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PROTOCOLO DE CIRURGIA SEGURA Discentes: Brenda Maria e Diego Lima 1 Ministério da Saúde/ Anvisa/ Fiocruz HISTÓRICO ● O volume anual de cirurgias, em um estudo com 56 países, foi estimado entre 187 a 281 milhões, o que representa uma cirurgia para cada 25 pessoas por ano. ● O avanço da medicina nos últimos anos permitiu o aperfeiçoamento das técnicas cirúrgicas, porém, esse progresso também foi acompanhado pelo aumento na incidência de erros em cirurgias. ● Um estudo de 2008 mostrou que, 1 em cada 150 pacientes internados morrem devido a incidentes, sendo ⅔ desses por erros em cirurgias. ● Os maiores eventos adversos nesses procedimentos são cirurgias em locais errados -os pacientes têm seus órgãos saudáveis retirados- ou no paciente errado. ● Outro estudo com 1500 cirurgiões de mão demonstrou que 21% deles já havia feito alguma cirurgia em local errado. ● Uma análise de acionamento de seguro médico após cirurgias, mostrou que 68% derivaram de cirurgias ortopédicas realizadas em locais errados. 2 FINALIDADE E ABRANGÊNCIA ● Determinar as medidas a serem implantadas para reduzir a ocorrência de incidentes, eventos adversos e a mortalidade cirúrgica. k ● Lista de Verificação de Cirurgia Segura desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde - OMS. k ● Protocolo deve ser aplicado estabelecimentos de saúde que impliquem em incisão no corpo humano ou em introdução de equipamentos como os endoscópicos. k ● Resultados da implantação da Lista de Verificação: estudo demonstra redução de 11 a 7 % em complicações e 1,5 a 0,7 % no índice de mortalidade. 3 DEFINIÇÕES ● Lista de verificação: desenvolvida pela OMS; tem por objetivo identificar, comparar e verificar itens (materiais médicos necessários, documento de consentimento) e procedimentos. ● A lista é conduzida por um condutor da lista de verificação, que pode ser um médico ou enfermeiro que esteja participando do procedimento ou cirurgia e será responsável por aplicá-la de acordo com as diretrizes da instituição. 4 DEFINIÇÕES 5 ● Segurança anestésica: conjunto de ações realizadas pelo anestesiologista, que visa à redução da insegurança anestésica. Deve seguir as orientaçoes contidas no Manual para Cirurgia Segura da OMS. ● Equipe cirúrgica: equipe composta por cirurgiões, anestesiologistas, profissionais de enfermagem, técnicos e todos os profissionais envolvidos na cirurgia SEGURANÇA E LISTA DE VERIFICAÇÃO ● A Lista de verificação é dividida em três etapas: antes da indução anestésica, antes da incisão cirúrgica e antes do paciente deixar a sala de cirurgia. Em cada etapa, o condutor responsável deverá verificar com a equipe se todas as tarefas foram completadas, antes de passar para a próxima etapa. ● Se algo não estiver em conformidade, a verificação deve ser interrompida e o paciente deve ser mantido na sala de cirurgia até a resolução do problema. CIRURGIA SEGURA Profissionais capacitados Ambiente Equipamentos e materiais Conformidade com a legislação 6 ANTES DA INDUÇÃO ANESTÉSICA 7 ● Ocorre antes que o paciente seja anestesiado, sendo verificado informações básicas do paciente. ● Procedimentos: Confirmação da identidade - confirmar, verbalmente, a identidade com o próprio paciente. Confirmar o consentimento do paciente - cirurgia e a anestesia Confirmação do monitor multiparâmetro - conexão está feita e correta Revisar verbalmente com o anestesiologista possíveis complicações - perda sanguínea do paciente, dificuldades nas vias aéreas, alergias e se a verificação completa de segurança anestésica foi concluída. ● Também chamada de Pausa cirúrgica, é um intervalo momentâneo feito pela equipe cirúrgica imediatamente antes da incisão cutânea a fim de confirmar que diversas verificações importantes para a segurança da cirurgia foram cumpridas. ● Procedimentos: Identificar todos os membros da equipe - o condutor deve solicitar que cada pessoa na sala apresente seu nome e função. Confirmar verbalmente a identidade do paciente, o sítio cirúrgico e o procedimento - imediatamente antes da incisão, processo conduzido pelo médico, enfermeiro e anestesiologista. Verificar a previsão de eventos críticos - o condutor deve discutir com o cirurgião e anestesiologista sobre riscos graves e planejamentos operatórios. Prever etapas críticas, tempo de cirurgia e possível perda sanguínea - obter essas informações do cirurgião. ANTES DA INCISÃO CIRÚRGICA 8 ANTES DA INCISÃO CIRÚRGICA Revisar possíveis complicações anestésicas - o anestesiologista revisa verbalmente suas preocupações específicas e o planejamento para ressuscitação cardiopulmonar, além de informar a necessidade de sangue e hemoderivados, e outras comorbidades do paciente. Confirmar verbalmente a revisão das condições de esterilização, de equipamentos e infraestrutura - um instrumentador ou técnico revisa verbalmente e confirma com um indicador de esterilização. O condutor deve ainda verificar com a equipe de enfermagem se os equipamentos e infraestrutura estão de acordo. Verificar a realização de profilaxia antimicrobiana - o condutor confirma com o anestesiologista a administração de antibióticos 1 hora antes da incisão cirúrgica. Verificar exames de imagem - o condutor deve perguntar ao cirurgião se há necessidade de exames de imagem e se os mesmos estão na sala e expostos para uso durante a cirurgia. 9 ANTES DO PACIENTE SAIR DA SALA DE CIRURGIA 10 ● Procedimentos: Contagem de compressas e instrumentais - confirmar, verbalmente, a conclusão das contagens finais de compressas e agulhas. Identificação de qualquer amostra cirúrgica - identificação/etiquetagem correta, descrição com indicação anatômica do local de origem da amostra e demais informações. Problemas com equipamentos - identificados, relatados e documentados pela equipe. Revisão do plano de cuidado pós-cirurgia - questões anestésicas ou cirúrgicas que possam interferir na recuperação. ESTRATÉGIAS DE MONITORAMENTO E INDICADORES ➔ Percentual de pacientes que recebeu antibioticoprofilaxia no momento adequado; ➔ Número de cirurgias em locais errados; ➔ Número de procedimentos errados; ➔ Número de cirurgias no paciente errado; ➔ Taxa de adesão à Lista de Verificação; ➔ Taxa de mortalidade cirúrgica intrahospitalar. OBRIGADO! 11
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