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1Teorias Comportamentais Teorias Comportamentais Vania Martins 2Teorias Comportamentais Sumário Introdução .................................................................................................... 03 Objetivos ...................................................................................................... 04 Estrutura do Conteúdo ............................................................................... 04 Teorias Comportamentais Tópico 1: Contexto de Surgimento ....................................................................... 05 Tópico 2: A Motivação Segundo Abraham Maslow ........................................... 06 Tópico 3: Teoria dos Dois Fatores de Herzberg ................................................ 09 Tópico 4: Outras Contribuições das Teorias Comportamentais ...................... 12 Tópico 5: As Teorias Comportamentais Hoje ..................................................... 16 Resumo ......................................................................................................... 18 Leitura Complementar ................................................................................ 19 Referências Bibliográficas .......................................................................... 20 3Teorias Comportamentais Um dos grandes méritos da Escola de Relações Humanas foi mostrar que o comportamento humano não depende apenas de estímulos financeiros, como também de fatores relacionados às emoções e às relações sociais dos indivíduos. Partindo dessa ideia, a abordagem comportamental passa a investigar aspectos como a motivação, a percepção e as necessidades, procurando orientar o administrador na complexa tarefa de compreender o comportamento humano no trabalho. Seus estudos trouxeram resultados surpreendentes que colocaram em xeque não somente alguns princípios da Abordagem Clássica, como também a visão romântica da Escola de Relações Humanas de que a organização pode viver totalmente livre de conflitos humanos. Surge dessa perspectiva uma visão ainda mais ampla do ser humano, como um ser dinâmico que busca de maneira ativa a autonomia e o autodesenvolvimento. Essa visão irá influenciar bastante o desenvolvimento da administração de recursos humanos nas organizações. 4 Estrutura do Conteúdo Objetivo s Teorias Comportamentais Esperamos que, ao final deste conteúdo, você seja capaz de: 1. Reconhecer as principais contribui- ções da Abordagem Comportamental para a administração; 2. Identificar os fatores de motivação no trabalho; 3. Propor medidas para obter um maior comprometimento das pessoas na or- ganização. Para que você compreenda o conteúdo estudado, este material está dividido nos seguintes tópicos: 1. Contexto de Surgimento 2. A Motivação Segundo Abraham Maslow 3. Teoria dos Dois Fatores de Herzberg 4. Outras Contribuições das Teorias Comportamentais 5. As Teorias Comportamentais Hoje 5Teorias Comportamentais 1. Contexto de Surgimento Segundo Chiavenato (2003), a Abordagem Comportamental surge no final da década de 1940, fazendo uma oposição ao modelo de organização baseado na aplicação dos métodos de racionalização do trabalho propostos por Taylor e Ford, assim como na rígida estrutura de controle da burocracia. Para a Abordagem Comportamental, tal modelo retira do trabalhador qualquer possibilidade de ver sentido em sua tarefa, de se desenvolver na organização e, principalmente, de se comprometer com os objetivos dela. Por outro lado, os integrantes da Abordagem Comportamental perceberam que a Escola de Relações humanas apresentava poucas propostas concretas para modificar as estruturas organizacionais construídas pela Abordagem Clássica, limitando-se à ideia de que um tratamento mais suave dos empregados por parte da administração seria suficiente para cooptar as pessoas para os objetivos organizacionais (MOTTA; VASCONCELOS, 2006). Sendo assim, verificaram a necessidade de aprofundar os estudos sobre a motivação para o trabalho, mostrando que os administradores precisavam compreender melhor esse aspecto do comportamento humano, de modo a encontrar soluções para o problema da produtividade humana nas organizações. 