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AULA_4_VALIDADE DE CASAMENTO

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VALIDADE DO casamento
Profª. Msc. Lorena Mesquita Silva Viana
Faculdade Estácio do Pará (Estácio – FAP)
Curso de Graduação em Direito
Disciplina: Direito Civil V
Unidade 04:
Parte 01.
Estrutura de conteúdos
Existência, validade e eficácia do casamento
Impedimentos Matrimoniais
Causas Suspensivas
Casamento Putativo
1. Existência, validade e eficácia
1.1 Existência
 Plano do ser;
 Presença de elementos básicos, fundamentais:
Diversidade de sexo dos nubentes (ATENÇÃO para a Resolução 175/2013, CNJ);
Celebração na forma prevista em lei;
Mútuo consenso dos interessados.
1. Existência, validade e eficácia
1.2 Validade
 Adequação às prescrições legais;
Nulidade: interesses de ordem pública;
Anulabilidade: vício menos grave; interesses particulares.
1.3 Eficácia
 Produção de efeitos no âmbito do Direito.
1. Existência, validade e eficácia
CASAMENTO:
Existir, ser válido e eficaz;
Existir, ser inválido e ineficaz;
Existir, ser inválido e eficaz;
Inexistir, ser inválido e ineficaz.
Eficácia
Existência
Validade 
2. Impedimentos Matrimoniais
2.1 Conceito
“Proibições decorrentes de lei de que determinadas pessoas possam contrair casamento. (...). São entraves, obstáculos, impostos pela legislação, com o fito de limitar a natural faculdade de casar (...).”
(Cristiano Chaves)
“(...) é a falta dos requisitos exigidos pela lei para validade e regularidade do casamento.”
(Carlos Roberto Gonçalves)
2. Impedimentos Matrimoniais
 Impedimentos são compostos por dois elementos: material e formal;
 Impedimentos estão taxativamente previstos no CC (art. 1521);
 Aplicam-se às uniões estáveis (art. 1723, §1º, CC).
Incapacidade jurídica 
Impedimentos
Genérica	
Circunstancial
2. Impedimentos Matrimoniais
2.2 Classificação
Impedimentos decorrentes do parentesco (art. 1521, I a V);
Impedimento decorrente da proibição da existência de casamento anterior (art. 1521, VI);
Impedimento decorrente da prática de crime (art. 1521, VII).
2. Impedimentos Matrimoniais
2.2 Classificação
Impedimentos decorrentes do parentesco
a.1) Consanguinidade:
Art. 1.521. Não podem casar:
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;
[...]
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;
[...]
2. Impedimentos Matrimoniais
2.2 Classificação
Impedimentos decorrentes do parentesco
a.1) Consanguinidade (art. 1521, I e IV):
 Preocupação de natureza eugênica e razões de ordem moral;
 Tios e sobrinhos são colaterais de 3º grau. Decreto-lei nº. 3200/41. Exame pré-nupcial de compatibilidade.
2. Impedimentos Matrimoniais
2.2 Classificação
Impedimentos decorrentes do parentesco
a.2) Afinidade:
Art. 1.521. Não podem casar:
II – os afins em linha reta
[...]
2. Impedimentos Matrimoniais
2.2 Classificação
Impedimentos decorrentes do parentesco
a.3) Adoção:
Art. 1.521. Não podem casar:
[...]
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;
[...]
V - o adotado com o filho do adotante;
2. Impedimentos Matrimoniais
2.2 Classificação
Impedimentos decorrentes da proibição da existência de casamento anterior:
Art. 1.521. Não podem casar:
VI – as pessoas casadas;
[...]
 Prestigiar a monogamia;
 Infração acarreta a nulidade do segundo casamento;
2. Impedimentos Matrimoniais
2.2 Classificação
Impedimentos decorrentes da prática de crime
Art. 1.521. Não podem casar:
VII – o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte;
[...]
 Inspiração de ordem moral;
 Abrange homicídio doloso.
2. Impedimentos Matrimoniais
2.3 Oposição
Legitimidade
 Qualquer pessoa capaz
Momento (art. 1522, CC)
 Até o momento da celebração
Forma de oposição
 Arts. 1529 e 1530, CC.
3. Causas suspensivas
3.1 Conceito
São determinadas circunstâncias ou situações capazes de suspender a realização do casamento, se arguidas tempestivamente pelas pessoas legitimadas a fazê-lo, mas que não provocam, quando infringidas, a sua nulidade ou anulabilidade.
Casamento irregular, tornando obrigatório o regime de separação de bens (art. 1641, I, CC);
 Juiz pode deixar de aplicá-las, provando-se a inexistência de prejuízo (Art. 1523, parágrafo único);
 Não se aplicam às uniões estáveis (art. 1723, §2º, CC).
3. Causas suspensivas
3.2 Classificação
Fundadas na confusão patrimonial (art. 1523, I e III);
Fundadas em confusão de sangue (art. 1523, II);
Fundada em tutela ou curatela (art. 1523, IV).
