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Exsudatos inflamatórios
Exsudato seroso: tecnicamente esse é o exsudato que apresenta menor injúria tecidual, na leptospirose podemos ter um quadro de pericardite serosa onde o líquido assume esse aspecto translúcido também, por isso é de suma importância a verificação da densidade. A exsudação não é um evento imutável, ela também é importante para caracterizar momentos do processo inflamatório, ou seja, as vezes ele pode apresentar modificações como na influenza, onde primeiro temos uma rinite serosa e a medida que vai se estabelecendo, pode mudar para catarral ou mucosa e pode caminhar para o exsudato purulento se houver infecção secundária. 
· Composição: semelhante ao do soro (sangue sem fibrina e componentes celulares)
· Ocorrência: geralmente em superfícies serosas e mucosas, narina, glândula mamária (sem produção de leite), lábios (animal tem dificuldade para comer) e interdígitos (animal tem dificuldade para andar)
· Etiologia: frequente em infecções virais e processos alérgicos (rinite)
· Macroscopia: é um líquido translúcido, límpido e levemente turvo
· Microscopia: material hialino fracamente acidofílico em interstício 
· Efeito: o exsudato poderia ajudar na diluição do agente injuriante
 Doença vesicular suína, caso essas lesões vesiculares se romperem, ocorre liberação de um líquido translúcido que é o exsudato seroso
 Acumulo de exsudato seroso no interstício (extravascular), o líquido se mostra fracamente acidofílico. Há plasma extravasado e leucócitos infiltrantes
 Febre afitosa, o vírus faz uma viremia, e a partir dela ele vai colonizar alguns tecidos alvos; há degeneração vacuolar (células epiteliais) e depois a ruptura dessas células a liberação do exsudato e exposição da lâmina própria
 Exsudato seroso preenchendo alvéolos no processo pneumônico, há infiltrado de polimorfonuclear
Exsudato catarral: 
· Composição: o principal componente é o muco
· Ocorrência: mais frequente em superfícies mucosas principalmente em trato respiratório e digestório
· Etiologia: pode estar associado a infecções virais, bactérias de baixa patogenicidade e toxinas 
· Macroscopia: se parece com um líquido turvo e maior densidade, eventualmente pode ter maior grau de aderência 
· Microscopia: combinação de muco, epitélio descamado associados a leucócitos (polimorfo) e eventualmente hemácias. 
· Efeito: tem um efeito protetivo na superfície mucosa 
Enterite catarral em quadro de eimeriose, áreas avermelhadas na região duodenal, película de exsudato sobre a superfície mucosa, que pode apresentar graus variados de congestão e eventualmente hemorragia.
 Vasos congestos, descamação epitelial superficial e infiltrado leucocitária
 Enterite catarral associada com várias parasitas fazendo novelos e a mucosa bem hiperemica e espessada
Exsudato fibrinoso: evidencia grau de virulência maior do patógeno, visto que o fibrinogênio apresenta peso molecular superior ao da albumina, por exemplo, então, para deixar o vaso, deverá haver um grande aumento da permeabilidade vasculare isso sugere uma injúria mais severa. Embora frequentemente exsudação fibrinosa esteja associada a quadros bacterianos, existem algumas condições virais que podem cursar por exsudação fibrinosa, como infecção por artrite encefalite; peritonite infecciosa felina.
· Composição: principal componente é a fibrina (derivado do fibrinogênio) 
· Ocorrência: pode aparecer em superfícies mucosas e serosas
· Etiologia: associado a processos bacterianos 
· Macroscopia: tem aspecto de pseudomembrana esbranquiçado/amarelado formando redes que revestem/aderem as superfícies mucosas afetadas.
· Modalidades da exsudação fibrinosa considerando-se o estado do tecido injuriado subjacente a pseudomembrana
 -Exsudato diftérico: ocorre sangramento ao retirar a pseudomembrana, tecido incompletamente reparado, sugere lesão mais severa
-Exsudato crupal: não ocorre sangramento ao retirar a pseudomembrana e não há sinal de lesão aparente, tecido reconstituído abaixo da exsudação 
· Microscopia: aspecto filamentoso/rede, e frequentemente ele encarcera nessa rede colônias bacterianas; leucócitos infiltrantes. Tem uma baixa acidofilia, o material é rosa claro depositado nos tecidos em meio a hemácias; leucócitos; eventuais colônias bacterianas e restos celulares
· Efeito: revestimento/proteção da superfície mucosa em relação ao patógeno. Para boa evolução no processo fibrinoso é importante que haja rápida reabsorção do exsudato pela atividade dos fagócitos, retirando essa malha de fibrina e permitindo a reparação tecidual.Se a malha de fibrina persistir (fibrina é quimiotática para fibroblasto), vai atrair no local fibroblastos que começam depositar matriz extracelular, evoluindo para um quadro de fibrose local. A organização do exsudato fibrinoso leva uma substituição do tecido original por tecido fibroso, que envolve uma perda funcional permanente.
