Comodato: Empréstimo Gratuito de Coisas

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COMODATO
CÓDIGO CIVIL – ART 579 E SEGUINTES
É UMA ESPÉCIE DE EMPRÉSTIMO – TEMO DUAS ESPÉCIES: O COMODATO E O MÚTUO, SE DIFERENCIAM QUANTO A GRATUIDADE E ONEROSIDADE E O OBJETO.
COMODATO = OBJETOS INFUNGÍVEIS
MÚTUO = OBJETOS FUNGÍVEIS.
PARTES DO COMODATO – POLO ATIVO E POLO PASSIVO, TEMOS O COMODANTE AQUELE QUE TEM A PROPRIEDADE DO BEM, E O COMODATÁRIO: SUJEITO QUE VAI RECEBER O BEM EM EMPRÉSTIMO. QDO O COMODANTE CEDE O USO DO BEM PARA OUTRA PESSOA EM COMODATO, TRANSFERE A POSSE AO COMODATÁRIO QUE ASSUME O DIREITO DE USAR E GOZAR DA COISA, É UM BEM ESPECÍFICO, QUE AO FINAL DO CONTRATO DE COMODATO DEVE SER RESTITUIDOS, ASSIM COMO FORAM ENTREGUES DEVEM SER DEVOLVIDOS, COM AS MESMAS CARACTERÍSTICAS. OU SEJA, É O MESMO BEM QUE SERÁ DEVOLVIDO AO FINAL DO CONTRATO. 
O LEGISLADOR RESSALTA QUE COMODATO É EMPRÉSTIMO GRATUITO DE COISAS NÃO FUNGÍVEIS E PERFAZ-SE COM A TRADIÇÃO DO OBJETO. SÓ PODE SER COMODATO AQUELES BENS QUE NÃO PODEM SER SUBSTITUIDOS POR OUTROS DA MESMA QUALIDADE, QTDADE OU ESPÉCIE OU GÊNERO. PARA A DOUTRINA ESPÉCIE É MAIS ESPECÍFICO QUE GENERO. EX. SE PROMETO ENTREGAR SEMENTES, NÃO ESPECIFICO SUFICIENTE PARA DISCRIMINA-LO. POR ISSO DEVERIA SER USADA A PALAVRA ESPÉCIE E NÃO GENERO. 
O LEGISLADOR DIZ QUE SÓ PODE SER OBJETO DE COMODATO BENS INSUBSTITUÍVEIS POR SUA PRÓPRIA NATUREZA, COM CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS, PQ NÃO EXISTEM OUTROS BENS DE OUTRA ESPÉCIE OU GENERO, OU VAI SE TORNAR INSUBSTUÍVEL POR CONVENÇÃO ENTRE AS PARTES. ELAS FAZEM UM ACORDO SOBRE UM BEM QUE PODERIA SER SUBSTITUÍDO POR OUTRO QUE SE TORNA INSUBSTITUIVEL POR ACORDO DAS PARTES. NO CONTRATO DE COMODATO NA PRÁTICA É MUITO VISTO NAS EMPRESAS QUE ADEREM A PLANOS EMPRESARIAIS, E RECEBEM APARELHOS CELULARES ENQUANTO DURAR O PLANO AO QUAL ADERIRAM. SÃO EMPRESTADOS AOS MEMBROS DA PJ E AO FINAL DO CONTRATO DEVEM SER DEVOLVIDOS. O LEGISLADOR FIXOU A INFUNGIBILIDADE DO BEM, MAS O CELULAR É SUBSTITUÍVEL, SÓ QUE NESTE CASO, ESTES APARELHOS SÃO DESCRITOS O NÚMERO DE SÉRIE DOS APARELHOS E AO FINAL DO CONTRATO, OS MESMOS APARELHOS DEVEM SER DEVOLVIDOS AO COMODANTE. TORNA-SE INFUNGÍVEL POR CONVENÇÃO ENTRE AS PARTES. 
NO CONTRATO DE MÚTUO – OUTRA MODALIDADE DE EMPRÉSTIMO TEMOS COMO OBJETO BENS QUE SÃO FUNGÍVEIS. POR ISSO A MODALIDADE DO COMODATO PARA SEPARAR OS DOIS. 
