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Psicologia do desenvolvimento

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Psicologia do desenvolvimento 
Importantes conceitos e 
observações básicas sobre o 
caráter do desenvolvimento 
 Desenvolvimento – contínuas e 
sistemáticas mudanças no indivíduo que 
ocorrem desde a concepção até a 
morte. 
 Sistemáticas → ordenadas, 
padronizadas, relativamente 
permanentes. 
 Continuidades desenvolvimentais → 
formas pelas quais nos mantemos 
estáveis, permanecemos os mesmos 
com o passar do tempo ou continuamos 
refletindo o nosso passado. 
 Desde o momento da concepção, tem 
início nos seres humanos um processo 
de transformação que continuará até o 
final da vida. Uma única célula se 
desenvolve até se tornar um ser vivo, 
uma pessoa, que respira, anda e fala. E 
embora, essa célula única vá se tornar 
um indivíduo único, as transformações 
que as pessoas experimentam durante a 
vida apresentam certos padrões em 
comum. Os bebês crescem e se torna 
crianças, que crescem e se tornam 
adultos. Igualmente, as caraterísticas 
humanas têm padrões em comum. 
 Então, o campo do desenvolvimento 
humano concentra-se no estudo 
científico dos processos sistemáticos de 
mudança e estabilidade que ocorrem 
nas pessoas no decorrer da sua vida. 
 Os cientístas do desenvolvimento 
(desenvolvimentistas) - indivíduos 
empenhados no estudo profissional do 
desenvolvimento humano – observam 
os aspetos em que as pessoas se 
transformam desde a concepção até a 
maturidade, bem como as caraterísticas 
que permanecem razoavelmente 
estáveis. 
 Quais são as caraterísticas com mais 
chances de perdurar? Quais têm 
mais chances de mudar, e por quê? 
Essas são algumas das perguntas que 
os desenvolvimentistas procuram 
responder. 
 Por outras palavras, a ciência do 
desenvolvimento é o estudo das 
mudanças que um indivíduo sofre no 
decorrer da sua vida. É uma área de 
estudo multidisciplinar, ou seja, biólogos, 
sociólogos, antropólogos, educadores, 
compartilham um interesse pela 
continuidade e mudanças no 
desenvolvimento e muito contribuem 
para o entendimento do 
desenvolvimento. 
 A ciência do desenvolvimento requer 
uma abordagem écletica, múltiplas 
perspetivas e que nenhuma explicação 
detém o monopólio da verdade. 
 A psicologia do desenvolvimento pode 
ser definida como a área que estuda o 
desenvolvimento humano em todos os 
seus aspectos: físico-motor, intelectual, 
afetivo-emocional e social, 
compreendendo desde o nascimento 
até o fim da vida. 
Objetivos dos desenvolvimentistas 
 Descrever; 
 Explicar; 
 Melhorar o desenvolvimento. 
 
Descrever 
 Observam o comportamento das 
pessoas em diferentes idades, 
procurando especificar como os seres 
humanos mudam ao longo do tempo. 
 Para descrever o desenvolvimento de 
forma adequada, é necessário focalizar 
nos padrões típicos de mudanças – 
desenvolvimento normativo – e nas 
variações individuais (desenvolvimento 
idiográfico), buscando identificar a 
importante maneira pela qual seres 
humanos se desenvolvem de forma 
semelhante e como podem diferir 
durante a vida. 
Explicar 
 Esperam determinar por que os seres 
humanos se desenvolvem como 
tipicamente o fazem, e por que alguns 
se tornam tão diferentes de outros. 
 As explicações concentram-se tanto nas 
mudanças normativas quanto nas 
individuais. 
Melhorar/otimizar o desenvolvimento 
 Colocando em prática as aprendizagens 
na tentativa de ajudar os seres humanos 
a se desenvolverem em direções 
positivas. 
Exemplo: 
 Auxiliar crianças com dificuldades de 
apredizagem a ter sucesso na 
escola. 
Desenvolvimento Normativo 
 Mudanças desenvolvimentais que 
caraterizam todos ou maior parte dos 
membros de uma espécie; são padrões 
típicos de desenvolvimento. 
Desenvolvimento idiográfico 
 Variações individuais no ritmo, extensão 
ou direção do desenvolvimento. 
 
