Buscar

AULA ONLINE 7 - PROC REL JUR PROC

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIP - DIREITO 
DISCIPLINA - PROCESSO E RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL - agosto de 2020 
ROSELAINE DOS SANTOS SARMENTO 
@roselainesarmento 
 
Atenção: este roteiro não substitui os livros de doutrina da respectiva disciplina. 
 
 
 
PROCESSO E RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL - AULA ONLINE 7 
7 AUXILIARES DE JUSTIÇA. 
 
6 - Conciliadores e Mediadores Judiciais 
 
O art. 1º do CPC estabelece que todos os princípios processuais constitucionais 
devem ser utilizados pelo operador do Direito na função interpretativa do direito 
processual: 
 
Art. 1º: a interpretação do processo civil deverá ser feita conforme os valores e as 
normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do 
Brasil. 
 
Direção a ser tomada pelo operador do Direito para interpretar e operar a lei 
processual: princípios constitucionais do processo. 
 
Junto aos princípios constitucionais do processo, estão os institutos da conciliação 
e o da mediação. 
Estes passam a ocupar posição privilegiada e adquirem status de princípio uma vez 
que constituem modalidades para o princípio de acesso à justiça do artigo 3º, onde 
lemos: 
Art. 3o Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão 
a direito. (INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO/ ACESSO À JUSTIÇA) 
§ 1o [...]. 
§ 2o [...]. 
§ 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução 
consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, 
advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, 
UNIP - DIREITO 
DISCIPLINA - PROCESSO E RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL - agosto de 2020 
ROSELAINE DOS SANTOS SARMENTO 
@roselainesarmento 
 
Atenção: este roteiro não substitui os livros de doutrina da respectiva disciplina. 
 
 
 
inclusive no curso do processo judicial. 
 
No âmbito constitucional, a conciliação e a mediação apresentam-se de maneira 
implícita uma vez que o monopólio da jurisdição cabe ao Estado. 
 
O CPC incluiu a mediação e conciliação no Capítulo das Normas Fundamentais. 
Isso significa: 
>> proporcionar a rápida solução do conflito entre as partes, 
>> colaborar com a razoável duração do processo e (CELERIDADE) 
>> permitir a pacificação social. 
 
O objetivo da conciliação e da mediação é o de dar concretude ao postulado do 
acesso à Justiça. 
 
Mediador e Conciliador (A PARTIR DO CPC 2015) 
>> São aqueles auxiliares DA JUSTIÇA que ficam responsáveis pela realização das 
sessões de conciliação e de mediação, nas quais se buscará resolver o conflito de 
interesses pela autocomposição, isto é, sem a intervenção do juiz, a não ser para 
homologar o acordo celebrado. (MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO JUDICIAL) 
>> Os conciliadores e os mediadores são auxiliares fundamentais, pois é através 
deles que o legislador buscou disseminar a cultura do diálogo e da pacificação social 
em detrimento da cultura da sentença. 
>> figuras que ganharam proeminência na legislação processual atual, 
>> receberam atenção especial do artigo 165 ao 175 (onze artigos dedicados à 
função dos mediadores e conciliadores contidos na Seção V do novo Código). 
>> art. 165, CPC, aponta a diferença de atuação entre conciliador e mediador. 
Esclarece que 
o conciliador atuará preferencialmente nos casos em que não 
houver vínculo anterior entre as partes, podendo sugerir soluções 
para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de 
UNIP - DIREITO 
DISCIPLINA - PROCESSO E RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL - agosto de 2020 
ROSELAINE DOS SANTOS SARMENTO 
@roselainesarmento 
 
Atenção: este roteiro não substitui os livros de doutrina da respectiva disciplina. 
 
 
 
constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem 
(parágrafo segundo). E que o mediador deverá atuar 
preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre 
as partes, auxiliando os interessados a compreender as questões e 
os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo 
restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, 
soluções consensuais que gerem benefícios mútuos (parágrafo 
terceiro). 
 
Conciliador deve atuar preferencialmente nos casos em que não houver vínculo 
anterior entre as partes, podendo sugerir soluções para o litígio, mas sem utilizar 
qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para forçar o acordo entre as 
partes. 
 
