo ou uma palavra com valor de substantivo. O predicativo do sujeito é o núcleo do predicado nominal, e um dos núcleos do predicado verbo-nominal. Em predicados nominais, o sujeito é ligado ao predicativo através de um verbo de ligação. Exemplos: Ela estava triste. Sujeito: Ela, Verbo de ligação: estava, Predicativo do Sujeito: triste, Núcleo do predicado: triste Todos nós ficamos extremamente perplexos. Sujeito: Todos nós, VL: ficamos, Predicativo do Sujeito (núcleo do predicado): extremamente perplexos Em predicados verbo-nominais, o verbo, dito verbo significativo,expressa uma ação. O predicativo expressa o estado do sujeito durante o desenvolvimento do processo verbal. Exemplos: Eles entraram em casa confiantes. Sujeito: Eles Verbo significativo (VI): entraram Predicativo do Sujeito: confiantes Núcleos do predicado: entraram, confiantes b) Predicativo do Objeto Predicativo do Objeto é uma qualidade atribuída ao objeto através do verbo. O predicativo do objeto pode ser um substantivo, um adjetivo ou uma palavra com valor de substantivo. O predicativo do objeto é um dos núcleos do predicado verbo-nominal. Exemplo: O juiz julgou o réu culpado. Sujeito: O juiz, VTD: julgou, OD: o réu, Predicativo do Objeto: culpado Núcleos do predicado: julgou, culpado As mulheres consideram a maioria dos homens infiéis. Sujeito: As mulheres, VTD: consideram OD: a maioria dos homens Predicativo do Objeto: infiéis Núcleos do predicado: consideram, infiéis Para diferenciar o predicativo do objeto do adjunto adnominal, basta verificar que o adjunto adnominal faz parte do objeto, enquanto que o predicativo do objeto é uma qualidade dada ao objeto pelo verbo. Observe: Eu tenho um caderno bonito. VTD: tenho, OD: um caderno bonito, Núcleo do OD: caderno, A.Adn: um, bonito Eu acho meu caderno bonito. VTD: acho, OD: meu caderno, NOD: caderno, A.Adn: meu, Predicativo do Objeto: bonito Observe o que acontece quando substituímos o objeto por um pronome substantivo. Eu tenho um caderno bonito. Eu o tenho. VTD: tenho, OD: um caderno bonito VTD: tenho, OD: o Eu acho meu caderno bonito. Eu o acho bonito. VTD: acho, OD: meu caderno, VTD: acho, OD: o, PO: bonito PO: bonito 6) Complemento Nominal Complemento Nominal é o complemento exigido por alguns substantivos, adjetivos e advérbios. Assim como os verbos, alguns nomes necessitam de complemento. Observe: Nós amamos nossa família. Verbo (VTD): amamos Complemento Verbal (OD): nossa família. Nós temos amor por nossa família. OD: amor por nossa família, Núcleo do OD: amor Complemento Nominal: por nossa família. Outros exemplos: |21| Interesse por problemas sociais é um bom indício de consciência. Sujeito: interesse por problemas sociais Núcleo do Sujeito: interesse Complemento Nominal: por problemas sociais Seja sempre fiel a seus princípios. Predicativo do Sujeito: fiel a seus princípios Núcleo do Predicativo: fiel Complemento Nominal: a seus princípios Moro longe de sua casa. Adjunto Adverbial: longe de sua casa Núcleo do A.Adv.: longe Complemento Nominal: de sua casa Sonhamos com a realização de nossos sonhos. Objeto Indireto: com a realização de nossos sonhos Núcleo do OI: realização, Adjunto Adnominal: a, Complemento Nominal: de nossos sonhos Observe, nas frases acima, que o complemento nominal modifica apenas nomes: amor, interesse e realização são substantivos, fiel é adjetivo e longe é advérbio. Distinção entre Complemento Nominal e Adjunto Adnominal O adjunto adnominal sempre se refere a substantivos, enquanto o complemento nominal pode referir-se a substantivos, adjetivos e advérbios. Quando o complemento nominal se refere a substantivos, geralmente são substantivos abstratos. O complemento nominal sempre é um termo composto, iniciado por preposição. Assim, adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e artigos não podem ser complementos nominais. O adjunto adnominal dá a ideia de um termo ativo, enquanto o complemento nominal dá a ideia de um termo passivo. O respeito dos pais é importante. Adjunto Adnominal: dos pais O respeito aos pais é importante. Complemento Nominal: aos pais Observe que, na primeira frase, os pais respeitam e, na segunda, os pais são respeitados. Observações i) Assim como o adjunto adnominal, o complemento nominal também faz parte de outro termo sintático. Discutimos o investimento em saúde. OD: o investimento em saúde, Núcleo do OD: investimento, Complemento Nominal: em saúde, A.Adn: o ii) O complemento nominal relaciona-se a nomes (substantivos, adjetivos, advérbios), enquanto o objeto indireto (complemento verbal) relaciona-se a verbos. Observe: Necessito de apoio. Verbo: necessito, OI: de apoio Tenho necessidade de apoio. Substantivo: necessidade, CN: de apoio A seguir, resumem-se as principais características do