 Tanto um como outro são importantes. 
O desenvolvimento sempre ocorre em 
direções tanto normativas como 
idiográfica, e tais diversidades são 
adaptivas também de um ponto de vista 
evolutivo, porque espécies com 
caraterístivas extremamente diversas 
são mais propensas a sobreviver a 
mudanças ambientais catastróficas. 
O desenvolvimento é um processo 
contínuo e cumulativo 
 O desenvolvimento é um processo de 
contrução contínua que se estende ao 
longo da vida dos indivíduos, ou seja, 
está sempre sujeito a alterações, 
mudanças, onde essas mudanças são 
acumuladas, fazendo grande diferença 
para o futuro. 
 Não somos os mesmos quando éramos 
crianças, olhando de forma biológica e 
psicológica. O que somos hoje é o 
somatório de diversas experiências 
adquiridas no passsado que vieram se 
acumulando de forma contínua e que se 
acumularão até o momento da nossa 
morte. 
 A única constante é a mudança, e as 
mudanças que ocorrem em cada fase 
da vida têm importantes implicações 
para o futuro. 
 Os eventos vividos na infância têm 
papel significativo para o futuro. 
O desenvolvimento é um processo 
holístico 
 Ao afirmar que o desenvolvimento é um 
processo holístico, significa dizer que 
essas mudanças contínuas e cumulativas 
acontecem em sentido amplo, 
envolvendo aspetos cognitivos, físicos, 
sociais e emocionais, e cada um desses 
componentes da personalidade 
dependem em parte de mudanças 
ocorridas em outras áreas do 
desenvolvimento. 
 A perspetiva holística é uma visão 
unificada do processo de 
desenvolvimento que enfatiza as inter-
relações importantes entre os aspetos 
físicos, mentais, sociais e emocionais do 
desenvolvimento humano. 
Existe muita plasticidade no 
desenvolvimento 
 A plasticidade é a capacidade de 
mudança em resposta a experiências de 
vida positivas ou negativas; um estado 
de desenvolvimento que tem o potencial 
de ser moldado pela experiência. 
 O curso do desenvolvimento pode-se 
alterar bruscamente se um aspeto 
importante da vida do indivíduo mudar. 
Daí que surge a importancia dessa 
caraterística, a plasticidade, uma vez que, 
por exemplo, as crianças que têm um 
começo terrivel podem ser auxiliadas a 
superar suas deficiências. 
 Se experiências iniciais, potencialmente 
nocivos, forem seguidas de experiências 
mais favoráveis, poderemos esperar 
jovens seres humanos plásticos e 
resilientes, que demonstrarão uma forte 
tendencia apra se auto-ajustar, e 
resultados desenvolvimentais adaptativos. 
Desenvolvimento em contexto 
histórico e sociocultural 
 O contexto sociocultural afeta o 
desenvolvimento. 
 Significa dizer que o desenvolvimento 
de cada pessoa é influenciado pelas 
mudanças sociais, tais como, eventos 
históricos (guerras), avanços 
tecnológicos, causas sociais 
(movimentos feministas). 
 Cada geração desenvolve-se a sua 
maneira e cada geração muda o mundo 
para as gerçõe seguintes. 
 O desenvolvimento toma formas 
diversas nas diferentes culturas, classes 
sociais e grupos étnicos e raciais. 
 Cada cultura, subcultura e classe 
social transmite um padrão 
particular de crenças, costumes, 
valores e habilidades para as 
gerações mais jovens, e o 
conteúdo dessa socialização cultural 
tem forte influência nos atributos e 
competências que os indivíduos 
apresentam. 
Desenvolvimento humano – 
