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Traqueostomia e Cricotireoidostomia Plano de apresentação Traqueostomia Cricotireoideostomia • Introdução • Histórico • Anatomia • Técnica • Indicações e contraindicações • Complicações • Introdução • Histórico • Anatomia • Técnica • Indicações e contraindicações • Complicações Traqueostomia Introdução “Procedimento cirúrgico que visa estabelecer uma comunicação da traqueia com o meio exterior, por meio de uma abertura anterior da traqueia, com a finalidade de facilitar a respiração “ TRAQUEOTOMIA x TRAQUEOSTOMIA • TRAQUEOTOMIA: Formação de abertura que se fechará espontaneamente • TRAQUEOSTOMIA: formação de uma abertura que fica aberta após a remoção do tubo DIFERENTES CENÁRIOS: EMERGÊNCIA (via aérea obstruída) ELETIVA(ventilação mecânica, gerenciamento secreções) FORMAS DE REALIZAÇÃO: procedimento cirúrgico aberto (principal); traqueostomia percutânea Técnica relativamente simples, mas pode esbarrar em dificuldades anatômicas ou em distúrbios sistêmicos (discrasia sanguínea, hipoxemia grave). Portanto, importante correta indicação e execução da técnica Histórico Histórico • Traqueostomia é um dos procedimentos mais antigos, com ilustrações datadas de antes de 3600 A.C no Egito Antigo • 1534: Primeira descrição da técnica, pelo médico italiano Antonio Muso Brasovolo • Técnica atual: tem como precursor os trabalhos de Chevalier Jackson em 1921, para obstrução da via respiratória alta • Final dos anos 40: introdução da ventilação com pressão positiva • Anos 70: descoberta dos malefícios do balonete de alta pressão • Anos 80: disseminação da técnica percutânea Anatomia Anatomia TRAQUEIA: 18 a 22 anéis cartilaginosos incompletos( exceto o primeiro) No adulto: cilindro, com comprimento de cerca de 10 a 12 cm e diâmetro transverso de 1 a 2 cm, com revestimento interno de mucosa epitelial respiratória LOCALIZAÇÃO • Porção mediana do pescoço e é recoberta pela fáscia pré-traqueal • profundamente nos músculos esterno- hióideo e esternotireóideo LIMITES e PAREDES • Limite superior: Primeiro anel: cartilagem cricoide→ completo e conecta a traqueia à laringe ; C6 ou C7 • Parede anterolateral: anéis cartilaginosos em forma de “C”ou “U” • Parede posterior: compartilhada com parede anterior do esôfago. • Limite inferior: brônquios da carina e tronco principal; ao nível da 4ª ou 5ª VT, com projeção anterior na 2ª cartilagem costal • Glândula tireóide sobrepondo o 2º ao 4º anel traqueal Anatomia MARCOS ANATÔMICOS PARA TRAQUEOSTOMIA ENTALHE DA TIREOIDE: marco palpável para identificar o aspecto superior da laringe na linha média MEMBRANA CRICOTIREOIDEA: uma depressão palpável entre as cartilagens cricoide e tiroeide CARTILAGEM CRICOIDE: marco palpável para identificação da junção da laringe e traqueia. Incisão da pele: tipicamente 1-2 com inferior à cricoide ENTALHE ESTERNAL: marco palpável para identificar a entrada torácica. Palpação é importante dado a possibilidade de uma artéria inominada que pode ser encontrada durante a traqueostomia Anatomia RELAÇÕES ANATÔMICAS: Esôfago: pode ser lesado durante o procedimento , principalmente se prolapso da parede membranácea posterior da traqueia Nn laríngeos recorrentes: situam-se no sulco entre traqueia esófago. Em seu trajeto penetram ao nível da articulação cricotireoidea; Atenção para possível lesão por prolongamento de uma incisão traqueal transversa. Vasos: lesão da vascularização segmentar, na mobilização da traqueia; comprometimento da irrigação mucosa e da cartilagem por compressão provocada pelo balonete de um tubo endotraqueal ou cânula de traqueostomia Anatomia Técnica Aspectos gerais da técnica • Eletiva • Ambiente adequado • Sedação • Intubação orotraqueal • Posicionamento Técnicas Traqueostomia Convencional (aberta) Percutânea Lateral Definitiva Cervical terminal Mediastinal Traqueobroncostomia Técnica 1) Posição do paciente 2) Reparos anatômicos 3) Anestesia 4)Incisão na pele 5) Dissecção da musculatura 6)Istmo da tireoide 7)Traqueia 8) Cânula endotraqueal Traqueostomia convencional (aberta) 1) Cervical anterior transversa: entre o anel cricoide e a fúrcula esternal) 2) Longitudinal mediana: 1 cm abaixo da cricoide e até 2cm acima da fúrcula Incisão Traqueostomia convencional (aberta) Acesso: linha mediana, incisando a rafe entre os músculos esterno-hióideos e esterno- tireóideos Traqueostomia convencional (aberta) As veias jugulares estão ao lado da rafe: pode haver interconexões venosas Traqueostomia convencional (aberta) Antes de atingir a traqueia, pode ser necessário ligar vasos tireóideos inferiores Traqueostomia convencional (aberta) Após a abertura da rafe, → fáscia pré-traqueal e procura-se contar os anéis (referência o anel cricoide) O local ideal para traqueostomia é o segundo ou terceiros anéis!!! Traqueostomia convencional (aberta) Anéis são recobertos por uma parte ou todo o istmo tireóideo, → rebatido ou seccionado Traqueostomia convencional (aberta) Em cada extremidade tiroideia, é realizada uma pequena sutura contínua em barra grega, sob a pinça Traqueostomia convencional (aberta) A exposição da zona de traqueostomia é completada com o descolamento das bordas seccionadas Neste momento, pode ser injetada 1 a 2ml de solução de xilocaína a 2% entre os dois anéis Traqueostomia convencional (aberta) A traqueia é elevada por meio de dois pontos de reparo simétricos e paramedianos A tração não deve ser excessiva Traqueostomia convencional (aberta) Modos de realizar a abertura da traqueia para introdução da cânula • Incisão longitudinal • Transversa • Em U invertido • Em T • Retirando uma janela anterior de cartilagem contendo fragmentos do segundo terceiro anéis • Flap de bjork Traqueostomia convencional (aberta) Cervicotomia apenas parcialmente fechada, com pontos simples separador, deixando um espaço em torno da cânula Fundamental a fixação da cânula a pele Decanulação • Ocluir (arrolhar) a cânula • Observar a evolução durante 24 horas. • Retirá-la e fazer um curativo compressivo fechando o orifício da traqueostomia • A cicatrização→ segunda intenção em aproximadamente uma semana. Adultos Crianças • Ocluir (arrolhar) a cânula • A oclusão (arrolhamento) da cânula pode levá-la a apresentar dificuldade respiratória (a cânula ocupa um volume muito grande da traqueia) • Necessário diminuir o calibre da cânula e arrolhá-la por 24 horas • Depois deste teste, proceder como no adulto. Dificuldade na retirada da cânula • Persistência da causa que levou à realização da traqueostomia; • Deslocamento da parede anterior da traqueia, obstruindo a luz traqueal; • Edema de mucosa; • Intolerância ao aumento da resistência do ar (frequente nas crianças e em idosos), consequente à necessidade do ar passar pelas narinas; • Estenoses; • Traqueomalácea. Indicações e contraindicações Indicações • Obstrução da via aérea - pseudomembrana em laringe diftérica - falha na intubação endotraqueal - trauma maxilofacial e laríngeo agudo - anomalias congênitas - corpo estranho - neoplasias • Apneia do sono • Suporte respiratório - suporte ou desmame de ventilação com pressão positiva. - mais de 10 dias em prótese respiratória • Tosse ineficaz - toalete brônquico - hemoptise maciça • Intubação orotraqueal prolongada • Edema de via aérea por queimaduras, infecções ou anafilaxia Indicações Contraindicações NÃO HÁ CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS Contraindicações relativas - Obstrução por carcinoma - Presença de coagulopatias - Instabilidade hemodinâmica Complicações Peroperatórias - A complicação mais comum é a hemorragia. - colocação indevida da cânula no tecido mediastinal anterior. - hipoxemia e enfisema subcutâneo. - lesão do esôfago - Pneumotórax Complicações Pós - Operatório - infecções. - Obstrução aguda do tubo de traqueostomia. - Decanulação acidental por fixaçãodeficiente. - Edema pulmonar pós-obstrutivo - Obstrução por muco ressecado - Enfisema subcutâneo Complicações Tardias - Estenose traqueal - Fístula traqueo-cutânea - Fístula traqueo-esofágica - Impossibilidade de decanulação - RARA: fístula traqueo-inominada (menos de 1%, com mortalidade