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Proteção do Meio Ambiente

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PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE 
 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
RESUMO DA UNIDADE 
 
Esta unidade analisará os princípios do Meio Ambiente. Elencadas estão: a) a 
legislação vigente, ante a proteção do meio ambiente b) as técnicas e formas de 
proteção desenvolvidas nos mercados de trabalho c) a educação ambiental d) a 
responsabilidade socioambiental. Trata-se de um estudo qualitativo, que busca 
relacionar as questões ambientais ao mercado de trabalho, na tentativa de 
desenvolver técnicas de produção, ensino e extensão mais sustentáveis e 
conscientes. O tema da apostila justifica-se por conta da sua real e persistente 
relevância, dado que o contexto social, econômico e político que a sociedade 
brasileira tem enfrentado nos últimos anos, claramente impacta nas relações 
interpessoais e, por conseguinte, no meio ambiente. Os resultados revelam que 
ações e técnicas mais eficazes já existem, mas há deficiência nas fiscalizações e 
monitoramento, bem como nas aplicações das leis e penalizações que abrem 
margem para possíveis comportamentos violáveis e perturbadores ao meio 
ambiente, consequentemente, a todos que o rodeiam. 
 
Palavras-chave: Meio ambiente, proteção, leis ambientais, sustentabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO ............................................................................... 6 
CAPÍTULO 1 – PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE ........................................... 8 
1.1 O meio ambiente ............................................................................................ 8 
1.2 Histórico sobre a questão ambiental .............................................................. 9 
1.2.1 Antropocentrismo ........................................................................................... 9 
1.2.2 Ecocentrismo ............................................................................................... 10 
1.3 Evolução histórica: preocupação com o meio ambiente .............................. 10 
1.4 Meio ambiente e ecologia ............................................................................ 12 
1.4.1 Meio ambiente ecologicamente equilibrado ................................................. 13 
1.5 Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) ............................................... 15 
1.5.1 Instrumentos da PNMA ................................................................................ 16 
1.6 O Zoneamento Ambiental ............................................................................ 16 
1.7 A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) ...................................................... 17 
1.8 O Licenciamento Ambiental ......................................................................... 18 
1.9 Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA ........................................ 19 
CAPÍTULO 2 – POLUIÇÃO E CONTROLE AMBIENTAL ........................................ 22 
2.1 Poluição ....................................................................................................... 22 
2.2 Tipos de poluição ......................................................................................... 23 
2.2.1 Poluição atmosférica .................................................................................... 23 
2.3 Formas de controle de emissão de gases .................................................... 31 
2.3.1 Tecnologias integradas ................................................................................ 31 
2.3.2 Tecnologias de final de linha ........................................................................ 31 
2.4 Tecnologias de Controle de Poluição do Ar ................................................. 32 
2.4.1 Ciclones ....................................................................................................... 32 
2.4.2 Lavadores de Gases .................................................................................... 33 
2.4.3 Filtros de tecido ou de mangas .................................................................... 34 
2.4.4 Precipitadores Eletrostáticos ........................................................................ 35 
2.5 Poluição Hídrica ........................................................................................... 35 
2.5.1 Eutrofização ................................................................................................. 39 
2.6 Tipos de Processos de Tratamento.............................................................. 40 
 
 
 
 
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2.6.1 Processos Físicos ........................................................................................ 40 
2.6.2 Processos químicos ..................................................................................... 41 
2.6.3 Processos Biológicos ................................................................................... 42 
2.7 Classificação dos Sistemas de Tratamento ................................................. 43 
2.7.1 Tratamento Preliminar .................................................................................. 43 
2.7.2 Tratamento Primário ..................................................................................... 43 
2.7.3 Tratamento Secundário ................................................................................ 44 
2.7.4 Tratamento Terciário .................................................................................... 44 
2.7.5 Tratamento de Lodos ................................................................................... 44 
2.7.6 Tratamento Físico-Químico .......................................................................... 44 
CAPÍTULO 3 - LEGISLAÇÃO AMBIENTAL ............................................................ 45 
3.1 Legislação Ambiental ................................................................................... 45 
3.2 Conceito EPIA/RIMA .................................................................................... 48 
3.3 Código Florestal ........................................................................................... 51 
3.4 Acidentes Ambientais e Planos de Contingência ......................................... 53 
CAPÍTULO 4 - RESÍDUOS SÓLIDOS: ABORDAGEM E TRATAMENTO ............... 60 
4.1 Objeto e Objetivos ........................................................................................ 60 
4.2 Logística Reversa......................................................................................... 61 
4.3 Classificação dos Resíduos ......................................................................... 63 
4.4 Tratamento de resíduos sólidos ................................................................... 64 
4.4.1 Aterros sanitários ......................................................................................... 64 
4.4.2 Compostagem ..............................................................................................66 
4.4.3 Incineração ................................................................................................... 67 
4.4.4 Pirólise ......................................................................................................... 68 
4.4.5 Biodigestão anaeróbia .................................................................................. 69 
4.5 Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos ............................ 70 
CAPÍTULO 5 – NOÇÕES DEGESTÃO AMBIENTAL .............................................. 74 
5.1 Introdução à Gestão Ambiental .................................................................... 74 
5.2 Processo de planejamento ........................................................................... 75 
5.3 Sistema de Gestão Ambiental ...................................................................... 77 
5.3.1 Aspectos Ambientais .................................................................................... 80 
5.3.2 Auditoria ambiental....................................................................................... 82 
 
 
 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
5.3.3 Avaliação de desempenho ambiental (ADA) ................................................ 83 
5.3.4 Rotulagem Ambiental ................................................................................... 83 
5.3.5 Análise do Ciclo da Vida (ACV) .................................................................... 86 
5.4 Responsabilidade socioambiental ................................................................ 86 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 89 
 
 
6 
 
 
 
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APRESENTAÇÃO DO MÓDULO 
 
O meio ambiente é um tema que vem sendo discutido ao longo do tempo em 
todas as esferas do mundo, mas o seu conceito começou a (re) modificar-se e, com 
isso, sua totalidade em relação a sua aplicabilidade passou a tomar grandes 
proporções. Por ser um tema complexo, tem o objetivo de investigá-lo e entendê-lo 
em todas as partes e dimensões. 
A partir da modernidade e com a revolução industrial, o meio ambiente tornou-
se pauta principal, onde sua discussão a nível mundial girou em torno de sua 
definição, preservação e proteção. Isto se deu quando estudiosos começaram a 
perceber que os recursos naturais presentes no meio ambiente são finitos. 
Diante desta preocupação, grande parte dos estudos voltados ao meio 
ambiente versam sobre o desenvolvimento sustentável, a conservação das faunas e 
floras, uso consciente e o consumo reduzido, buscando manter o equilíbrio ecológico 
e, consequentemente, atuando no impacto da saúde, segurança e bem-estar das 
comunidades. 
No primeiro capítulo dessa unidade, alguns conceitos básicos serão tratados, 
tais como antropocentrismo, ecocentrismo, meio ambiente e ecologia, bem como 
sua importância no contexto do meio ambiente, objetivando uma visão ampla das 
transformações, conquistas e movimentos, que versam sobre os diferentes olhares 
do meio ambiente. 
No segundo capítulo, trataremos sobre a poluição e seus tipos. Discorreremos 
sobre as principais formas de poluição existentes e, ao longo da unidade, serão 
apresentadas de forma detalhada a poluição hídrica e a poluição atmosférica, 
exibindo dois exemplos de poluição muito recorrentes no Brasil e suas formas de 
tratamento. 
Pensando nas dinâmicas legais que regem os conceitos e as definições, 
iremos, no terceiro capítulo, tratar das normativas e leis, código florestal e suas 
mudanças no novo modelo, bem como o conceito de EPIA/RIMA. Este capítulo 
abordará de forma ampla as leis que versam sobre o meio ambiente e tudo o que o 
compõe, na busca pela sua proteção. 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
O quarto capítulo será trabalhado sobre a Política Nacional de Resíduos 
Sólidos, explorando as classificações de resíduos sólidos, seus impactos, bem como 
algumas formas de tratamento existentes para as finalidades destes. 
No último capítulo será abordada a Gestão Ambiental, bem como os processos 
que a regem para um bom funcionamento, atrelada à ideia de responsabilidade 
ambiental, que buscará trazer a consciência de um cuidado coletivo visto que, como 
na Lei 6.938 de 1981, o meio ambiente é um bem público e deve ser protegido por 
todos. 
A importância da temática ambiental impacta diretamente nas relações de 
trabalho, por serem as formas mais ativas de vivência em sociedade. A partir do 
trabalho, são envolvidas as comunidades e sociedades, portanto, buscar novas 
formas e aplicar métodos eficazes no cuidado coletivo é de extrema importância em 
um espaço extremamente diversificado e de grande impacto mundial como o 
mercado de trabalho. 
 
