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Índice:
Introdução	3
Objectivos	4
Revisão Bibliográfica	5
Origem e caracterização morfológica	5
Clima e época de plantio	6
Classificação botânica	7
Hábitos de crescimento do feijoeiro	7
Estádios de desenvolvimento da planta	7
Pragas	9
Doenças	11
Métodos de controlo	12
Necessidade hídrica	12
Deficiência hídrica	13
Desenvolvimento das actividades no campus de Nacogolone	14
Actividades realizadas	14
Considerações finais	17
Referencias Bibliográficas	18
Anexos	19
1. Introdução
O feijão-comum (Phaseolus vulgaris L.) tem uma grande relevância nacional pelo facto do mesmo fazer parte da dieta da maioria dos moçambicanos. A preferência do consumidor por este grão é regionalizada e diferenciada, principalmente quanto à cor e ao tipo de grão. O consumo de feijão do tipo preto representa uma demanda significativa não só no nosso país mais também em outros países.
Importa referenciar que estudos relatam que algumas doenças que assolam a cultura do feijoeiro, principalmente aquelas causadas por fungos, são responsáveis por perdas de até 100% na produtividade de grãos.
Com o presente relatório, pretendo descrever as actividades desenvolvidas durante a produção do feijão do género Phaseolus vulgaris L. no campus de Nacogolone nos meses de Setembro a Novembro. 
O relatório está organizado em sete partes, nomeadamente a introdução e objectivos, onde de forma objectiva apresentei o que pretendo realizar, a parte da Revisão Bibliográfica responsável pela definição, distinção, demonstração da importância e relacionamento dos conceitos da investigação, as considerações finais, onde de forma mais sintética trarei as ideias essenciais da investigação, referências bibliográficas, para alistamento das obras usadas na produção do relatório e anexos, imagens capturadas durante as actividades desenvolvidas.
Para a elaboração do presente trabalho, além dos conhecimentos práticos que possuímos, iremos usar a pesquisa bibliográfica, onde vamos trazer interpretações sólidas e fundamentados por diferentes autores de destaque que debruçaram-se sobre o tema em alusão.
2. Objectivos 
2.1.1. Objectivo geral: 
· Fazer um estudo da cultura do feijão vulgar.
2.1.2. Objectivos específicos 
· Abordar os conceitos relacionados a cultura de feijão vulgar;
· Descrever as actividades desenvolvidas durante a produção do feijão.
· Ter noção da cultura.
2.1.3. Metodologia 
Para a elaboração do presente relatório, recorri a várias obras bibliográficas, em busca de assuntos pertinentes com auxílio de alguns métodos, tais como:
· Analise (para analisar a informação referente ao feijão);
· Selecção (consistiu na selecção das ideias dos diverso autores consultados);
· Unção (consistiu na unificação das ideias obtidas na leitura para um senso comum).
	
· Revisão Bibliográfica
· Fundamentação Teórica
· Origem e caracterização morfológica 
Estudos provam que a etimologia do feijão da espécie Phaseolus é América Central e do Sul e mais tarde alastrou-se para Europa e Ásia onde o centro primário de domesticação é a Mesoamérica e sul dos Andes.
O género Phaseolus compreende cerca de 55 espécies, das quais apenas cinco são cultivadas: 
· O feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris): espécie mais cultivada dentro do género;
· O feijão de lima (P. lunatus); 
· O feijão Ayocote (P. coccineus); 
· O feijão tepari (P. acutifolius); 
· P. p olyanthus.
Segundo ATHANÁZIO (1993), Existem dois centros primários de origem para o género Phaseolus, sendo o primeiro, e mais importante, aquele localizado na América Central, nos altiplanos do México e da Guatemala, e o segundo, na Ásia Tropical. A espécie Phaseolus vulgaris L. é originária do primeiro centro, onde era cultivada pelos indígenas pré-colombianos desde o Canadá até o Chile e a Argentina, sendo que a domesticação ocorreu há mais de 7.000 anos. 
Segundo DE OCA (1987), o feijão teve sua origem na Europa, resultando de mutações genéticas do feijão comum introduzido da América. Sua evolução e seu melhoramento ocorreram na França e nos Países Baixos, entre outros. As primeiras cultivares apropriadas para colheita de vagens verdes foram obtidas em princípios do século XIX, através de cruzamentos entre feijões cultivados na Europa e material genético procedente da América Central. Posteriormente, essas cultivares foram introduzidas na América do Norte, onde cruzamentos subsequentes foram realizados 6 com feijões da região, obtendo-se novas cultivares de maior potencial produtivo 
(CARVALHO, 1992). 
