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Psicologia do desenvolvimento Importantes conceitos e observações básicas sobre o caráter do desenvolvimento Desenvolvimento – contínuas e sistemáticas mudanças no indivíduo que ocorrem desde a concepção até a morte. Sistemáticas → ordenadas, padronizadas, relativamente permanentes. Continuidades desenvolvimentais → formas pelas quais nos mantemos estáveis, permanecemos os mesmos com o passar do tempo ou continuamos refletindo o nosso passado. Desde o momento da concepção, tem início nos seres humanos um processo de transformação que continuará até o final da vida. Uma única célula se desenvolve até se tornar um ser vivo, uma pessoa, que respira, anda e fala. E embora, essa célula única vá se tornar um indivíduo único, as transformações que as pessoas experimentam durante a vida apresentam certos padrões em comum. Os bebês crescem e se torna crianças, que crescem e se tornam adultos. Igualmente, as caraterísticas humanas têm padrões em comum. Então, o campo do desenvolvimento humano concentra-se no estudo científico dos processos sistemáticos de mudança e estabilidade que ocorrem nas pessoas no decorrer da sua vida. Os cientístas do desenvolvimento (desenvolvimentistas) - indivíduos empenhados no estudo profissional do desenvolvimento humano – observam os aspetos em que as pessoas se transformam desde a concepção até a maturidade, bem como as caraterísticas que permanecem razoavelmente estáveis. Quais são as caraterísticas com mais chances de perdurar? Quais têm mais chances de mudar, e por quê? Essas são algumas das perguntas que os desenvolvimentistas procuram responder. Por outras palavras, a ciência do desenvolvimento é o estudo das mudanças que um indivíduo sofre no decorrer da sua vida. É uma área de estudo multidisciplinar, ou seja, biólogos, sociólogos, antropólogos, educadores, compartilham um interesse pela continuidade e mudanças no desenvolvimento e muito contribuem para o entendimento do desenvolvimento. A ciência do desenvolvimento requer uma abordagem écletica, múltiplas perspetivas e que nenhuma explicação detém o monopólio da verdade. A psicologia do desenvolvimento pode ser definida como a área que estuda o desenvolvimento humano em todos os seus aspectos: físico-motor, intelectual, afetivo-emocional e social, compreendendo desde o nascimento até o fim da vida. Objetivos dos desenvolvimentistas Descrever; Explicar; Melhorar o desenvolvimento. Descrever Observam o comportamento das pessoas em diferentes idades, procurando especificar como os seres humanos mudam ao longo do tempo. Para descrever o desenvolvimento de forma adequada, é necessário focalizar nos padrões típicos de mudanças – desenvolvimento normativo – e nas variações individuais (desenvolvimento idiográfico), buscando identificar a importante maneira pela qual seres humanos se desenvolvem de forma semelhante e como podem diferir durante a vida. Explicar Esperam determinar por que os seres humanos se desenvolvem como tipicamente o fazem, e por que alguns se tornam tão diferentes de outros. As explicações concentram-se tanto nas mudanças normativas quanto nas individuais. Melhorar/otimizar o desenvolvimento Colocando em prática as aprendizagens na tentativa de ajudar os seres humanos a se desenvolverem em direções positivas. Exemplo: Auxiliar crianças com dificuldades de apredizagem a ter sucesso na escola. Desenvolvimento Normativo Mudanças desenvolvimentais que caraterizam todos ou maior parte dos membros de uma espécie; são padrões típicos de desenvolvimento. Desenvolvimento idiográfico Variações individuais no ritmo, extensão ou direção do desenvolvimento. Tanto um como outro são importantes. O desenvolvimento sempre ocorre em direções tanto normativas como idiográfica, e tais diversidades são adaptivas também de um ponto de vista evolutivo, porque espécies com caraterístivas extremamente diversas são mais propensas a sobreviver a mudanças ambientais catastróficas. O desenvolvimento é um processo contínuo e cumulativo O desenvolvimento é um processo de