Bons estudos! 
 
 
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CAPÍTULO 1 – PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE 
 
1.1 O meio ambiente 
 
A definição de meio ambiente é, muitas vezes, complicada de se fazer em 
poucas palavras, devido ao grau de complexidade do meio ambiente propriamente 
dito, que envolve muitos aspectos naturais e sociais. Abaixo, seguem-se algumas 
tentativas de definição do termo meio ambiente propostas por Coimbra (2002), 
Meio ambiente é o conjunto dos elementos abióticos (físicos e químicos) e 
bióticos (flora e fauna), organizados em diferentes ecossistemas naturais e 
sociais em que se insere o homem, individual e socialmente, num processo 
de interação que atenda ao desenvolvimento das atividades humanas e à 
preservação dos recursos naturais e das características essenciais do 
entorno, dentro das leis da natureza e de padrões de qualidade definidos 
(COIMBRA, 2002). 
 
A segunda definição trazida por Coimbra (2002) é mais concisa do que a 
anterior e sua definição é a seguinte:“Meio ambiente é o conjunto dos elementos 
físicos, químicos e biológicos e de suas múltiplas relações, ordenados para a 
perpetuação da vida e organizados em ecossistemas naturais e sociais, constituindo 
uma realidade complexa e marcada pela ação da espécie humana” (COIMBRA, 
2002). 
A última definição proposta é a mais concisa possível, e define o meio 
ambiente como sendo a realidade complexa resultante da interação da sociedade 
humana com os demais componentes do mundo natural, no contexto do 
ecossistema da Terra (COIMBRA, 2002). 
 
Figura 1: O meio ambiente e a humanidade
 
Fonte: Lima, 2015. 
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IMPORTANTE! 
A definição de meio ambiente não é uma tarefa fácil pela complexidade envolvida no 
contexto (existem inúmeros aspectos a serem levados em conta, como os aspectos 
naturais e sociais). 
 
1.2 Histórico sobre a questão ambiental 
 
1.2.1 Antropocentrismo 
O Antropocentrismo surgiu na Europa no final da Idade Média, esta é uma 
visão que considera o homem como o centro do cosmos, sugerindo que ele deve ser 
o centro das ações, da expressão cultural, histórica e filosófica. Cercado de novas 
descobertas, a influência do antropocentrismo (homem como o centro do mundo), 
exacerbou descobertas nas ciências, principalmente nas ciências naturais como a 
física. Neste tempo de descobrimento, o homem começa a ganhar força, e torna-se 
o detentor do poder diante do controle da natureza, colocando-a como uma 
“auxiliar”, podendo ser usada para satisfação das necessidades intrinsecamente 
humanas. 
 
Figura 2- Representação esquemática do antropocentrismo 
 
Fonte: Alves, 2012. 
 
Considera-se que na passagem da era medieval (tempo em que a igreja e a 
Bíblia eram mandamentos superiores), para o renascimento (tempo de novas 
descobertas, o homem se impõe e Deus ganha a qualidade de um ser divino que 
está sob a terra e não mais no centro das decisões humanas), essa fase é a que se 
inicia o antropocentrismo. 
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1.2.2 Ecocentrismo 
O Ecocentrismo é um movimento que, ao contrário do Antropocentrismo, 
coloca o homem e a natureza em pesos equivalentes, ou seja, acredita que o ser 
humano é parte essencial da natureza, assim como a mesma é parte fundamental 
na vida do homem. Considera todos uma unidade, trazendo consigo a importância 
de estar sempre em equilíbrio, para o funcionamento correto do ciclo da vida. 
 
Figura 3 - Representação esquemática do ecocentrismo 
 
Fonte: Alves, 2012. 
 
1.3 Evolução histórica: preocupação com o meio ambiente 
 
Os efeitos dos impactos ambientais, advindos das modificações do homem, 
começaram a preocupar muitos estudiosos, ambientalistas e agências 
governamentais a partir da década de 1950 em todo o mundo. A busca neste tempo 
era sobre formas de proteger o meio ambiente. Segundo o Ministério da Educação 
(2012), tornaram-se hegemônicas na civilização ocidental as interações 
sociedade/natureza adequadas às relações de mercado. 
A exploração dos recursos naturais se intensificou muito e adquiriu outras 
características, a partir das revoluções industriais e do desenvolvimento de novas 
tecnologias, associadas a um processo de formação de um mercado mundial, que 
transforma desde a matéria-prima até os mais sofisticados produtos em demandas 
mundiais. 
Andrade, Tachizawa e Carvalho (2000) analisaram e perceberam que o 
movimento ambientalista ocorre de fato no século XX, com a Conferência Científica 
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da Organização das Nações Unidas (ONU), sobre a conservação e a utilização de 
recursos em 1949, e com a Conferência sobre a biosfera, feita em Paris, em 1968. 
Mas um grande marco sobre o meio ambiente foi a Conferência de Estocolmo, em 
1972 (I CNUMAD), que teve por objetivo conscientizar os países sobre a importância 
da conservação ambiental como fator fundamental à manutenção da espécie 
humana. A palavra-chave em Estocolmo foi poluição. 
“Chegamos a um ponto na História em que devemos moldar nossas ações 
em todo o mundo, com maior atenção para as consequências ambientais. 
Através da ignorância ou da indiferença podemos causar danos maciços e 
irreversíveis ao meio ambiente, do qual nossa vida e bem-estar dependem. 
Por outro lado, através do maior conhecimento e de ações mais sábias, 
podemos conquistar uma vida melhor para nós e para a posteridade, com 
um meio ambiente em sintonia com as necessidades e esperanças 
humanas…” “Defender e melhorar o meio ambiente para as atuais e futuras 
gerações se tornou uma meta fundamental para a humanidade.” 
Trechos da Declaração da Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente 
(Estocolmo, 1972). 
 
