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DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL

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BENJAMIN ADVOCACIA 
 
 
DOUTO JUIZO DA VARA DA FAMÍLIA E DAS SUCESSÕES DA COMARCA DE 
NITEROI – RJ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 JOÃO, brasileiro, solteiro, técnico em enfermagem, portador da Cédula de 
Identidade/ RG nº XXXXXXXXXXX, inscrito no CPF/ MF sob o nº XXXXXXXXXXX, 
residente e domiciliado na Rua XXXXXXXXXXXXXXX nº XXXX, bairro XXXXXXXX, 
na cidade de XXXXXX, CEP: XXXXX-XXX, endereço eletrônico: 
XXXXXXXXXXXXXXXXX, e CLARA, brasileira, solteira, técnico de Secretariado 
bilíngüe, portadora da Cédula de Identidade/ RG nº YYYYYYYYYY inscrita no 
CPF/ MF sob o nº YYYYYYYYYYY, residente e domiciliado na Rua 
XXXXXXXXXXXXXXX nº XXXX, bairro XXXXXXXX, na cidade de XXXXXX, CEP: 
XXXXX-XXX, endereço eletrônico: YYYYYYYYYYYYYYYYYY; pelo advogado que 
esta subscreve, vêm, com fundamento no art. 731 e 732 do CPC, 
art. 1.723 do Código Civil e art. 226 da Carta Magna, propor: 
 
 
 
 
DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL 
 
expondo e requerendo o que se segue: 
 
 
I- DA UNIÃO ESTÁVEL 
 
 Na data de 12/12/2015, os requerentes passaram a conviver de forma 
pública, contínua, duradoura e estabelecida com o objetivo de constituir família. 
 No entanto, os requerentes já se encontram separados de fato, sem 
possibilidade de reconciliação, desde 20/ 05/ 2020; 
Pretendem, portanto, a extinção da união estável, razão pela qual se socorrem do 
Judiciário, pleiteando a homologação do presente acordo, nos termos seguintes: 
 
BENJAMIN ADVOCACIA 
II - DOS FILHOS 
 
 Dessa união adveio o nascimento de 01 (um) filhos, a saber: PAULO, nascido aos 
03/06/2017, contando, portanto, com 03 anos de idade, (certidão de nascimento 
anexa). 
II– DA GUARDA E DO REGIME DE VISITAS 
 
 A guarda será compartilhada. O filho, no entanto, continuará a residir no 
endereço e na companhia da genitora. 
 
 Quanta ao direito, dever de visitas e convivência, poderá ser exercido 
livremente pelo genitor; 
IV- DA PENSÃO ALIMENTÍCIA 
 
IV.I – Entre os companheiros: Declaram que em virtude de possuírem renda 
suficiente para a sua manutenção e subsistência, dispensam reciprocamente 
toda e qualquer pensão alimentícia; 
 
 
IV.II – Para o filho: Para a manutenção do filho menor, se compromete o genitor 
em contribuir com X% (porcentagem) dos seus rendimentos líquidos (salário 
total, menos Imposto de Renda e menos INSS), inclusive sobre os 13ºs salários, 
férias, horas extras, adicionais, verbas rescisórias (excetos: FGTS e verbas 
indenizatórias eventuais), a serem descontados diretamente da folha de 
pagamento do alimentando e depositados mensalmente na conta corrente nº ___, 
do banco ____, agência _____, de titularidade da genitora dos alimentandos. 
 Para a eventualidade de desemprego, já ficam fixados valor equivalente a __ (__) 
salários-mínimos. 
V - DOS BENS 
 
 Na constância da união o casal não adquiriu bens de valor e os móveis e 
utensílios que guarneciam a residência comum já foi partilhado pelos 
companheiros. 
VI - DA PARTILHA DE BENS 
 
 Os requerentes resolvem partilhar os bens da seguinte forma: 
A) Ao requerente caberá a fração ideal de 50% ou a totalidade do bem, descrito 
no item ___, equivalente a R$ _________. 
 
BENJAMIN ADVOCACIA 
B) A requerente caberá a fração ideal de 50% ou a totalidade do bem, descrito no 
item ___, equivalente a R$ __________. 
 
VII – DO DIREITO 
 
 Prevê o artigo 732 do Código de Processo Civil: 
 Diante disso, a presente exordial obedece aos requisitos elencados no 
artigo 731 do CPC. 
 “As disposições relativas ao processo de homologação judicial de divórcio ou de 
separação consensuais aplicam-se, no que couber, ao processo de homologação da extinção 
consensual de união estável”. 
 
 Quanto ao Direito material, o artigo 226 da Constituição Federal, de 
forma explícita, protege a união estável, consignando que: 
 
 “A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 3º. Para efeito da 
proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade 
familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento”. 
 Mesmo antes do advento da atual Carta Constitucional a pretensão dos 
Requerentes já encontrava amparo com fulcro na sociedade de fato. 
 Já a Lei nº 9.278/ 96 e posteriormente o Código Civil de 2002, 
estabeleceram os parâmetros para que a união possa ser entendida como 
entidade familiar, regulamentando a disposição constitucional, conforme 
artigo 1.723 do CC: 
 
“é reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na 
convivência pública contínua e duradoura estabelecida com o objetivo de constituição de família.” 
 
 Presentes, portanto, no caso em tela, todos os requisitos da "affectio 
maritalis", para que a união seja elevada à condição de entidade familiar, 
valorizada e equiparada ao casamento, a saber: convivência duradoura, pública, 
contínua, e finalmente, o objetivo de constituir família. 
 
VIII - DOS PEDIDOS 
 
 Diante do exposto, não mais desejando manter o vínculo existente entre 
ambos, em conformidade com os artigos 732 e 731 do CPC, requer: 
 
a) seja intimado o representante do Ministério Público; 
 
b) seja julgada procedente a presente ação, homologando o acordo, nos termos da 
presente (alimentos, guarda, visitas e partilha de bens); 
 
BENJAMIN ADVOCACIA 
c) após o trânsito em julgado, seja expedida a competente carta de sentença; 
 
d) as partes renunciam, expressamente, ao prazo recursal. 
 
Dá-se a causa o valor de R$ (___), que corresponde ao valor dos bens somados ao 
montante de 12 (doze) parcelas das verbas alimentares. 
Nestes temos, 
P. deferimento. 
Niterói, 20 de outubro de 2020. 
 
________________________________________ 
(ASSINATURA DA REQUERENTE) 
________________________________________ 
 (ASSINATURA DO REQUERENTE) 
 
 
Bárbara Benjamin 
 OAB n°000-0000

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