O feijão é uma hortaliça de importância mundial (ABREU et al., 2000), importa referenciar que difere do feijão produzido para consumo de grãos secos por apresentar baixo teor de fibra nas vagens e polpa mais espessa (FILGUEIRA, 2008; PINTO et al., 2001). A planta apresenta caule volúvel, folhas trifoliadas, raízes superficiais, flores brancas ou róseas, dependendo da cultivar, e vagens alongadas (FILGUEIRA, 2008). 
Segundo PORTES (1988) e FILGUEIRA (2008), as cultivares de feijão podem ser divididas conforme o hábito de crescimento da planta. As indeterminadas ou volúveis possuem um meristema apical vegetativo que possibilita crescimento contínuo das plantas (ATHANÁZIO, 1993) e têm a capacidade de se enrolarem em suportes ou tutores, e atingem mais de 2,0 m de altura. As inflorescências formam-se de gemas axilares de folhas e ramos, com período de floração além de 25 dias, sendo que o ciclo de vida, para a maioria das cultivares, situa-se entre 100 e 110 dias (PORTES, 1988). 
· Clima e época de plantio 
FILGUEIRA (2008) afirma que o feijão é uma hortaliça de ampla adaptabilidade à temperatura ambiente, desenvolvendo-se a contento dentro de uma faixa de 18 a 30° C. Sob temperatura superior a 35 °C, a produtividade diminui significativamente, pois o pólen é prejudicado, acarretando vagens deformadas.
 (PORTES, 1988; KIGEL et al., 1990), estudando cultivares de crescimento determinado em condições controladas de temperaturas altas (27 a 32 °C), verificaram que a produção foi drasticamente reduzida, embora tenha havido incremento na ramificação e no florescimento. 
ALDRIGHI et al. (2000) observaram estagnações no desenvolvimento do feijão em períodos de geada e sugeriram que as temperaturas médias das regiões de cultivo podem servir de base para a escolha da época de sementeira. 
De acordo com PORTES (1988), os factores climáticos que mais influenciam a queda de flores e o vingamento de vagens em feijão, com consequentes reflexos na produtividade, são as temperaturas máximas e mínimas, estreasse hídrico e baixa humidade relativa do ar. 
TOMAZ et al. (2001) afirmam que a temperatura é o factor climático que exerce a mais forte influência sobre o percentual de vingamento de vagens. 
Em localidades de inverno ameno, é possível o plantio do feijão ao longo do ano, possibilitando a comercialização na entressafra e cotações mais elevadas, especialmente em Julho/Agosto. Na maioria das regiões produtoras, incluindo serras e altiplanos, a época normal de plantio é Agosto/Abril, evitando-se os meses de Maio a Julho, quando as temperaturas podem ser excessivamente baixas. Quanto ao fotoperiodismo, o feijão é reconhecidamente uma cultura indiferente, podendo produzir equivalentemente sob dias longos ou curtos (FILGUEIRA, 2008).
Feijoeiro é o nome comum atribuído aos elementos da espécie Phaseolus vulgaris, pertencente ao género Phaseolus, da família Fabaceae (antigamente denominada por Leguminaceae). A espécie mencionada apresenta outros sinónimos, sendo que estes também são normalmente associados ao nome comum de feijoeiro ou ainda ao nome da sua semente (feijão). Alguns exemplos de designações sinónimas são Phaseolus aborigineus e Phaseolus communis.
· Classificação botânica 
· Reino= Vegetal
· Sub-ramo = Angiosperma
· Classe = Dicotiledônea
· Ordem = Fabales
· Família = Fabaceae 
· Subfamília = Faboideae 
· Tribo = Phaseoleae 
· Género = Phaseolus 
· Espécie = Phaseolus vulgares L.
· Hábitos de crescimento do feijoeiro
São agrupados e caracterizados em quatro tipos principais: Tipo I (erecto), de hábito determinado,e tipos II (semierecto), III (Prostrado) e IV (Trepador), de hábito indeterminado.
· Estádios de desenvolvimento da planta 
A escala de desenvolvimento das plantas de feijão divide o ciclo biológico nas fases vegetativa e reprodutiva. Essas, por sua vez, são subdivididas em dez estádios. A fase vegetativa (V) é constituída dos estádios V0, V1, V2, V3 e V4, e a reprodutiva (R) dos estádios R5, R6, R7, R8 e R9.