O Relatório Brundtland, conhecido como "Nosso Futuro Comum”, foi elaborado 
pela Comissão Mundial para o Desenvolvimento e o Meio Ambiente (CMDM) em 
1987. Tal relatório tornou conhecida mundialmente a definição de desenvolvimento 
sustentável, sendo este documento um marco histórico, buscando enfrentar os 
problemas ocasionados, garantindo um futuro a todos. 
Em sua definição, desenvolvimento sustentável é aquele que atende às 
necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras 
de atenderem às suas próprias necessidades” (Barbieri, 2004, Frey e Camargo, 
2003 e Jacobi, 1999). Na década de 90, a II Conferência Nacional da ONU, 
aconteceu no Brasil, a cidade do Rio de Janeiro, sediou a Rio 92, que tinha como 
tema o Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecida também como Cúpula da 
Terra, resultando em importantes documentos como a Carta da Terra (conhecida 
como Declaração do Rio) e a Agenda 21. 
Em 1997, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas 
aconteceu no Japão. Neste evento houve a pactuação do tratado conhecido como 
Protocolo de Kyoto, que exigiu metas para redução da emissão de gases na 
atmosfera. Nos anos 90, a preocupação com o meio ambiente ganhou espaço, os 
locais de discussão e escuta, os tratados e a união dos países em busca de um 
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mundo melhor configuraram grandes revoluções no quesito “pensar/ser meio 
ambiente”. 
O século XXI também não ficou para trás na busca pela proteção ao meio 
ambiente, exatos 10 anos após a cúpula da terra acontecer no Rio de Janeiro, com 
estipulação de metas na agenda 21 para os países, a ONU realizou o RIO+10, em 
Joanesburgo na África do Sul. Conhecida como a cúpula mundial, teve como 
discussão central o desenvolvimento sustentável, uma das pautas que mais foram 
debatidas foram sobre o estabelecimento de medidas para redução de 50 % das 
pessoas que viviam abaixo da linha da pobreza, até 2015, uso da água, manejo dos 
recursos naturais e desenvolvimento sustentável. 
Rio+20 foi o nome dado à Conferência das Nações Unidas sobre o 
Desenvolvimento Sustentável, em 2012, na cidade do Rio de Janeiro. Ao todo foram 
193 países participantes, e o objetivo principal foi a reafirmação e a renovação da 
participação dos países nas metas. Esta meta teve em debate a economia verde, a 
erradicação da pobreza e a estrutura para o desenvolvimento sustentável. 
A partir desse breve contexto histórico, percebe-se que as questões ambientais 
foram ganhando força e espaço nas discussões mundiais. As conferências tiveram 
papéis importantes na criação deste vínculo, que buscou integrar uma visão holística 
para que o homem visse a natureza como sua fonte de vida. Passamos, portanto, 
pelas fases dereivindicações, definições e nomenclaturas, como o desenvolvimento 
sustentável, e temos a partir dos anos 90, uma geração mais ativa e consciente das 
questões ambientais no Brasil e no mundo. 
 
FIQUE LIGADO! 
Para saber mais sobre as conferências mais importantes, bem como o contexto 
histórico, acesso o link da página da ONU 
Disponível em: <https://nacoesunidas.org/acao/meio-ambiente/>. 
 
1.4 Meio ambiente e ecologia 
 
A palavra "ambiente" vem do latim ambiens, tendo significado de "que rodeia". 
O termo meio ambiente pode ser percebido de várias formas. Para a definição da 
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Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) brasileira, estabelecida pela Lei 6938 
de 1981, o meio ambiente é “o conjunto de condições, leis, influências e interações 
de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as 
suas formas”. 
 
Figura 4- Meio Ambiente 
 
Fonte: Ambiental, 2018. 
 
1.4.1 Meio ambiente ecologicamente equilibrado 
Segundo o art.225, caput, da Constituição: Todos têm direito ao meio 
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à 
sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de 
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Esse dispositivo 
pode ser dividido em quatro partes: 
a) Meio ambiente ecologicamente equilibrado é um direito fundamental da 
pessoa humana (direito à vida com qualidade); 
b) o meio ambiente é um bem de uso comum do povo, bem difuso, portanto, 
indisponível; 
c) o meio ambiente é um bem difuso e essencial à sadia qualidade de vida 
do homem; 
d) o meio ambiente deve ser protegido e defendido pelo Poder Público e 
pela coletividade para as presentes e futuras gerações. 
 
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Ecologia 
A palavra ecologia foi definida pela primeira vez em 1866 por Ernst Haeckel e, 
para ele, ecologia era “a ciência capaz de compreender a relação do organismo com 
seu ambiente”. Ricklefs em 1973, definiu a ecologia como “o estudo do ambiente 
natural, particularmente as relações entre os organismos e suas adjacências”. 
A ecologia pode ser considerada uma das ciências mais antigas. A vontade de 
conhecer e entender tudo o que nos cerca, bem como nosso próprio corpo, vem de 
tempos mais antigos, contudo, nos últimos anos, o interesse em desvendar estes 
mistérios vem aumentando, assim como a busca pela conservação do meio 
ambiente, a preservação dos recursos naturais, fauna e flora. 
A ecologia humana busca entender a interação entre os atributos naturais e 
culturais da sociedade dos homens e fazer um paralelo entre a organização social 
dos seres humanos e a dos outros seres vivos, mostrando maior ou menor 
capacidade de dominar o meio ambiente. (SILVEIRA; PHILIPPI, 2014). 
A ecologia humana vai além da demografia, uma vez que lida com fatores 
externos e com a dinâmica interna das populações humanas, que são parte 
das comunidades bióticas e dos ecossistemas. Ela estende-se além da 
ecologia pois aborda a flexibilidade na conduta humana, sua habilidade em 
controlar o meio e o desenvolvimento cultural, em parte independente do 
meio ambiente. A cultura, por sua vez, é a maneira como as pessoas vivem 
em determinadas áreas, em determinados períodos. (SILVEIRA; PHILIPPI, 
2014). 
 
SAIBA MAIS! 
Existem algumas variações de meio ambiente ecologicamente equilibrado: 
Meio ambiente natural: meio ambiente natural é uma das espécies do meio ambiente 
ecologicamente equilibrado (art.225 da CF). Integram o meio ambiente natural a 
atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar 
territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora (art° 3°, V, da 
Lei n.6.938/81). 
Meio ambiente cultural: O meio ambiente cultural integra o patrimônio cultural 
nacional, incluindo as relações culturais, turísticas, arqueológicas, paisagísticas e 
naturais. 
Meio ambiente artificial: meio ambiente artificial é uma das espécies do meio 
ambiente ecologicamente equilibrado, previsto no art.225 da CF. Meio ambiente 
artificial é gênero, cujas espécies são espaços rurais e urbanos. 
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Meio ambiente do trabalho: meio ambiente do trabalho é uma das espécies do meio 
ambiente ecologicamente equilibrado, previsto no art.225 da CF, estando 
intimamente relacionado com a segurança do empregado em seu local de trabalho. 
 
1.5 Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) 
 
A Política Nacional do Meio Ambiente é uma lei que define os instrumentos de 
proteção do meio ambiente no Brasil. A Lei 6.938 de 31 de agosto 1981, dispõe as 
regras, mecanismos e demandas que buscam minimizar os problemas ambientais 
no território brasileiro. A política tem como finalidade prevista no artigo 2°, a 
preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental. Para isso, a lei 
considera o meio ambiente um bem público, a ser assegurado e protegido por todos. 
Em seus princípios, ela destaca a racionalização do uso do solo, o 
planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais, a proteção ao meio 
ambiente, assim como sua biodiversidade, o controle dos zoneamentos das 
atividades poluidoras. A lei tece definições precisas, são elas: 
 Degradação ambiental: “alteração adversa das características do meio 
ambiente”. 
 Recursos ambientais: “a atmosfera, as águas interiores, superficiais e 
subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os 
elementos da biosfera, a fauna e a flora”. 
 
A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) traz como objetivos, em seu art. 
4º, os seguintes: 
I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a 
preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico; 
II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à 
qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos 
Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; 
III - ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de 
normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais; 
IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas 
para o uso racional de recursos ambientais; 
V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de 
dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública 
sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio 
ecológico; 
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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua 
utilizaçãoracional e disponibilidade permanente, concorrendo para a 
manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida; 
 VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar 
e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela 
utilização de recursos ambientais com fins econômicos. 
 