adjunto adnominal, complemento nominal e objeto indireto. Adjunto Adnominal Termo simples ou composto Modifica substantivos (concretos ou abstratos) Termo ativo Complemento Nominal Termo composto Complementa substantivos abstratos, adjetivos e advérbios Termo passivo Objeto Indireto Termo simples (pronome oblíquo) ou composto Complementa verbos 7) Aposto Aposto é o termo que retoma o termo anterior da frase, explicando-o, desenvolvendo-o ou resumindo-o ou especificando-o. Ex: Castro Alves, o poeta dos escravos, é um grande representante do romantismo brasileiro. Na oração acima, o poeta dos escravos exerce função de aposto, pois retoma o termo anterior, Castro Alves, explicando-o. Classificação do Aposto O aposto é classificado de acordo com sua relação com o termo ao qual se refere. a) Explicativo: explica o termo a que se refere. Ontem, domingo, o comércio abriu excepcionalmente. Aposto: domingo Minha avó, senhora muito religiosa, vai sempre à missa. Aposto: senhora muito religiosa b) Enumerativo: efetua uma enumeração. |22| Tenho duas grandes aspirações: aprender e ensinar. Aposto: aprender e ensinar Havia várias pessoas presentes: meus pais, meus avós, meu irmão. Aposto: meus pais, meus avós, meu irmão c) Resumidor: resume os termos anteriores. O sol, os pássaros, as árvores, tudo era alegria. Aposto: tudo d) Especificativo: especifica o termo anterior. O presidente Fernando Henrique Cardoso fez um pronunciamento sobre o desemprego. Aposto: Fernando Henrique Cardoso O estado de São Paulo é o mais rico do Brasil. Aposto: de São Paulo O aposto especificativo normalmente é um substantivo próprio que individualiza um substantivo comum, ao qual se liga diretamente ou através de preposição. Observações O termo ao qual o aposto se refere pode ter qualquer função sintática. O Brasil, maior país da América Latina, possui grandes fontes naturais. Núcleo do Sujeito: Brasil Aposto: maior país da América Latina Ele deu-lhe um belo presente: um buquê de rosas. Objeto direto: um belo presente Aposto: um buquê de rosas O aposto equivale sintaticamente ao termo ao qual ele se refere. Desta forma, é possível substituir um termo por seu aposto. Observe: Amamos o Brasil, nossa terra. OD: o Brasil, Aposto: nossa terra Amamos nossa terra. OD: nossa terra Observe a diferença: A casa, prédio amplo, abrigava muitas pessoas. Aposto: prédio amplo O professor, nervoso, saiu da sala. Predicativo do sujeito: nervoso Na primeira frase, pode-se substituir o sujeito, ―a casa‖, por seu aposto, ―prédio amplo‖. Na segunda frase, entretanto, não se pode substituir ―o professor‖ por ―nervoso‖. ―Nervoso‖, nesse caso, não é aposto, mas predicativo do sujeito. (Observe, ainda, que o predicativo pode vir separado do sujeito por vírgula, mas o adjuntoadnominal não). Com a exceção do aposto especificativo, os demais tipos de aposto sempre vêm separados do restante da oração por vírgulas ou por dois pontos. 8) Vocativo Vocativo é o termo utilizado para nomear o interlocutor a quem se dirige a palavra. Ex: ―Emprestem-me seus ouvidos, amigos romanos conterrâneos.‖ ―Fora, mancha maldita!‖ (―Macbeth‖, Shakespeare) ―Meu caro amigo, me perdoe por favor / Se eu não lhe faço uma visita‖ (Chico Buarque) Observações O vocativo sempre vem separado por vírgulas do restante da frase. É importante observar que vocativo e sujeito são funções sintáticas diferentes. Note também que, em frases no imperativo, o sujeito é oculto. ―Meu amor, hoje o sol não apareceu.‖ Vocativo: meu amor, Sujeito: o sol Meu amor, não me abandone. Vocativo: Meu amor, Sujeito: oculto (você) ―Meu canto de morte, guerreiros, ouvi.‖ (―I - Juca Pirama‖, Gonçalves Dias) Vocativo: guerreiros, Sujeito: oculto (vós) O vocativo é o único termo sintático que não faz parte nem do sujeito, nem do predicado. Funções Sintáticas a) Termos Essenciais da Oração Sujeito Predicado b) Termos Integrantes da Oração Objeto Direto Objeto Indireto Complemento Nominal Agente da Passiva c) Termos Acessórios da Oração Adjunto Adnominal Adjunto Adverbial Aposto d) Vocativo Sugestão de procedimento para efetuar análise sintática do período simples |23| 1. Identificar o verbo (ou locução verbal). 2. Identificar a voz verbal 3. Identificar o sujeito e o predicado. 4. Classificar o sujeito, identificando seu núcleo. 5. Identificar, no sujeito, os adjuntos adnominais e complementos nominais. 6. Para classificar o predicado: verificar se há predicativo do sujeito e se os verbos são significativos (indicam ação). identificar os objetos. identificar os predicativos do objeto. identificar os núcleos do predicado (predicativos e verbos significativos), classificando-o. 7. Identificar, no predicado, os adjuntos adnominais e adverbiais 8. Identificar os apostos e os vocativos. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES 1. Identificando-se o sujeito da frase, tudo o que sobra é predicado, à exceção do vocativo. 2. Os únicos termos que fazem parte do sujeito são o(s) núcleo(s) do sujeito e os adjuntos adnominais e complementos nominais referentes a esse(s) núcleo(s). Os demais termos pertencem ao predicado. 3. Os termos do sujeito nunca podem vir separados. Os do predicado, sim. 4. O vocativo é o único termo que não faz parte nem do sujeito, nem do predicado. 5. Adjuntos adnominais e complementos nominais são os únicos termos que podem fazer parte de outro termo que não seja essencial (por exemplo, um adjunto adnominal pode fazer parte de um objeto direto). Sintaxe do Período Composto As orações que compõem o período composto podem relacionar-se por coordenação ou por subordinação. Ocorre coordenação quando as orações, chamadas de orações coordenadas, são independentes sintatica- mente. Ex: Ele saiu / e voltou. Coordenada Coordenada Período composto por coordenação Ocorre subordinação quando uma oração, chamada de oração subordinada, exerce uma função sintática em outra oração, chamada de oração principal. Ex: Ela pediu / que eu fosse ao seu encontro. Principal Subordinada Período composto por subordinação Há períodos compostos em que os dois processos se verificam. Ex: Eu soube / que ele viria / e arrumei a casa. (1) (2) (3) A oração (1) é principal em relação à oração (2), que é subordinada à oração (1). A oração (1) e a oração (3) são coordenadas. Portanto, o período é composto por coordenação e subordinação. CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES Oração absoluta Orações coordenadas: Assindéticas ou Sindéticas Sindéticas: Aditiva, Adversativa, Alternativa, Explicativa, Conclusiva Oração principal Orações subordinadas: Substantivas, Adjetivas ou Adverbiais - Substantivas: Subjetiva, Objetiva Direta, Objetiva Indireta, Predicativa, Apositiva, Completiva Nominal - Adjetivas: Restritiva, Explicativa - Adverbiais: Causal, Comparativa, Concessiva, Condicional, Consecutiva, Conformativa, Final, Temporal, Proporcional Período Composto por Subordinação Oração subordinada é aquela que exerce uma função sintática em uma oração principal. As orações subordinadas são classificadas de acordo com a função sintática que desempenham: classificam-se em substantivas, adjetivas ou adverbiais, conforme exerçam funções sintáticas características de substantivo, adjetivo ou advérbio, respectivamente. Exemplos: 1. Eu queria a sua ajuda. VTD OD Eu queria / que você me ajudasse. Or.Principal Or. Sub. Substantiva (função de objeto direto) 2. O trabalhador esforçado terá sua recompensa. Adjetivo O trabalhador / que se esforça / terá sua recompensa. |24| Or. Sub. Adjetiva 3. Ele virá aqui no início da noite. Adj. Adverbial de Tempo Ele virá aqui / logo depois que anoitecer. Or. Sub. Adverbial Quanto à forma, as orações subordinadas podem ser desenvolvidas ou reduzidas. Orações desenvolvidas são introduzidas por conjunção ou por pronome relativo. Orações reduzidas apresentam verbo em uma de suas formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio) e não são introduzidas por conjunção nem por pronome. Ex: Eu pensei / que estava no lugar certo. oração desenvolvida Eu pensei / estar no lugar certo. oração reduzida 1) ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA Orações subordinadas substantivas são aquelas que exercem função sintática típica de substantivo, isto é, função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, aposto ou complemento nominal. As orações subordinadas substantivas desenvolvidas normalmente são introduzidas pelas palavras que ou se, denominadas conjunções integrantes. a) Oração Subordinada Substantiva Subjetiva Oração subjetiva é aquela que exerce a função de sujeito do verbo da oração principal. Ex: É necessária a sua presença. - Sujeito É necessário / que você esteja presente. Or. Principal Or. Sub. Subst. Subjetiva Havendo oração subordinada substantiva subjetiva, o verbo da oração principal está necessariamente na terceira pessoa do singular. Há três estruturas típicas para a oração principal: i) verbo de ligação + predicativo: Or. Principal Or. Sub. Subst. Subjetiva É impossível / fazer isso. Parece certo / que choverá muito. ii) verbo na voz passiva (sintética ou analítica): Or. Principal Or. Sub. Subst. Subjetiva Sabe-se / que tudo foi em vão. Foi anunciado / que haverá uma reforma política. iii) verbos como acontecer, convir, constar, ocorrer, parecer, urgir: a) Or. Principal Or. Sub. Subst. Subjetiva Parece / que todos comparecerão à cerimônia. Convém / que haja novas reformas. Ocorre / que nem todos concordamos com isso. b) Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta Oração objetiva direta
Compartilhar