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Observação do comportamento auditivo – BOA Faixa etária: 0 a 12m Objetivo – observar mudanças no comportamento desencadeado pelos sons, que permite identificar níveis mínimos de intensidade que desencadeiam respostas, mas não limiares. Avalia se o bebê responde de forma diferente a diferentes frequências. Avalia o desenvolvimento da capacidade de localização sonora. Recém-nascidos e menores de 3m – reações unissensoriais/baseadas em reflexos. · Avaliação qualitativa · Investigação do desenvolvimento global das habilidades. · Treinar respostas – crianças mais velhas. É necessário observar a idade cronológica – idade corrigida. Se o bebê nasceu prematuro de 7 meses e agora ele tem 3 meses, eu espero comportamentos de uma criança de um mês. · A partir dos 6 meses já é possível obter NMR para cada frequência sonora e para cada orelha · Entre 12m e 4 anos – obtenção de limiares a todos os tipos de estímulos · entre 6m e 1 ano – encontramos NMR Cuidados: · Estado geral da criança – alerta/sono leve · Os estímulos devem durar 5s · Intervalo de silêncio – 0,5 a 1 min. · Intensidade que pode desencadear reações – diretamente relacionada a idade. Observar se há RCP para som de forte intensidade – última coisa a testar. Técnica ascendente: · 55 ou 60dB inicialmente, caso não responda acrescento 20dB · Se ele responder, sei que o nível mínimo está entre 50/70dB · Acrescentados incrementos de 20dB caso não haja resposta Transdutores: · Fone supraaural · Fone de inserção · Vibrador ósseo Campo livre: Não conseguimos observar se há assimetria, pois ela escuta com a melhor orelha. Temos a estimativa da melhor orelha. · Audiômetro pediátrico · Caixas de som · Instrumentos A criança pode estar sentada no colo dos pais ou em uma cadeira elevada, assim não há interferência do responsável. Sons calibrados: · Tons puros modulado – Warble · Narrow Band – ruído do mascaramento Sei exatamente a frequência/intensidade que está chegando na orelha do bebê. Se o bebê reagiu para um som de fraca intensidade no guizo em 55dB, posso começar a VRA nessa intensidade. Se reagiu somente a sons de média/forte intensidade, devo começar a VRA em sons mais fortes. Sons não calibrados · Variam a faixa de frequência e pico de intensidade · Não servem para dar diagnóstico de perda auditiva O examinador deve conhecer as características acústicas de seu material (espectro de frequências e pico de intensidade). Não tenho uma medida correta da intensidade e da energia que está sendo gerada e do quanto está chegando na orelha do bebê. Número de examinadores: Menores de 3 anos – 2 examinadores ou um examinador e um assistente. É necessária uma boa comunicação entre os examinadores. Tipos de respostas: Bebê até 3 meses – reações baseadas em reflexos. A resposta é de atenção/detecção do som: · Excitação/movimentação dos membros; · Alteração dos padrões de respiração e sucção – observar a forma como mama ou suga a chupeta; · Arregalar ou pisca os olhos; · Franzir a testa; · Cessar movimentos; Entre 2 e 3 meses – procura pelo som · Orientação de olhos/cabeça em direção a fonte sonora (localização incompleta). · Procura o som, mas não localiza. Entre 5 e 6 meses – localização no plano lateral (integração auditiva e visual) · Detecta o som e localiza. 12 meses – localização de forma direta para cima e para baixo. Localização indireta – olha para o lado e depois para cima. Localização direta – olha para cima direto. Localização parcial/com apoio – lateraliza, mas não acha o objeto, só acha quando é mostrado. Desenvolvimento da habilidade de localização sonora Bebê ouvinte com desenvolvimento típico · 3-6 meses: Localização lateral. · 6-9 meses: Localização lateral e indireta para cima e para baixo. · 9-13 meses: Localização lateral, direta para baixo e indireta para cima. · 13-18 meses: Localização lateral, direta para cima e para baixo. Audiologista responsável pela apresentação dos estímulos: · Controle da sequência e a intensidade · Observação das respostas · Cuidado para não dar ritmo nem oferecer intervalos de silencio muito curtos · Apresentação rápida do reforço positivo Segundo examinador ou assistente: · A frente da criança, interagindo e observando · Oferece brinquedos · Monitora a posição da cabeça e tronco do bebê · A atenção do bebê deve estar voltada a linha média do corpo · Suas ações não devem ser mais interessantes do que os estímulos – os elogios devem ser controlados, somente dar o reforço positivo se tiver o estímulo sonoro. · Deve estar atento para rapidamente inserir ou reinserir os fones · Treino de condicionamento Vantagens da BOA: · Estimar intensidade dos estímulos utilizados para treino durante a tarefa de condicionamento · A resposta costuma ser consistente – geralmente o tempo necessário para que se observe a resposta costuma ser semelhante com diferentes estímulos, podendo ser ligeiramente mais curto para sons mais intensos. · Sons mais fortes geralmente causam respostas mais reflexas Desvantagens: · Falso-positivo e reações não reprodutíveis à repetição, devido à habituação rápida das respostas · Pode ser difícil controlar a intensidade dos estímulos sonoros não calibrados · Uso de ampla faixa de frequências – não auxiliará no diagnóstico de configuração: mesmo em menores intensidades, os componentes audíveis podem gerar respostas consistentes a um sinal. RCP – Reflexo cocleopalpebral: · Som forte (não é dado no fone) · A percussão do instrumento deve estar acima do bebê. · Tipo de resposta – movimentos rápidos de abrir e fechar as pálpebras, imediatamente após um estímulo sonoro breve e de forte intensidade, que não deve coincidir com um piscar normal de olhos · Estado de alerta · Descarta a possibilidade de perda auditiva profunda bilateral · A ausência do RCP deve ser interpretada com cautela, podendo ser uma perda auditiva sensorioneural profunda Reação de sobresalto – startle: · Reação corporal global que pode aparecer como Moro ou como estremecimento, acompanhado ou não o RCP · Não está necessariamente relacionado a acuidade auditiva Reação de Moro: · Quando o bebê abre os braços e fecha · Desaparece em torno dos 3/4 meses de vida · Pode ocorrer em qualquer susto que o bebê leva, não só estímulo auditivos. Reação a voz materna: · Até 6 meses – procura/localização da voz materna quando chamada pelo nome · Depois dos 6 meses – resposta de localização tanto para a voz da mãe quanto para a voz do examinador/de outras pessoas · Com ou sem audiômetro (intensidade controlada) · A viva voz, sem o audiômetro – examinador se posiciona atrás da criança chamando-a pelo nome, fazendo uma pergunta ou dando uma ordem simples · Iniciar com a voz sussurrada, variando a intensidade quando necessário Uso de ordens simples: · Com ou sem o audiômetro · Pode auxiliar na avaliação do desenvolvimento linguístico · "dá tchau" "cadê o pé?" "mostra a mão da mamãe?" "manda beijo" · Aos 18m – identificação de objetos simples, miniaturas e brinquedos · Aos 24m – identificação de partes do corpo "onde fica o seu nariz?"
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