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RESUMO PROVA DOR - avaliação do paciente com dor e tratamento

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REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 
1 
UNIME 2021 
avaliação médica do paciente com dor 
Decálogo da dor - 9 PASSOS PARA AVALIAÇÃO DA 
DOR: 
1. Localização 
2. Irradiação 
3. Qualidade ou tipo 
4. Intensidade 
5. Inicio e duração 
6. Evolução 
7. Relação com as funções orgânicas 
8. Fatores de piora e de melhoras 
9. Sinais e sintomas associados 
º - A inclusão da dor aos sinais 
vitais pode assegurar que todos os pacientes tenham 
acesso as intervenções para o controle da dor da 
mesma forma que se da tratamento aos outros sinais. 
 
LOCALIZAÇÃO: 
É a região onde o paciente sente dor. 
 Tem que registrar todos os locais que o 
paciente sente dor  isso ajuda a encontrar a 
etiologia. 
 Avaliar a sensibilidade nas áreas de distribuição 
da dor.  se houver presença de hipoestesia 
(diminuição da sensação do tato), pode sugerir dor 
neuropática. 
 Pedir para o paciente apontar os locais de dor. 
IRRADIAÇÃO: 
A dor pode ser localizada, irradiada ou referida. 
 O reconhecimento da localização inicial daquela 
dor e da sua irradiação pode indicar a estrutura 
nervosa que esta comprometida. 
QUALIDADE OU TIPO: 
Para saber a qualidade e o tipo da dor, o médico precisa 
pedir que tipo de sensação e emoção a dor tras para 
ele. 
1. Primeiro tem que definir se a dor é espontânea 
e/ou evocada. 
 A dor evocada é aquela que acontece por causa 
de algum tipo de provocação, como ex: na dor 
nociceptiva, dor neuropática e hiperalgesia 
primária e secundária. 
Hiperalgesia primaria é quando a sensibilidade á dor 
ocorre diretamente nos tecidos lesados. Hiperalgesia 
secundária é quando a sensibilidade dolorosa correrá 
nos nervos periféricos que não foram danificados 
durante a lesão. 
 A dor espontânea é aquela dor que possui uma 
frequência e intensidade constante ou 
intermitente (vai e vem). 
INTENSIDADE: 
A intensidade da dor é um item muito importante, e é o 
principal determinante da escolha do esquema 
terapêutica (ver a escala da OMS). 
E precisa do uso de escalas unidimensionais ou 
multidimensionais. 
Em relação à intensidade, a dor pode ser classificada 
como leve, moderada ou intensa. 
INICIO E DURAÇÃO: 
É preciso determinar com precisão máxima possível a 
data de inicio da dor. 
 Quando a dor é contínua, você pode calcular a 
sua duração de acordo com o tempo entre o 
inicio da dor e o momento da anamnese. 
 Quando a dor é intermitente, é bom investigar 
a data e a duração de cada episodio que houve 
dor. 
 E pode classificar como aguda e crônica, 
dependendo da duração.  aguda é aquela 
que dura menos de 1 mês ou menos de 3 
meses e desaparece depois da cura da doença 
ou lesão.  dor crônica aquela com duração 
mais de 3 meses, ou mais de 1 ou 6 meses. 
 
 Se a dor foi relacionada a algum movimento, 
você deve pedir ao paciente demonstrar a 
posição em que estava e a ação que estava 
fazendo quando a dor ocorreu pela primeira 
vez. 
EVOLUÇÃO: 
Releva a maneira como a dor evolui, desde o seu inicio 
ate o momento da anamnese. 
 É necessário para ajudar a entender a evolução, 
o médico pesquisar de teve fatores de melhoras 
e pioras e quais foram e se também houve o 
uso de algum medicamento. 
 E pesquisar a periodicidade. 
 
 A dor neuropática pode iniciar semanas, meses ou 
anos depois de aparecer o fator causal na maioria 
dos casos. 
REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 
2 
UNIME 2021 
 Já a dor nociceptiva é sempre simultâneo ao fator 
causal. 
RELAÇÃO COM FUNÇÕES ORGÂNICAS: 
Essa relação é avaliada de acordo com a localização da 
dor e os órgãos e estruturas situados na mesma área de 
dor. 
 
FATOR DE MELHORA: 
Melhora com medicações, posições, sono etc. 
 
FATOR DE PIORA: 
Piora com movimentação, ingestão de alimentos etc. 
 
O prejuízo nas atividades de vida diária, como sono, 
apetite, movimentação, higiene e deambulação, humor, 
também deve ser avaliado, pois essas alterações são 
fatores indicativos do desconforto causado pela dor e 
auxiliam na avaliação da qualidade da analgesia. 
 
