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TÂMARA MELO – MEDICINA CLÍNICA INTEGRADA 1° UND MENINGITES – PARTE 2 MENINGITE AGUDA MANEJO: É de extrema importancia Não atrasar antibioticoterapia e dexametasona. No caso de resultados inconclusivos e paciente com sinais clínicos evidentes ou suspeitos de meningite aguda, devemos começar a terapia empírica o mais rápido possível. Terapia empírica Não esperar Resultados Drogas bactericidas, com acesso ao SNC Ajustar de acordo com resultados ADQUIRIDA NA COMUNIDADE: Principais agentes causadores: Pneumococo, meningococo, H. Influenzae, Streptococcos do grupo B Tratar com: Ceftriaxone 2g EV de 12/12 h + Vancomicina 15-20mg/kg EV de 8/8 – 12/12 h + Ampicilina 2g EV de 4/4 h ▪ Se > 50 anos Além disso podemos fazer uso da dexametasona: Reduzir complicações, sequelas neurológicas e morte Pneumococo Primeira dose antes ou concomitante ao ATB Continuar se Gram e cultura indicarem pneumococo. Quando devemos repetir o LCR: Não há indicação de rotina, mas deve ser coletado caso o paciente: Ausência de melhora em 48 horas. Resposta incompleta ao tratamento. Persistência da febre. Duração do tratamento: Pneumococo: 10-14 dias Meningococo: mínimo de 7 dias (7-10) H. Influenzae: mínimo de 7 dias (7-10) Listeria monocytogenes: 21 dias MENINGITE BACTERIANA – TRATAMENTO: PROFILAXIA: Atualmente, a evolução da medicina podemos usar a profilaxia como um método de prevenção: TÂMARA MELO – MEDICINA CLÍNICA INTEGRADA 1° UND Pneumococo e meningococo: todos H. Influenzae: populações especiais QUIMIOPROFILAXIA PÓS EXPOSIÇÃO: Meningococo Contatos próximos Sete dias antes até 1 dia depois do aparecimento dos sintomas Início assim que possível H. Influenzae Contatos próximos Crianças não vacinadas Adultos que sejam contactantes de crianças não vacinadas Rifampicina 20mg/kg/dia por 4 dias Taxa de mortalidade com a terapia correta Pneumococo: 20% Meningococo: 10% Listeria: 20-30% H. Influenzae: 5% Dano neurológico residual 10-20% A terapia antimicrobiana deve ser iniciada imediatamente, uma vez que, nas meningites bacterianas, existe ameaça à vida. O tratamento subsequente deve ser empreendido com monitoramento rigoroso, muitas vezes em unidade de terapia intensiva. O tratamento deve atacar as causas mais prováveis baseando-se em indícios clínicos, como a idade do paciente, a presença de erupção petequial ou purpúrica, procedimento neurocirúrgico recente e rinorreia de LCR. Se o agente etiológico não for visto no esfregaço de um paciente com suspeita de meningite bacteriana ou se a punção lombar for retardada porque é necessária uma TC, deve ser iniciada terapia antibiótica empírica. MENINGITE ASSÉPTICA: Diante de um quadro de meningite Sempre devemos presumir origem bacteriana, sendo asséptica, geralmente é viral Provável origem viral Celularidade < 500; > 50% de linfócitos Proteína < 80-100 Glc normal Gram negativo Atenção: idosos, imunocomprometidos, uso recente de ATB Quando suspender o ATB empírico? LCR inicial não foi fortemente sugestivo de bactéria Culturas todas negativas Melhora ou estabilidade clínica Causa bacteriana improvável, ausência de melhora ou piora (apesar de uso correto de ATB) Pensar em outras causas de asséptica com terapias específicas REFERÊNCIAS: Cecil – Medicina Manual de medicina de emergência: disciplina de emergências clínicas - Hospital das Clínicas da FMUSP UpToDate
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