Conciliador orienta e aponta soluções na tentativa de agilizar a prestação 
jurisdicional, mas sem adentrar nas questões intersubjetivas que desencadearam o 
conflito. 
 
Mediador atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre 
as partes, auxiliando os interessados a compreender as questões e os interesses em 
conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, 
identificar, por si próprios, soluções consensuais que sejam mutuamente benéficas. 
 
Atua como um facilitador do diálogo entre as partes, a fim de que elas mesmas 
possam encontrar a melhor solução para o problema. 
 
 
 
UNIP - DIREITO 
DISCIPLINA - PROCESSO E RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL - agosto de 2020 
ROSELAINE DOS SANTOS SARMENTO 
@roselainesarmento 
 
Atenção: este roteiro não substitui os livros de doutrina da respectiva disciplina. 
 
 
 
>> Artigo 694 do CPC dispõe que: 
UMA COISA É EXTINGUIR O PROCESSO OUTRA COISA É EXTINGUIR O 
CONFLITO. 
 
Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a solução 
consensual da controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de 
outras áreas de conhecimento para a mediação e conciliação. 
Parágrafo único. A requerimento das partes, o juiz pode determinar a suspensão do 
processo enquanto os litigantes se submetem a mediação extrajudicial ou a 
atendimento multidisciplinar. 
 
1. A função do mediador é independente. 
>> a arte da mediação está em despolarizar a comunicação da linguagem binária 
existente entre os litigantes, instalando uma linguagem ternária. 
>> a linguagem tradicionalmente utilizada pelo Poder Judiciário é a binária 
(improcedência ou procedência, culpado ou inocente, ganhador ou perdedor). 
>> a mediação introduz a linguagem ternária. Admite a criatividade humana e, em 
razão dela, inúmeras outras possibilidades de solução. 
>> o papel do mediador é acalmar os ânimos e, por consequência, desobstruir o 
canal de comunicação. Ao final, os próprios mediados deverão encontrar solução 
para o conflito havido entre eles. 
 
>> A mediação por isso constitui forma de resolução criativa, eficaz e pedagógica. 
>> mediador é o terceiro imparcial sem poder decisório, que, escolhido ou aceito 
pelas partes, as auxilia e estimula a identificar ou desenvolver soluções consensuais 
para a controvérsia (Lei de Mediação, art. 1º, parágrafo único). 
>> mediador –> espirito colaborador e cooperativo (o entendimento entre os 
mediados é buscado durante todo o procedimento). 
 
>> Importante: o mediador não substitui o advogado. Durante todo procedimento da 
mediação as partes deverão ser assistidas por advogados ou defensores públicos. 
 
 
UNIP - DIREITO 
DISCIPLINA - PROCESSO E RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL - agosto de 2020 
ROSELAINE DOS SANTOS SARMENTO 
@roselainesarmento 
 
Atenção: este roteiro não substitui os livros de doutrina da respectiva disciplina. 
 
 
 
>> Cadastro nacional e cadastros de cada Tribunal com nomes de mediadores 
 
Os TJs e TRFs terão nomes de conciliadores e mediadores em uma espécie de 
cadastro. 
 
>> Dados de cada conciliador ficarão disponíveis para a população 
No cadastro do Tribunal constarão todos os dados relevantes para a atuação dos 
conciliadores e mediadores, tais como o número de processos de que participaram, 
o sucesso ou insucesso da atividade, a matéria sobre a qual versou a controvérsia, 
bem como outros dados que o tribunal julgar relevantes. 
 
Requisitos para ser mediador judicial 
a) Ser civilmente capaz; 
b) Possuir graduação há pelo menos 2 anos em curso de ensino superior de 
instituição reconhecida pelo MEC; 
c) Ter feito curso de capacitaçãoem escola ou instituição de formação de 
mediadores, reconhecida pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de 
Magistrados - ENFAM ou pelos Tribunais, observados os requisitos mínimos 
estabelecidos pelo CNJ em conjunto com o Ministério da Justiça. 
 
Cumpridos esses requisitos, o conciliador ou o mediador poderá requerer sua 
inscrição no cadastro nacional e no cadastro do TJ ou TRF. 
 
