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Inflamação

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1 IMUNOLOGIA – JULIANA OLIVEIRA 
INFLAMAÇÃO 
Tem-se barreiras epiteliais a nível de pele, trato gastrointestinal e trato respiratório com o intuito de preservar o tecido que 
está abaixo dela, essa barreira constitui proteção física e química, quando ela falha, embaixo dela há várias células inatas locais 
como os macrófagos, células NK, mastócitos, que em uma injúria, após o reconhecimento do PAMP ou do DAMP se ativam e 
liberam citocinas inflamatórias além de recrutar mais células sanguíneas, constituindo a inflamação. 
A resposta inflamatória é composta de eventos vasculares, celulares e eventos que envolvem componentes de matriz 
extracelular. 
➔ 5 sinais da inflamação: 
▪ Calor: Devido ao aumento do fluxo sanguíneo no vaso. 
▪ Rubor: Devido ao aumento do fluxo sanguíneo no vaso. 
▪ Inchaço: Corresponde a fase de produção de exsudato ou aumento da permeabilidade vascular. 
▪ Dor: Compressão das fibras nervosas pelo edema ou pela destruição direta das fibras nervosas. 
▪ Perda funcional: Pode ser irreversível quando há a formação de fibrose, podendo ser parcial ou total, ou pode ser uma 
perda funcional transitória que compromete o movimento de algumas articulações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A primeira alteração vascular do processo inflamatório consiste no aumento do calibre do vaso sanguíneo, então a 
vasodilatação vai gerar um aumento do fluxo sanguíneo e também a liberação de um líquido plasmático ultrafiltrado que é 
chamado de transudato, o qual possui poucas proteínas, o que justifica a sensação de calor e vermelhidão local. Em seguida, 
tem-se o aumento da permeabilidade vascular de forma que se tem o extravasamento do plasma sanguíneo, rico em 
proteínas como albumina , fibrinogênio e em células, o que caracteriza o exsudato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 IMUNOLOGIA – JULIANA OLIVEIRA 
➔ Mediadores lipídicos: 
Quando o indivíduo tem uma injúria tecidual na qual rompe a barreira que confere proteção física e química, as células locais 
que vão reconhecer o DAMP ou o PAMP e, as células lesionadas pela injúria vão produzir mediadores lipídicos pró-
inflamatórios como as prostaglandinas, as quais aumentam o calibre do vaso, a permeabilidade vascular e regula o fluxo 
sanguíneo, além disso, inicia o recrutamento de polimorfonucleares ou neutrófilos. Logo em seguida vai ter a produção de 
outros mediadores lipídicos que são os leucotrienos os quais vão agir em sinergia com as prostaglandinas, intensificando o 
influxo de neutrófilos, em resposta as prostaglandinas e leucotrienos, os neutrófilos que chegam no tecido começam a fazer a 
depuração, a fagocitar e liberar suas enzimas, pois os neutrófilos possuem mais de um mecanismo de ação. 
À medida que essa depuração está acontecendo é necessário mudar a classe dos mediadores lipídicos, pois um processo 
inflamatório prolongado pode lesionar o tecido, assim, os leucócitos e as células sanguíneas em interação com as plaquetas 
fazem com que as células deixem de secretar prostaglandinas e leucotrienos e passe a secretar as lipoxinas, as quais são 
mediadores lipídicos anti-inflamatórios e induzem a apoptose dos neutrófilos que já chegaram ao tecido e iniciaram a 
depuração, depois vão limitar a infiltração de neutrófilos impedindo que migrem dos vasos para os tecidos e consequentemente 
há uma redução das citocinas de fase aguda (TNF-a, IL-1, IL-6) produzidas por eles, além disso, vão atrair os macrófagos para 
poder fagocitar os restos apoptóticos dos neutrófilos e possíveis bactérias. Essas são as primeiras moléculas com funções anti-
inflamatórias, no entanto, posteriormente, as resolvinas intensificam a produção de lipoxinas e as ações induzidas por ela, só 
que nesse processo a imunidade adaptativa já está se desenvolvendo, linfócitos T e B estão sendo ativados, assim, os linfócitos T 
ativos migram através da corrente sanguínea para o tecido a fim de combater a injúria, mas são impedidos pelas protectinas, as 
quais agem a nível de imunidade adaptativa, reduzindo a migração das células T e consequentemente diminuindo a liberação das 
citocinas produzidas por elas que são a TNF-a e IFN-gama. Por fim tem-se as maresinas, as quais não tem um papel de 
combate, porém, são responsáveis pela regeneração tecidual substituindo as células danificadas por novas células, resolvendo a 
inflamação aguda, a qual vai desde os efeitos vasoativos induzidos pelas prostaglandinas até a resolução. 
 