Germinação (V0): Inicia no dia da semeadura, em solo húmido, ou no dia da chuva ou irrigação, quando a semeadura ocorre em solo seco. A semente incha e começa a germinar, rompendo o solo, ocasião em que os cotilédones atingem a superfície.
 Emergência (V1): Essa etapa ocorre quando 50% dos cotilédones já são visíveis e começam a se separar, terminando quando as folhas primárias se separam e se abrem. As primeiras folhas simples (primárias) iniciam seu desenvolvimento.
Folhas primárias (V2): Essa fase inicia quando ocorre a abertura e o crescimento das folhas primárias, as quais, totalmente expandidas, ficam na posição horizontal. Termina quando a primeira folha trifoliolada se abre.
Primeira folha composta aberta (V3): Surge a primeira folha composta, formada por três menores (trifoliolada) que se exibem completamente abertas e planas. Essa etapa termina quando a segunda folha trifoliolada encontra-se em pleno crescimento e a terceira se abre.
Terceira folha trifoliolada aberta (V4): Nessa fase, a terceira folha trifoliolada encontra-se completamente aberta e plana, ocorrendo o desenvolvimento dos primeiros ramos secundários. Esse período é menor nas cultivares de hábito erecto (tipo I) e maior nas de hábito semiprostrado, prostrado ou trepador (tipos II, III e IV). Termina com o surgimento dos botões florais, que costuma variar de acordo com o ciclo da cultivar e o hábito de crescimento.
Pré-floração (R5): Ocorre o desenvolvimento dos primeiros ramos secundários e o surgimento dos primeiros botões florais. Esse período é menor nas cultivares de arquitectura erecta (tipos I e II) e maior nas de arquitectura prostrada ou trepadora (tipos III e IV). Termina quando se inicia o florescimento. Essa fase é variável de acordo com o ciclo da cultivar e o hábito de crescimento.
Floração (R6): O início desse estádio ocorre quando a planta apresenta 50% de flores abertas. Na maioria das cultivares, a abertura das flores ocorre de baixo para cima, nas plantas de hábito indeterminado, tipos II, III e IV. Nas plantas do tipo I, a abertura ocorre de cima para baixo. Termina quando 100% das plantas possuem a primeira flor aberta.
Formação de vagens (R7): As flores, já fecundadas, murcham as pétalas e ocorre a formação das primeiras vagens (canivetes). O crescimento é longitudinal. O estádio termina quando as vagens atingem o comprimento máximo.
Enchimento das vagens (R8): Essa fase começa com o enchimento dos grãos e o consequente aumento do volume das vagens. Ao final dessa fase, as sementes perdem a cor verde e começam a mostrar as características da cultivar. As folhas começam a cair. No final do estádio R8 também é o momento propício para a dissecação, visando a uniformização dos grãos e a padronização do produto, conferindo-lhe maior valor comercial.
Maturação (R9): As vagens perdem a cor e começam a secar. As sementes adquirem a cor e o brilho característicos da cultivar.
· Pragas 
Ao cultivo do feijoeiro podem estar associadas uma série de pragas que, dependendo da fase
fenológica, podem provocar danos e redução da produtividade.
Devido às características dessa cultura, com um ciclo médio de 90 dias, podendo variar entre 60 (super precoce) e 115 (tardio), dependendo da cultivar escolhida, o feijão-comum é muito sensível à acção de uma série de insectos e outros invertebrados pragas, cujo manejo implica no reconhecimento da praga, os seus níveis de controlo e o uso de insecticidas selectivos.
Pragas que atacam as sementes, plântulas e raízes (V0 a V3)
O principal dano que as pragas causam é a redução da população inicial de plantas da lavoura, pois, de diversas formas, podem consumir as sementes, danificando também plântulas e raízes.
Coró-das-hortaliças (Aegopsis bolboceridus): Escava pequenas câmaras sob o sistema radicular, onde consome todas as raízes, causando a morte das plantas e redução significativa no estande.
Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus): Perfura o caule, próximo à superfície do solo (colo) ou logo abaixo, e faz galerias ascendentes no xilema. Também consome sementes e raízes.
Pragas desfolhadoras (V2 a R8)
Vaquinha (Diabrotica speciosa, Cerotoma arcuata): Causa desfolha durante todo o ciclo da cultura, reduzindo a área fotossintética. Os danos mais significativos ocorrem no estádio V2, pois pode consumir o broto apical, causando a morte da plântula. Em outros estádios, o dano é menor, pois o feijoeiro pode tolerar até 30% de desfolha. 