 
Auxiliar da justiça 
Se a mediação ocorre judicialmente, o mediador é considerado um auxiliar da 
justiça. 
 
Em vez de cadastrar conciliadores e mediadores externos, o Tribunal poderá 
ter um corpo próprio desses profissionais. 
O Tribunal poderá optar pela criação de quadro próprio de conciliadores e 
mediadores, a ser preenchido por concurso público de provas e títulos (§ 6º do art. 
167 do CPC 2015). 
 
O trabalho do mediador judicial é remunerado. 
Em regra, SIM. 
• Se o conciliador ou mediador for servidor concursado do Tribunal (§ 6º do art. 167 
do CPC 2015), ele receberá remuneração mensal pelo exercício do cargo. 
• Se o conciliador ou mediador for profissional externo, cadastrado no banco de 
dados do Tribunal: deverá receber por cada trabalho que realizar, com remuneração 
UNIP - DIREITO 
DISCIPLINA - PROCESSO E RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL - agosto de 2020 
ROSELAINE DOS SANTOS SARMENTO 
@roselainesarmento 
 
Atenção: este roteiro não substitui os livros de doutrina da respectiva disciplina. 
 
 
 
prevista em tabela fixada pelo Tribunal, conforme parâmetros estabelecidos pelo 
CNJ (art. 169 do CPC 2015). 
 
A remuneração devida aos mediadores judiciais será custeada pelas partes. 
Obs: deverá ser assegurada a gratuidade da mediação para os litigantes que forem 
economicamente necessitados (§ 2º do art. 4º da Lei). 
 
EXCEÇÃO: a mediação e a conciliação podem ser realizadas como trabalho 
voluntário, observada a legislação pertinente e a regulamentação do Tribunal (§ 1º 
do art. 169 do CPC 2015). 
 
 
IMPEDIMENTOS E SUSPEIÇÕES 
 
Mesmos impedimentos e suspeições aplicáveis ao magistrado 
Os conciliadores e mediadores deverão atuar com imparcialidade. 
Assim, aplicam-se a eles as mesmas hipóteses legais de impedimento e suspeição 
do juiz. 
 
A pessoa designada para atuar como conciliador ou mediador tem o dever de 
revelar às partes, antes da aceitação da função, qualquer fato ou circunstância que 
possa suscitar dúvida justificada em relação à sua imparcialidade para mediar o 
conflito, oportunidade em que poderá ser recusado por qualquer delas. 
 
Comunicação do impedimento 
No caso de impedimento, o conciliador ou mediador comunicará este fato 
imediatamente ao magistrado, de preferência por meio eletrônico, e devolverá os 
autos ao juiz do processo ou ao coordenador do centro judiciário de solução de 
conflitos, devendo este realizar nova distribuição (art. 170 do CPC 2015). 
 
Se a causa de impedimento for apurada quando já iniciado o procedimento, a 
atividade será interrompida, lavrando-se ata com relatório do ocorrido e solicitação 
de distribuição para novo conciliador ou mediador (art. 170, parágrafo único, do 
CPC 2015). 
 
 
 
 
 
 
UNIP - DIREITO 
DISCIPLINA - PROCESSO E RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL - agosto de 2020 
ROSELAINE DOS SANTOS SARMENTO 
@roselainesarmento 
 
Atenção: este roteiro não substitui os livros de doutrina da respectiva disciplina. 
 
 
 
Impedimento geral para a advocacia no juízo onde desempenha suas funções 
É comum que os conciliadores ou mediadores sejam advogados, apesar de não 
haver uma exigência nesse sentido. 
Se forem advogados, os conciliadores e mediadores judiciais cadastrados no 
Tribunal estarão impedidos de exercer a advocacia nos juízos em que 
desempenhem suas funções (§ 5º do art. 167 do CPC 2015). 
 
Ex: a pessoa é cadastrada como mediadora no TJMG para exercer mediações em 
Juiz de Fora. Isso significa que ela não poderá advogar em nenhum processo da 
Justiça Estadual nesta comarca. Poderá, no entanto, advogar na Justiça Federal 
(se lá não for cadastrada como mediadora). 
 