O processo final de remodelamento corresponde a cicatrização, a qual se inicia com o recrutamento de células para remoção 
dos estímulos que causaram a injúria, depois, entra na fase anti-inflamatória para poupar o tecido e posteriormente quando o 
exsudato entra em contato com o ar, forma uma crosta na superfície da lesão, a qual é importante para conter o sangramento e 
prevenir a contaminação da ferida. Após isso inicia-se o fase de retração que é mediada pelos miofibroblastos, que reduz o 
tamanho da lesão, pela deposição do tecido de granulação, que depende de uma vasta angiogênese, e pela deposição de fibras 
colágenas, esse tecido pode ser temporário, sendo substituído por epitélio de baixo para cima e da periferia para o centro, ou 
definitivo. No entanto, antes de finalizar o processo de cicatrização o qual põe fim a inflamação aguda pode-se ter a formação 
de pus na lesão, de forma que quando cicatrizar não será de forma perfeita, tendo a formação de fibrose no tecido, ou, o 
indivíduo, ao longo do período de cicatrização, pode ter a formação direta de fibrose, sem, necessariamente, passar pela 
formação de pus, ou, ainda, a inflamação aguda pode evoluir para uma inflamação crônica , a qual possui uma vasta angiogênese, 
infiltrado mononuclear (monócitos e linfócitos) e uma fibrose sempre presente no processo de cicatrização, representando a 
perda de função parcial ou total. 
Obs: Tem doenças que cursam tendenciosamente para a inflamação crônica, sem que a cronificação seja uma falha ao resolver a 
inflamação de fase aguda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 IMUNOLOGIA – JULIANA OLIVEIRA 
Relacionando com as citocinas: 
No momento em que as prostaglandinas estão atuando e os leucotrienos vão reforçar o recrutamento de neutrófilos, tem-se a 
ação das citocinas de fase aguda como TNF-alfa, IL-1 e IL-6, de forma que tanto os mediadores lipídicos inflamatórios 
como as citocinas inflamatórias vão atuar no vaso sanguíneo para chamar neutrófilos e monócitos, ou seja, são efeitos 
semelhantes induzidos por moléculas diferentes. Ocorre o mesmo quando as lipoxinas são liberadas, iniciando os 
eventos anti-inflamatórios, que também coincidem com produção de TGF-B, IL-10 que são citocinas supressoras ou 
anti-inflamatórias, logo, os mediadores lipídicos trabalham de forma pareada com as citocinas. Se tudo ocorrer dessa maneira 
haverá a resolução da inflamação, no entanto, pode-se ter uma falha da resolução, ocasionando a cronificação da inflamação, 
principalmente se não houver a troca de mediadores lipídios pró- inflamatórios para anti-inflamatórios. Logo, tanto em relação 
aos mediadores lipídicos quanto aos mediadores citocínicos, faz-se necessário que se tenha uma mudança do eixo pró para o 
eixo anti-inflamatório, que é importante para a resolução da inflamação aguda, caso não tenha essa mudança haverá a 
cronificação da inflamação. 
 
 Mediadores lipídicos: Mediadores citocínicos: 
Prostaglandinas e leucotrienos → TNF-alfa, IL-1 e IL-6. 
Lipoxinas e os demais mediadores anti-inflamatórios → TGF-B e IL-10. 
 