uma perspetiva histórica 
 A infância e adolescência nem sempre 
foram vistas como períodos específicos. 
Antigamente, as crianças tinham pouco 
ou nenhum direito, e suas vidas nem 
sempre eram considerados de valor 
pelos seus familiares mais velhos. As 
crianças muitas vezes eram mortas em 
formas de sacrifícios religiosos, por 
exemplo, colocadas nas paredes das 
contruções para “fortalecer” essas 
estruturas. 
 Pais romanos eram legalmente 
autorizados a matar seus filhos se estes 
fossem deformados, ilegítmos ou 
indesejados. 
 E mesmo desejados eram tratados 
bruscamente segundo os padrões 
atuais. 
 Após proibição dessa ação infanticida, as 
crianças não desejadas eram 
abandonadas para morrernos campos 
ou vendidas como escravas ou objetos 
de exploração sexual ao alcanaçar a 
adolescência. 
 A criança era encarada, 
preponderamente, como estando ao 
serviço do adulto. 
 Mas vale salientar que nem todas 
as sociedades antigas tratavam suas 
crianças tão duramente. 
 Ainda assim, séculos após o nascimento 
de cristo, as crianças era vistas como 
possessões da família sem quaisquer 
direitos e as quais os pais podia explorar 
como bem entendessem. 
 Somente depois do século XII d.c, na 
Europa cristã, que as leis seculares 
passaram a considerar o infanticídio 
como crime. Porém, mesmo na idade 
média, as crianças medievais não eram 
cuidados com a generosidade e o 
amparo com o que são hoje. 
 As leis medievais geralmente não 
faziam qualquer distinção entre 
crimes cometidos por crianças ou 
adultos.. 
 Somente durante os séculos XVII e XVIII 
que as atitudes relacionadas a crianças e 
sua criação começaram a mudar. As 
crianças começaram a ser vistas como 
almas inocentes e frágeis, e que 
deveriam ser protegidas dos 
comportamentos selvagens e 
descuidadas dos adultos. 
 Embora as crianças ainda fossem 
consideradas posse da famíliam os 
pais agora era desencorajados a 
abusar de seus filhos e estimulados 
a tratá-los com afeto e entusiasmo. 
 É provável que o pensamento de 
filósofos sociais, influentes, tenha 
contribuindo significativamente para uma 
nova forma de ver as crianças e os 
cuidados dispensados a elas. 
 Surgiram questões: “As crianças são 
inerentemente boas ou más?”; “As 
crianças são guiados por motivos inatos 
e instintos, ou, ao contrário, são 
produtos de seus ambientes?”; “As 
crianças estão ativamente envolvidas na 
modelagem de suas caraterísticas ou 
são criaturas passivas, moldados pelos 
pais, professores e outros agentes da 
sociedade?”. 
 Iniciou uma preocupação com o 
estatuto moral, filosófica e psicológicos 
da criança, bem como o seu processo 
de socialização – necessário para 
assegurar ao adulto, emergente da 
criança, o cumprimento do destino que 
a família e a sociedade lhe preparavam. 
 Quando a infância passou a ser vista 
como fase especial, ela passou a ser 
observada e estudada como um 
processo do desenvolvimento. 
Primeiras perpetivas filosóficas 
sobre a infância 
 Doutrina do pecado original (Thomas 
Hobbes) 
 A criança é inerentemente egoísta 
e que deveria ser contida pela 
sociedade, e. ensinadas a 
redireccionar seus interesses 
egoístas para objectivos mais 
aceitáveis socialmente. 
 Os pais deveriam activamente 
controlar sua prole egoísta. 
 Crianças eram objectos passivos a 
serem moldados pelos pais 
 