A SEGUNDA CARACTERÍSTICA É A GRATUIDADE – SE EU DIGO QUE COMODATO É EMPRÉSTIMO GRATUITO NÃO POSSO EXIGIR DO COMODATÁRIO CONTRAPRESTAÇAO FINANCEIRA PELO EMPRÉSTIMO DA COISA. NÃO POSSO COBRAR VALORES, NO MÚTUO PODE COBRAR VALORES PELO EMPRÉSTIMO. MAS ISSO NÃO SIGNIFICA QUE EU NÃO POSSA EXIGIR CONTRAPRESTAÇÃO. PODE-SE EXIGIR O PAGTO DE DETERMINADOS TRIBUTOS, DESPESAS RELATIVAS AO USO E FRUIÇÃO DA COISA, SEM QUE ISSO SIGNIFICA CONTRAPRESTAÇÃO ONEROSA. NÃO ESTÁ PAGANDO PELO BEM E SIM SUPORTANDO DESPESAS QUE DECORREM DO BEM. OS TRIBUNAIS FIXARAM ENTENDIMENTO QUE DEVE-SE TER CUIDADO AO EXIGIR ESSES VALORES DE DESPESAS. SE AS DESPESAS SÃO TÃO ALTAS A PONTO DE SIGNIFICAREM O VALOR DA COISA, ESTOU EXIGINDO CONTRAPRESTAÇÃO FINANCEIRA, DESQUALIFICANDO O CONTRATO E TRANSFORMANDOE ELE EM MÚTUO. AO FINAL DO CONTRATO DE COMODATO PODE-SE PERDER O DIREITO DE EXIGIR A COISA, POIS O CONTRATO FOI DESCARACTERIZADO, E PODE RECEBER COISA FUNGÍVEL, DE MESMO GENERO AO INVE´S DA PROPIRA COISA. EX. É COMUM CONTRATOS DE COMODATO DE BENS IMÓVEIS – (PODE SER MÓVEIS, DESDE QUE INFUNGÍVEIS), ENTRE AMIGOS, FAMILIARES, SE NOTA O EMPRESTIMO DE BENS IMÓVEIS PARA QUE ESTAS PESSOAS RESIDAM DURANTE DETERMINADO PERÍODO, E DURANTE ESTE ASSUMEM O PAGAMENTO DOS TRIBUTOS – IPTU, TAXAS CONDOMINIAIS, LUZ, ÁGUA, E DESPESAS GERADAS EM RAZÃO DO USO DO BEM. NÃO HÁ NESTE CASO EXIGENCIA DE PAGTO DE ALUGUEL,NÃO SE FIXA VALOR PELO USO DO BEM, MAS APENAS ESSAS DESPESAS QUE SE REFEREM A CONSERVAÇÃO DO BEM E DO DIREITO DE PROPRIEDADE. O SUJEITO VAI ARCAR COM AS DESPESAS COMUNS AO BEM, E ISSO É PLENAMENTE POSSÍVEL. MAS ESSAS DESPESAS NÃO PODEM SUPERAR O VALOR DE UMA LOCAÇÃO, SENDO UMA RESTITUIÇÃO FINANCEIRA, DAÍ NÃO É MAIS COMODATO.
QUE PODE FIGURAR COMO COMODANTE? PESSOAS QUE NÃO TENHAM A PROPRIEDADE DE BENS, MAS QUE ESTEJAM AUTORIZADAS PELO PROPRIETÁRIO DO BEM A CONCEDER UM CONTRATO DE COMODATO, POSSO LOCAR UM BEM E CEDÊ-LO EM COMODATO DESDE QUE AUTORIZADO PELO COMODANTE. EX. ART. 480 CC. SE HOUVER AUTORIZAÇÃO, TUTORES, CURADORES, ADMISTRADORES DE BENS, PODERÃO CEDER EM COMODATO BENS QUE ESTEJAM AO SEU CUIDADO. NESSES CASOS TODOS OS MEIOS NECESSÁRIOS DEVEM SER EMPREGADOS PARA MANTER O BEM, MAS APENAS O JUIZ PODE LIBERAR, ELE DÁ A AUTORIZAÇÃO ESPECIAL “JUDICIAL”. COM ESTA AUTORIZAÇÃO PODE CEDER EM COMODATO, NÃO HAVENDO AUTORIZAÇÃO JUDICIAL, O COMODATO NÃO PODERÁ SER FEITO! SE EU TENHO UM OBJETO IMPOSSÍVEL JURIDICAMENTE PQ A LEI O PROIBE, E EU CELEBRO O CONTRATO, ELE SERÁ NULO DE PLENO DIREITO. ART. 104 DO CC – ENCONTRAMOS OS REQUISITOS DE VALIDADE DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS: REQUER AGENTE CAPAZ, OBJETO LÍCITO POSSIVEL DETERMINADO OU DETERMINADO E FORMA PRESCRITA OU NÃO DEFESA EM LEI. 