contrução contínua que se estende ao longo da vida dos indivíduos, ou seja, está sempre sujeito a alterações, mudanças, onde essas mudanças são acumuladas, fazendo grande diferença para o futuro. Não somos os mesmos quando éramos crianças, olhando de forma biológica e psicológica. O que somos hoje é o somatório de diversas experiências adquiridas no passsado que vieram se acumulando de forma contínua e que se acumularão até o momento da nossa morte. A única constante é a mudança, e as mudanças que ocorrem em cada fase da vida têm importantes implicações para o futuro. Os eventos vividos na infância têm papel significativo para o futuro. O desenvolvimento é um processo holístico Ao afirmar que o desenvolvimento é um processo holístico, significa dizer que essas mudanças contínuas e cumulativas acontecem em sentido amplo, envolvendo aspetos cognitivos, físicos, sociais e emocionais, e cada um desses componentes da personalidade dependem em parte de mudanças ocorridas em outras áreas do desenvolvimento. A perspetiva holística é uma visão unificada do processo de desenvolvimento que enfatiza as inter- relações importantes entre os aspetos físicos, mentais, sociais e emocionais do desenvolvimento humano. Existe muita plasticidade no desenvolvimento A plasticidade é a capacidade de mudança em resposta a experiências de vida positivas ou negativas; um estado de desenvolvimento que tem o potencial de ser moldado pela experiência. O curso do desenvolvimento pode-se alterar bruscamente se um aspeto importante da vida do indivíduo mudar. Daí que surge a importancia dessa caraterística, a plasticidade, uma vez que, por exemplo, as crianças que têm um começo terrivel podem ser auxiliadas a superar suas deficiências. Se experiências iniciais, potencialmente nocivos, forem seguidas de experiências mais favoráveis, poderemos esperar jovens seres humanos plásticos e resilientes, que demonstrarão uma forte tendencia apra se auto-ajustar, e resultados desenvolvimentais adaptativos. Desenvolvimento em contexto histórico e sociocultural O contexto sociocultural afeta o desenvolvimento. Significa dizer que o desenvolvimento de cada pessoa é influenciado pelas mudanças sociais, tais como, eventos históricos (guerras), avanços tecnológicos, causas sociais (movimentos feministas). Cada geração desenvolve-se a sua maneira e cada geração muda o mundo para as gerçõe seguintes. O desenvolvimento toma formas diversas nas diferentes culturas, classes sociais e grupos étnicos e raciais. Cada cultura, subcultura e classe social transmite um padrão particular de crenças, costumes, valores e habilidades para as gerações mais jovens, e o conteúdo dessa socialização cultural tem forte influência nos atributos e competências que os indivíduos apresentam. Desenvolvimento humano – uma perspetiva histórica A infância e adolescência nem sempre foram vistas como períodos específicos. Antigamente, as crianças tinham pouco ou nenhum direito, e suas vidas nem sempre eram considerados de valor pelos seus familiares mais velhos. As crianças muitas vezes eram mortas em formas de sacrifícios religiosos, por exemplo, colocadas nas paredes das contruções para “fortalecer” essas estruturas. Pais romanos eram legalmente autorizados a matar seus filhos se estes fossem deformados, ilegítmos ou indesejados. E mesmo desejados eram tratados bruscamente segundo os padrões atuais. Após proibição dessa ação infanticida, as crianças não desejadas eram abandonadas para morrernos campos ou vendidas como escravas ou objetos de exploração sexual ao alcanaçar a adolescência. A criança era encarada, preponderamente, como estando ao serviço do adulto. Mas vale salientar que nem todas as sociedades antigas tratavam suas crianças tão duramente. Ainda assim, séculos após o nascimento de cristo, as crianças era vistas como possessões da família sem quaisquer direitos e as quais os pais podia explorar como bem entendessem. Somente depois do século XII d.c, na Europa cristã, que as leis seculares passaram a considerar o infanticídio como crime. Porém, mesmo na idade