 Teoria da pureza inata (Rousseau) 
 A criança nasce com um senso 
intuitivo do que é certo e errado, 
frequentemente corrompido pela 
sociedade, e deturpado pelas 
demandas e restrições da 
sociedade. 
 Deveriam receber maior liberdade 
para seguir suas inclinações 
positivas inatas. 
 Criança participava activamente na 
formação do seu intelecto e 
personalidade. 
 
 Tábua rasa (John Locke) 
 Acreditava que a mente de 
uma criança era uma tábua 
rasa, e que as crianças não 
possuíam qualquer tendência 
inata. 
 Ou seja, as crianças não são 
nem inerentemente boas 
nem más, e aquilo que elas 
se tornam depende 
inteiramente de suas 
experiências no mundo. 
 Criança possuía papel passivo 
em seu desenvolvimento. 
 
 O primeiro estudo sistemático sobre 
crianças remonta ao final do séc XIX 
 Investigadores começaram a observar o 
desenvolvimento de suas próprias 
crianças e a publicar esses dados em 
trabalhos conhecidos como biografias de 
bebés – registo detalhado sobre o 
crescimento de um bebé e seu 
desenvolvimento ao longo de um 
período. 
Darwin e muitos outros de seus 
contemporâneos viam o estudo do 
desenvolvimento infantil como uma 
maneira de responder as questões sobre 
o nosso passado evolutivo 
Psicologia do desenvolvimento – 
perspetiva histórica 
 A psicologia do desenvolvimento 
começou a emergir em fins do século 
XIX, podendo a sua história organizar-se, 
de acordo com a proposta de Robert B. 
Cairns (1983) em três períodos: 
 O formativo (1882 – 1912); 
 O intermédio (1913 – 1946) 
 Era moderna (1947 – 1982) 
Período formativo 
 O período formativo, considerado o dos 
“percursores e pioneiros”, está associado 
às figuras de Alfred Binet, Stanley-Hall, 
James Baldwin e Sigmundo Freud, entre 
outros, sendo caraterizado pela 
emergência de estudos de 
epistemologia genética, sobre o 
desenvolvimento cognitivo, social, moral 
e da personalidade bem como àcerca 
das relações entre evolução e 
desenvolvimento, feitos das experiências 
precoces, contribuição da 
hereditariedade e da experiência. 
O período intermpedio, denominado o da 
“institucionalização e fragmentação”, 
foram estudados, empiricamente, quase 
todos os objetivos do comportamento e 
cognição da criança, bem como o curso 
“normal” do desenvolvimento sensório-
motor, cognitivo e social. Houve uma 
acentuada preocupação com os métods 
de investigação utilizados no estudo da 
criança. O Behaviorismo ganhou uma 
importância crescente (Watson), bem 
como os estudos àcerca da maturação e 
crescimento (Gesell), da linguagem e do 
pensamento (Wallon, Piaget e Vigotsky). 
Desenvolveu-se ainda a etologia, a teoria 
da aprendizagem social e a psicanálise. 
Na era moderna, considerada como o 
período de “expansão e maturaçã”, 
assistimos ao desenvolvimento de novas 
técnicas e abordagens, relacionadas em 
parte com avanços da eletrónica e 
informática. 
Corresponde a uma época de expansão. 
Invenção e crítica, cobrindo praticamente 
todas as áreas de investigação e 
intervenção. 
Assistiu-se ao nascimento, hegemonia e 
declínio das teorias ligadas à 
aprendizagem, tendo começado a ser 
aplicado o conceito de condicionamento 
operante de Skinner à análise da 
modificação de comportamentos, e 
sendo também abordados, mais 
detalhadamente, o conceitos de 
“condicionamento”, “reforço social”, etc. 
Bandura introduziu o conceito de imitação 
para explicar a aquisição de padrões 
sociais. 
Surgiram novos estudos ligados à 
cognição social e aprendizagem e, com 
efeito, intoduziram algumas alterções aos 
modelos tradicionais. 
Desde a década de 60, a psicologia do 
desenvolvimento centrou-se no estudo 
dos processos do desenvolvimento 
mental e dos mecanismos de mediação, 
sendo de certo modo ultrapassadas as 
barreiras entre o desenvolvimento social 
e cognitivo. 
Assistiu-se também a uma aproximação 
entre as investigações com animais e 
com crianças, dando lugar a novas 
questões àcerca do desenvolvimento 
psicobiológico e comportamental. 
A psicanálise e a etologia aproximaram-
se, através dos estudos de Bowlby e 
Ainsworth 
PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES TEÓRICAS 
Orientação maturacionista → Gesell (1880 
– 1961) 
Desenvolvimento psicológico semelhante 
ao desenvolvimento físico. 
 