PROIBIÇÃO DA LEI = OBJETO JURIDICAMENTE IMPOSSÍVEL – PROBLEMA DE VALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO! 
OBJETO LÍCITO = NÃO É PROIBIDO PELA LEI MORAL E BONS COSTUMES – CONCEITO DE ILICITUDE É AMPLO, NÃO OFENDE SOMENTE AS NORMAS.
OBEJTO POSSÍVEL = POSSIBILIDADE FÍSICA E JURÍDICA DO OBEJTO – NÃO HÁ CONTRARIEDADE DESDE QUE A COISA SEJA PASSÍVEL DE APROPRIAÇÃO E DE VALOR ECONOMICO. POSSIBILIDADE JURÍDICA – NÃO PROIBIDA PELA NORMA LEGAL. EX. ART. 580 – NÃO PODE SEM AUTORIZAÇÃO ESPECIAL! ENTÃO É IMPOSSÍVEL JURIDICAMENTE.
ART. 580 DO CC PROÍBE TER COMO OBJETO COISAS CONFIADAS A MINHA GUARDA, ESTÁ DANDO A IMPOSSIBILIDDE JURIDICA DO OBJETO E NULO DE PLENO DIREITO.
ART. 166 DO CC – É NULO O NEGÓCIO JURIDICO QDO FOR ILICITO IMPOSSIVEL OU INDETERMINÁVEL SEU OBJETO, NÃO PRODUZ EFEITO O CONTRATO DE COMODATO SE ASSIM FOR!
ESTES SÃO OS REQUISITOS GERAIS DE VALIDADE, NÃO TENHO OS ESPECÍFICOS PARA O COMODATO.
ESPÉCIE DO CONTRATO DE COMODATO – ART. 104 DO CC – INC. III – FORMA DO CONTRATO, PRESCRITA OU NÃO PROIBIDA EM LEI, ELE NÃO TEM FORMA PRESCRITA NEM PROIBIDA EM LEI, POR ISSO ELE É EXTREMAMENTE SIMPLES, NÃO TEM SOLENIDADES NEM FORMALIDADES. PARTE APENAS NA CONVENÇÃO ENTRE AS PARTES. PODE TER INSTRUMENTO, UM CONTRATO ESCRITO SERIA O IDEAL COM AS CLAUSULAS CONVENCIONADAS ENTRE AS PARTES. POIS TENHO LIBERDADE DE FORMULAR O INSTRUMENTO OU NÃO, SE NÃO FORMULAR NÃO TENHO ELEMENTO COMPROBATÓRIO. POR NÃO TER FORMA SOLENE, POSSO CELEBRAR O CONTRATO PELO MEIO QUE BEM ENTENDER. PODE SER POR MEIO DE E-MAIL, PROVA TESTEMUNHAL, ETC. SE PRECISAR DISCUTIR EM JUIZO POSSO USAR QUALQUER MEIO DE PROVA. MENSAGENS DE WHATSAPP, MENSAGENS DE FACEBOOK, ETC.
O CONTRATO DE COMODATO É EXTREMAMENTE SIMPLES E DENTRO DELE POSSO EXIGIR DA OUTRA PARTE UMA CONTRAPRESTAÇÃO DE ENCARGOS OU CONDIÇÕES.
