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IBET – INSTITUTO BRASILEIRO DE ESTUDOS TRIBUTÁRIOS
MÓDULO – CONTROLE DA INDICÊNCIA TRIBUTÁRIA
SEMINÁRIO V – TRIBUTAÇÃO INTERNACIONAL
NATALIA CHAMAS SILVEIRA
11/10/2014
1. Construa a RMIT dos Impostos de Importação e de Exportação. Qual o conceito de produto para fins de incidência destes tributos?
RMIT – IMPOSTOS DE IMPORTAÇÃO
ANTECEDENTE√
CRITÉRIO MATERIAL: Importar produtos estrangeiros
CRITÉRIO ESPACIAL: Território nacional
CRITÉRIO TEMPORAL: Momento em que os produtos impostados cruzam a linha demarcatória do território aduaneiro tributário.
CONSEQUENTE√
CRITÉRIO PESSOAL: SA – União. SP – O importador, o destinatário da remessa postal internacional e o adquirente de mercadoria entreposta.
CRITÉRIO QUANTITATIVO: BC – o valor da transação. AL – são as previstas na TEC.
RMIT – IMPOSTOS DE EXPORTAÇÃO
ANTECEDENTE√
CRITÉRIO MATERIAL: Exportar produtos nacionais ou nacionalizados para o exterior
CRITÉRIO ESPACIAL: local onde é realizada a saída da mercadoria
CRITÉRIO TEMPORAL: o momento da saída do território nacional, ou seja, no momento da expedição da Guia de Exportação ou documento equivalente.
CONSEQUENTE√
CRITÉRIO PESSOAL: SA – União. SP – o exportador (qualquer pessoa que promova a saída do produto do território nacional)
CRITÉRIO QUANTITATIVO: BC –segundo o disposto no artigo 2º do Decreto-Lei 1.578/77, a base de cálculo do imposto é o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência no mercado internacional. AL – é o percentual definido em lei, podendo ser reduzida ou aumentada pelo Poder Executivo, quando necessário para regular a economia.
Podemos conceituar produto, para fins de incidência do II e do IE, o bem material resultante da atividade humana de extração ou de transformação dos elementos da natureza em níveis cada vez mais elevados (matérias-primas, produtos intermediários, produtos elaborados) ( (HILÚ, 2003)√
2. A lei que impõe limites e condições à faculdade de Poder Executivo de alterar as alíquotas do Imposto de Importação e do Imposto de Exportação (art. 153, §1º, da CF/88) deverá ser lei complementar ou lei ordinária? A exceção prevista no §1º do art. 150 da CF/88 dirige-se também à esta “lei” ou restringe-se aos atos do Poder Executivo acobertados pelos seus “limites e condições” (Vide Anexo I).
Consoante o disposto no §1º do artigo 153 da Constituição Federal, a alíquota dos impostos sobre a importação e a exportação poderá ser efetivada mediante lei ordinárias, já que sua redação não especificou o tipo normativo a ser utilizado. √
A exceção prevista no §¹º do artigo 150 da Constituição Federal dirige-se aos atos do Poder Executivo referentes à alteração das alíquotas do II e IE. √
De fato, não seria razoável fazer incidir o princípio da anterioridade e o princípio da anterioridade nonagesimal no caso dos tributos em questão√.
Isto porque, o II e o IE possuem a característica de extrafiscalidade, ou seja, não buscam apenas a arrecadação de valores aos cofres públicos, mas possuem, também, a finalidade de regular determinados setores da economia, como o câmbio por exemplo. √
Dessa maneira, caso os Impostos sobre a Importação e a Exportação fossem submetidos à regra da anterioridade tal finalidade certamente seria atingida, pois a economia é dinâmica e necessita de instrumentos regulatórios imediatos. √A exceção prevista no § 1º do artigo 150 da CF/88 dirige-se tanto à lei que define os limites e condições à faculdade do Poder Executivo de alterar as alíquotas do II e do IE, quanto atos do Poder Executivo propriamente ditos, haja vista serem impostos extrafiscais?