 
Impedimento em relação aos litigantes 
O conciliador e o mediador ficam impedidos, pelo prazo de 1 ano, contado do 
término da última audiência em que atuarem, de assessorar, representar ou 
patrocinar qualquer das partes (art. 6º da Lei / art. 172 do CPC 2015). 
 
Impedimento para ser árbitro ou testemunha em processos nos quais atuou 
O mediador não poderá atuar como árbitro nem funcionar como testemunha em 
processos judiciais ou arbitrais pertinentes a conflito em que tenha atuado como 
mediador (art. 7º da Lei). 
 
Mediador é equiparado a servidor público para fins penais 
 
 
 
CONCILIADOR 
>> a conciliação no ordenamento jurídico brasileiro tem raízes na Constituição de 
1824, nos artigos 161 e 162, que, repetindo o art. 48 e seguintes do Código de 
Processo Civil Francês, instituiu a conciliação prévia como condição essencial de 
procedibilidade para todos os processos cíveis. 
>> uma das características da conciliação é promover encontros entre os 
interessados, nos quais um conciliador busca obter o entendimento e a solução das 
divergências por meio da composição não adversarial (em ambiente extrajudicial, é 
comum, os litigantes sentirem-se à vontade na presença de pessoa sem poder de 
decisão, no caso, o conciliador. 
>> a conciliação judicial ou endoprocessual acontece dentro do processo judicial, é 
procedimento próprio da jurisdição, isto é, a conciliação é uma atividade jurisdicional 
UNIP - DIREITO 
DISCIPLINA - PROCESSO E RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL - agosto de 2020 
ROSELAINE DOS SANTOS SARMENTO 
@roselainesarmento 
 
Atenção: este roteiro não substitui os livros de doutrina da respectiva disciplina. 
 
 
 
e legalmente instituída. 
>> promover a conciliação é um dever legal do juiz. 
>> dever de sigilo. O conciliador e o mediador, assim como os membros de suas 
equipes, não poderão divulgar ou depor acerca de fatos ou elementos oriundos da 
conciliação ou da mediação. 
 
>> A lei regula também a organização profissional dos mediadores e conciliadores: 
Art. 167. Os conciliadores, os mediadores e as câmaras privadas de conciliação e 
mediação serão inscritos em cadastro nacional e em cadastro de tribunal de justiça 
ou de tribunal regional federal, que manterá registro de profissionais habilitados, com 
indicação de sua área profissional. 
§ 1o Preenchendo o requisito da capacitação mínima, por 
meio de curso realizado por entidade credenciada, conforme 
parâmetro curricular definido pelo Conselho Nacional de Justiça em 
conjunto com o Ministério da Justiça, o conciliador ou o mediador, 
com o respectivo certificado, poderá requerer sua inscrição no 
cadastro nacional e no cadastro de tribunal de justiça ou de tribunal 
regional federal. 
§ 2o Efetivado o registro, que poderá ser precedido de 
concurso público, o tribunal remeterá ao diretor do foro da comarca, 
seção ou subseção judiciária onde atuará o conciliador ou o 
mediador os dados necessários para que seu nome passe a constar 
da respectiva lista, a ser observada na distribuição alternada e 
aleatória, respeitado o princípio da igualdade dentro da mesma área 
de atuação profissional. 
§ 3o Do credenciamento das câmaras e do cadastro de 
conciliadores e mediadores constarão todos os dados relevantes 
para a sua atuação, tais como o número de processos de que 
participou, o sucesso ou insucesso da atividade, a matéria sobre a 
qual versou a controvérsia, bem como outros dados que o tribunal 
julgar relevantes. 
§ 4o Os dados colhidos na forma do § 3o serão classificados 
sistematicamente pelo tribunal, que os publicará, ao menos 
anualmente, para conhecimento da população e para fins 
estatísticos e de avaliação da conciliação, da mediação, das 
câmaras privadas de conciliação e de mediação, dos conciliadores 
e dos mediadores. 
§ 5o Os conciliadores e mediadores judiciais cadastrados na 
forma do caput, se advogados, estarão impedidos de exercer a 
UNIP - DIREITO 
DISCIPLINA - PROCESSO E RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL - agosto de 2020 
ROSELAINE DOSSANTOS SARMENTO 
@roselainesarmento 
 
Atenção: este roteiro não substitui os livros de doutrina da respectiva disciplina. 
 