A política em sua criação, contemplou a todas as esferas governamentais, 
sociais e políticas, e define que o meio ambiente, por ser um bem coletivo, deve ser 
cuidado por todos. 
 
1.5.1 Instrumentos da PNMA 
No Brasil a Lei 6.938/81, conhecida como Política Nacional do Meio Ambiente 
corroborou para um maior reconhecimento sobre as questões ambientais existentes. 
Com a política, começou-se a vigorar pelo país instrumentos de avaliações, 
parâmetros regulatórios e padrões de exigência rigorosos, que foram de grande 
importância às questões ambientais atuantes. Entre vários instrumentos, estão 
estabelecidos pela Lei n° 6.938/81, em seu art. 9º: 
I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental; 
II - o zoneamento ambiental; 
III - a avaliação de impactos ambientais; 
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente 
poluidoras; 
V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou 
absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental; 
VI - a criação de reservas e estações ecológicas, áreas de proteção 
ambiental e as de relevante interesse ecológico, pelo Poder Público 
Federal. 
 
IMPORTANTE! 
É necessário distinguir os objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) 
dos instrumentos, pois, estes são frequentemente objetos de prova de concursos. 
 
1.6 O Zoneamento Ambiental 
 
É uma delimitação de áreas, em que um determinado espaço territorial é 
dividido em zonas de características comuns e, com base nesta divisão, são 
estabelecidas as áreas previstas nos projetos de expansão econômica ou urbana. 
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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Embora o Estado e a União tenham poder para executá-lo, muitas vezes são feitos 
pelos municípios. 
 
1.7 A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) 
 
Pode ser definida como uma série de procedimentos legais, institucionais e 
técnico-científicos, com o objetivo caracterizar e identificar impactos potenciais na 
instalação futura de um empreendimento, ou seja, prever a magnitude e a 
importância desses impactos (Bitar & Ortega, 1998). A figura abaixo ilustra as etapas 
desta avaliação: 
 
Figura 5- Análise dos Impactos Ambientais 
 
Fonte: Adaptado de Unesp, p. 02/12. 
 
O Estudo de Impacto Ambiental é previsto, segundo a Constituição Federal, 
para os casos de licenciamento de atividades que envolvam significativo impacto 
ambiental. 
Antonio Inagê, citado por Philippi et. al (2014), define a Avaliação de Impacto 
Ambiental como sendo: 
“Conjunto de métodos e procedimentos que, aplicados a um caso concreto, 
permite avaliar as consequências ambientais de um determinado Plano, 
Programa, Política (ou até mesmo de empreendimentos pontuais), 
aproveitando ao máximo suas consequências benéficas e diminuindo, 
também ao máximo possível, seus efeitos deletérios do ponto de vista 
ambiental e social. [...] Os métodos e procedimentos do AIA, portanto, nada 
mais são do que instrumentos colocados à disposição do empreendedor, 
público ou privado, para o apoio de sua decisão sobre a execução ou não 
de um empreendimento, assim como, no caso positivo, a melhor maneira de 
ele ser implementado. (OLIVEIRA, 2005 apud PHILIPPI et al., 2014). 
 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
IMPORTANTE! 
O roteiro mínimo a ser seguido por aqueles que devem realizar um Estudo de 
Impacto Ambiental (EIA), pode ser visto abaixo, de acordo com o art.6º da 
Resolução Conama n. 1/86, (PHILIPPI et al, 2014). 
 Diagnóstico ambiental da área: meio físico, meio biótico, meio socioeconômico 
 Análise dos impactos e alternativas 
 Medidas mitigatórias 
 Programas de monitoramento e acompanhamento 
Sendo considerado: 
 Meio físico: o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando os recursos minerais, 
a topografia, os tipos e aptidões do solo, os corpos d’água, o regime hidrográfico, 
as correntes marinhas, as correntes atmosféricas. 
 Meio biótico: fauna, flora, destacando espécies indicadoras da qualidade 
ambiental, de valor científico e econômico, raras e ameaçadas de extinção e as 
áreas de preservação permanente. 
 Meio socioeconômico: uso e ocupação do solo, usos da água e a sócio-economia, 
destacando os sítios e monumentos arqueológicos, históricos e culturais da 
comunidade, as relações de dependência entre a sociedade local, os recursos 
ambientais e a potencial utilização futura desses recursos. 
Fonte: PHILIPPI et al. 2014. 
 
1.8 O Licenciamento Ambiental 
 
É o processo administrativo complexo que tramita perante a instância 
administrativa responsável pela gestão ambiental, seja no âmbito federal, estadual 
ou municipal, e que tem como objetivo assegurar a qualidade de vida da população, 
por meio de um controle prévio e de um continuado acompanhamento das 
atividades humanas capazes de gerar impactos sobre o meio ambiente. 
 
SAIBA MAIS! 
O que significa Licenciamento Ambiental? 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
É o procedimento no qual o poder público, representado por órgãos ambientais, 
autoriza e acompanha a implantação e a operação de atividades, que utilizam 
recursos naturais ou que sejam consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras. 
É obrigação do empreendedor, prevista em lei, buscar o licenciamento ambiental 
junto ao órgão competente, desde as etapas iniciais de seu planejamento e 
instalação, até a sua efetiva operação. 
Leia o Manual de Licenciamento Ambiental: 
Disponível em: 
<http://www.mma.gov.br/estruturas/sqa_pnla/_arquivos/cart_sebrae.pdf> 
 
1.9 Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA 
 
Na edição da Lei 6.938/81, foi criado o Sistema Nacional do Meio Ambiente 
(SISNAMA). A finalidade deste órgão é o de estabelecer padrões que viabilizem o 
desenvolvimento sustentável, a partir de mecanismos próprios, visando uma 
amplitude e eficiência na proteção do meio ambiente. 
A atuação desse conselho se fará por uma articulação coordenada dos 
órgãos e entidades, colhendo informações dos setores interessados, 
incluindo-se a opinião pública, para a formulação de uma posição comum 
ou de maioria. O destino fim dos órgãos é de cumprir o princípio maior 
presente da Constituição Federal e nas normas infraconstitucionais, nas 
diversas esferas da Federação. (SIRVINSKAS ,2008). 
 
Ao poder executivo, está designado apreciar o pedido de licenciamento e 
exercer o controle das atividades que se utilizam dos recursos naturais. Ao poder 
legislativo, cabe elaborar leis, fixar orçamentos para os órgãos ambientais e exercer 
o controle das atividades do executivo. 
Para o judiciário, cabe fazer a revisão dos atos administrativos praticados pelo 
executivo e exercero controle da constitucionalidade das normas. 
Ao ministério público, promover o inquérito civil e a ação civil pública para a 
proteção do meio ambiente. (art.129, III, da Constituição Federal). Os órgãos que 
compõem o SISNAMA, estão previstos na Lei 6.938/81, art. 6°: 
a) Conselho de Governo (órgão superior); 
b) CONAMA (órgão consultivo, deliberativo e normativo); 
c) Ministério do Meio Ambiente-MMA (órgão central); 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
d) IBAMA (órgão executor); 
e) Órgãos da Administração federal direta, indireta ou fundacional, 
encarregados de proteger o meio ambiente (órgãos setoriais); 
f) Órgãos e entidades estaduais ambientais: SEMA, CONAMA, CETESB, 
DEPRN, Polícia Militar Ambiental etc. (órgãos seccionais); 
g) Órgãos que entidades municipais ambientais (órgãos locais). 
 
Mediante as organizações destacam-se as funções principais competidas a 
cada órgão existente no SISNAMA: 
 
Figura 6 - SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente 
 
Fonte: Brenny, 2010. 
 