de 80%) Complicações Cricotireoidostomia Introdução → Procedimento cirúrgico que consiste de abertura de um estoma na membrana cricotireóidea da laringe comunicando com o meio externo CRICOTIREOIDOSTOMIA x CRICOTIREOIDEOSTOMIA • CRICOTIREOIDOSTOMIA: Incisão na abertura cricotireóidea • CRICOTIREOIDOSTOMIA: formação de uma abertura que fica aberta após a remoção do tubo DIFERENTES CENÁRIOS: comumente feita de forma emergencial e posteriormente transformada em traqueostomia FORMAS DE REALIZAÇÃO: procedimento cirúrgico aberto (principal); cricotireoideostomia percutânea e cricotireoideostomia por punção Histórico Histórico • Técnica atual tem como precursor os trabalhos de Chevalier Jackson em 1921 para obstrução da via respiratória alta • Ele condenou a Cricotireoidostomia, pois acreditava que inevitavelmente causaria estenose subglótica, porém ele não notou que: • A maioria dos seus pacientes eram crianças, que têm a via aérea mais estreita • A maioria era feita para casos inflamatórios (tuberculose, difteria...) • Ao longo dos anos, o aprendizado sobre o assunto cresceu, fazendo com que o procedimento ainda fosse indicado para algumas situações Anatomia Anatomia MEMBRANA CRICOTIREÓIDEA • Membrana fina e relativamente superficial, localizada na linha média, entre as cartilagens tireóide e cricóide CAMADAS ATÉ ATINGÍ-LA • Pele • Tecido subcutâneo • Músculo cricotireóideo Anatomia MARCOS ANATÔMICOS PARA TRAQUEOSTOMIA ENTALHE DA TIREOIDE: marco palpável para identificar o aspecto superior da laringe na linha média MEMBRANA CRICOTIREOIDEA: uma depressão palpável entre as cartilagens cricóide e tireóide CARTILAGEM CRICOIDE: marco palpável para identificação da junção da laringe e traqueia. Incisão da pele: na depressão que corresponde à membrana Anatomia ESTRUTURAS EM RISCO: • Veia jugular anterior • Artéria tireóidea superior • Nervo laríngeo superior • Artéria carótida comum • Músculo cricotireóideo • Faringe Anatomia Técnica Aspectos gerais da técnica • Emergencial (NINO) • Ambiente pré ou intra- hospitalar • Assepsia e anestesia local • Revertida para traqueostomia ou IOT em até 72 horas • Posicionamento Técnicas Traqueostomia Convencional (aberta) Percutânea Por punção Cricotireoidostomia convencional (aberta) • Nível de obstrução: a Cricotireoidostomia não irá ultrapassar uma obstrução traqueal ou da árvore brônquica • Coagulopatia: deverá ser corrigida antes do procedimento, exceto nos casos de emergência • Anatomia da superfície do pescoço: É possível palpar as referências anatômicas? Avaliação pré- operatória Cricotireoidostomia convencional (aberta) 1. Colocação do doente na posição supina com exposição da região anterior do pescoço e extensão do mesmo (se possível) 2. Identificação dos pontos de referência na superfície cervical: tireóide, cartilagem cricóide e membrana cricotireóidea 3. Preparação de um campo esterilizado 4. Injeção de lidocaína 1% com epinefrina 1:100000 na pele, tecidos moles e no interior da via aérea através da membrana cricotireóidea de forma a anestesiar a via aérea (se tiver tempo) Cricotireoidostomia convencional (aberta) 5. Fixar a cartilagem tireóidea com o 1º e 3º dedos da mão não dominante, deixando o 2º dedo livre para palpar a membrana cricotireóidea 6. Com um bisturi, fazer uma incisão transversal ou vertical com 1-2 cm diretamente sobre a membrana cricotireóidea na margem superior da cricóide. 7. Utilizar a dissecção romba com o dedo indicador não dominante ao longo da membrana cricotireóidea; mover o dedo de lado a lado para sentir claramente a membrana cricotireóidea Cricotireoidostomia convencional (aberta) 8. Realizar uma incisão transversal ou vertical com 1 cm através da membrana cricotireóidea ao longo do bordo superior da cricoide, angulando o cabo do bisturi na direção cefálica de forma a evitar lesar as cordas vocais →Aguardar por uma sensação “pop” assim que o bisturi perfurar a membrana e entrar na laringe →O espesso corpo da cricóide encontra-se imediatamente na parede posterior do lúmen 9. Dilatar a via com a passagem