 
 
advocacia nos juízos em que desempenhem suas funções. 
§ 6o O tribunal poderá optar pela criação de quadro próprio de 
conciliadores e mediadores, a ser preenchido por concurso público 
de provas e títulos, observadas as disposições deste Capítulo. 
 
 
» o conciliador e o mediador receberão pelo seu trabalho remuneração prevista em 
tabela fixada pelo tribunal, conforme parâmetros estabelecidos pelo Conselho 
Nacional de Justiça. 
» a mediação e a conciliação podem ser realizadas como trabalho voluntário, 
observada a legislação pertinente e a regulamentação do tribunal. 
» a mediação mostra-se mais adequada para questões que envolvam conflitos 
familiares. E a conciliação, para questões nas áreas empresarial e consumo. 
» vantagens alcançadas em sede de mediação ou conciliação: redução do desgaste 
emocional, menor custo financeiro, construção de soluções adequadas às 
necessidades dos interessados, maior satisfação dos envolvidos e cumprimento 
voluntário das decisões. 
 
 
 
 
Mediador Judicial (CNJ) 
Para atuar como mediador judicial é preciso ser graduado há pelo menos dois anos, 
em qualquer área de formação, conforme dispõe o art. 11 da Lei n. 13.140, de 26 de 
junho de 2015 (Lei de Mediação). 
 
Essa exigência não se aplica ao conciliador, que pode atuar antes de concluir o 
curso superior, desde que tenha recebido a adequada capacitação. 
Os interessados em participar de curso de formação de mediadores judiciais e/ou 
de conciliadores devem entrar em contato com o Núcleo Permanente de Métodos 
Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC) ou com os Centros Judiciários 
de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSCs) dos tribunais. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm
https://www.cnj.jus.br/nucleos-de-conciliacao/
https://www.cnj.jus.br/nucleos-de-conciliacao/
UNIP - DIREITO 
DISCIPLINA - PROCESSO E RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL - agosto de 2020 
ROSELAINE DOS SANTOS SARMENTO 
@roselainesarmento 
 
Atenção: este roteiro não substitui os livros de doutrina da respectiva disciplina. 
 
 
 
 
A Resolução n. 125/2010 do CNJ, a Lei n. 13.140/2015 (Lei de Mediação) e a Lei n. 
13.105/2015 (Código de Processo Civil) determinam a obrigatoriedade da 
capacitação do mediador judicial e do conciliador, por meio de curso realizado pelos 
tribunais ou por entidades formadoras reconhecidas pela Escola Nacional de 
Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (ENFAM). 
 
Os cursos de formação de mediadores judiciais e/ou conciliadores devem ser 
ministrados conforme parâmetro curricular estabelecido pelo Conselho Nacional de 
Justiça (Anexo I da Resolução n. 125/2010). 
Quem não possui capacitação pode procurar o tribunal ou acessar o site da Escola 
Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (ENFAM) para obter a 
relação de entidades formadoras reconhecidas na respectiva jurisdição e o 
calendário de cursos. 
O CNJ mantém em seu portal o Cadastro Nacional de Mediadores Judiciais e 
Conciliadores (CCMJ) para inscrição de mediadores judiciais, conciliadores e 
câmaras privadas. 
 
Os tribunais podem utilizar-se deste cadastro ou criar cadastros próprios para 
apresentar os mediadores judiciais, os conciliadores e/ou as câmaras privadas 
credenciadas que atuarão em sua jurisdição. 
A atuação do mediador judicial é vinculada ao tribunal ou instituição formadora que 
ofertou o curso de capacitação, nos termos da Resolução ENFAM n. 2/2016, 
atualizada pela Resolução ENFAM n. 3/2017. 
 