média, as crianças medievais não eram cuidados com a generosidade e o amparo com o que são hoje. As leis medievais geralmente não faziam qualquer distinção entre crimes cometidos por crianças ou adultos.. Somente durante os séculos XVII e XVIII que as atitudes relacionadas a crianças e sua criação começaram a mudar. As crianças começaram a ser vistas como almas inocentes e frágeis, e que deveriam ser protegidas dos comportamentos selvagens e descuidadas dos adultos. Embora as crianças ainda fossem consideradas posse da famíliam os pais agora era desencorajados a abusar de seus filhos e estimulados a tratá-los com afeto e entusiasmo. É provável que o pensamento de filósofos sociais, influentes, tenha contribuindo significativamente para uma nova forma de ver as crianças e os cuidados dispensados a elas. Surgiram questões: “As crianças são inerentemente boas ou más?”; “As crianças são guiados por motivos inatos e instintos, ou, ao contrário, são produtos de seus ambientes?”; “As crianças estão ativamente envolvidas na modelagem de suas caraterísticas ou são criaturas passivas, moldados pelos pais, professores e outros agentes da sociedade?”. Iniciou uma preocupação com o estatuto moral, filosófica e psicológicos da criança, bem como o seu processo de socialização – necessário para assegurar ao adulto, emergente da criança, o cumprimento do destino que a família e a sociedade lhe preparavam. Quando a infância passou a ser vista como fase especial, ela passou a ser observada e estudada como um processo do desenvolvimento. Primeiras perpetivas filosóficas sobre a infância Doutrina do pecado original (Thomas Hobbes) A criança é inerentemente egoísta e que deveria ser contida pela sociedade, e. ensinadas a redireccionar seus interesses egoístas para objectivos mais aceitáveis socialmente. Os pais deveriam activamente controlar sua prole egoísta. Crianças eram objectos passivos a serem moldados pelos pais Teoria da pureza inata (Rousseau) A criança nasce com um senso intuitivo do que é certo e errado, frequentemente corrompido pela sociedade, e deturpado pelas demandas e restrições da sociedade. Deveriam receber maior liberdade para seguir suas inclinações positivas inatas. Criança participava activamente na formação do seu intelecto e personalidade. Tábua rasa (John Locke) Acreditava que a mente de uma criança era uma tábua rasa, e que as crianças não possuíam qualquer tendência inata. Ou seja, as crianças não são nem inerentemente boas nem más, e aquilo que elas se tornam depende inteiramente de suas experiências no mundo. Criança possuía papel passivo em seu desenvolvimento. O primeiro estudo sistemático sobre crianças remonta ao final do séc XIX Investigadores começaram a observar o desenvolvimento de suas próprias crianças e a publicar esses dados em trabalhos conhecidos como biografias de bebés – registo detalhado sobre o crescimento de um bebé e seu desenvolvimento ao longo de um período. Darwin e muitos outros de seus contemporâneos viam o estudo do desenvolvimento infantil como uma maneira de responder as questões sobre o nosso passado evolutivo Psicologia do desenvolvimento – perspetiva histórica A psicologia do desenvolvimento começou a emergir em fins do século XIX, podendo a sua história organizar-se, de acordo com a proposta de Robert B. Cairns (1983) em três períodos: O formativo (1882 – 1912); O intermédio (1913 – 1946) Era moderna (1947 – 1982) Período formativo O período formativo, considerado o dos “percursores e pioneiros”, está associado às figuras de Alfred Binet, Stanley-Hall, James Baldwin e Sigmundo Freud, entre outros, sendo caraterizado pela emergência de estudos de epistemologia genética, sobre o desenvolvimento cognitivo, social, moral e da personalidade bem como àcerca das relações entre evolução e desenvolvimento, feitos das experiências precoces, contribuição da hereditariedade e da experiência. O período intermpedio, denominado o da “institucionalização e fragmentação”, foram estudados, empiricamente, quase todos os objetivos do comportamento e cognição da