ATENÇÃO 
Estudante, atente-se aos objetivos e princípios da Política Nacional do Meio 
Ambiente, bem como o SISNAMA, a servidão ambiental e toda sua composição, 
estes são assuntos que caem com frequência nos mais variados concursos 
brasileiros. 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
SAIBA MAIS! 
As diretrizes que compõem o zoneamento, as taxas de licenciamento, e a 
competência a fundo dos órgãos, além de toda explicação dos instrumentos do 
SISNAMA se encontram no site: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm> 
E para complementar o estudo, o artigo: “Breve análise dos instrumentos da Política 
de Gestão Ambiental Brasileira”, apresenta uma introdução boa sobre os 
instrumentos presentes na Lei 6.938 de 1981. 
 
IMPORTANTE! 
Bom pessoal, chegamos ao fim deste capítulo e, para reforçar os seus estudos, 
deixarei algumas recomendações bibliográficas relevantes: 
 
PHILIPPI, Jr., ROMÉRO, M., BRUNA, G. Curso de Gestão Ambiental 2ed. Atual. 
eampl. Barueri-SP: Manole, 2014 (Coleção ambiental, v.13). 
 
RUPPENTHAL, Janis. Gestão Ambiental. Santa Maria: Universidade Federal de 
Santa Maria, Colégio Técnico Industrial de Santa Maria, Rede e-TEC, Brasil 2014. 
128 p. 
 
 
 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
CAPÍTULO 2 – POLUIÇÃO E CONTROLE AMBIENTAL 
 
2.1 Poluição 
 
Como vimos ao longo do capítulo, a concepção, definição e estruturação de 
meio ambiente e ecologia, passaram por várias (re)modificações através dos 
séculos, e o que os tornaram evidentes e pautas de grandes estudos. A causa disso 
foi exatamente a sua escassez. E porque isso aconteceu? Com os rápidos avanços 
da sociedade, observamos o crescente aumento pelos bens de consumo, enquanto 
que os bens de reposição dos recursos naturais têm se tornado cada vez mais 
escassos, isso advém um problema grande desencadeado por muitos fatores, 
dentre eles, a poluição. 
A poluição no meio do trabalho é tão grande, que o boletim epidemiológico do 
Ministério da Saúde (2016), revelou um número grande de intoxicações exógenas 
(causadas por agentes químicos, como poluentes no ar, compostos orgânicos 
voláteis, solventes, gases e líquidos inflamáveis, explosivos, tóxicos), este 
levantamento revelou que no território brasileiro acontece cerca de 4,8 milhões de 
casos a cada ano e, aproximadamente, 0,1 a 0,4% das intoxicações resultam em 
óbito. (Zambolim; Oliveira,2008) Este número grandioso, ainda não revela os casos 
que acometem a população em geral e o meio ambiente, fato este que amplia ainda 
mais os casos ocultos de poluição por intoxicações. 
 
IMPORTANTE! 
O entendimento sobre a poluição e seus modos de acometimento, designam uma 
atenção específica à importância de se pensar em modos saudáveis de trabalho, 
produção e consumo. A partir desta breve introdução, responda: O que é poluição 
para você? 
 
Segundo Braga, poluição “é uma alteração indesejável nas características do 
meio ambiente que pode levar direta ou indiretamente a danos à saúde, à 
sobrevivência ou às atividades dos seres humanos e a outras espécies ou ainda 
deteriorar materiais” (BRAGA et al., 2005). 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
A Lei 6.938 de 1981, que regulamenta a Política Nacional do Meio Ambiente, 
aborda poluição como poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de 
atividades que direta ou indiretamente: prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-
estar da população; criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; 
afetem desfavoravelmente a biota; afetem as condições estéticas ou sanitárias do 
meio ambiente; lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões 
ambientais estabelecidos. O poluidor, apresenta-se como “poluidor, a pessoa física 
ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por 
atividade causadora de degradação ambiental”. 
A degradação da qualidade ambiental também reitera este artigo no PNMA, 
expondo que a mesma se caracteriza como “a alteração adversa das características 
do meio ambiente”. 
Poluente segundo a lei 6.938/81,"é toda e qualquer forma de matéria ou 
energia liberada no meio ambiente em desacordo com as normas ambientais 
existentes, colocando em risco a saúde, a segurança ou o bem-estar comum". 
 
2.2 Tipos de poluição 
 
A poluição possui diversas espécies, e se divide em linhas grandes e amplas 
como: a poluição atmosférica; a poluição hídrica; a poluição do solo; a poluição da 
fauna e flora; a poluição da biodiversidade; a poluição do patrimônio genético; a 
poluição de zonas costeiras, entre outros. No decorrer do capítulo, iremos discorrer 
sobre as (poluições atmosféricas e hídricas), adiante, deixaremos endereços e dicas 
de leituras que irão trazer mais detalhes para cada processo e para cada tipo de 
poluição. 
 
2.2.1 Poluição atmosférica 
Atmosfera é a camada de ar que envolve a terra, nela há uma composição de 
aproximadamente 20% de oxigênio, 79% de nitrogênio e 1% de quantidades 
variáveis de vapor de água, dióxido de carbono entre outros gases nobres. A 
principal função desta é proteger a terra da radiação ultravioleta, funcionando 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
basicamente como uma (peneira), onde filtra os raios mais fortes, evitando o 
superaquecimentoda terra, consequentemente, evitando a morte na vida terrestre. 
A poluição atmosférica pode ser entendida como a modificação da sua 
constituição, exposta acima, estas mudanças provocam “buracos na camada de 
ozônio”, facilitando a entrada de uma quantidade excessiva de raios ultravioletas 
advindos do sol, isso pode e coloca em risco a saúde, a segurança e o bem-estar 
social. Há diversas fontes que podem ocasionar a sua modificação, entre elas 
listamos: 
a) pelas indústrias (fontes estacionárias); 
b) pelos transportes (fontes móveis); 
c) pelas queimadas (agropastoris e queima da palha da cana de açúcar); 
d) pelas usinas nucleares (advindo dos seus rejeitos e acidentes), pelas 
termelétricas (movidas a combustíveis fósseis, como óleo, carvão e ou 
gás natural) e por ondas eletromagnéticas (radiação por radiofrequência). 
 
Podemos classificar os poluentes em duas categorias: primários e secundários: 
 Os poluentes primários são aqueles originados diretamente das fontes de 
emissão. Eles são o resultado de processos industriais, gases de 
exaustão de motores de combustão interna, entre outros. Podemos citar 
como exemplos os óxidos sulfurosos, óxidos nitrosos e materiais 
particulados (RUPPENTHAL ,2014). 
 Os poluentes secundários são aqueles formados na atmosfera através da 
reação química entre poluentes primários e constituintes naturais da 
atmosfera. Por exemplo, formação de ozônio, ácido sulfúrico, ácido 
nítrico. (RUPPENTHAL ,2014). 
 
 
 
 
 
 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Figura 7 - Principais poluentes atmosféricos 
 
Fonte: Ruppenthal, 2014. 
 
A medição da qualidade do ar é realizada para um número restrito de poluentes 
que são definidos devido a sua importância, assim como pelos recursos disponíveis 
para seu acompanhamento. Esses poluentes medidos são utilizados como 
indicadores de qualidade do ar e usados globalmente. Eles foram escolhidos por 
causa da frequência de ocorrência e dos efeitos adversos resultantes e são: material 
particulado, óxidos de nitrogênio, dióxidos de enxofre, monóxidos de carbono, 
oxidantes fotoquímicos e compostos orgânicos voláteis. (RUPPENTHAL,2014). 
 