3. Pode a União, ao exercer sua competência tributária com relação ao imposto sobre exportações, atribuir alíquotas diferenciadas em razão do país de destino do bem? Justificar.
Sim. Consoante explanado na questão anterior, o imposto sobre a exportação possui a característica da extrafiscalidade, ou seja, a regulação das ações dos integrantes dos Estados. √
Dessa maneira, caso haja a necessidade de aumentar ou reduzir alguma a alíquota de tal imposto em razão do destino do bem – como por exemplo as alíquotas diferenciadas aplicadas nas exportações aos países integrantes do MERCOSUL – o Poder Executivo possui a prerrogativa de fazê-lo, desde que tal ato seja motivado. √ A União pode atribuir alíquotas diferenciadas em razão do país de destino do bem, inclusive dispensar a cobrança do imposto sobre exportação, em razão do interesse em estimular a exportação de determinado produto nacional para determinados países, em razão de acordos internacionais visando alguma troca de vantagens etc?
4. A empresa “X” firmou contrato de fornecimento, formalizando a aquisição de bem do exterior, datado de 10/05/2010. Os produtos transpuseram a fronteira brasileira, por via marítima em 15/06/2010, chegaram ao porto de Santos em 18/06/2010, em 25/06/2010 a empresa registrou a operação junto ao SISCOMEX e os produtos foram desembaraçados em 02/07/2010. No momento da realização do contrato a alíquota do referido imposto era de 10%. No entanto, em 01/06/2010, o Governo Federal publicou decreto que aumentou a alíquota aplicável à importação do referido bem para 20%, em 16/06/2010 houve outro aumento de alíquota para 30%, em 22/06/2010 para 35% e em 01/07/2010 para 38%. Pergunta-se: qual é a alíquota aplicável à importação em análise? (Vide Anexo II).
Entendo que a alíquota que deveria ser aplicada ao caso seria a de 20%, embora seja divergente do entendimento exarado pelo STF no julgamento do leading case RE 224.285-9. √
Isto porque, não há que se confundir o marco da ocorrência do evento tributário com o procedimento de lançamento do tributo. √
De fato, o critério temporal da hipótese tributária do II é a efetiva entrada do produto destinado à fins comerciais ou de consumo no país, sendo o registro da importação apenas a referência temporal do lançamento tributário. √ Se o fato jurídico tributário é importar mercadoria pode o direito escolher o momento em que a mercadoria ingressa no território nacional? Este momento não seria o instante em que transpõe a fronteira ou o limite territorial? Por quê?
5. Defina o conceito de “tratado internacional”, descrevendo como se dá seu ingresso no ordenamento jurídico, seu momento de vigência no direito interno e sua posição hierárquica no sistema jurídico. Considere, em sua resposta, o §2º do artigo 5º da Constituição e o artigo 98 do Código Tributário Nacional, e o entendimento exposto pelo STF (Vide Anexo III).
Tratado Internacional pode ser conceituado como norma criada diante da vontade de dois ou mais Países para regulamentar determinada situação√.