HISTÓRIA MÉDICA PASSADA: 
A historia médica passada é especialmente importante 
na avaliação do paciente com dor crônica para ajudar 
na estratégia terapêutica e a avaliação dos resultados. 
 
HISTÓRIA FAMILIAR: 
É importante obter informações sobre a saúde dos pais 
e irmãos e determinar se sofreram distúrbios ou 
disfunções dolorosas com frequência. 
 
HISTÓRIA PSICOLÓGICA E PSICOSSOCIAL: 
A parte psicológica e psicossocial do histórico ajuda a 
determinar a contribuição de fatores afetivos e 
ambientais para a dor que constitui a queixa do 
paciente. 
escalas de avaliação da dor
As escalas são caracterizadas como unidimensionais e 
multidimensionais e eles devem ser adequados de 
acordo com a idade e o tipo de paciente (ex: 
escolaridade). 
As escalas unidimensionais são caracterizadas por 
avaliarem apenas a intensidade da dor; 
As escalas multidimensionais avaliam diversos aspectos 
da dor, como o afetivo-emocional; 
ESCALAS UNIDIMENSIONAIS INCLUEM: 
❶ Escala verbal descritiva; 
❷ Escala visual analógica (EAV) – graduada em “com 
dor’ e “sem dor” para analise da intensidade. 
❸ Escala visual numérica (EVN) – intensidade da dor 
em número. 
❹ Escala facial (FPS - faces pain scale) 
❺ Escala NFCS (neonatalfacial coding system), utilizada 
para neonatos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESCALA VERBAL NUMÉRICA: 
Ordenação de número para que o paciente gradue a 
intensidade de quanto sente de dor no momento. 
1. Dor fraca intensidade menor que 3 
2. Dor moderada: de 4 a 6 
3. Dor intensa: de 7 a 9 
4. Dor insuportável: intensidade 10 
ESCALAS MULTIDIMENSIONAIS: 
❶ Questionário de Dor de McGill, que avalia os 
aspectos sensorial, afetivo e avaliativo da 
experiência dolorosa. 
E é baseado nas palavras que o paciente seleciona para 
descrever sua dor. 
E ele é bom pra população idosa. 
Pacientes com problemas de comunicação como déficit 
auditivo e visual tem muitas dificuldades em completar 
o MPQ. 
 
 
REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 
3 
UNIME 2021 
❷ PAINAID – Br: 
Abrange apenas três das seis categorias 
comportamentais não verbais: expressão facial, 
verbalizações e linguagem corporal. 
 
 
❸ Diário: 
Essa é uma forma de registro da dor que pode ser 
utilizada todas as vezes que for necessário fazer a 
evolução do paciente. 
 
 
❹ NOPPAIN- Br 
 
O NOPPAIN é um instrumento simples e clinicamente 
útil para mensurar a dor a partir do julgamento de 
comportamentos que expressam, acessível aos 
profissionais de diferentes áreas e níveis de formação. 
 
 
 
 
tratamento medicamentoso da dor 
OBJEITVO DO TRATAMENTO ANALGESICO: 
Proporcionar conforto, atenuar respostas fisiológicas, 
prevenir o desenvolvimento dor crônica e realizar 
controle de quadros de ansiedade e agitação. 
 
ANALGESIA MULMODAL: 
É a combinação de varias drogas, com tratamento 
farmacológico e tratamento não farmacológico, para 
fornecer o melhor tratamento para o paciente. 
Pode combinar a combinação de: 
1. Analgésicos opioides 
2. Analgésicos não opioides 
3. Anestesia regional 
Analgesia multimodal pode ser em qualquer parte da 
via dolorosa: periferia, condução, medula e centros 
superiores. 
O fármaco analgésico perfeito não existe, ou seja, 
aquele com: 
1. Inicio e recuperação rápidos, 
2. Baixo acumulo no organismo, 
3. Baixo efeito colateral/toxidade 
4. Não causa dependência 
Como essa droga não existe, é preciso chegar ao mais 
próximo possível do que seria ideal. 
TERAPIA NÃO FARMACOLÓGICA: 
A terapia não farmacológica tem papel importante no 
tratamento da dor, em particular a dor crônica. 
São utilizados vários métodos: massagem, crioterapia 
(tratamento pelo frio) ou termoterapia (tratamento 
pelo calor), em particular para o tratamentoda dor 
musculoesquelética. 
O tratamento não farmacológico tem como vantagens: 
1. O baixo custo financeiro, 
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2. O fato de ser não invasivo e apresentar pouco ou 
nenhum efeito colateral, 
3. Além de poder ser utilizado de forma coadjuvante a 
terapia farmacológica, contribuindo para reduzir as 
doses de analgésicos, dessa forma, reduzindo o 
risco de efeitos colaterais. 
Escada Analgésica da OMS:
O tratamento da dor segue as diretrizes da Organização 
Mundial de Saúde (OMS). 
 