6Teorias Comportamentais Abraham Maslow (1908-1970) foi um psicólogo americano, que desenvolveu uma das teorias mais importantes sobre a motivação. Segundo esta teoria, desenvolvida no livro Motivação e Personalidade (1954), as necessidades humanas estão organizadas por níveis hierárquicos em uma pirâmide. Abraham Maslow Com base nesses estudos, os autores sugeriram reformas mais profundas na organização do trabalho e nas estruturas organizacionais, propondo novos parâmetros de atuação para os administradores. Estudaremos neste conteúdo as contribuições dos seguintes integrantes da Abordagem Comportamental: Abraham Maslow Frederick Herzberg Herbert Simon David McClelland Douglas McGreggor Rensis Likert 2. A Motivação Segundo Abraham Maslow De acordo com Maslow (apud McGreggor, 1979), “O homem é um animal dotado de necessidades. Assim que uma necessidade é satisfeita, surge outra em seu lugar. Esse processo não tem fim: é contínuo, desde o nascimento até a morte”. Essas necessidades, segundo Motta e Vasconcelos (2006) são as seguintes: 7Teorias Comportamentais Você pode ter acesso ao clássico livro de Maslow no site do Conselho Regional de Administração, que, aliás, tem um excelente acervo gratuito de livros de administração. Disponível na seção Leitura Complementar página 19. AUTORREALIZAÇÃO AUTOESTIMA SOCIAIS SEGURANÇA FISIOLÓGICAS Vamos entender melhor a pirâmide de Maslow? Acesse Recurso Multimídia e procure observar não só a explicação sobre cada uma dessas necessidades, como também refletir sobre o que a organização pode fazer para lidar com elas. Conteúdo On-line Podemos perceber que a motivação é um processo complexo. Note que Maslow escolheu a figura da pirâmide para ilustrar as necessidades humanas. Isso quer dizer que existe uma relação de hierarquia entre as necessidades, que vão progredindo, das necessidades mais básicas e simples (fisiológicas), até as mais elevadas (autorrealização). 8Teorias Comportamentais Assim, após satisfazer necessidades fundamentais, como as de abrigo, comida e dinheiro, o ser humano direciona suas energias para satisfazer necessidades mais complexas. Para Maslow, uma necessidade satisfeita não motiva mais o comportamento (MOTTA; VASCONCELOS, 2006). Por outro lado, enquanto um certo nível de necessidades não é satisfeito, o indivíduo não consegue concentrar suas energias na busca de necessidades mais elevadas. Por isso, muitas vezes as pessoas não chegam a explorar as necessidades que se encontram no topo da pirâmide, pois estão totalmente ocupadas em garantir sua existência básica. “Está claro que as condições da vida moderna dão apenas oportunidades limitadas para que essas necessidades, relativamente fracas, obtenham expressão. A priva- ção que a maioria das pessoas experimenta com respeito a necessidades de nível inferior desvia suas energias para a luta pela satisfação daquelas necessidades. Assim, as necessidades de autorrealização permanecem inativas”. (McGREGOR, 1979) Você percebe que as pessoas que trabalham em condições degradantes amortecem ou até mesmo eliminam os níveis superiores de suas aspirações? É claro que não existe um caminho único, em linha reta, da base até o topo da pirâmide, que todo mundo seguiria igualmente. As necessidades variam e se alternam de acordo com cada indivíduo, em função das situações com as quais lida em sua vida. Portanto, fique atento: as necessidades possuem complexidade crescente, porém se manifestam de maneira diferente para cada indivíduo. 9Teorias Comportamentais 3. A Teoria dos Dois Fatores de Frederick Herzberg Frederick Herzberg (1923-2000) foi um psicólogo americano que entrevistou engenheiros e operários empregados em diversas áreas da economia,em diferentes países, para investigar o tema da motivação. No livro “A motivação para o trabalho (1959)” desenvolveu a Teoria dos Dois Fatores, mostrando que, para obter a dedicação dos indivíduos ao trabalho, a organização não deve se limitar a satisfazer suas necessidades básicas, mas também permitir que desenvolvam todo o seu potencial humano. Frederick Herzberg Segundo Herzberg, os seres humanos possuem determinadas necessidades que são consideradas básicas porque são indispensáveis para a continuidade de sua existência como, as necessidades fisiológicas, de segurança, de aceitação social e de afeto. Estamos falando de necessidades que, no contexto da organização, estão ligadas ao ambiente físico ou social de trabalho, abrangendo as condições dentro das quais as pessoas trabalham. Por isso Herzberg diz que são condições extrínsecas à tarefa que o indivíduo realiza. Herzberg inclui nessas condições: salários, benefícios sociais, relações com a chefia, condições físicas de trabalho, máquinas e equipamentos utilizados, relações com os colegas de trabalho e regulamentos internos da organização. Essas condições representam um nível de higiene mínimo, abaixo do qual o indivíduo fica insatisfeito e desmotivado para o trabalho, sendo chamadas de fatores higiênicos de satisfação. 