Exemplificando de modo simples, pode-se afirmar que os tratados são termos de acordos realizados entre as partes interessadas em regular determinado comportamento. √
Para que o tratado seja válido, mister se faz o preenchimento de requisitos dispostos em Convenções que regulamentam o tema. √
Tais requisitos são: 1. Celebrado por autoridade competente para exprimir a vontade do Estado no âmbito internacional; 2. Celebrando com a observação de procedimento determinado – manifestação da vontade do Estado em se vincular ao termos que serão negociados no tratado e a aceitação dos termos pelas partes acordantes. √
Com a aceitação pelos Estados acordantes, inicia-se a vigência do tratado de forma imediata, ou na forma como previsto no texto, como relação aos Estados acordantes. √
Entretanto, a vigência do tratado no Território Nacional, no caso do Brasil, se dá com a publicação do decreto executivo, emanado pela autoridade competente para representar o Estado no acordo internacional – Presidente da República. √
A publicação do decreto executivo dá ciência à população de que determinado acordo foi efetivado e que tais normas serão integrantes do sistema jurídico do país. √
Importante salientar que quando o acordo ou tratado internacional gerarem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional, será necessária o referendodo Congresso Nacional para que possa ter vigência no território brasileiro. √
Sobre o tema da hierarquia dos tratados internacionais no ordenamento jurídico brasileiro, existe grande discussão doutrinária, √
Isto porque, a Constituição federal não determinou a posição que os tratados possuem no ordenamento jurídico, sendo necessário a realização de interpretação das disposições constitucionais para se chegar à uma conclusão acerca do tema. √
E diante da necessidade de interpretação, atualmente existem três posições diversas sobre a hierarquia dos tratados internacionais no ordenamento jurídico brasileiro, são elas: paridade hierárquica entre tratado e lei federal, hierarquia apenas infraconstitucional e a hierarquia constitucional. √
Para o Supremo Tribunal Federal os tratados possuem status de lei ordinária, possuindo poderes de revogação de leis anteriores e de serem revogados por leis que lhes sucederem. √
Tal entendimento, notoriamente, gera insegurança jurídica no plano internacional, pois, considerando a possibilidade de revogação de tratado por lei posterior, a norma não terá mais validade no ordenamento jurídico interno mas não perderá sua eficácia no plano internacional. √
Compartilho do entendimento de que os tratados possuem hierarquia constitucional tributária, partindo da interpretação do disposto no artigo 5º, §2º da Constituição Federal e no enunciado no artigo 98 do Código Tributário Nacional que, respectivamente, assim dispõe: √
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
Art. 98 - Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha.
Ora, o texto constitucional, embora não verse explicitamente sobre a hierarquia dos tratados internacionais, demonstra claramente sua intenção de coloca-los no mais alto nível de hierarquia das normas, ao determinar que os direitos por ele expressos não serão excluídos pelo direito por ela garantidos. √
No campo tributário o legislador complementar, em estrita observância ao texto constitucional, dispõe notoriamente sobre a posição hierarquicamente superior dos tratados com relação à legislação tributária infraconstitucional, ao autorizar que poderão modificar ou revogar lei já existente e, ainda, que as leis a serem promulgadas deverão observar as suas disposições. √
6. Pode a União visando regular a política tarifária, versar sobre a isenção de tributo de competência estadual? Os tratados podem revogar normas tributárias inseridas no ordenamento jurídico brasileiro pelos Estados e Municípios? Como fica o princípio federativo e o principio da autonomia dos Municípios, consagrados na CF/88? (vide nexos IV e V)
Para embasar o posicionamento referente ao tema em questão, considerando a existência de discussão doutrinária sobre o assunto, mister se faz trazer à lume as disposições dos artigos 1º, caput e 4º caput da Carta Política, que assim dispõe: √
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
Sendo a União, representante da República Federativa do Brasil nas relações internacionais, e esta formada de maneira indissolúvel pelos Estados, Municípios e Distrito Federal, poderá acordar tratado isentando tributo de competência dos Estados, Municípios e Distrito Federal. √
Dessa maneira, não há que se falar em afronta ao princípio federativo ou à autonomia dos municípios, já que, nas relações internacionais de interesse da nacional, serão representados pela União Federal. √
De fato, a isenção disposta no tratado internacional resultam de ato de direito interestatal sendo, assim, autônomas. Não aplicável ao caso, assim, a vedação disposta no artigo 151, inciso III, da Carta Política, já que aplicável somente nos casos de isenção heterônoma, √
Pode o Município deixar de cumprir tratado internacional sobre o fundamento da autonomia municipal? No caso em questão, as normas veiculadas pelo tratado revogam disposição estadual em contrário? Se incompatíveis, qual legislação deve prevalecer? 
Nota: B+
Mauritânia Mendonça
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