PLANO DA EFICÁCIA – POSSO ESCOLHER A MODALIDADE JURIDICA PELA QUAL ELE GERA EFICACIA: TERMO (DURAÇÃO ESPECÍFICA, CURTA, OU PRAZO INDETERMINADO – SE FOR PRAZO DETERMINADO HÁ TERMO INICIAL E FINAL), CONDIÇÃO OU ENCARGO (CUIDAR PARA NÃO DESCARACTERIZAR O CONTRATO COM OS ENCARGOS).
ART. 581 – SE CONVENCIONANDO COM A OUTRA PARTE NÃO ESTABELECE O TERMO FINAL, O MOMENTO DA RESTITUIÇÃO DA COISA, PRESUME-SE O NECESSÁRIO PARA O USO CONCEDIDO. EX. PEÇO PARA ALGUEM UM AUTOMOVEL EMPRESTADO PARA REALIZAR UMA VIAGEM, QUE SERÁ REALIZADA DE 01 A 20 DE OUTUBRO. NÃO HÁ COMO RESTITUIR A COISA ANTES DISSO, NÃO ESTÁ FIXANDO O TERMO FINAL, O LEGISLADOR DIZ QUE SE NÃO HÁ PRAZO FIXADO, ELE SERÁ O NECESSÁRIO PARA O USO PEDIDO. O COMODANTE NÃO PODE EXIGIR DO COMODATÁRIO A RESTITUIÇÃO DA COISA ANTES DO TÉRMINO DA VIAGEM. TERMINOU A VIAGEM, ELE TERÁ QUE DEVOLVER A COISA, SE NÃO RESTITUIR, ESTARÁ EM MORA – AÍ OPERAM SE AS REGRAS DOS DIREITOS DAS OBRIGAÇÕES. NÃO PODENDO O COMODANTE SUSPENDER O USO DA COISA ANTES DE FINDO O PRAZO CONVENCIONAL. SE O PRAZO FOI FIXADO PARA O COMODATO, SE ELE AINDA NAÕ TERMINOU, MAS SURGE PARA O COMODANTE A NECESSIDADE PARA A RESTITUIÇÃO DO BEM. EX. BEM IMÓVEL CEDIDO EM COMODATO SEM PRAZO DETERMINADO, SUPONDO QUE O COMODATÁRIO TERÁ DIREITO DE USAR A COISA DURANTE A INFÂNCIA DO SEU FILHO, QUE AINDA ESTÁ ACONTECENDO, E OCOMODANTE SOFRE PREJUIZOS FINANCEIROS GRAVES E TEM NECESSIDADE DE ALIENAR O BEM. INFORMA AO COMODATÁRIO QUE PRECISA VENDER E BEM E PEDE PARA DESOCUPAR EM TRINTA DIAS.
ELE DIZ QUE RECEBEUEM COMODATO ENQTO O FILHO AINDA FOR CRIANÇA – O PRAZO PARA O USO CEDIDO NÃO SE ESGOTOU. ENTÃO SÓ RESTA A VIA JUDICIAL PARA A RESTITUIÇÃO DA COISA, PRECISO PROVAR QUE EU NECESSITO SUSPENDER O USO E GOZO DA COISA PQ SURGIU UMA NECESSIDADE IMPREVISTA E URGENTE. PODE SER NECESSIDADE FINANCEIRA, PARA PRÓPRIA HABITAÇÃO, ETC. A MESMA REGRA SE APLICA CASO TENHA FIXADO UM TERMO FINAL DO COMODATO E PRECISO EXIGIR A RESTITUIÇÃO DA COISA ANTES DO TERMO FINAL, DÁ – SE A MESMA LÓGICA ANTERIOR. SE O COMODATÁRIO SE NEGAR A RESTITUIRA COISA TEMOS A MORA. PODE-SE PREVER A APLICAÇÃO DE CLAUSULA PENAL EM CASO DE MORA NO INSTRUMETNO CONTRATUAL. A ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA – SE A COISA NÃO É RESTITUIDA NO PRAZO FIXADO, CORRE POR CONTA DO COMODATÁRIO A CONSERVAÇÃO DA COISA.
ART. 582 DO CC – OBRIGAÇÃO DE CONSERVAÇÃO DA COISA E QUEM SUPORTA O RISCO DA DETERIORAÇÃO OU PERDA.