10Teorias Comportamentais Colegas de trabalho Salários Relações com a chefia Máquinas e equipa- mentos Benefícios sociais Regula- mentos internos Porém, o fato de ter essas necessidades atendidas não significa que o indivíduo se tornará alguém empenhado e produtivo no trabalho. Para Herzberg, assim como para Maslow, as necessidades satisfeitas não exercem mais poder de motivação sobre o indivíduo. Assim, os fatores higiênicos são importantes porque previnem a perda de produtividade (evitam a insatisfação), porém sua mera existência não alimenta o processo motivacional. Para que isso ocorra, segundo Herzberg, é necessário que a organização não se limite a satisfazer necessidades básicas do indivíduo, mas crie oportunidades para que ele desenvolva, por meio de seu trabalho, todo o seu potencial humano. Esses são os fatores intrínsecos ao trabalho, chamados por Herzberg de fatores motivacionais. Nesse ponto, Herzberg aborda algo mais profundo do que as condições para a realização de uma tarefa: ele está falando do próprio sentido que o trabalho tem para o indivíduo. Você sabe o que significa ter um trabalho que você gosta e que agrega algo para sua vida, para a empresa ou mesmo para a sociedade? Esse é o tipo de trabalho recheado de fatores intrínsecos motivacionais. Se você tem um trabalho desafiador, gratificante e que lhe proporciona crescimento e autorrealização, então você tem um trabalho capaz de deixá-lo motivado. 11Teorias Comportamentais Por isso Herzberg observou a importância do enriquecimento de cargos na organização, que significa aproximar o trabalho das pessoas o máximo possível dessas características “motivadoras” – isto é, um trabalho com mais autonomia, com um sentido simbólico mais “rico”, onde as pessoas possam aplicar sua criatividade, aprender e se desenvolver por meio dele. Bem, isso não parece ser nada fácil para as organizações, não é mesmo? Você acha que é possível fazer com que todo tipo de trabalho alcance esse nível? Por isso, muita atenção com as ideias de Herzberg: A direção da empresa não deve dar atenção somente aos fatores higiênicos, mas sim investir nos fatores motivacionais, se quiser que a sua equipe produza com todo o potencial! A satisfação de necessidades básicas não é suficiente para garantir o comprometimento do indivíduo com a boa produtividade no trabalho. Os fatores motivacionais é que produzem resultados mais positivos em termos de desempenho porque estão ligados às aspirações mais elevadas que os indivíduos buscam atingir em suas vidas. É claro que Herzberg também percebeu o quanto as organizações estavam distantes de criar essas condições de trabalho mais estimulantes para as pessoas. Nesse sentido, fez severas críticas à falta de percepção dos gestores a respeito dessas questões. Na visão de Herzberg, os estímulos ligados ao “sentido do trabalho”, são, em princípio, ilimitados: as pessoas sempre podem ser apresentadas a novos e maiores desafios que tendem a deixá-las motivadas de modo mais constante. Como percebeu Herzberg, a necessidade humana de autorrealização é uma fonte infinita a ser explorada em uma organização, não é mesmo? 12Teorias Comportamentais Leia a matéria de uma revista especializada em negócios que fala sobre a motivação de profissionais do mercado para trabalhar com causas sociais. Procure correlacionar a matéria com o que aprendeu até aqui a respeito das teorias motivacionais. Disponível na seção Leitura Complementar, página 19. 4. Outras Contribuições das Teorias Comportamentais Herbert Simon (1916-2001) foi um cientista político americano que propôs a Teoria da Racionalidade Limitada, proporcionando a base para o desenvolvimento dos estudos sobre processo decisório. Herbert Simon Segundo a Teoria da Racionalidade Limitada, no contexto da tomada de decisão, muitas vezes falta aos administradores informações importantes para a solução dos problemas. Restrições de tempo e de custo podem limitar a quantidade e a qualidade das informações coletadas. Além disso, como qualquer ser humano, os administradores estão sujeitos a uma série de distorções de percepção, as quais chamou vieses cognitivos. Sendo assim, não é possível para um tomador de decisões medir com total precisão todas as alternativas de ação e manter sob controle todas as condições existentes. O melhor que pode fazer é utilizar os instrumentos de gestão disponíveis para reduzir essas limitações e buscar as soluções mais satisfatórias, já que não existem modelos de decisão perfeitos. 