criança, bem como o curso “normal” do desenvolvimento sensório- motor, cognitivo e social. Houve uma acentuada preocupação com os métods de investigação utilizados no estudo da criança. O Behaviorismo ganhou uma importância crescente (Watson), bem como os estudos àcerca da maturação e crescimento (Gesell), da linguagem e do pensamento (Wallon, Piaget e Vigotsky). Desenvolveu-se ainda a etologia, a teoria da aprendizagem social e a psicanálise. Na era moderna, considerada como o período de “expansão e maturaçã”, assistimos ao desenvolvimento de novas técnicas e abordagens, relacionadas em parte com avanços da eletrónica e informática. Corresponde a uma época de expansão. Invenção e crítica, cobrindo praticamente todas as áreas de investigação e intervenção. Assistiu-se ao nascimento, hegemonia e declínio das teorias ligadas à aprendizagem, tendo começado a ser aplicado o conceito de condicionamento operante de Skinner à análise da modificação de comportamentos, e sendo também abordados, mais detalhadamente, o conceitos de “condicionamento”, “reforço social”, etc. Bandura introduziu o conceito de imitação para explicar a aquisição de padrões sociais. Surgiram novos estudos ligados à cognição social e aprendizagem e, com efeito, intoduziram algumas alterções aos modelos tradicionais. Desde a década de 60, a psicologia do desenvolvimento centrou-se no estudo dos processos do desenvolvimento mental e dos mecanismos de mediação, sendo de certo modo ultrapassadas as barreiras entre o desenvolvimento social e cognitivo. Assistiu-se também a uma aproximação entre as investigações com animais e com crianças, dando lugar a novas questões àcerca do desenvolvimento psicobiológico e comportamental. A psicanálise e a etologia aproximaram- se, através dos estudos de Bowlby e Ainsworth PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES TEÓRICAS Orientação maturacionista → Gesell (1880 – 1961) Desenvolvimento psicológico semelhante ao desenvolvimento físico. Uma questão de maturação e de actualização do potencial genético do indivíduo, como membro de uma dada espécie. As mudanças do desenvolvimento eram o resultado da maturação – programação hereditária. A intervenção do meio seria moderada/ atenuada, no desabrochar das sequências desenvolvimentais Primeiras descrições das principais características comportamentais de cada idade --- quadro bastante completo da evolução da criança em todos os domínios. 2. Orientação behaviorista: Watson (1878-1958) Behavior = Cº; Behaviorismo – estudo do Cº. Observação directa e rigorosa de comportamentos (Animal e humano); Trabalhos de Pavlov (reflexos condicionados) contribuiu para pesquisas relacionadas com a aprendizagem e a educação; Bebés; 2. Orientação behaviorista: Skinner (1904-1990) Prolongamento dos estudos de Pavlov e Watson; Amplia o conceito de condicionamentopela acção operante do sujeito sobre o estabelecimento dos vínculos entre E e RC; Interesse pelas implicações pedagógicas dessa teoria da aprendizagem. O meio (importante) fornece experiências diversas que constituem a base das aprendizagens. O condicionamento operante, por intermédio da apresentação de um estímulo-reforço, tem sido utilizado em psicopedagogia e psicoterapia como técnica de modificação do comportamento. Reforços materiais; Actividades; Frases; Gestos; Expressões faciais. 3. Orientação psicanalítica: Freud (1856-1939) Teoria oriunda de uma reconstrução (não de observação directa); Descreve a génese da personalidade a partir de material clínico, recolhido no decurso de suas intervenções terapêuticas; Pacientes que pedem ajuda psicológica (com problemas); A vivência da criança explica o adulto; meio. 3. Orientação psicanalítica: Freud (1856-1939) Todo o comportamento tem um significado que se encontra na história do sujeito. O ambiente tem um papel predominante em relação a maturação. O indivíduo é modelado por suas experiências pessoais e pelas relações interpessoais que ele desenvolveu, particularmente, durante a infância, período de intensa construção psíquica. 