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Consciência: Definições e Estados

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CONSCIÊNCIA 
 
DEFINIÇÕES BÁSICAS 
Definição neuropsicológica: o termo consciência é empregado no sentido de estado vígil 
(vigilância). É o estado de estar desperto, acordado, lúcido. Trata-se especificamente do nível 
de consciência. 
Definição psicológica: a consciência é conceituada como a soma total das experiências 
conscientes de um indivíduo em determinado momento. É o que designa campo da consciência. 
É a dimensão subjetiva da atividade psíquica do sujeito que se volta para a realidade. 
Definição étnico-filosófica: o termo consciência refere-se à capacidade de tomar ciência dos 
deveres éticos e assumir as responsabilidades. Trata-se da consciência moral ou ética. 
Todo estado de consciência vem acompanhado de um sentimento qualitativo especial (próprio 
de cada sujeito). É como ter consciência de si, por exemplo: “tenho consciência de que sou uma 
pessoa legal”. 
A consciência sempre é criada a partir de aspectos de caráter prazeroso ou desprazível, ou seja, 
se houve experiências boas ou ruins. 
NEUROPSICOLOGIA 
O Sistema Reticular Ativador Ascendente (SRAA), componente da 
formação reticular, dá o “start” da consciência. É um sistema de alerta 
que integra a atividade cerebral. Regula o tono cortical, estado de 
vigília-sono. Para que as atividades mentais sejam organizadas, 
o tono cortical tem que estar constantemente estimulado. Sendo 
assim, lesões/disfunções no SRAA produzem alterações de 
consciência. 
A neuropsicologia utiliza o Sistema Nervoso Central: córtex cerebral, neurônios e órgãos. 
A atenção e percepção são componentes importantes para a ativação do estado de consciência. 
PSICOLOGIA 
No português, o termo “consciência” tem pelo menos dois sentidos, descoberta ou 
reconhecimento de algo, seja este interno (como as modificações sofridas pelo próprio eu e o 
conhecimento do bem e do mal) ou externo (como um objeto, uma realidade ou uma situação). 
O primeiro sentido pode desdobrar-se noutros sentidos: o psicológico e o epistemológico. 
 
 
Em sentido psicológico, a consciência é a percepção do eu por si mesmo. Em sentido 
epistemológico, a consciência é primeiramente o sujeito do conhecimento. 
A consciência é uma qualidade da mente, considerando abranger qualificações tais como 
subjetividade, autoconsciência e a capacidade de perceber a relação entre si e o outro. 
O termo significa conhecimento, percepção, honestidade. Também pode revelar a noção dos 
estímulos à volta de um indivíduo que confirmam a sua existência. Por esse motivo costuma-se 
dizer que quem está desmaiado ou em coma está inconsciente. 
ÉTNICO-FILOSÓFICO 
A consciência é a noção das próprias ações ou sentimentos internos quando essas ações são 
executadas. Dessa forma, também está relacionada com o sentido de moralidade e de dever. 
ESTADOS DE CONSCIÊNCIA 
Consciência é aquele estado em que a pessoa está ciente de suas ações físicas e mentais. O 
que só ocorreria, se ela estiver acordada e alerta. Não, se dormindo, em coma, ou sob anestesia 
geral. 
Sono profundo sem sonhos: nesse estado não há atividade mental nem corporal. Os estímulos 
provenientes do meio externo captados pelos órgãos dos sentidos não alcançam o nível 
consciente. Não chegam também os estímulos provenientes do nosso interior, tais como 
emoções e pensamentos. Dessa forma, não há percepção e a atenção fica em repouso. 
Sonho: no sonho existe uma atividade espontânea do cérebro produzindo imagens oníricas 
puramente subjetivas que desfilam pela consciência deixando leves impressões na memória, ou 
muitas vezes, sem deixas traço algum. No entanto, a atenção fica completamente ligada. E 
assim, quando sonhamos, nós vivenciamos e acreditamos, iludidos, que estas imagens mentais 
são a realidade. 
Vigília: quando acordamos, percebemos a realidade ilusória dos sonhos, pois passamos para 
um outro estado de consciência conhecido como “consciência lúcida” ou “estado de vigília”. 
Obnubilação da consciência e coma: obnubilação é um estado de perturbação da consciência 
caracterizado por ofuscação da vista e obscurecimento do pensamento. É uma alteração no 
estado de vigília que pode variar desde leves distúrbios da consciência até seu apagamento total, 
no coma. 
• Escala de Glasgow (EGC): é uma escala de ordem neurológica usada para medir e 
avaliar o nível de consciência de uma pessoa que tenha sofrido traumatismo craniano. 
 
 
Consciência de si: o sujeito reconhece a si mesmo como vivente e atuante, com total coerência 
biográfica, que, aliás, mantêm-se continuamente ao longo da vida. A consciência de si 
corresponde a consciência da experiência, da realidade e do vivenciar o tempo. 
Consciência objetiva: o estado de “lembrança de si” é o caminho para o outro estado mais alto 
de consciência, a “consciência objetiva”. 
PSICANÁLISE - INCONSCIENTE 
Para Freud, o inconsciente é bem mais que um simples estado mental fora da consciência. Ele 
é, embora obscuro, a estrutura mental mais importante do Psiquismo Humano. Segundo ele, o 
sistema inconsciente funciona regido pelo Princípio do Prazer, por meio do Processo Primário 
em forma de Condensação e Deslocamento. É, também, isento de contradições mútuas e não 
possui referências ao tempo. 
Características do inconsciente: 
• Atemporalidade: no inconsciente não existe tempo, ou seja, não há presente, passado 
ou futuro. 
• Isenção da contradição: no inconsciente não há lugar para negação ou dúvida, tudo é 
absolutamente certo e afirmativo. 
Princípio do Prazer: o funcionamento do inconsciente não segue as ordens da realidade, 
submete-se apenas ao Princípio do Prazer. Toda atividade inconsciente visa evitar o desprazer 
e proporcionar o prazer, independentemente das exigências éticas ou realistas. A busca do 
prazer se dá por meio das excitações diminuindo ao máximo a carga de excitações do aparelho 
psíquico. 
Processo primário: as cargas energéticas (catexias) acopladas às representações psíquicas, 
às ideias, são totalmente móveis. Uma ideia pode ceder à outra toda a sua cota de energia 
(processo de Deslocamento) ou apropriar-se de toda a energia de várias outras ideias (processo 
de Condensação). 
“O inconsciente é dinâmico” (Freud). 
“Para chegarmos ao inconsciente encontramos diversas resistências” (Laplanche).

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