DETERIORAÇÃO – PERECIMENTO, A COISA ESTÁ ESTRAGADA, PREJUDICADA, VALOR FOI REDUZIDO.
PERDA – QDO A COISA NÃO PODE MAIS SER RESTITUIDA PQ ELA NÃO APRESENTA MAIS AS CARACTERISTICAS INICIAIS E NÃO SERVE PARA O SEU OBJETIVO OU PERDA TOTAL.
A CADA TIPO DE PREJUIZO HÁ UMA PUNIÃO AO PREJUIZO – O COMODATÁRIO TEM QUE CUIDAR DA COISA COMO SE ELA FOSSE DELE, COM TODO O ZELO POSSÍVEL PARA CONSERVAR, PARA QDO RESTITUIR ESTEJA COM AS MESMAS CARACTERÍSTICAS QUE FOI ENTREGUE. NÃO PODE USAR SENÃO DE ACORDO COM O CONTRATO OU NATUREZA DELA – SE USAR PARA FINALIDADE NÃO AUTORIZADA RESPONDE POR PERDAS E DANOS. SE USAR A COISA PARA A FINALIDADE QUE FOI EMPRESTADA, NÃO RESPONDE POR DETERMINADA DETERIORAÇÃO. EX. DESCONHECIDO QUE CEDE A ALGUEM UM AUTOMÓVEL RARO PARA EXPOSIÇÃO. ELE TEM USO ESPECÍFICO, DURA APENAS DUAS SEMANAS, SEG, SAB, DOM. ENTÃO DURANTE A SEMANA DECIDE USAR A COISA PARA A CONDUÇÃO – AO DIRIGIR CUIDANDO PARA O BOM USO DO BEM, MAS FORA DA AUTORIZAÇÃO CONCEDIDA, VEM UM CARRO E BATE NELE. EM OUTRA SITUAÇÃO NÃO SE RESPONDERIA PELOS DANOS. MAS NESSE CASO, FORA DA AUTORIZAÇÃO, PASSA A RESPONDER POR TODAS AS PERDAS EM DANOS. O COMDATÁRIO EM MORA ALÉM DE ARCAR COM AS DESPESAS, PAGARÁ ATÉ RESITUIR O ALUGUEL DA COISA QUE FOR ARBITRADO EM JUIZO. ESSE É O EFEITO NEGATIVO QUE SE VINCULA A MORA – É CEDIDO BEM IMÓVEL PARA A RESIDÊNCIA – E DENTRO DESSA AUTORIZAÇÃO A PESSOA MORA UM TEMPO E MELHORA FINANCEIRA E DECIDE LOCAR O BEM PARA OUTRA PESSOA. ISSO ESTÁ FORA DO QUE FOI AUTORIZADO NO CONTRATO DE COMODATO. 
OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA – PODE SER DE DAR NO SENTIDO DE TRANSFERIR TITULARIDADE OU RESTITUIR – ART. 238 DO CC – SE FOR DE RESTITUIR COISA CERTA E ESTA SEM CULPA DO DEVEDOR SE PERDER ANTES DA TRADIÇÃO – SOFRERA O CREDOR A PERDA E A OBRIGAÇÃO SE RESOLVERÁ. SE CELEBREI UM CONTRATO DE COMODATO E SE PERDA DA COISA FOR SEM CULPA DO COMODATÁRIO (CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR) (IMPOSSIBILIDADE DE RESITUIR), SOFRE A PERDA O COMODANTE – CREDOR, ELE ARCA COM O PREJUÍZO SOFRIDO. AGORA SE A COISA SE PERDER POR CULPA DO COMODATÁRIO, ELE RESPONDERÁ PELO VALOR DA COISA PERDIA + PERDAS E DANOS. ART. 582 – SE NÃO CONSERVAR A COISA COMO SE FOSSE PROPRIETÁRIO – SE EU NÃO AGIR COM DILIGENCIA E CUIDADO, RESPONDE POR PERDAS E DANOS!