2.2.1.1 Material particulado 
Partículas de material sólido ou líquido suspensas no ar, na forma de poeira, 
neblina, aerossol, fuligem, entre outros. O tamanho destas partículas está 
associado à sua grandeza quanto aos problemas de saúde, quanto menor for a 
partícula, mais grave será os danos, pois, elas possuem a capacidade de se fixarem 
nas paredes do trato respiratório mais facilmente. 
O material particulado pode ser dividido em: Partículas Totais em Suspensão 
(PTS), Partículas Inaláveis (MP10), Partículas Inaláveis Finas (MP2,5) e Fumaça 
(FMC). 
 
 Partículas inaláveis (MP10), são partículas de material sólido ou líquido 
suspensas no ar, na forma de poeira, neblina, aerossol, fuligem, entre 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
outros, com diâmetro aerodinâmico equivalente de corte de 10 
micrômetros. 
 Partículas Inaláveis Finais (MP 2,5), são partículas de material sólido ou 
líquido suspensas no ar, na forma de poeira, neblina, aerossol, fuligem, 
entre outros, com diâmetro aerodinâmico equivalente de corte de 2,5 
micrômetros, devido ao seu pequeno tamanho apresentam potencial para 
penetrar mais profundamente no sistema respiratório, podendo atingir os 
alvéolos pulmonares. 
 Partículas Totais em Suspensão - PTS, são partículas de material sólido 
ou líquido suspensas no ar, na forma de poeira, neblina, aerossol, 
fuligem, entre outros, com diâmetro aerodinâmico equivalente de corte de 
50 micrômetros; 
 Fumaça (FMC), resulta da combustão incompleta de combustíveis 
orgânicos e está associada ao material particulado suspenso na 
atmosfera proveniente desses processos. O método de determinação da 
fumaça é baseado na medida de refletância da luz que incide na poeira 
(coletada em um filtro), o que confere a este parâmetro a característica de 
estar diretamente relacionado ao teor de fuligem na atmosfera. 
(RUPPENTHAL, 2014). 
 
Como definido acima, poluente é toda e qualquer forma de matéria ou energia 
liberada no meio ambiente que possa causar danos à saúde, a segurança e ao bem 
estar comum. Entre os poluentes que podem contaminar o ar, temos o dióxido de 
carbono (CO2), que permanece no ar por até 200 anos, o óxido nitroso (N2O, que 
tem um tempo de 114 anos de permanência, o metano (CH4), liberado 
principalmente pelo gado, que pode permanecer por 12 anos e o tetracloridro de 
carbono (CCI4), que tem um tempo de 85 anos presente no ar. 
Dentre os compostos nitrogenados, incluem-se N2O, NO NO2, NH3, sais de 
NO3–, NO2–, NH4, que são resultantes, em pequena parte, de processos 
industriais. Na maioria dos casos, estes são oriundos da combustão da gasolina e 
diesel em transporte e queima estacionário de combustíveis. 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Esses compostos são precursores do ozônio troposférico e, também, 
participam no processo de formação da chuva ácida. Também são imunotóxicos, 
agindo no trato respiratório e causando fibrose e enfisema. Também causam 
necrose em plantas e agem retardando seu crescimento. (RUPPENTHAL, 2014) 
Os componentes sulfurosos: o enxofre encontra-se nas seguintes formas: COS 
(carbonil sulfeto), CS2 (sulfeto de carbono), (CH3)2S (dimetil sulfeto), H2S (sulfeto de 
hidrogênio), SO2 (dióxido de enxofre), SO4 –2 (sulfatos). São gases incolores de 
odor pungente. As fontes naturais destes compostos do enxofre estão ligadas a 
degradação biológica, evaporação das águas oceânicas. 
Os solos ricos em enxofre constituem também, uma fonte natural de H2S. As 
fontes antrópicas são: combustão de madeiras, óleo diesel, petróleo bruto. O SO2 é 
um gás incolor com um odor irritante e azedo. Esse gás é altamente solúvel em 
água, sendo essa propriedade a base dos sistemas de separação úmida do SO2 e 
da formação de ácido sulfúrico no contato com a água ou vapor d’água 
(RUPPENTHAL ,2014). 
Ozônio e oxidantes fotoquímicos:O ozônio é um gás incolor e inodoro, 
normalmente encontrado na estratosfera onde age como um filtro para a radiação 
ultravioleta nociva do sol. Porém, quando é encontrado na troposfera, passa a ser 
um importante poluente por ser o principal componente da névoa fotoquímica. Esse 
gás é formado pela reação fotoquímica do óxido nitroso e compostos orgânicos 
voláteis na presença da radiação ultravioleta do sol. Trata-se de um oxidante 
fitotóxico (causa danos para as plantas) e citotóxico (causa danos nas células 
animais, inclusive o homem). (RUPPENTHAL, 2014) 
Com o aumento da emissão de partículas poluidoras na atmosfera, têm-se os 
eventuais acontecimentos, que versam desta falta de equilíbrio entre a emissão da 
poluição, alguns exemplos a serem citados são: a diminuição da camada de ozônio, 
a chuva ácida, o efeito estufa e o smog. 
 
2.2.1.2 Diminuição da camada de ozônio 
Ozônio é umgás naturalmente presente na atmosfera. Cada molécula contém 
três átomos de oxigênio e é quimicamente designado por O3. (INPE/DGE, 2014) 
 
 
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Figura 8 - Formação do Ozônio 
 
Fonte: INPE/DGE. 
 
O ozônio pode ser encontrado em duas regiões da atmosfera: cerca 10% do 
ozônio atmosférico encontra-se na troposfera, região mais próxima da superfície da 
terra (entre 10 e 16 quilômetros) e os restantes 90% encontram-se na estratosfera, a 
uma distância entre 10 e 50 quilômetros. A sua maior concentração está presente na 
estratosfera, apelidada, “camada de ozônio”. (INPE/DGE, 2014) 
 
Figura 9 - Formação do Ozônio 
 
Fonte: INPE/DGE. 
 
A etapa inicial do processo de destruição do ozônio estratosférico pelas 
atividades humanas se dá por meio da emissão de gases contendo cloro e bromo. 
Por não serem reativos e por não serem rapidamente removidos pela chuva, nem 
pela neve, esses gases, em sua maioria ficam acumulados na baixa atmosfera. 
Quando sobem à estratosfera sofrem ação da radiação ultravioleta – radiação UV 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
liberando radicais livres que reagem com a molécula de ozônio, formando uma 
molécula de oxigênio, O2 e uma molécula de óxido de cloro, ClO, provocando a 
destruição do O3. 
O ClO tem vida curta e rapidamente reage com um átomo do oxigênio livre, 
liberando o radical livre que volta a destruir outra molécula de O3. Um único radical 
livre de cloro é capaz de destruir 100 mil moléculas de ozônio, o que provoca a 
diminuição da camada de ozônio e prejudica a filtração da radiação UV 
(INPE/DGE,2014). 
 
Figura 10 - Destruição camada de ozônio. 
 
Fonte: Ambiente. Acesso em 2019. 
 
2.2.1.3 Chuva ácida 
A chuva ácida é resultado da reação do dióxido de enxofre (SO2 ) e os óxidos 
de nitrogênio (NO, NO2, N2O5), gases esse que são emitidos na atmosfera e 
transportados pelas correntes de ar. O SO 2 e o NO reagem com água, oxigênio e 
outros produtos químicos para formar ácidos sulfúrico e nítrico. 
Os processos que podem corroborar para a chuva ácida estão associados aos 
vulcões, mas em grande parte, as maiores fontes são: 
 A queima de combustíveis fósseis; 
 Veículos e equipamentos; 
https://planetabiologia.com/poluicao-do-ar-e-gases-poluentes-da-atmosfera/
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
 Fabricação, refinarias de petróleos e outras indústrias. 
 