DESCRIÇÃO DA IMAGEM: A partir da injúria tem-se a 
formação de exsudato o que caracteriza as alterações 
vasculares, depois pela ação das prostaglandinas e 
leucotrienos tem-se o recrutamento de neutrófilos, mas à 
medida que as lipoxinas são produzidas tem-se a apoptose 
dos neutrófilos e um freio em sua migração, então a curva 
de neutrófilos cai à medida que a curva de monócitos (tem 
esse nome nosangue, mas no tecido se diferencia em 
macrófagos) sobe, então os macrófagos passam a ser 
recrutados para poder fagocitar os restos apoptóticos e 
possíveis bactérias ou vírus presentes no tecido. No final da 
ação dessas células imunes o exsudato desaparece 
culminando com a resolução do processo inflamatório. 
 
 
➔ Mediadores que regulam a inflamação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obs: As quimiocinas SEMPRE tem ação pró-inflamatória, pois promove quimiotaxia, ou seja, quimio atração. 
 
➔ Inflamação conduzida pelas citocinas: 
Diante de uma injúria os macrófagos, mastócitos, células dendríticas e as demais células inatas locais, em resposta ao estímulo 
causador da injúria, vão secretar citocinas de fase aguda como TNF-a, IL-1 e IL-6 , essas citocinas vão atuar no endotélio 
vascular aumentando a expressão de selectinas e de ligantes de integrina. Nesse vaso sanguíneo já passam leucócitos, mas 
vão ser mais atraídos devido ao aumento da expressão de adesinas endoteliais. Os neutrófilos apresentam em sua superfície 
ligantes de selectina que vão se ligar a selectina endotelial e as integrinas que vão se ligar aos ligantes de integrinas 
endoteliais, só que as moléculas presentes na superfície dos leucócitos, os ligantes, são de baixa afinidade de forma que o 
neutrófilo vai ser atraído para o endotélio e as moléculas vão se ligar, mas vão se soltar. 
 
4 IMUNOLOGIA – JULIANA OLIVEIRA 
Como se tem o fluxo sanguíneo correndo, vai empurrar o neutrófilo para a frente, então a célula se liga, solta e rola, 
caracterizando a fase de rolamento, a qual é mediada pelas selectinas e integrinas de baixa afinidade. 
Só que além de citocinas de fase aguda, em resposta à essa injúria vão ser produzidas quimiocinas, as quais são moléculas 
homólogas às citocinas e vão contribuir ainda mais para a quimiotaxia, atuando nas integrinas dos neutrófilos, fazendo com 
que elas passem do estágio de baixa afinidade para o estágio de alta afinidade e agora a ligação desse leucócito com o 
endotélio vai se estabilizar devido a alta afinidade de ligação. Assim, o leucócito se liga ao endotélio e não solta mais, se espalha 
por todo o endotélio e se espreme entre os espaços celulares realizando a diapedese que é o fenômeno que vai desencadear a 
formação do infiltrado inflamatório, que é a chegada das células sanguíneas no tecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➔ Os dois lados do macrófago: 
Tem-se dois tipos de morte celular, a apoptose e a necrose, ressaltando que a necrose tem um potencial inflamatório maior 
que a apoptose, mas porquê? 
Quando uma célula morre por apoptose, que é o que acontece na inflamação aguda com os neutrófilos, ela expressa 
determinados ligantes em sua superfície p.ex. fosfatidilserina dentre outras moléculas. Essas moléculas vão ser reconhecidas por 
receptores específicos na superfície do macrófago, que foi recrutado pela lipoxina, essas interações entre os macrófagos e os 
ligantes vão gerar uma sinalização no núcleo, fazendo com que esse macrófago secrete mais citocinas supressoras como TGF-β 
e IL-10 e poucas citocinas inflamatórias como TNF-α , IL-1 e IL-6, então, esses macrófagos vão fagocitar os restos apoptóticos e 
possíveis micróbios presentes no tecido. No entanto, quando se tem uma necrose, ela tem um potencial inflamatório muito 
grande e as partículas necróticas vão ser opsonizadas por anticorpos da classe IgG e por fragmentos do sistema complemento 
(C3b e C4b), então essas opsoninas ligadas às partículas necróticas vão ser reconhecidas por receptores de opsoninas 
presentes na superfície dos macrófagos, nesse caso, a sinalização vai ser diferente, fazendo com que o macrófago produza altos 
níveis de citocina de fase aguda (TNF-α , IL-1 e IL-6) para que seja induzido o recrutamento de mais células inflamatórias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A fagocitose não-flogística (1) é a que ocorre na inflamação aguda e é a ideal, pois não favorece a cronificação. Em ambos os 
casos se tem os macrófagos M1, os quais tem alta capacidade fagocítica. O macrófago M2 atua no final do processo anti-
inflamatório mediado pelas maresinas. 
Esses macrófagos são células fagocíticas que tem a mesma origem dos neutrófilos, são decorrentes da unidade formadora dos 
granulócitos-monócitos que tem origem do progenitor mieloide, então, tanto o macrófago, como o neutrófilo e células 
dendríticas vão realizar uma fagocitose que se inicia com o reconhecimento do PAMP ou do DAMP através dos PRRs, isso gera 
 