4. Orientação etológica: Harlow (1905- 1995) Etologia está na origem do estudo biológico do comportamento animal. Fundador: Lorenz – (imprinting ou cunhagem – aprendizagem ultrarrápida de um comportamento pelo animal ainda jovem no decorrer de um período sensível em que está, especialmente, predisposto a essa aprendizagem que vai orientar seu desenvolvimento posterior.) – interesse pelos comportamentos de perseguição da mãe pelo animal ainda jovem. Harlow: observações de filhotes de macacos colocados em condições experimentais de isolamento social. Mãe substituta eléctrica – fornece alimento; Mãe substituta coberta com toalha; Teoria do apego social de um animal jovem ou bebé humano: A necessidade de contacto social, de apego à mãe, é uma característica inata da espécie e, por conseguinte, livre de qualquer ligação com a satisfação das necessidades primárias. – característica inata da espécie. 4. Orientação etológica: Bowlby (1907- 1990) Convergência das pesquisas na área da etologia e da psicologia do desenvolvimento originaram uma corrente qualificada como etologia humana, 1960. Contemporâneo de Harlow; Métodos de observação etológica no estudo da criança pequena porque ela ainda não fala. Seu comportamento não-verbal pode ser estudado de um modo semelhante ao dos filhotes de animais. Teoria de apego humano – contradiz a teoria freudiana - inatismo e o primado da necessidade social; o bebé é activo no estabelecimento desse vínculo. 5. Orientação cognitivo-construtivista: Piaget (1896-1980) Epistemólogo genético (estuda as transformações do conhecimento); (…) de onde vem o nosso saber e como ele se constrói? A criança - meio de acesso ao funcionamento mental dos adultos. Orientação cognitiva (focaliza a origem dos processos mentais e dos conhecimentos produzidos por seu funcionamento) e construtivista (conhecimentos se elaboram no decorrer de trocas dialéticas entre o indivíduo e o meio e estruturam- se progressivamente ao se apoiarem nos conhecimentos anteriores e ao prepararem a integração dos novos conhecimentos). Situa-se entre as Teorias maturacionistas e behavioristas: a maturação tem um papel necessário mas não suficiente para explicar o desenvolvimento da criança. Outros factores necessários: Experiência através das oportunidades proporcionadas pelo ambiente à criança para actualizar as potencialidades oferecidas pela maturação; Transmissão social; Equilibração das estruturas cognitivas. Métodos de pesquisa Investigadores devem observar cuidadosamente seus sujeitos, analisar a informação recolhida, e levantar conclusões com base nessa informação. A moderna psicologia do desenvolvimento é considerada uma ciência porque aqueles que estudam origanismos em desenvolvimento adoptaram um sistema de valor denominado método científico. O método científico → atitude ou valor em relação à busca de conhecimento que conduz os investigadores de modo a serem objetivos e permitir que os resultados decidem sobre o mérito de sua teorização; salvaguarda valiosa que auxilia a proteger a comunidade científica e a sociedade contra raciocínios falhados. Independentemente da técnica empregada, medidas científicas úteis devem possuir duas qualidades: Confiabilidade → extensão na qual um instrumento de medida é consistente com os resultados, tanto ao longo do tempo, quanto entre os observadores (fidegnidade entre observadores) Validade → extensão na qual um instrumento de medida reflete acuradamente o que o pesquisador pretende medir. Um instrumento deve ser confiável e medir consistentemente antes que seja possível validá-lo. Confiabilidade, por si só, não garante validade. Metodologias Metodologias de auto-relato; Observação sistemática; Estudos de caso; Etnografia; Métodos psicológicos. Metodologias de auto-relato 3 procedimentos básicos para obtenção de informações e para testar hipóteses: Entrevistas; Questionários Método clínico Entrevistas e questionários Técnica na qual todos os participantes respondem às mesmas perguntas (acerca do aspeto do desenvolvimento), precisamente na mesma ordem para que suas respostas possam ser