O ph natural da chuva, geralmente está em 06, na chuva ácida, este valor varia 
de 2 a 5. Os efeitos que a chuva ácida pode fazer ao meio ambiente pode ser a 
alteração do pH de lagos e prejudicando o ecossistema presente ali, como a fauna, 
a flora, tornando o solo mais ácido e com isso improdutivo. Esta também pode 
influenciar na corrosão de estruturas, muros, grades, entre outros. 
 
Figura 11- Formação Chuva Ácida. 
 
Fonte: Coelho, 2013. 
 
2.2.1.4 Efeito estufa 
O efeito estufa é responsável pela manutenção da vida na terra. Este 
fenômeno natural acontece devido à absorção pelos oceanos e pela superfície 
terrestre da energia solar que chega ao planeta, resultando em um aquecimento, em 
que uma parte deste calor, irradiada ao espaço, é bloqueada pelos gases do efeito 
estufa. Sem a existência deste fenômeno a temperatura média na Terra seria mais 
baixa (-18°C). Essa troca de energia que ocorre entre a superfície e a atmosfera e 
faz com que a temperatura global chegue a 14°C. As emissões antrópicas de gases 
poluidores podem contribuir para a mudança do funcionamento deste fenômeno e 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
colaborar para mudanças climáticas grandes. Alguns gases que podem interferir 
neste processo são: O dióxido de carbono (CO2), gás metano (CH4), óxido nitroso 
(N2O), hidrofluorcarbonos (HFCs), entre outros. 
 
2.2.1.5 Smog 
O Smog pode ser conhecido como os efeitos secundários de poluentes 
formados por processos fotoquímicos, que são resultantes de emissões de NO e 
Hidrocarbonetos reativos de automóveis. 
 
2.3 Formas de controle de emissão de gases 
 
As formas de controles de emissões de gases poluentes, compostos de gases 
ácidos (SOx), compostos orgânicos voláteis, NOx, HF e CO, evolvem técnicas fisico-
químicas variadas. Existem algumas variedades de tecnologias que atuam no 
controle das emissões de gases, que se subdividem em dois grupos: tecnologias 
integradas e tecnologias de final de linha. 
 
2.3.1 Tecnologias integradas 
Com a evolução da tecnologia e a partir de um melhor entendimento dos 
mecanismos de formação das emissões é possível retardar a formação das 
emissões in situ, através da oxidação e outras reações químicas.Vários processos 
de combustão podem ser empregados objetivando o controle integrado, incluindo a 
substituição ou reformulação dos compostos utilizados, temperaturas de reação 
mais baixas, utilização de catalisadores que interferem na formação de poluentes e 
ainda recuperação e reuso de solventes (RUPPENTHAL, 2014). 
 
2.3.2 Tecnologias de final de linha 
Tecnologias de final de linha, como o próprio nome diz, são tecnologias de 
controle das emissões no final do processo, sendo geralmente, muito simples em 
termos de princípios físicos e/ou químicos. Os processos desenvolvidos para o 
controle das emissões variam, desde um simples lavador de um estágio, até 
sistemas complexos de múltiplos estágios com opção de reciclagem dos gases. 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Os fatores que devem ser considerados na seleção de equipamentos são: 
eficiência, padrões de emissão, consumo de energia, custo do investimento, custos 
de operação e manutenção, natureza física e química dos particulados e sua 
periculosidade. 
 
2.4 Tecnologias de Controle de Poluição do Ar 
 
Existem diferentes equipamentos empregados no controle de particulados para 
purificação do ar. Os mais utilizados são separadores mecânicos (câmaras de 
sedimentação e ciclones), os filtros de manga, os precipitadores eletrostáticos e os 
lavadores de gases. 
As câmaras de sedimentação são simplesmente seções de dutos onde a 
velocidade do gás é diminuída, permitindo a sedimentação das partículas pela ação 
da gravidade. (RUPPENTHAL ,2014). 
 
2.4.1 Ciclones 
São coletores centrífugos, nos quais os gases são injetados de modo a sofrer 
ação da forçacentrífuga obtida pela rotação de um cilindro gigante. As partículas 
(mais densas) caem para a parte inferior do cilindro, em função da gravidade, e são 
coletadas. Os gases por serem menos densos ascendem e saem pela parte superior 
(MOURA, 2011). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Figura 12 – Ciclones 
 
Fonte: UFES. Acesso em Setembro de 2020. 
 
2.4.2 Lavadores de Gases 
Caracterizados por possuírem um tubo de entrada do gás com uma contração 
(ponto em que a velocidade aumenta e a pressão se reduz, pulverizando as 
partículas do líquido). O fluxo gasoso é utilizado para quebrar as partículas do 
líquido de lavagem (geralmente água). As partículas caem para a parte inferior do 
lavador e são coletadas para tratamento, enquanto os gases limpos saem pela parte 
superior (MOURA, 2011). 
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Figura 13 – Lavadores de gases 
 
Fonte: Ruppenthal, 2014. 
 
2.4.3 Filtros de tecido ou de mangas 
Esse processo é utilizado na remoção de particulados de gases secos, 
característica das indústrias siderúrgicas de cerâmicas, e outros. Assemelha-se a 
um aspirador de pó, no qual os gases são induzidos a passar por um tecido, ficando 
retidas as partículas e formando uma camada de filtro (que posteriormente é 
removida por agitação ou refluxo), liberando os gases limpos. (RUPPENTHAL, 
2014). 
 
Figura 14 – Filtro de tecido ou de mangas 
 
Fonte: Ruppenthal, 2014. 
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2.4.4 Precipitadores Eletrostáticos 
Neste equipamento, bem comum em indústrias de cimento e siderúrgicas, as 
partículas dos gases recebem carga elétrica, ficando portanto com cargas elétricas 
negativas, e quando os gases passam através de placas mantidas em um potencial 
positivo, as partículas são retidas nessa placa (por atração) e são removidas 
periodicamente através do batimento da placa com um “martelo” ( as partículas 
caem para um recipiente de coleta). (MOURA, 2011). 
 
2.5 Poluição Hídrica 
 
A água se configura no elemento mais presente da terra, 97,5% do globo 
terrestre é coberto por água salgada, enquanto de 2,5 % é água doce proveniente 
de nascentes e geleiras, sendo no Brasil o clima tropical, a vegetação nos coloca em 
posição de vantagem, com abundância de água doce em nosso território. Mesmo 
com estes dados, a água está entre um dos elementos mais poluídos do mundo. A 
pesquisa da Agência Nacional de Água (ANA), em seus estudos, constatou que em 
sete estados, num total de 96 rios, córregos, cachoeiras e nascentes, 40% destes 
são ruins, ou seja, são impróprias para o consumo. 
A água é constituída por moléculas de hidrogênio e oxigênio (H2O), portanto, a 
sua poluição é considerada uma degradação da qualidade deste meio, sendo 
resultado da ação direta ou indireta com o despejo de matérias ou energias (sólido, 
líquido, gasosa) nas fontes. A água se apresenta de várias formas, elas podem estar 
no estado gasoso, líquido ou sólido, estando presente no subsolo, na superfície 
terrestre e na atmosfera, distribuindo-se tanto no subsolo, na superfície da Terra, 
bem como na atmosfera. Pela sua variabilidade de estados e locais presentes, a 
água é um elemento que está em constante circulação, passando de um estado 
para o outro, sem perder sua massa. 
O ciclo hidrológico, nos mostra como ocorre esta troca de estados, 
mantendo-se estáveis sua composição, seguindo a ordem de evaporação, 
transpiração, precipitação, escoamento superficial, infiltração e escoamento 
subterrâneo. O ciclo se inicia com a evaporação, a água evapora a partir 
dos oceanos e corpos d’água, formando as nuvens, que, em condições 
favoráveis, dão origem à precipitação, seja na forma de chuva, neve ou 
granizo. Após este acontece a precipitação, ao atingir o solo, pode escoar 
superficialmente até atingir os corpos d’água ou infiltrar até atingir o lençol 
freático. Além disso, a água, interceptada pela vegetação e outros seres 
vivos, retorna ao estado gasoso através da transpiração. A água retorna ao 
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mar através do escoamento superficial pelos rios, do escoamento 
subterrâneo pela descarga dos aquíferos na interface água doce/água 
salgada e, também, através da própria precipitação sobre a área dos 
oceanos. (Manual de Controle da Qualidade da Água para Técnicos que 
Trabalham em ETAS, 2014). 
 