13Teorias Comportamentais A teoria de Simon levou à formulação do modelo de homem administrativo, segundo o qual o indivíduo que toma decisões não tem condições de analisar todas as situações nem de procurar todas as alternativas possíveis. Por isso o indivíduo procura sempre as soluções mais satisfatórias dentre aquelas que conseguiu comparar. A solução nunca é um resultado ótimo, um máximo absoluto, mas sim suficiente ou aceitável dentro das possibilidades dadas. David Mcclelland (1917-1998) foi um psicólogo americano que também compreendia o trabalhador como um ser dotado de necessidades complexas e variadas, que se combinam de forma diferente para cada indivíduo. David Mcclelland McClelland incluiu em sua teoria das necessidades humanas uma necessidade que não havia recebido atenção por outros estudiosos da Abordagem Comportamental, repare só: Necessidades de realização Desejo de ser reconhecido pelos pares por sua excelência profissional. Necessidades de poder Desejo de controlar recursos e influenciar outros indivíduos na organização. Necessidades de afiliação Desejo de ter um bom relacionamento e de ser aceito no grupo social. 14Teorias Comportamentais Rensis Likert (1903-1981), este cientista social americano entendia ser desnecessária a hierarquia inchada, com muitos níveis de autoridade voltados para o controle rígido dos subordinados. Em seus estudos, procurou mostrar que as pessoas devem ter oportunidade para tomar iniciativa e assumir responsabilidades, desenvolvendo assim suas capacidades e, ao mesmo tempo, tornando-se mais envolvidas com a organização e com seus objetivos. Rensis Likert Os estudos de Likert levam à conclusão de que a participação dos empregados é decisiva para o bom desempenho organizacional. Se as tomadas de decisões contarem com a contribuição e o conhecimento das pessoas, elas ficarão mais comprometidas com a implementação dessas decisões, pois são levadas (pelo seu envolvimento no processo decisório) a uma identificação maior com os objetivos. Likert também ficou conhecido por ter criado a “escala de Likert”,utilizada em pesquisas comportamentais para medir atitudes e opiniões dos entrevistados, a partir do nível de concordância ou discordância em relação às afirmativas apresentadas pelo pesquisador em um questionário. Douglas McGregor (1906-1964) foi um psicólogo americano que tornou-se famoso pela Teoria X e Y. Segundo essa teoria, a forma como os chefes administram suas equipes é influenciada por dois tipos de suposições sobre o comportamento do empregado. Douglas McGregor 15Teorias Comportamentais Trata-se de uma visão negativa do comportamento do empregado, como um ser preguiçoso, avesso a mudanças, que não gosta de assumir responsabilidades, que tem objetivos opostos aos da administração e que, por isso, precisa ser rigidamente controlado. Trata-se de uma visão positiva do comportamento do empregado, como um ser criativo, autônomo e competente, empenhado no trabalho, que procura desafios e responsabilidades e que tende a colaborar com os objetivos da empresa quando devidamente estimulado para isso. A Teoria X leva os chefes a terem um estilo tradicional e autoritário, que não acredita na capacidade das pessoas e está sempre tentando mantê-las sob controle acirrado. Dentro desse estilo, somente o chefe toma decisões, sem qualquer participação do grupo. Teoria X Já a Teoria Y leva os chefes a terem um estilo moderno e democrático, que acredita na capacidade das pessoas e não teme a delegação de responsabilidades a elas. Dentro desse estilo, as diretrizes são decididas e debatidas pelo grupo, que é estimulado e assistido pelo líder. Teoria Y 16Teorias Comportamentais Acesse o Recurso Multimídia e assista ao vídeo do consulto Abraham Shapiro sobre as consequências da Teoria X e Y nas organizações. Conteúdo On-line Portanto, McGregor mostrou que as convicções do gestor a respeito das pessoas moldam o seu estilo de administrar. 