Uma questão de maturação e de 
actualização do potencial genético do 
indivíduo, como membro de uma dada 
espécie. 
 
As mudanças do desenvolvimento eram 
o resultado da maturação – programação 
hereditária. 
 
A intervenção do meio seria moderada/ 
atenuada, no desabrochar das sequências 
desenvolvimentais 
Primeiras descrições das principais 
características comportamentais de cada 
idade --- quadro bastante completo da 
evolução da criança em todos os 
domínios. 
2. Orientação behaviorista: Watson 
(1878-1958) 
 
 Behavior = Cº; Behaviorismo – 
estudo do Cº. 
 Observação directa e rigorosa de 
comportamentos (Animal e 
humano); 
 Trabalhos de Pavlov (reflexos 
condicionados) contribuiu para 
pesquisas relacionadas com a 
aprendizagem e a educação; 
 Bebés; 
 
2. Orientação behaviorista: Skinner 
(1904-1990) 
 Prolongamento dos estudos de 
Pavlov e Watson; 
 Amplia o conceito de 
condicionamentopela acção 
operante do sujeito sobre o 
estabelecimento dos vínculos entre 
E e RC; 
 Interesse pelas implicações 
pedagógicas dessa teoria da 
aprendizagem. 
 O meio (importante) fornece 
experiências diversas que 
constituem a base das 
aprendizagens. 
 O condicionamento operante, por 
intermédio da apresentação de um 
estímulo-reforço, tem sido utilizado 
em psicopedagogia e psicoterapia 
como técnica de modificação do 
comportamento. 
 Reforços materiais; 
 Actividades; 
 Frases; 
 Gestos; 
 Expressões faciais. 
3. Orientação psicanalítica: Freud 
(1856-1939) 
 Teoria oriunda de uma 
reconstrução (não de observação 
directa); 
 Descreve a génese da 
personalidade a partir de material 
clínico, recolhido no decurso de 
suas intervenções terapêuticas; 
 Pacientes que pedem ajuda 
psicológica (com problemas); 
 A vivência da criança explica o 
adulto;  meio. 
3. Orientação psicanalítica: Freud 
(1856-1939) 
 Todo o comportamento tem um 
significado que se encontra na 
história do sujeito. 
 O ambiente tem um papel 
predominante em relação a 
maturação. 
 O indivíduo é modelado por suas 
experiências pessoais e pelas 
relações interpessoais que ele 
desenvolveu, particularmente, 
durante a infância, período de 
intensa construção psíquica. 
4. Orientação etológica: Harlow (1905-
1995) 
 Etologia está na origem do estudo 
biológico do comportamento animal. 
 Fundador: Lorenz – (imprinting ou 
cunhagem – aprendizagem 
ultrarrápida de um comportamento 
pelo animal ainda jovem no 
decorrer de um período sensível 
em que está, especialmente, 
predisposto a essa aprendizagem 
que vai orientar seu 
desenvolvimento posterior.) – 
interesse pelos comportamentos 
de perseguição da mãe pelo animal 
ainda jovem. 
 Harlow: observações de filhotes de 
macacos colocados em condições 
experimentais de isolamento social. 
 Mãe substituta eléctrica – fornece 
alimento; 
 Mãe substituta coberta com toalha; 
 Teoria do apego social de um 
animal jovem ou bebé humano: 
 A necessidade de contacto social, 
de apego à mãe, é uma 
característica inata da espécie e, 
por conseguinte, livre de qualquer 
ligação com a satisfação das 
necessidades primárias. – 
característica inata da espécie. 
4. Orientação etológica: Bowlby (1907-
1990) 
 Convergência das pesquisas na 
área da etologia e da psicologia do 
desenvolvimento originaram uma 
corrente qualificada como etologia 
humana, 1960. 
 Contemporâneo de Harlow; 
 Métodos de observação etológica 
no estudo da criança pequena 
porque ela ainda não fala. Seu 
comportamento não-verbal pode 
ser estudado de um modo 
semelhante ao dos filhotes de 
animais. 
 Teoria de apego humano – 
contradiz a teoria freudiana - 
inatismo e o primado da 
necessidade social; o bebé é activo 
no estabelecimento desse vínculo. 
5. Orientação cognitivo-construtivista: 
Piaget (1896-1980) 
 Epistemólogo genético (estuda as 
transformações do conhecimento); 
 (…) de onde vem o nosso saber e 
como ele se constrói? 
 A criança - meio de acesso ao 
funcionamento mental dos adultos. 
 Orientação cognitiva (focaliza a 
origem dos processos mentais e 
dos conhecimentos produzidos por 
seu funcionamento) e construtivista 
(conhecimentos se elaboram no 
decorrer de trocas dialéticas entre 
o indivíduo e o meio e estruturam-
se progressivamente ao se 
apoiarem nos conhecimentos 
anteriores e ao prepararem a 
integração dos novos 
conhecimentos). 
 Situa-se entre as Teorias 
maturacionistas e behavioristas: a 
maturação tem um papel 
necessário mas não suficiente para 
explicar o desenvolvimento da 
criança. 
 Outros factores necessários: 
 Experiência através das 
oportunidades proporcionadas pelo 
ambiente à criança para actualizar 
as potencialidades oferecidas pela 
maturação; 
 Transmissão social; 
 Equilibração das estruturas 
cognitivas. 
 