3. Causas suspensivas
3.2 Classificação
Fundadas na confusão patrimonial (art. 1523, I e III):
Art. 1.523. Não devem casar:
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;
[...]
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;
3. Causas suspensivas
3.2 Classificação
Fundadas em confusão de sangue (art. 1523, II):
Art. 1.523. Não devem casar:
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal; 
[...]
 Presunção da paternidade (art. 1597, I e II).
3. Causas suspensivas
3.2 Classificação
Fundadas em tutela ou curatela (art. 1523, IV):
Art. 1.523. Não devem casar:
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.
3. Causas suspensivas
3.3 Oposição
Legitimidade (art. 1524, CC)
 Parentes em linha reta de um dos nubentes, consanguíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo grau, consanguíneos ou afins.
Momento
 No curso do processo de habilitação (até o decurso do prazo de 15 dias de proclamação dos proclamas).
Forma
 Arts. 1529 e 1530, CC.
4. CASAMENTO PUTATIVO
4.1 Conceito
Art. 1.561. Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória.
4.2 Requisitos
 Invalidade do casamento
 Boa-fé dos nubentes
 Erro desculpável
 Declaração judicial
4. CASAMENTO PUTATIVO
4.3 Efeitos: até a data da sentença anulatória (art. 1561, CC).
 Cônjuges: efeitos pessoais são os de qualquer casamento válido;
 Filhos: aproveita todos os efeitos do casamento válido.
 Alimentos: há divergências a respeito da existência ou não de efeitos futuros;
4. CASAMENTO PUTATIVO
	APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE DESCONTITUIÇÃO DE CASAMENTO. CASAMENTO PUTATIVO. EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS. Embora desquitada, estando a apelada casada com outra pessoa quando contraiu matrimônio com o apelante, havia nulidade absoluta deste casamento em razão de infringência de impedimento constante do artigo 183, inciso III, do Código Civil de 1916, que veda o casamento entre pessoas casadas, reproduzido no artigo 1.521, inciso VI, do atual Código Civil. Declarada a nulidade do casamento, mas constatada a boa-fé da ré que acreditava que o primeiro marido estava morto quando do segundo casamento, e constatado que o autor tinha ciência que o casamento anterior não estivesse desfeito, configura-se o casamento putativo e a conseqüente produção de efeitos até a sentença que declara sua nulidade, entre os quais o dever de prestar alimentos. Ainda que reconhecida a nulidade do casamento entre o apelante e a apelada, se viveram vários anos como marido e mulher, separaram-se judicialmente e divorciaram-se, está presente o dever de mútua assistência em decorrência da indiscutível relação matrimonial havida entre as partes. Descabe a exoneração dos alimentos acordados entre os litigantes em sede de separação judicial, não vislumbrada a alteração do binômio necessidade/possibilidade [...] (Grifou-se) 
(TJRS. AC Nº 70042905992. Rel. Des. André Luiz Planella Villarinho. Sétima Câmara Cível. Publicado em 26/01/2014.)
4. CASAMENTO PUTATIVO. 
	Responsabilidade Civil. Dano Moral. Mulher que,depois trinta e nove de casamento, descobre na viuvez que seu marido fora casado anteriormente, por isso o seu foi anulado e considerado putativo. Pretensão de indenização por dano moral, porque o Cartório de Registro Civil celebrou casamento de pessoa impedida para o ato. Falha do Oficial de Registro Civil configurada. Serviço de registro civil exercido por delegação do Poder Público. Constituição, art. 236; Lei 8.935/94 Responsabilidade do Estado caracterizada. Art. 37, § 6º, da Constituição. Sentença de procedência confirmada Recurso de apelação desprovido. (...) ao não exigir a certidão de nascimento atualizada, de contraente nascido e residente na Comarca de Santos, onde foi celebrado o casamento, a qual permitiria ver o registro do matrimônio anterior à sua margem, o Cartório descumpriu dever legal, de exigir prova da ausência do impedimento para casar, cabendo ao Estado, portanto, arcar com o ônus de indenizar a autora, que, após trinta e nove anos de união com P. I. dos S. F., viu desfeito o seu vínculo por força de ação judicial promovida pelo Ministério Público.” (...) (Grifou-se)
(TJSP, AC Nº 0026720-55.2009.8.26.0562, Relator: J. M. Ribeiro de Paula, 12ª Câmara de Direito Público, Publicado em 13/08/2015.).
5 CASO CONCRETO 4
	A celebração do casamento deve cumprir formalidades legalmente previstas que antecedem o ato matrimonial. Seguindo esta premissa, Solange e Lucas passaram por todo o processo de habilitação até a chegada do dia da celebração do casamento. No momento da celebração, quando perguntado pela autoridade celebrante se aquele ato estava ocorrendo por sua livre e espontânea vontade e se ele assim desejava receber Solange por sua esposa, Lucas respondeu, em tom jocoso: ?É o jeito!? e sorriu
complementando: É brincadeira, pois desejo recebê-la por minha esposa?. Diante desta conduta de Lucas, que providência deverá adotar a autoridade celebrante?

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