5. As Teorias Comportamentais Hoje A visão da administração sobre as pessoas na organização foi se tornando cada vez mais complexa. Além de perceber o indivíduo como um ser inserido nos grupos sociais, a Abordagem Comportamental considera também que este indivíduo busca se autorrealizar por meio do trabalho. O trabalho passa a ser visto como forma de inserção do ser humano em seu meio social, como um meio de dar sentido à sua existência – isto é, o trabalho dá uma identidade às pessoas. (MOTTA; VASCONCELOS, 2006). Essa visão permite que a administração perceba que cada indivíduo tem interesses e objetivos diferentes dos outros e que esses interesses e objetivos vão mudando ao longo do tempo. A autorrealização não tem o mesmo sentido para todos, pois depende das características e interesses de cada um. Desse modo, as ações humanas são percebidas como singulares, imprevisíveis e difíceis de serem controladas, pois os indivíduos apresentam as seguintes características: Necessidades múltiplas e complexas; Desejo de autodesenvolvimento e autorrealização; Têm autonomia de pensamento. Tendem à vadiagem; 17Teorias Comportamentais Devemos lembrar que a Abordagem Comportamental chamou a atenção para o fato de que as motivações humanas são variadas e complexas e não podem ser entendidas a partir de um único fator, pois vão mudando e progredindo de um fator para o outro. Diversos trabalhos sobre motivação e liderança foram elaborados a partir das descobertas iniciais da Abordagem Comportamental. As empresas que hoje em dia compartilham dessa visão tendem a investir no desenvolvimento das pessoas, permitindo que busquem a satisfação de necessidades mais elevadas. A Abordagem Comportamental não só reforçou a importância do fator humano na organização, como já havia sido destacado pela Escola de Relações Humanas, como também mostrou a necessidade de mudar estruturas organizacionais, estilos de liderança e formas de trabalho para que seja possível criar condições para que todo o potencial criativo e colaborativo humano possa ser de fato aproveitado na organização. Por essa razão, a Abordagem Comportamental vai ser fundamental para a elaboração de propostas concretas na administração dos recursos humanos. Isso vai ocorrer especialmente a partir das décadas de 1960 e 1970, quando uma geração de jovens, com novos valores e maiores qualificações, começa a chegar no mercado de trabalho, almejando outras conquistas além de um bom salário. Por sua característica crítica e contestadora, essa geração tendia a não aceitar estruturas de trabalho rígidas e burocráticas. Estava aberto o caminho para explorar as principais contribuições da Abordagem Comportamental para a administração. (MOTTA; VASCONCELOS, 2006). Na atualidade, diversas políticas de gestão de pessoas são elaboradas com base na visão de que os indivíduos na organização buscam o autodesenvolvimento e autorrealização por meio de seu trabalho. 18Teorias Comportamentais Vimos neste conteúdo as principais contribuições da Abordagem Comportamental à administração. Conhecemos a pirâmide das necessidades humanas proposta por Maslow, buscando entender a relação de hierarquia existente entre essas variadas necessidades, bem como os limites para sua aplicação nas organizações modernas. Estudamos, ainda, a perspectiva de Herzberg a respeito dos fatores higiênicos e motivacionais que interferem na motivação para o trabalho e conhecemos as sugestões desse autor para promover o enriquecimento de cargos nas empresas. Analisamos a Teoria X e Y de McGreggor, para entender como os estilos de liderança autocrático ou democrático são influenciados pelas suposições que os chefes têm a respeito do comportamento de seus subordinados. Também estudamos a Teoria das Necessidades de McCleland, chamando a atenção para uma necessidade não abordada em teorias anteriores (necessidade de poder) e a crítica de Likert ao regime hierárquico controlador predominante nas organizações. Desse modo, foi possível perceber como a visão a respeito do comportamento humano na organização tornou-se bem mais ampla do que nas abordagens anteriores, permitindo o surgimento de novas propostas para a administração das pessoas na organização. 19Teorias Comportamentais Site do Conselho Regional de Administração. Disponível em: http://www.cra-rj.org.br/site/leitura/textos_class/traduzidos/motivacao_ para_trabalhar/publicacao/files/assets/basic-html/index.html#page8 Causa Nobre e Bom Salário – Robson Viturino. Disponível em: http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,ERT245851-16642,00. html 20Teorias Comportamentais CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. HERZBERG, Frederick; MAUSNER, Bernard; SNYDERMAN, Barbara. Motivação para trabalhar. John Winley Inc: 1959. MASLOW, Abraham. Motivação e personalidade. Nova York: Harper & Row, 1954. Tradução de Orlando Nogueira. MOTTA, Fernando Prestes; VASCONCELOS, Eduardo. Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Thomson, 2006.
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