Minadores (Liriomyza spp.): Abrem galerias serpenteadas entre a epiderme superior e inferior das folhas, formando lesões esbranquiçadas, podendo penetrar nas nervuras. 
Lagarta-enroladeira-das folhas (Omiodes indicata): Raspa o parênquima foliar, rendilhando os folíolos que se tornam secos. Possui o hábito de enrolar ou unir os folíolos.
Pragas sugadoras e raspadoras (V2 a R8)
Cigarrinha-verde (Empoasca kraemeri): V2 a R5 - O dano é causado pelas ninfas e adultos que se alimentam do floema da planta, sugando a seiva. As plantas atacadas apresentam-se amareladas com as bordas foliares curvadas para baixo, seguindo-se o secamento das margens das folhas.
Ácaro-branco (Polyphagotarsonemus latus): V3 a R8 – O sintoma do ataque é visível nas folhas do ponteiro que ficam com as bordas do folíolo enroladas para cima. Inicialmente, as bordas adquirem coloração verde brilhante e, posteriormente, a face inferior do folíolo torna-se bronzeada e as folhas ficam ressecadas e quebradiças. Em altas infestações, os ácaros atacam as vagens.
Pragas dos grãos armazenados (R9)
Carunchos (Zabrotes subfasciatus, Acanthoscelides obtectus): Causam danos aos grãos devido às galerias feitas pelas larvas, destruindo os cotilédones, reduzindo a massa da semente e favorecendo a entrada de microrganismos e ácaros. Também afectam a germinação da semente por causa da destruição do embrião, além de depreciar a qualidade comercial dos grãos devido aos insectos, ovos e excrementos.
· Doenças
As plantas de feijão-comum podem ser atacadas por várias doenças durante o seu ciclo de vida. Há doenças que podem ocorrer numa determinada fase da cultura, enquanto outras em qualquer época.
Podridões-radiculare (V0 a V4)
Nos estádios V0 as V4 podem ocorrer doenças importantes como a podridão-radicular-seca, a podridão de raízes e a podridão-cinzenta da haste, causando falhas no estande (menor população de plantas) e subdesenvolvimento de plantas.
 Murcha de Sclerotium (Sclerotium rolfsii): No colo da planta, no nível do solo, formam-se lesões aquosas de coloração cinza a castanho. Estendesse pela raiz principal e produz a podridão, coberta por micélio branco e propágulos do fungo, redondos e pardos. A planta amarelece, murcha e seca.
Podridão-cinzenta do caule (Macrophomina phaseolina): As plantas podem ser afectadas em qualquer estádio da cultura, mas os piores danos são observados em plantas jovens. Esse é o único patógeno que sobrevive no solo favorecido por períodos de seca. A doença ocorre na falta de chuvas porque as sementes ou o solo estavam infestados previamente. As lesões apresentam cancros pretos, deprimidos, com margens bem definidas, os quais podem rodear completamente o caule e causar o murchamento e a morte da planta. Nas plantas mais velhas o desenvolvimento da doença é mais lento.
Murchas-vasculares (R5 a R8)
Há também doenças que causam o murchamento e a morte das plantas, como a murcha de Fusarium e a murcha de Curtobacterium, que incidem a partir da pré-floração, do florescimento e/ou do enchimento das vagens (estádios V4, R5, R6, R7 e R8).
Murcha de Fusarium (Fusarium oxysporum f. sp. phaseoli): O fungo invade as raízes e se desenvolve no interior destas. Plantasjovens podem ser infectadas, mas geralmente os sintomas aparecem a partir do florescimento. As plantas começam a murchar nas horas mais quentes do dia e se recuperam no final da tarde. O sistema vascular das plantas pode ficar escuro e, em alta humidade, há a formação de estruturas reprodutivas do fungo na base. Com a evolução da murcha, esta não é mais revertida; as folhas amarelecem e caem, resultando na morte da planta.
Manchas das folhas e vagens (V4 a R8)
Antracnose (Colletotrichum lindemuthianum): Lesões escuras e deprimidas, nas nervuras da face inferior das folhas, progridem para a parte superior, ocorrendo nos ramos, nas sementes e, eventualmente, quando utilizadas sementes contaminadas, os sintomas podem surgir nos cotilédones. Nas vagens, surgem lesões concêntricas, deprimidas, com halo escuro e a parte interna com esporulação rósea.