5 IMUNOLOGIA – JULIANA OLIVEIRA 
uma sinalização intracelular que vai alterar o citoesqueleto para que ocorra o englobamento dessa partícula externa que vai ser 
endocitada em uma vesícula chamada de fagossomo, onde existem espécies reativas de oxigênio e NO que causam um 
estresse oxidativo para iniciar a quebra daquela molécula, depois ocorre a fusão do fagossomo com o lisossomo 
(fagolisossoma) e a ação digestiva vai ser potencializada pelas enzimas lisossomais (mieloperoxidase e lactoferrinas) , então 
essa partícula vai ser quebrada e posteriormente apresentada, por isso que os fagócitos, principalmente os macrófagos e as 
células dendríticas, além de fagocitar também são células apresentadoras de antígeno. 
Então, em relação a capacidade depurativa e de matar por fagocitose os neutrófilos e macrófagos são mais eficientes, enquanto 
que a capacidade secundária de apresentar esses antígenos processados são melhor desempenhadas pelas células dendríticas e 
macrófagos. 
As citocinas contribuem para o potencial antimicrobiano dos macrófagos a partir do IFN- gama que é a principal 
citocina estimuladora de óxido nítrico dentro do fagócito, então, quando IFN-gama é produzido pelas células NK ou outras 
células infectadas ele vai se ligar à um receptor específico na superfície dos macrófagos e estimular a óxido nítrico sintetase, a 
qual vai transformar o oxigênio e a L-arginina em óxido nítrico e citrulina, estimulando a produção de NO. 
No entanto, decorrente da própria injuria tem-se uma alta produção de TNF-a, a qual tem a função de recrutar as células 
sanguíneas, mas nesse caso, além disso, tem ação autócrina e intensifica a ação dos IFN-gama. 
Enquanto a óxido nítrico sintetase vai produzir o óxido nítrico, que é um superóxido, tem-se outra enzima que é a 
fagocitoxidase que vai ser responsável pela síntese das espécies reativas de oxigênio e juntos esses dois metabólitos vão causar o 
estresse oxidativo que é essencial para promover morte microbiana e a depuração do tecido destruído das células mortas. 
Esse processamento não só causa morte do micróbio como é essencial para a etapa posterior que é a etapa de apresentação 
do antígeno que vai levar ao desenvolvimento da imunidade adaptativa através da ativação dos linfócitos T. Além disso, o 
macrófago ativado além de processar o antígeno também libera citocinas inflamatórias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As maresinas estimulam a troca de fenótipo do macrófago (M1), que é altamente fagocítico, para o macrófago (M2) que produz 
fatores de crescimento, fibroblastos, fatores angiogênicos e metaloproneiases de matriz, então são essas moléculas 
que são produzidas pelos macrófagos M2 no final do processo da inflamação aguda e que vão atuar no remodelamento tecidual e 
na substituição das células danificadas por novas células. Ao comparar os fagócitos, alguns são mais eficientes na depuração 
(neutrófilos e macrófagos) outros na apresentação de antígeno (macrófagos e células dendríticas). Os macrófagos transitam 
entre as duas funções, são excelentes na depuração e na APC. 
 