SE JÁ DEVERIA TER DEVOLVIDO A COISA E NÃO FEZ, TERÁ QUE PAGAR UM ALUGUEL ARBITRADO PELO COMODANTE – ESTÁ CONSTITUIDO EM MORA. ALEM DOS EFEITOS DA MORA: ART. 389 E 394 CC – 395 CC (LER E COLAR OS ARTIGOS). O CREDOR QUE NESSE CASO É O COMODANTE, O COMODATÁRIO VIROU DEVEDOR POR NÃO TER ENTREGUE A COISA NO PRAZO CERTO. NÃO HÁ NA NORMA O VALOR A SER FIXADO, DEVE-SE VERIFICAR O VALOR DO MERCADO. É NECESSÁRIO QUE O COMODATÁRIO SEJA NOTIFICADO. NA PRÁTICA – QDO SE CONSTITUI EM MORA O COMODATÁRIO – SE NOTIFICA, NÃO PRECISA SER POR INSTRUMENTO PÚBLICO, EMBORA É ACONSELHÁVEL, PODE SER POR NOTIFICAÇÃO PARTICULAR COM AR (AVISO DE RECEBIMENTO), DESCREVENDO NO AR O CONTEÚDO DA CARTA. CIENTIFICA QUE ELE ESTÁ EM MORA E SERÁ FIXADO O ALUGUEL, PQ SERÁ COBRADO JUDICIALMENTE SE O ALUGUEL NÃO FOR PAGO! ESSA NOTIFICAÇÃO NÃO A DESOBRIGA A RESTITUIÇÃO DA COISA, ELA CONTINUA RESPONDENDO A TODOS OS OUTROS EFEITOS DA MORA! 
O ART. 583 TRAZ REFLEXÃO MUITO CURIOSA – COMPLEMENTA O RACIOCÍNIO E IMPUTA OBRIGAÇÃO DE QUE SE AS COISAS ESTÃO EM PERIGO, DEVE SALVAR ANTES AS DO COMODATO DO QUE AS DO PROPRIO COMODATÁRIO. SE SALVAR OS SEUS E ABANDONAR O DO COMODANTE RESPONDERÁ PELO DANO OCORRIDO AINDA QUE FOR CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR. NÃO RESPONDE EM PERDAS E DANOS NESSES CASOS, EXCETO NO ART. 583, PODE ACABAR RESPONDENDO POR PERDAS E DANOS SE O COMODANTE PROVAR QUE ERAM VARIAS AS COISAS EM RISCO E O COMODATÁRIO OPTOU POR SALVAR SUAS COISAS ANTES DAS DO COMODANTE. EX. INCENDIO – TEVE TEMPO E SALVOU AS PRÓPRIAS COISAS – DAÍ RESPONDE. NA HORA DE SALVAR AS COISAS QUE ESTÃO EM RISCO, DEVE-SE SALVAR PRIMEIRO AS COISAS DO COMODANTE SENÃO VAI RESPONDER PELO PREJUÍZO.
VIA DE REGRA, SE NÃO CONCORRE COM CULPA O COMODATÁRIO, O COMODANTE ARCA COM O PREJUIZO, A OBRIGAÇÃO SE RESOLVE, SE EXTINGUE, O COMODANTE SOFRE TODAS AS CONSEQUENCIAS FINANCEIRAS DA PERDA E DETERIORAÇÃO DO BEM. NADA MAIS JUSTO QUE SE SALVE AS COISAS DO COMODANTE, E SE ASSIM NÃO O FIZER, DEVE-SE INDENIZÁ-LO. NÃO É PARA SE COLOCAR EM RISCO, MAS SE TIVER OPORTUNIDADE DEVE SER FEITO. 