Como regra, a remuneração devida aos mediadores judiciais e aos conciliadores 
será custeada pelas partes, assegurada a gratuidade aos necessitados, na forma 
da lei. 
Além de fixar as regras para o desenvolvimento dos cursos de formação de 
mediadores judiciais e conciliadores, a Resolução CNJ n. 125/2010 dispõe ainda 
sobre o Código de Ética e sobre as regras que regem o procedimento da mediação 
judicial e da conciliação. 
 
https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/atos-normativos?documento=2579
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13140.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm
https://www.enfam.jus.br/
https://www.enfam.jus.br/
https://www.cnj.jus.br/ccmj/
https://www.cnj.jus.br/ccmj/
https://bdjur.stj.jus.br/jspui/handle/2011/102269
https://bdjur.stj.jus.br/jspui/handle/2011/110745
UNIP - DIREITO 
DISCIPLINA - PROCESSO E RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL - agosto de 2020 
ROSELAINE DOS SANTOS SARMENTO 
@roselainesarmento 
 
Atenção: este roteiro não substitui os livros de doutrina da respectiva disciplina. 
 
 
 
Interpretando o CPC 
Dos Conciliadores e Mediadores Judiciais 
Art. 165. criação de centros judiciários de solução consensual de conflitos pelo 
Tribunais de Justiça (orientar e estimular a autocomposição), devem observar as 
normas do CNJ 
 
O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo 
anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a 
utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes 
conciliem. 
 
O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior 
entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os 
interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da 
comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios 
mútuos. 
 
Art. 166. A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da 
independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, 
da oralidade, da informalidade e da decisão informada. 
 
A confidencialidade estende-se a todas as informações produzidas no curso do 
procedimento, cujo teor não poderá ser utilizado para fim diverso daquele previsto 
por expressa deliberação das partes. 
 
Em razão do dever de sigilo, inerente às suas funções, o conciliador e o mediador, 
assim como os membros de suas equipes, não poderão divulgar ou depor acerca de 
fatos ou elementos oriundos da conciliação ou da mediação. 
 
A mediação e a conciliação serão regidas conforme a livre autonomia dos 
interessados, inclusive no que diz respeito à definição das regras procedimentais. 
 
Art. 167. Os conciliadores, os mediadores e as câmaras privadas de conciliação e 
mediação serão inscritos em cadastro nacional e em cadastro de tribunal de justiça 
UNIP - DIREITO 
DISCIPLINA - PROCESSO E RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL - agosto de 2020 
ROSELAINE DOS SANTOS SARMENTO 
@roselainesarmento 
 
Atenção: este roteiro não substitui os livros de doutrina da respectiva disciplina. 
 
 
 
ou de tribunal regional federal, que manterá registro de profissionais habilitados, com 
indicação de sua área profissional. 
>> Preenchendo o requisito da capacitação mínima, por meio de curso realizado por 
entidade credenciada, conforme parâmetro curricular definido pelo Conselho 
Nacional de Justiça em conjunto com o Ministério da Justiça, o conciliador ou o 
mediador, com o respectivo certificado, poderá requerer sua inscrição no cadastro 
nacional e no cadastro de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal. 
>> Efetivado o registro, que poderá ser precedido de concurso público, o tribunal 
remeterá ao diretor do foro da comarca, seção ou subseção judiciária onde atuará o 
conciliador ou o mediador os dados necessários para que seu nome passe a constar 
da respectiva lista, a ser observada na distribuição alternada e aleatória, respeitado 
o princípio da igualdade dentro da mesma área de atuação profissional. 
>> Os conciliadores e mediadores judiciais cadastrados na forma, se advogados, 
estarão impedidos de exercer a advocacia nos juízos em que desempenhem suas 
funções. 
>>O tribunal poderá optar pela criação de quadro próprio de conciliadores e 
mediadores (concurso público de provas e títulos) 
 
 
Questões 
(PROMOTOR DE JUSTIÇA – PIAUI – 2019) Com relação a procedimentos, 
posturas, condutas e mecanismos apropriados para a obtenção da solução 
conciliada de conflitos, assinale a opção correta, à luz da legislação pertinente. 
 
a) Os advogados podem estimular a conciliação e outros métodos de solução 
consensual de conflitos nos processos que atuem, desde que autorizados pelo juiz 
competente. 
 
b) A audiência de conciliação ou de mediação deverá ser necessariamente 
realizada de forma presencial. 
c) Incumbe ao juiz promover, a qualquer tempo, a autocomposição, 
UNIP - DIREITO 
DISCIPLINA - PROCESSO E RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL - agosto de 2020 
ROSELAINE DOS SANTOS SARMENTO 
@roselainesarmento 
 
Atenção: este roteiro não substitui os livros de doutrina da respectiva disciplina. 
 