comparadas → questionários e entrevistas. Vantagens: Permitem obtenção de grande quantidade e informações em um período limitado. Porém, existem desvantagens: Não podem ser aplicadas às crianças pequenas; Investigadores devem esperar que as respostas recebidas sejam honestas e acuradas – desejabilidade social; Respostas não verdadeira ou imprecisa levam a conclusões erradas. Método clínico Tipo de entrevista na qual a resposta do participante a cada pergunta determina o que o investigador vai perguntar a seguir. É uma técnica flexível que considera cada sujeito como único. Vantagens Permite obtenção de grande quantidade de informação em relativamente pouco. Flexível Porém, tem como desvantagens: Difícil/impossível comparar diretamente as respostas dos participantes. Conclusões podem não ser confiáveis já que os participantes não são tratados da mesma forma. Flexibilidade das perguntas depende, em parte, da interpretação subjectiva que o pesquisador faz das respostas dos participantes. Domínio da habilidade verbal por parte dos participantes. METODOLOGIAS OBSERVACIONAIS Método normalmente preferencial, em que consiste na observação de pessoas engajadas nas atividades do dia-a-dia no seu ambiete natural, e cuidadosamente anotar o que fazem. Facilidade de ser usada com bebés e crianças pequenas. Observação naturalista Limitações: Pouca possibilidade de alguns Comportamentos serem presenciados por um observador em seu ambiente natural. Muitos eventos ocorrem simultaneamente no ambiente natural e qualquer um deles pode influenciar o comportamento da pessoa. → Dificulta apontar as causas do comportamento dos participantes ou qualquer tendência no desenvolvimento do comportamento.. Influência do observador (tendência dos participantes de reagir à presença do observador comportando-se de maneira diferente do usual). As formas de minimizar a influência do observar seria: Filmar participantes; Permanecer por um tempo no ambiente antes da recolha de dados para que os participantes gradativamente se acostumem com a sua presença e assim se comportem de maneira mais natural possível. Observação estruturada Forma de observarCº indesejáveis, ou não usuais, que têm pouca probabilidade de serem observados no ambiente natural. Observação estruturada: método observacional no qual o investigador sinaliza o Cº de interesse e observa a resposta dos participantes em um laboratório (ambiente controlado). ESTUDO DE CASO Método de pesquisa no qual o investigador reúne uma grande quantidade de informação sobre a vida de um indivíduo e então testa alguma hipótese do desenvolvimento, analisando eventos da história de vida dele. Entrevistas estruturadas, questionários, método clínico, observações podem ser usados. Investigador busca diferentes tipos de informação sobre os participantes: Antecedentes familiares Status socioeconómico Registros médicos Histórico académico ou profissional Desempenhos em testes psicológicos O tipo de dado recolhido normalmente difere de caso para caso e pode ser impreciso ou pouco honesto; ETNOGRAFIA Método no qual o investigador procura entender os valores, tradições e processos sociais únicos de uma cultura ou subcultura ao viver com seus membros e realizar anotações e observações extensivas. A forma de reolher dados é viver na comunidade cultural ou subcultural que estudam por meses ou até anos. Porém, é um método muito subjetivo, porque os valores culturais do investigador e suas tendências teóricas podem levá-lo a interpretar erradamente o que experienciou. Conclusões etnog´raficas referem-se às culturas ou subculturas estudas e não podem ser generalizadas a outros contextos ou grupos sociais. MÉTODOS PSICOFISIOLÓGICOS Técnicas que medem a relação entre as respostas fisiológicas e os aspectos do comportamento e desenvolvimento físico, cognitivo, social e emocional das crianças. • Úteis para a interpretação de experiências mentais e emocionais de bebés e crianças pequenas. Exemplo: Frequência cardíaca; Medidas das atividades cerebrais.
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