 
6 IMUNOLOGIA – JULIANA OLIVEIRA 
A imunidade inata aconteceu e através da inflamação aguda e conseguiu limpar o tecido até que a imunidade adaptativa se 
forme e os linfócitos comecem a navegar pelo sangue e alcancem o tecido para completar a ação inflamatória iniciada pelas 
células inatas, mas para isso é necessário que o macrófago e as célulasdendríticas, que são APC, saiam do tecido carreando o 
antígeno, drenando o tecido e migrando para o linfonodo para ativar as células T auxiliares e citotóxicas. 
Isso é possível por conta da drenagem linfática, então, os linfócitos T e B que são 
produzidos pelos órgãos linfoides primários ficam recirculando, ou seja, tem-se linfócitos T e 
B maduros, porém virgens circulando por todo o corpo devido aos tecidos linfoides que se 
espalham por nosso corpo a fim de encontrar um possível estímulo antigênico para que 
essas células se ativem nos órgãos e as células ativadas cheguem ao vaso sanguíneo e se 
dirijam para o tecido para combater a infecção e a injúria, no entanto, a maioria das células 
morrem antes de encontrar o antígeno, o que é positivo, porque se não o sistema imune 
estaria sempre ativo, o que significaria que a todo tempo estaríamos doentes, infectados ou 
expostos à um estímulo de dano. 
As células dendríticas e os macrófagos saem do tecido onde ocorreu a injúria carreando o 
antígeno através dos vasos linfáticos enquanto os linfócitos vão chegar aos linfonodos por 
meio da corrente sanguínea e a ativação vai ocorrer através das APCS com os linfócitos T, 
ativando-os e ocasionando um aumento dos linfonodos, a ativação dos linfonodos regionais 
chama-se de linfadenite satélite, por isso que um aumento dos linfonodos cervicais está 
associado à uma inflamação de garganta ou o acometimento de linfonodos inguinais tem 
relação com a inflamação à nível de membros inferiores. Então, quando se tem uma injúria 
tecidual aquele antígeno é drenado para o linfonodo mais próximo, ocasionando a linfadenite 
satélite. 
 
A drenagem do tecido e o encontro das APCs com os linfócitos ocorre a partir do momento em que a célula dendrítica saí do 
tecido carreando o estímulo causador da injúria, a célula dendrítica ou o macrófago vai entrar pelo vaso aferente para 
apresentar o antígeno para a célula T. Os linfócitos T são originados na 
medula óssea, mas sofrem toda a sua maturação no timo, então, após saírem 
maduros do timo ficam circulando no corpo, entram e saem dos linfonodos, 
no entanto, nesse local existe uma organização anatômica para os 
linfócitos T e B, isso porque esses linfócitos possuem receptores 
específicos para quimiocinas distintas que vão ser produzidos somente 
em suas respectivas zonas, o que os atrai para elas. 
A célula dendrítica possui receptor para a mesma quimiocina que é 
produzida na zona T e por isso é quimioatraida para lá, já que é essa célula 
quem faz a apresentação de antígeno para ativar os linfócitos T. Após os 
estímulos antigênicos os linfócitos T e B (não precisa de APC, reconhece o 
antígeno diretamente) se ativam e saem pela corrente sanguínea para 
alcançar o tecido e somar o efeito inflamatório que foi iniciado pelas células 
inatas, tendo assim, a ação das protectinas que reduz a produção de citocinas 
produzidas por esses linfócitos e inviabilizam a sua chegada.

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