· Métodos de controlo
Isolamento da cultura, eliminação do hospedeiro do patógeno ou do vector, evitar introdução na área de resíduos de cultura ou de solo infectado, utilização de semente de qualidade, tratamento químico da semente, escolha da época de semeadura, rotação de culturas, preparo do solo, aumento do espaçamento, cobertura morta do solo, controle da água de irrigação, pulverizações foliares com fungicidas/insecticidas, destruição dos resíduos de culturas infectadas. 
· Necessidade hídrica
O rendimento do feijoeiro é afectado pela condição hídrica do solo. Deficiência ou excesso de água reduz a produtividade em diferentes proporções. O feijoeiro é altamente sensível à falta de água durante a floração e o início da formação das vagens, embora também seja no período de enchimento de grãos e, em menor escala, na fase vegetativa. A produtividade do feijoeiro cresce com a quantidade de água disponível, até determinado limite. Vários factores interferem nesse processo: cultivar, manejo da cultura, manejo do solo, época de plantio, condições climáticas e também as fases fenológicas. O estudo da fenologia auxilia a adequação do manejo de irrigação, possibilitando o fornecimento da quantidade exacta de água que a planta necessita, de acordo com o estádio de desenvolvimento que se encontra. Geralmente, o requerimento total de água está na faixa de 250 mm a 350 mm por ciclo vegetativo.
· Deficiência hídrica
A fase do feijoeiro mais vulnerável à deficiência hídrica prolonga-se do início até a plenitude da floração. Entretanto, a intensidade dos danos causados pela deficiência hídrica, dependerá da duração, da intensidade, da frequência e da época de ocorrência.
V0: A ocorrência de deficiência hídrica antes da germinação fará com que as sementes, ao invés de germinarem, apodreçam. A respiração das células consome as reservas acumuladas na semente, sendo atacadas por doenças de solo e não germinam. 
V1: Se ocorrer nesse estádio, as plântulas (plantinhas recém-germinadas) podem não romper o solo, reduzindo assim a população de plantas. 
V2-V4: A estiagem, nesses estádios, tem efeito indirecto na produtividade de grãos, dada a redução no tamanho e no número de folhas, que são responsáveis pelo crescimento da planta e das raízes. Uma planta com um sistema radicular bem desenvolvido terá maior capacidade de sobrevivência aos períodos sem chuvas e também maior capacidade de absorver nutrientes do solo. 
R5-R6: Se a estiagem ocorrer nesses estádios, provocará o aborto e a queda de flores, reduzindo o número de vagens por planta, comprometendo a produtividade de grãos. 
R7-R8: Se o período de deficiência hídrica ocorrer nesses estádios, induzirá à queda das vagens recém-formadas (canivetinhos) e também prejudicará a formação das sementes, resultando na redução da massa e consequentemente na produtividade de grãos.
· Desenvolvimento das actividades no campus de Nacogolone
· Actividades realizadas
Esta fase do relatório visa a descrição das actividades realizadas desde a preparação do solo ate a colheita do produto final.
Importa referenciar que as actividades tiveram o seu inicio no dia 25 de Agosto e com o alistamento das actividades ate no dia 22 de Novembro de 2018.
· Preparação do solo
A preparação do solo, teve início no dia 25 de Agosto do presente ano e com término no dia 01 de Setembro do ano em curso.
Esta actividade que consiste na mobilização do solo, o destroçamento, o controle de plantas daninhas e a incorporação de restos vegetais, correctivos e fertilizantes, proporcionando assim, condições favoráveis para a sementeira, cultivo, adubação e também uma compactação desejável para o desenvolvimento radicular das plantas.
· Lavoura
No mesmo dia (25 de Agosto) foi feita a lavoura, que é uma actividade que consistente em traçar sulcos mais ou menos profundos na terra com uma ferramenta de mão ou com um arado.
Esta mesma actividade tem por objectivo facilitar a circulação do água para uma irrigação correcta, destruir as más ervas, fazer menos compacta a terra adequando-a assim para a sementeira agrícola, melhorar a estrutura e textura do solo.
· Gradagem
Teve lugar no dia 01 de Setembro, actividades esta que consiste no nivelamento do terreno que foi revolvido. Este nivelamento permite a distribuição mais uniforme dos adubos e facilita a demarcação das covas para o plantio.
· Sementeira
O acto de atirar e espalhar sementes na terra preparada para esse fim, ou fazer algo que dará frutos teve lugar no dia 01 de Setembro contudo a sementeira depende de certas condições mínimas: as sementes devem ser sãs e intactas, o clima deve estar apto para o cultivo.