 
 
preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores judiciais. 
c) Para que a realização da audiência de conciliação ou de mediação seja 
dispensada, basta que uma das partes manifeste, expressamente, o desinteresse 
na composição consensual. 
d) É vedado às partes do processo judicial escolher livremente o conciliador ou o 
mediador: elas devem selecionar profissional inscrito no cadastro do tribunal 
pertinente. 
 
a) Os advogados não dependem de autorização do juiz para estimular a 
composição do conflito, dispondo o art. 3º, § 3º, do CPC/15, que "a conciliação, a 
mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser 
estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério 
Público, inclusive no curso do processo judicial". 
 
b) Ao contrário do que se afirma, sobre a audiência de conciliação e de mediação, 
dispõe o art. 334, § 7º, do CPC/15: "A audiência de conciliação ou de mediação 
pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei". 
 
c) É o que dispõe o art. 139, V, do CPC/15, senão vejamos: "Art. 139. O juiz dirigirá 
o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: (...) V - 
promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de 
conciliadores e mediadores judiciais". 
 
d) Não basta que uma das partes manifeste expressamente desinteresse na 
realização da audiência de conciliação, somente sendo ela dispensada se houver 
requerimento de ambas nesse sentido, senão vejamos: "Art. 334, § 4º, CPC/15. A 
audiência (DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO) não será realizada: I - se ambas as 
UNIP - DIREITO 
DISCIPLINA - PROCESSO E RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL - agosto de 2020 
ROSELAINE DOS SANTOS SARMENTO 
@roselainesarmento 
 
Atenção: este roteiro não substitui os livros de doutrina da respectiva disciplina. 
 
 
 
partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual; II - 
quando não se admitir a autocomposição". 
 
e) Ao contrário do que se afirma, a lei processual admite a livre escolha do 
conciliador ou do mediador pelas partes, senão vejamos: "Art. 168, CPC/15. As 
partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador, o mediador ou a câmara 
privada de conciliação e de mediação. § 1º O conciliador ou mediador escolhido 
pelas partes poderá ou não estar cadastrado no tribunal". 
=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-= 
 
Conciliação Mediação Arbitragem 
Forma de autocomposição 
do conflito. 
Forma de autocomposição 
do conflito. 
Forma de heterocomposição 
do conflito. 
O terceiro não decide o 
conflito. Ele facilita que as 
partes cheguem ao acordo. 
O terceiro não decide o 
conflito. Ele facilita que as 
partes cheguem ao acordo. 
O terceiro é quem decide o 
conflito. 
Atua preferencialmente nos 
casos em que não houver 
vínculo anterior entre as 
partes. 
Atua preferencialmente nos 
casos em que houver vínculo 
anterior entre as partes 
Atua tanto em um caso como 
no outro. 
Propõe soluções para os 
litigantes. 
Não propõe soluções para os 
litigantes. 
Decide o conflito. 
 
 
Princípios da Conciliação e Mediação 
Princípios: (166 CPC) 
a) independência, 
b) imparcialidade, 
c) autonomia da vontade, 
d) confidencialidade, 
e) oralidade, 
f) informalidade e 
UNIP - DIREITO 
DISCIPLINA - PROCESSO E RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL - agosto de 2020 
ROSELAINE DOS SANTOS SARMENTO 
@roselainesarmento 
 
Atenção: este roteiro não substitui os livros de doutrina da respectiva disciplina. 
 
 
 
g) decisão informada. 
 
Independência 
Os conciliadores e os mediadores devem atuar com liberdade, sem qualquer tipo de 
pressão. 
Se não existirem condições para o bom desenvolvimento da sessão, esses 
auxiliares não estarão obrigados a fomentar a autocomposição mesmo contra a 
vontade das partes. 
Imparcialidade 
A imparcialidade é o “dever de agir com ausência de favoritismo, preferência ou 
preconceito, assegurando que valores e conceitos pessoais não interfiram no 
resultado do trabalho, compreendendo a realidade dos envolvidos no conflito e 
jamais aceitando qualquer espécie de favor ou presente” (art. 1º do Código de Ética 
de Conciliadores e Mediadores Judiciais, anexo à Resolução nº. 125 do CNJ). 
 