ART. 484 – SE A COISA ESTÁ COM A PESSOA ELA TEM OBRIGAÇAO A CONSERVAR, NÃO PODE PEDIR RESTITUIÇÃO DE VALORES AO COMODANTE PELOS VALORES QUE SE INVESTEM NO BEM. DESPESAS PARA O USO DA COISA, BENFEITORIAS NECESSÁRIAS, NÃO PODE COBRAR PQ JÁ TÁ USANDO O BEM GRATUITAMENTE. NÃO É JUSTO QUE LHE COBRE O REEMBOLSO DE DESPESAS QUE ESTÃO FEITAS PARA O PRÓPRIO GOZO E USO. A NÃO SER QUE SEJA CONVENCIONADO ENTRE AS PARTES A RESTITUIÇÕES. BENFEITORIAS VOLUPTUÁRIAS – PARA EMBELEZAR, MELHORAR O USO, AGREGAR VALOR, DAÍ COMBINA QUE O COMODANTE VAI RESTITUIR NO FINAL. EX. DUAS IRMÃS EMPRESTARAM EM COMODATO UM APTO PARA UM AMIGO, QUE NÃO GOSTAVA DO ATUAL ESTADO DO APTO, ELE DECIDIU FAZER UMA REFORMA NA COZINHA, CONSULTOU AS PROPRIETÁRIAS E ELAS AUTORIZARAM, MAS AVISARAM QUE NÃO TINHAM DINHEIRO PRA INDENIZAR. ELE RESOLVEU MESMO ASSIM FAZER A REFORMA, ELAS AVISARAM QUE ERA POR PRAZO INDETERMINADO, QUE NO FUTURO O BEM SERIA VENDIDA E ELE NÃO TEM DIREITO A COBRAR OS VALORES DIANTE DA LEI.
ART. 485 – ESTABELECIMENTO DE SOLIDARIEDADE – DUAS OU MAIS PESSOAS COMO COMODATÁRIAS SIMULTANEAS DE UMA COISA FICARAO SOLIDARIAMENTE RESPONSAVEIS PARA COM O COMODANTE. SOLIDARIEDADE – POSSIBILIDADE DE EXIGIR A RESTITUIÇÃO DA COISA, EVENTUAIS PERDAS E DANOS E EXIGIR O CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO, CONSTITUIR EM MORA EM CASO DE DESCUMPRIMENTO QUALQUER UM DELES.
ELEMENTO DE DESTAQUE – CARACTERISTICA DO CONTRATO DE COMODATO – ELE É UM NEGÓCIO JURÍDICO BILATERAL? NÃO! ELE É UNILATERAL – ELE NÃO CONTA COM APENAS UMA PESSOA,NÃO É UM ATO UNILATERAL, É PQ APENAS UMA DAS PARTES DETÉM DEVERES E A OUTRA APENAS DIREITOS. NOS BILATERAIS AMBOS TEM DIREITOS E DEVERES – RELAÇÃO SINALAGMATICA. EX. CONTRATO DE COMPRA E VENDA. TENHO UM SUJEITO QUE TEM O DIREITO E O OUTRO QUE TEM O DEVER. O COMODANTE TEM O DIREITO DE TER A COISA RESTITUIDA, QUEM TEM O DEVER É O COMODATARIO DE RESTITUIR A COISA APÓS A MORA. E ANTES DA MORA? O SUJEITO DE DIREITO É O COMODATÁRIO PQ TEM O DIREITO DE USAR A COISA SEM A INTERFERENCIA DO COMODANTE. SEMPRE HÁ APENAS UM SUJEITO COM DIREITOS E OUTRO COM DEVERES, NÃO HÁ DIREITO PARA OS DOIS. HÁ QUEM DIGA QUE NO COMODATO MODAL (COM TERMO, CONDIÇÃO OU ENCARGO) TEM NEGÓCIO BILATERAL POR CAUSA DAS OBRIGAÇÕES PARA AMBOS. MAS ISSO NÃO É VERDADE, ELE TEM ELEMENTOS EFICACIAIS, SÃO CONDIÇÕES OU ENCARGOS E NÃO DEVERES, CUIDAR PARA NÃO FAZER CONFUSÃO. 
ART. 586 MÚTUO É EMPRÉSTIMO DE COISAS FUNGÍVEIS E O MUTUARIO É OBRIGADO A RESTITUIR AO MUTUANTE COISA DE MESMO GENERO, ESPÉCIE, QUALIDADE E QTDADE QUE ELE RECEBEU. TRANSMITO AO MUTUARIO DOMINIO DA COISA, A RESPONSABILIDADE DOS RISCOS DA COISA, EQTO NO COMODATO TRANSFERE USO E GOZO, MAS NÃO OS RISCOS QUE CONTINUAM SENDO SUPORTADOS PELO COMODANTE.