· Cobertura
Actividade seguida logo após a sementeira, que consiste em proteger a semente ou a planta contra processos erosivos e a lixiviacao de nutrientes.
· Rega
Executada logo após a sementeira no dia 01 de Setembro, e é importante relatar que esta actividade foi continua ate o dia da colheita.
É uma actividade que tem por objectivo o fornecimento de água para as plantas em quantidade suficiente e no momento certo, assegurando a produtividade e a sobrevivência da própria plantação.
· Adubação
Realizada no dia 08 de Setembro, com o objectivo de fornecimento de adubos ou fertilizantes ao solo de modo a recuperar ou conservar a sua fertilidade, suprindo a carência de nutrientes e proporcionar o pleno desenvolvimento das culturas vegetativas.
Estes adubos são obtidos a partir da decomposição de restos de plantas ou de esterco de animais (bovinos, aves, etc.), onde por sua vez na produção do feijão vulgar foi usada o esterco de bovino como adubo.
· Sacha
Esta actividade foi realizada nos dias 15 de Setembro, 04 e 27 de Outubro e 17 de Novembro.
Actividade esta que consiste em remover a camada superficial da terra e eliminar as ervas daninhas para permitir um bom desenvolvimento das plantas, evitando assim a incidência de pragas e doenças.
· Pulverização
Deu-se no dia 18 de Setembro, sendo uma actividade que consiste em distribuir produtos agro-químico, nutrientes ou fertilizantes de uma maneira geral, tem como objectivo  protecção da lavoura contra pragas, doenças e insectos e a disponibilização de nutrientes para as plantas estão entre as principais práticas para assegurar a produtividade no campo.
· Breves detalhes sobre a parcela
· A área da parcela: 390cm x 300cm.
· Espaçamento usado entre as plantas: 50cm.
· Profundidade das sementes: 1cm.
· Equipamento usado
· Enxada.
· Regador.
· Botas.
· Paus para servir como sistema de titulação.
· Cálculo do número de plantas
O cálculo do número de plantas é dado pela seguinte expressão:
Np = = 
Considerações finais
Durante a realização do presente relatório, pude perceber que há variabilidade em relação à morfologia das plantas das espécies de Phaseolus, expressada, principalmente, pelas características da flor, fruto e sementes, que, nas formas silvestres, assemelham-se à espécie cultivada, P. vulgaris.
Pude perceber também alguns acontecimentos ocorridos na parcela que foi concebida, como, o porque da perda e da seca excessiva da cultura na parcela, uma vez que Mocuba é uma das cidades que apresenta latitude e longitude equivalentes a -16,85 36,9833 respectivamentee assim sendo apresentando temperaturas muito elevadas, superiores que a planta não consegue realizar os seus processos fotossintéticos e acaba tendo um stress ou ate morte da mesma. 
Assim como outras culturas, essa (Feijão - comum) deve ter sempre um acompanhamento de modo que a produção da mesma seja satisfatória.
Referencias Bibliográficas
ATHANÁZIO, J. C. Adubação de feijão-vagem. In: FERREIRA, M. E. CASTELLANE, P. D.; CRUZ, M. C. P. da. (Ed). Nutrição e adubação de hortaliças.1993.
DOORENBOS, J. KASSAN, A. H. Efeito da água no rendimento das culturas. Campina Grande: UFPB, 1994. (Tradução de H. R. Gueyi; A. A. de Souza; F. A. V. Damasceno & J. F. de Medeiros).
DOURADO NETO, D. FANCELLI, A. L. Produção de Feijão. Guaiba: Agropecuária, 2000.
PAULA JÚNIOR, T. J. de et al. Informações técnicas para o cultivo do feijoeiro comum na região central brasileira. Viçosa: EPAMIG, 2008.
TOMAZ, J. P.; AGUIAR, M. S.; TANIGUCHI, C. A. K.; BATISTA JÚNIOR, C. B.; 
BRANDÃO, R. A. P.; ATHANÁZIO, J. C. Correlação entre envelhecimento acelerado de sementes e sua germinação no campo. Julho 2001.
QUINTELA, E. D. Manejo integrado de pragas do feijoeiro. Santo António de Goiás:, 2001. 
SILVA, H. T. da; ANTUNES, I. F. Caracterização da vagem de feijão (Phaseolus vulgaris L.): definição de classes de comprimento e largura., 2002.
Anexos
Imagem 1 : Fase de crescimento R5
Imagem 3 : Momento da rega.
Imagem 4: Estádio R7
Relatório: Produção de Feijão - Comum	Pag. 10

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