Métodos de pesquisa 
Investigadores devem observar 
cuidadosamente seus sujeitos, analisar a 
informação recolhida, e levantar 
conclusões com base nessa informação. 
A moderna psicologia do 
desenvolvimento é considerada uma 
ciência porque aqueles que estudam 
origanismos em desenvolvimento 
adoptaram um sistema de valor 
denominado método científico. 
O método científico → atitude ou valor 
em relação à busca de conhecimento 
que conduz os investigadores de modo a 
serem objetivos e permitir que os 
resultados decidem sobre o mérito de 
sua teorização; salvaguarda valiosa que 
auxilia a proteger a comunidade científica 
e a sociedade contra raciocínios falhados. 
Independentemente da técnica 
empregada, medidas científicas úteis 
devem possuir duas qualidades: 
Confiabilidade → extensão na qual um 
instrumento de medida é consistente 
com os resultados, tanto ao longo do 
tempo, quanto entre os observadores 
(fidegnidade entre observadores) 
Validade → extensão na qual um 
instrumento de medida reflete 
acuradamente o que o pesquisador 
pretende medir. 
Um instrumento deve ser confiável e 
medir consistentemente antes que seja 
possível validá-lo. Confiabilidade, por si só, 
não garante validade. 
Metodologias 
Metodologias de auto-relato; 
Observação sistemática; 
Estudos de caso; 
Etnografia; 
Métodos psicológicos. 
Metodologias de auto-relato 
3 procedimentos básicos para obtenção 
de informações e para testar hipóteses: 
Entrevistas; 
Questionários 
Método clínico 
 
Entrevistas e questionários 
Técnica na qual todos os participantes 
respondem às mesmas perguntas 
(acerca do aspeto do desenvolvimento), 
precisamente na mesma ordem para que 
suas respostas possam ser comparadas 
→ questionários e entrevistas. 
Vantagens: 
Permitem obtenção de grande 
quantidade e informações em um 
período limitado. 
Porém, existem desvantagens: 
Não podem ser aplicadas às crianças 
pequenas; 
Investigadores devem esperar que as 
respostas recebidas sejam honestas e 
acuradas – desejabilidade social; 
Respostas não verdadeira ou imprecisa 
levam a conclusões erradas. 
Método clínico 
Tipo de entrevista na qual a resposta do 
participante a cada pergunta determina o 
que o investigador vai perguntar a seguir. 
É uma técnica flexível que considera cada 
sujeito como único. 
Vantagens 
Permite obtenção de grande quantidade 
de informação em relativamente pouco. 
Flexível 
Porém, tem como desvantagens: 
Difícil/impossível comparar diretamente as 
respostas dos participantes. 
Conclusões podem não ser confiáveis já 
que os participantes não são tratados da 
mesma forma. 
 