A escada analgésica da OMS sugere a organização e a 
padronização do tratamento analgésico da dor baseado 
em uma escala de três degraus de acordo com a 
intensidade da dor que o paciente apresenta. 
 
 
❶ O primeiro degrau – Dor fraca, caracterizada de 1 – 
3 na escala numérica. 
Recomenda o uso de medicamentos analgésicos 
simples e antiflamatórios (analgésicos não opioides). 
❷ O segundo degrau - Dor moderada, de 4-6 na escala 
numérica. 
Sugere opióides fracos, que podem ser associados a 
analgesicos não opiodes (analgésicos simples ou anti-
inflamatórios do 1º grau). 
❸ O terceiro degrau - Dor forte, vai de 7-10. 
Sugere opiódes fortes, associados ou não aos 
analgésicos simples ou anti-inflamatório, para dor forte. 
 
 
PARA DORES AGUDAS: 
 
Usar a escada de forma descendente, ou seja, usar o 
terceiro ou segundo degrau nos primeiros dias de 
acordo com as escalas de mensuração da dor. 
 
Os dias subsequentes ao trauma tecidual, descer a 
escada analgésica da OMS. 
 
PARA DOR CRÔNICA: 
Inicia pelo primeiro degrau para dores fortes, quando 
não ocorre alivio da dor, adiciona-se um opioide fraco 
para dor de intensidade leve a moderada, segundo 
degrau. 
 
Quando esta combinação é insuficiente deve-se 
substituir este opioide fraco por um opioide forte. 
 
Somente um medicamento de cada categoria deve ser 
usado por vez. 
 
Os medicamentos adjuvantes devem ser associados em 
todos os degraus da escada, de acordo com as 
indicações específicas (antidepressivos, 
anticonvulsivantes, neurolépticos, bifosfonados, 
corticosteróides, etc.). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Tratamento da dor leve (1º degrau da escada): 
usa analgésicos não opioides  a dipirona é o 
principal representante, depois vem o 
paracetamol e os AINEs. 
 
2. Tratamento da dor moderada (2º degrau): usa 
analgésicos não opioides + opioide fraco  os 
doentes com dor moderada recebem 
associação de dipirona ou paracetamol, AINEs, 
opioide fraco (codeína e tramadol)  ex: 
paracetamol e codeína 
 
3. Tratamento da dor Intensa (3º degrau): usa 
opioides fortes (morfina, metadona, oxidona, 
fentanil)  a morfina é o medicamento mais 
empregado. 
Tratamento Coadjuvante tem todos os 
degraus: antidepressivos, anticonvulsivantes, 
ansiolíticos.  eles vão atuar modulando a 
dor, principalmente a dor mais intensa. 
A via oral é a preferencial (se estiver 
disponível). 
ANALGESICOS: 
Dipirona Paracetamol 
OPIOIDE FRACO: 
Codeína Tramadol 
OPIOIDE FORTES: 
Morfina Metadona Oxidona Fentanil 
ADJUVANTES - ANTIDEPRESSIVO: 
Amitriptilina Nortriptilina 
ADJUVANTES –ANTICONVULSIVANTES: 
Gabapentina Pregabalina 
REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 
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UNIME 2021 
RECOMENDAÇÕES: 
❶ Não combinar dois anti-inflamatorios não 
esteroidais (AINES) e não usar eles isoladamente 
por período maior que 7 dias; 
❷ Não combinar dois opioides fracos 
❸ Dois opioides fortes só pode ser prescrito se um 
deles for utilizado como resgate do tratamento. 
COMPLICAÇOES E EFETIOS ADVERSOS 
COM OPIOIDES: 
1. Tolerância 
2. Dependência Física (ou Abstinência) 
3. Dependência Psicológica (Vicio) 
4. Sedação –Constipação 
5. Náuseas e Vômitos 
6. Prurido 
7. Retenção Urinária 
8. Depressão Respiratória 
 
MEDICAMENTOS ADJUVANTES: 
São mais utilizados no tratamento da dor neuropática 
Devem ser associados a todos os degraus 
Eles contribuem para o alivio da dor e também tratam 
os efeitos adversos dos analgésicos e melhoram os 
distúrbios psicológicos.

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