Depósitos de fibrina representado pelo material esbranquiçado/lamelar ocupando a região articular. A Artrite Encefalite Caprina (CAE) é uma enfermidade de curso progressivo causada por um lentivírus e caracterizada pelo período longo de latência. Os principais sintomas da CAE são artrite, pneumonia, mastite, emagrecimento progressivo e, nos animais jovens, a encefalomielite.
 Peritonite Infecciosa Felino (PIF), deposição de fibrina na serosa intestinal
 Pneumonia fibrinosa em bovino com evidenciação da septação pulmonar pela deposição de fibrina (coloração amarelada)
 Pericardite fibrinosa, é importante compreender que foi realizada abertura do saco pericárdico. Seta: folheto parietal. O coração está em baixo da tela de fibrina que envolveu o folheto visceral epicárdico. Como esse exsudato fibrinoso é quimiotático para fibroblasto uma persistência dessa exsudação pode haver migração de fibroblasto e deposição de colágeno
 Colecistite fibrinosa por salmonela (vesícula biliar). Muitas vezes a fibrina pode formar um molde do tecido.
Esofagite fibrinosa
 Pericardite fibrinosa. A fibrina assume um aspecto lamelar, de trama de rede com acidofilia
Rede de fibrina revestindo o folheto visceral do pericárdio
Leucócitos em meio a fibrina
A medida que vamos aumentando a densidade de polimorfonucleares o material tende assumir um aspecto liquefeito, por conta da própria ação dos neutrófilos (liberação de hipoclorito e dissolução tecidual).
Embora discutido particularmente, o processo inflamatório pode iniciar com um padrão de exsudação e pode se transformar ao longo da inflamação. Então, o exsudato pode assumir formas intermediárias como um exsudato seromucoso, fibrinopurulento. Dentre os padrões de exsudação, o purulento é o mais agressivo.
Exsudato purulento: associada com um pior prognóstico associada as outras, porque ela envolve uma grande concentração de fagócitos, portanto uma grande destruição tecidual com dissolução (pus)
· Composição/microscopia: formação de pus (restos bacterianos de células e bactérias, neutrófilos) 
· Ocorrência: em qualquer lugar do corpo (superfícies serosas, mucosas, pele, cavidades), é bem variável
· Etiologia: geralmente bactérias piogênicas
· Macroscopia: aspecto líquido turvo, com densidade e cor variada (esbranquiçado, amarelado, esverdeado, azulado, acinzentado ou achocolatado), com odor variante principalmente de acordo com o tipo de bactéria envolvida
· Efeito: inviabilização de regeneração – fibrose e principalmente com a formação de pus sem delimitação com risco de disseminação com ingresso no sistema circulatório – sepsis com potencial para criação de focos secundários metastáticos ou mesmo levando ao óbito do animal por falência circulatória. 
O exsudato purulento pode se apresentar de diversas formas: 
· Abcesso/apostematosa: coleção purulenta em uma cavidade neoformada delimitada por cápsula fibrosa contendo pus, a qualquer momento ele pode se expressar novamente por ruptura da cápsula. Essa condição deve nos manter alerta pois é uma exsudação circunscrita e sempre que possível esse processo deve ser antagonizado
· Flegmão: processo inflamatório purulento comexsudação difusa
· Empiema: coleção purulenta em uma cavidade natural.
Corynebacteriumpseudotuberculosis associado a linfonodos 
Linfoadenite purulenta causado pela bactéria Streptococcus equi, exsudato purulento com aspecto achocolatado. A adenite equina, conhecida popularmente como garrotilho, é uma doença infecciosa que é transmitida pela via oral e nasal.
Hepatite purulenta com múltiplas lesões abcedativas espalhadas aleatoriamente pelo parênquima hepático.
Cálculo dentário e gengivite purulenta
Pneumonia apostematosa/abscedativa 
Empiema em gato com pulmão, coração e grande coleção de exsudato purulento em cavidade natural
 Dissolução tecidual (liquefação), profuso infiltrado polimorfo (neutrofilico) e em meio esse exsudato observamos colônias bacterianas
 Eventualmente no interior dos fagócitos observamos bactérias. 
 Carbúnculo hemático e pancreatite hemorrágica: exsudato hemorrágico por tinção por hemácias, mas pode ocorrer em qualquer uma dessas condições (purulento, catarral, fibrinoso), ele não é um exsudato primário. 
Letícia Beatriz Mazo Pinho – UAM – Proibida a comercialização deste resumo

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