Lei da Mediação - Lei nº. 13.140/2015 (art. 2º, I). 
 
Autonomia da Vontade 
O conciliador e o mediador também devem respeitar as convicções dos 
interessados (autonomia da vontade). 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/203030325/lei-13140-15
UNIP - DIREITO 
DISCIPLINA - PROCESSO E RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL - agosto de 2020 
ROSELAINE DOS SANTOS SARMENTO 
@roselainesarmento 
 
Atenção: este roteiro não substitui os livros de doutrina da respectiva disciplina. 
 
 
 
Não há como impor qualquer medida coercitiva para viabilizar um acordo que 
deverá ser plenamente aceito pelos mediandosualquer das partes. 
Não há qualquer relação de subordinação entre o conciliador ou mediador e o juiz, 
os interessados estão livres para celebrarem os pactos que melhor lhes aprouver. 
Na Lei nº. 13.140/2015 (Lei da Mediacao) há regramento expresso sobre a questão 
da autonomia. Nos termos do art. 2º, § 2º, “ninguém será obrigado a permanecer 
em procedimento de mediação.” 
 
Para que o procedimento funcione, as partes devem querer se submeter à 
mediação. No entanto, se o contrato firmado entre as partes contemplar a cláusula 
de mediação, as partes deverão comparecer pelo menos à primeira reunião (art. 2º, 
§ 1º). 
 
Confidencialidade 
A confidencialidade expressa o dever de sigilo quanto às informações obtidas 
durante a conciliação ou a mediação. 
 
As partes só se sentirão à vontade para debater o conflito se o que for dito não lhes 
trouxer nenhum tipo de prejuízo caso a demanda precise posteriormente ser 
submetida a julgamento. 
 
Por tal razão o § 1º do art. 166 determina que o teor das informações não pode ser 
utilizado para fim diverso daquele que tenha sido deliberado expressamente pelas 
partes. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/203030325/lei-13140-15
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/203030325/lei-13140-15
UNIP - DIREITO 
DISCIPLINA - PROCESSO E RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL - agosto de 2020 
ROSELAINE DOS SANTOS SARMENTO 
@roselainesarmento 
 
Atenção: este roteiro não substitui os livros de doutrina da respectiva disciplina. 
 
 
 
 
O mediador, por exemplo, deve “deixar claro que, caso a mediação não se 
concretize, nada do que foi conversado ou tratado durante o processo mediacional 
poderá fundamentar eventual futura decisão”. 
 
 
A oralidade e a informalidade demonstram que um dos propósitos da conciliação e 
da mediação é flexibilizar os procedimentos, de modo a conferir maior rapidez à 
superação da controvérsia. 
Para que o resultado da sessão seja satisfatório, as partes precisam ser informadas 
previamente sobre os seus direitos, bem como sobre procedimento ao qual estão 
sendo submetias e as consequências advindas da solução escolhida para resolver 
o conflito (princípio da decisão informada).Por fim, cabe comentar que o conciliador e o mediador podem ser escolhidos pelas 
próprias partes e, neste caso, o auxiliar prescindirá de registro junto ao cadastro de 
conciliadores do respectivo tribunal. 
 
Um dos princípios relacionados à mediação é o da autonomia da vontade das 
partes. É ele que garante que os envolvidos cheguem a uma decisão de forma 
voluntariava (não coercitiva) e que estabelece que somente deve haver a mediação 
se as partes consentirem espontaneamente com esse procedimento. 
Dessa forma, permitir que o mediador seja escolhido sem prévia aceitação das 
UNIP - DIREITO 
DISCIPLINA - PROCESSO E RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL - agosto de 2020 
ROSELAINE DOS SANTOS SARMENTO 
@roselainesarmento 
 
Atenção: este roteiro não substitui os livros de doutrina da respectiva disciplina. 
 
 
 
partes não significa dizer que ele será imposto contra a vontade delas. Se houver 
qualquer fato ou circunstância que possa suscitar a imparcialidade do mediador, as 
partes poderão recusá-lo.

Continue navegando