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Nome: Pedro Henrique Correia Januario Matrícula: 201707012105 Disciplina: CCJ0034 / DIREITO PENAL IV Data: 23 / 06 / 2020 Período: 2020.1 / AV2 Turma: 3003 1. O agente que mediante violência submete um travesti a intenso sofrimento físico e mental em razão de seus preconceitos, responderá criminalmente pelo delito de tortura previsto na lei 9.455/97? Caso o ato fosse praticado em razão de uma desavença por questões de vingança, a situação se alteraria? Justifique. R: Não responderá por crime de tortura discriminatória, pois considera-se neste caso tortura nos termos da lei 9.455/97 as hipóteses de tortura discriminatória, racial ou religiosa; não havendo previsão legal para crime de tortura por homofobia. No entanto, há de se conceituar que este fato não impede contudo que se configure outra forma de tortura contra homossexuais com no caso do art 1º. Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da pratica de ato não previsto em lei ou resultante de medida legal. 2. João da Silva, funcionário da empresa prestadora de serviço de exploração e manutenção de rodovia estadual, na qual trabalhava como cobrador do pedágio, ao final de seu horário de trabalho, aproveita a saída da sala do chefe de operações da praça do pedágio para ingressar no escritório deste. Verifica que o chefe, única pessoa que detém a chave do cofre onde é guardada toda a quantia recebida a título de tarifa no pedágio durante todo o dia, havia deixado a referida chave em cima de sua mesa. João, então, pega a chave, abre o referido cofre toma para si parte do valor nele contido, com finalidade de levar o dinheiro para casa como se fosse seu. João da Silva, no caso em tela, praticou que crime? Por quê? Responda fundamentadamente, indicando todos os dispositivos legais pertinentes. (28º Exame de Ordem - 2ª fase) R: João da silva praticou crime de peculato- estelionato do art 313 do CP no qual o funcionário publico se apropria de bens, valores, recibos no exercício do cargo, por erro de outrem. 3. JOSUÉ é fiscal da prefeitura e exige o pagamento de propina para não interditar o estabelecimento comercial da vítima, combina que receberá o pagamento exigido dentro de 2 dias. Daí a vítima solicita apoio a Policia Militar que monta uma campana e aguarda o JOSUÉ comparecer ao local para receber a propina. No momento da entrega do valor combinado a polícia militar dá voz de prisão ao agente. Pergunta-se: Qual crime foi cometido por Josué? Este crime é tentado ou consumado? Responda de forma justificada, aplicando a teoria penal. R: Neste caso Josué se enquadraria no crime de corrupção passiva art 317 (solicitar, receber, aceitar promessa de vantagem indevida em razão da função pública). Indaga- se que o crime é formal, portanto foi consumado pois não há necessidade de ter recebia ou não a vantagem, crime de corrupção se consumou no ato da aceitação. 4. Conforme nossa legislação, a importação de cigarros produzidos no território nacional destinado à exportação constitui qual crime? Há possibilidade de aplicação do princípio da insignificância em razão do valor dos bens apreendidos? R: Crime de contrabando art 334 do CP. Não há possibilidade da aplicação do proncipio da insignificância, pois de acordo com o entendimento atual do STF, o bem jurídico tutelado não se restringe ao patrimônio publico. 5. Apresente as diferenças técnicas jurídicas dos crimes de ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA (artigo 288 do C.P), INTEGRAR ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA (artigo 2º da Lei 12850/2013) e de ASSOCIAÇÃO PARA FINS DE TRÁFICO DE DROGAS (artigo 35 da Lei 11343/06). R: As diferenças elencadas na legislação sobre Organização Criminosa e associação criminosa na lei 12.850 art 1º e art 288 respectivamente, está no número de agentes onde a primeira necessita de 4 pessoas e a segunda de no mínimo 3; podem se diferenciar também com relação a estrutura ordenada e a divisão de tarefas claras da organização criminosa, e com relação aos crimes que os integrantes da organização criminosa desejam praticar, que devem ter apenas superiores a 4anos ou de caráter transnacional. Com relação a associação para o tráfico de drogas, lei 11.341/06 art 35, necessita-se apenas de 2 pessoas e o dolo é de praticar crime de trafico de drogas ou de petrechos para o tráfico, dispensando a estrutura ordenada e a divisão de tarefas nesse caso.
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