Flexibilidade das perguntas depende, em 
parte, da interpretação subjectiva que o 
pesquisador faz das respostas dos 
participantes. 
Domínio da habilidade verbal por parte 
dos participantes. 
METODOLOGIAS OBSERVACIONAIS 
Método normalmente preferencial, em 
que consiste na observação de pessoas 
engajadas nas atividades do dia-a-dia no 
seu ambiete natural, e cuidadosamente 
anotar o que fazem. 
Facilidade de ser usada com bebés e 
crianças pequenas. 
Observação naturalista 
Limitações: 
Pouca possibilidade de alguns 
Comportamentos serem presenciados 
por um observador em seu ambiente 
natural. 
 
Muitos eventos ocorrem 
simultaneamente no ambiente natural e 
qualquer um deles pode influenciar o 
comportamento da pessoa. → Dificulta 
apontar as causas do comportamento dos 
participantes ou qualquer tendência no 
desenvolvimento do comportamento.. 
 
Influência do observador (tendência dos 
participantes de reagir à presença do 
observador comportando-se de maneira 
diferente do usual). 
As formas de minimizar a influência do 
observar seria: 
Filmar participantes; 
Permanecer por um tempo no ambiente 
antes da recolha de dados para que os 
participantes gradativamente se 
acostumem com a sua presença e assim 
se comportem de maneira mais natural 
possível. 
Observação estruturada 
Forma de observarCº indesejáveis, ou 
não usuais, que têm pouca probabilidade 
de serem observados no ambiente 
natural. 
Observação estruturada: método 
observacional no qual o investigador 
sinaliza o Cº de interesse e observa a 
resposta dos participantes em um 
laboratório (ambiente controlado). 
ESTUDO DE CASO 
Método de pesquisa no qual o 
investigador reúne uma grande 
quantidade de informação sobre a vida de 
um indivíduo e então testa alguma 
hipótese do desenvolvimento, analisando 
eventos da história de vida dele. 
Entrevistas estruturadas, questionários, 
método clínico, observações podem ser 
usados. 
Investigador busca diferentes tipos de 
informação sobre os participantes: 
Antecedentes familiares 
Status socioeconómico 
Registros médicos 
Histórico académico ou profissional 
Desempenhos em testes psicológicos 
 
O tipo de dado recolhido normalmente 
difere de caso para caso e pode ser 
impreciso ou pouco honesto; 
ETNOGRAFIA 
Método no qual o investigador procura 
entender os valores, tradições e 
processos sociais únicos de uma cultura 
ou subcultura ao viver com seus 
membros e realizar anotações e 
observações extensivas. 
A forma de reolher dados é viver na 
comunidade cultural ou subcultural que 
estudam por meses ou até anos. 
Porém, é um método muito subjetivo, 
porque os valores culturais do 
investigador e suas tendências teóricas 
podem levá-lo a interpretar erradamente 
o que experienciou. 
Conclusões etnog´raficas referem-se às 
culturas ou subculturas estudas e não 
podem ser generalizadas a outros 
contextos ou grupos sociais. 
MÉTODOS PSICOFISIOLÓGICOS 
Técnicas que medem a relação entre as 
respostas fisiológicas e os aspectos do 
comportamento e desenvolvimento físico, 
cognitivo, social e emocional das crianças. 
• Úteis para a interpretação de 
experiências mentais e emocionais 
de bebés e crianças pequenas. 
Exemplo: 
Frequência cardíaca; 
Medidas das atividades cerebrais.

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