de uma pinça hemostática curva (ou com seu próprio dedo) através da incisão, angulando na direção caudal através do anel cricóideo e ao longo da traqueia com o cuidado de não perfurar a parede posterior da traqueia Cricotireoidostomia convencional (aberta) 10. Introduzir um tubo de traqueostomia ou endotraqueal (<7 mm) diretamente ou seguindo sobre o dilatador 11. Se utilizar um tubo com balão, insuflar com ar 12. Começar a ventilação 13. Confirmar o correto posicionamento do tubo através da observação do movimento do tórax, auscultação e, se disponível, avaliação do CO2 expirado 13. Fixar o tubo de traqueostomia suturando-o à pele e/ou utilizando a fita de traqueostomia em torno do pescoço Cricotireoidostomia por punção 1. Posicionamento do doente em decúbito dorsal com exposição do pescoço e extensão cervical (se possível) 2. Identificação das marcas anatômicas da superfície (cartilagem tiroide, cartilagem cricóide e membrana cricotireóidea) 3. Preparação de um campo estéril 4. Infiltração da pele e do lúmen laríngeo através da membrana cricotireóidea com 1% lidocaína com adrenalina 1:100 000 para anestesiar e suprimir o reflexo da tosse (se existir tempo suficiente) Cricotireoidostomia por punção 5. Imobilizar a cartilagem tiroide com os 1º e 3º dedos da mão não dominante deixando o 2º dedo livre para localizar a membrana cricotireóidea 6. Com a mão dominante puncionar a membrana cricotireóidea com um cateter 14g adaptado a uma seringa preenchida com soro fisiológico, angulado na direção caudal a 45º. Angular a porção distal da agulha condutora pode ajudar a encaminhar o cateter no lúmen traqueal Cricotireoidostomia por punção 7. Aplicar pressão negativa na seringa, puxando o êmbolo, enquanto avança o cateter. Assim que a ponta da agulha atravessa a membrana cricotireóidea e entra no lúmen laríngeo, bolhas de ar aparecem no soro no interior da seringa. 8. Avançar o cateter e retirar a agulha 9. Adaptar o ventilador a jato e ventilar com 15 L/min 10. Avaliar a ventilação pelos movimentos torácicos, por ausculta pulmonar e por oximetria de pulso Indicações e contraindicações Indicações • Via aérea difícil TCE • Trauma maxilo-facial • Politrauma • Obstrução da via aérea proximal à subglote por corpo estranho • Angioedema • Insuficiência respiratória • Acesso para higiene traqueobrônquica em pacientes incapazes de expulsar secreções abundantes • Broncoscopia Contraindicações • Impossível reconhecimento dos acidentes anatômicos de superfície (cartilagem tireóide, cricóide, membrana cricotireóidea) • Ex.: por obesidade ou trauma cervical • Obstrução da via aérea distal à subglote • Ex.: estenose ou secção traqueal • Crianças (<12 anos)→membrana mais baixa e laringe mais estreita CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS • Tumor laríngeo: deve-se evitar a cricotireoideotomia nestes casos para não disseminar fragmentos de tumor no trajeto cirúrgico, porém pode ser feito se for um caso de extrema urgência • Coagulopatia (nas indicações não emergentes) Complicações • Imediatas • Pneumotórax • Sangramentos • Canulação difícil • Precoces • Estenose subglótica • Falência respiratória aguda • Fístula esofagotraqueal • Disfunções temporárias e crônicas das cordas vocais • Decanulação acidental • Edema de laringe • Tardias • Granulações traqueais • Feridas persistentes e cicatrizes Complicações Referências • RICZ,Hilton Marcos Alvez. 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[S. l.: s. n.], 2017. Disponível em: https://vula.uct.ac.za/access/content/group/ba5fb1bd-be95-48e5-81be- 586fbaeba29d/Cricotiroidotomia%20e%20cricotiotomia%20por%20puncao.pdf. Acesso em: 20 jul. 2020 • https://cepeme.paginas.ufsc.br/files/2017/08/traqueostomia-e-cricotireoidostomia-2018-ilovepdf- compressed.pdf • https://www.viaaereadificil.com.br/crico/crico.htm#:~:text=palpa%20a%20membrana%20cricotire%C3%B 3idea.,A). Referências https://cepeme.paginas.ufsc.br/files/2017/08/traqueostomia-e-cricotireoidostomia-2018-ilovepdf-compressed.pdf
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