Figura 15 - Ciclo Hidrológico 
 
Fonte: Ruppenthal, 2014. 
 
Portanto, percebe-se que os recursos hídricos abrangem as águas superficiais, 
as águas subterrâneas, os estuários e o mar territorial. Segundo a resolução 
396/2008 do CONAMA, águas subterrâneas são águas que ocorrem naturalmente 
ou artificialmente no subsolo. 
A Agência Nacional de Águas (ANA) classifica as águas superficiais como 
aquelas que não penetram no solo, acumulam-se na superfície, escoam e dão 
origem a rios, riachos, lagoas e córregos. Por esta razão, elas são consideradas 
uma das principais fontes de abastecimento de água potável do planeta. Para 
Pritchard (1967) como corpos d’água costeiros, semiconfinados, onde ocorre a 
mistura de água doce, proveniente do continente, com água salgada do oceano. 
A Convenção das Nações Unidas, que versa no Direito do Mar, considera Mar 
territorial como uma faixa marítima de largura igual a doze milhas marítimas, 
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medidas a partir de uma linha de base, sendo linhas de base definida como a linha 
de baixa-mar (linha da maré mais baixa) ao largo da costa. 
A problemática do uso da água, versa sobre o seu consumo, sabemos que a 
água é necessária para o consumo humano e animal, para a geração de produtos e 
materiais, que geram economia. O uso sem racionalização e indiscriminado pela 
sociedade civil, desencadeia fatores como a escassez deste bem natural, no Brasil e 
no mundo. 
Para se ter uma ideia, no Brasil 62% da água é utilizado na agricultura, 
enquanto 20% no abastecimento de casas e 18% nas indústrias. Ou seja, a 
distribuição maior se encontra nos meios e modos de produção. Além do uso 
inadequado, bem como sua distribuição deturpada, temos a poluição de nossos 
afluentes, sendo mais uma forma de contaminação, não somente das águas 
superficiais, mas como vimos, das águas subterrâneas. E porqueesta preocupação? 
As águas subterrâneas compõem o equivalente a 96% da água no mundo, como 
exemplifica o esquema abaixo: 
 
Figura 16 - Porcentagem água subterrânea 
 
Fonte: Possas, 2011. 
 
As estratégias que compõem a luta no território brasileiro, para manutenção e 
qualidade da água, estão previstas na Lei n° 9433, de 8 de janeiro de 1997, 
conhecida como lei das águas, instituindo a Política Nacional de Recursos 
Hídricos. São objetivos desta política, conforme seu art. 2º: 
I - Assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de 
água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos; 
II - A utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o 
transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável; 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
III - a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem 
natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais. 
IV - Incentivar e promover a captação, a preservação e o aproveitamento de 
águas pluviais. 
 
No art 5° segue os instrumentos utilizados: 
I - Os Planos de Recursos Hídricos; 
II - O enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos 
preponderantes da água; 
III - A outorga dos direitos de uso de recursos hídricos; 
IV - A cobrança pelo uso de recursos hídricos; 
V - A compensação a municípios; 
VI - O Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos. 
 
O Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos é uma forma de 
descentralizar o poder e as estratégias de avaliação, análise e monitoramento dos 
recursos hídricos brasileiros. Este sistema perante a Lei 9433/1997, tem como 
objetivos: 
I - Coordenar a gestão integrada das águas; 
II - Arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos 
hídricos; 
III - Implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos; 
IV - Planejar, regular e controlar o uso, a preservação e a recuperação dos 
recursos hídricos; 
V - Promover a cobrança pelo uso de recursos hídricos. 
 
Compõe este sistema, como previsto no art. 33: 
I – O Conselho Nacional de Recursos Hídricos; 
I- A Agência Nacional de Águas; 
II – Os Conselhos de Recursos Hídricos dos Estados e do Distrito Federal; 
III – Os Comitês de Bacia Hidrográfica; 
IV – Os órgãos dos poderes públicos federal, estaduais, do Distrito Federal 
e municipais cujas competências se relacionem com a gestão de recursos 
hídricos; 
V – As Agências de Água. 
 
Classificação da poluição hídrica 
Para classificação da poluição hídrica temos as seguintes alternativas: 
 Poluição sedimentar: esta é resultado da acumulação de partículas em 
suspensão, tais como partículas de solo e de produtos químicos 
orgânicos ou inorgânicos insolúveis. Exemplos a serem citados são: os 
sedimentos contaminados com agrotóxicos. 
 Poluição química: A poluição química é ocasionada por produtos químicos 
que possam afetar a fauna e a flora aquática, e pode ser dividida em dois 
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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
segmentos: Biodegradáveis – este que são decompostos por bactérias, 
como exemplo os detergentes, os inseticidas, fertilizantes, entre outros. E 
os persistentes, estes poluentes que se mantêm ao longo do tempo no 
meio ambiente e nos organismos, causando a contaminação de 
alimentos. Exemplo deste pode ser o mercúrio. 
 Poluição térmica: Esta é relacionada aos despejos em rios de processos 
de refrigerações de refinarias e indústrias, estes causam aumento da 
temperatura da água e compromete a vida dos organismos vivos 
presentes naquele espaço. 
 Poluição biológica: Esta se dá pela infecção por organismos patogênicos, 
sendo bactérias, vírus, protozoários entre outros que estão presentes no 
esgoto. 
 
2.5.1 Eutrofização 
Este processo, a eutrofização, é um fenômeno que se dá pela proliferação 
excessiva das plantas aquáticas, estas causam interferência do copo d’água. Tal 
crescimento geralmente é iniciado ou estimulado por um volume grande de 
Nitrogênio e Potássio, que advêm de dejetos como adubos, fertilizantes, detergentes 
e esgotos. A camada criada por este excesso de plantas aquáticas forma uma 
“proteção” contra a luz solar na água, o que impede o processo de fotossíntese nas 
partes mais profundas, ocasionalmente, interfere no abastecimento de oxigênio para 
as formas de vida existentes nesta porção hídrica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Figura 17 - Eutrofização 
 
Fonte: Fonseca, 2016. 
 
2.6 Tipos de Processos de Tratamento 
 
O processo de tratamento dos efluentes, consiste na remoção de poluentes, 
sendo cada método, dependente das condições físicas, químicas e biológicas, 
alinhada a cada caso. 
 
IMPORTANTE 
Conceito de efluentes: Efluentes são rejeitos resultantes de processos produtivos ou 
mesmo do consumo humano. 
Saiba mais:<https://www.infoescola.com/ecologia/efluentes/> 
 
2.6.1 Processos Físicos 
São assim definidos devido aos fenômenos físicos que ocorrem na remoção ou 
transformação de poluentes das águas residuárias. Tais processos são utilizados 
para separar sólidos em suspensão nas águas residuárias. Também são 
empregados par equalizar e homogeneizar um efluente. Estão inclusos: (PHILIPPI et 
al., 2014). 
 Remoção de sólidos grosseiros 
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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
 Remoção de sólidos sedimentáveis 
 Remoção de sólidos flutuantes 
 Remoção da umidade de lodo 
 Homogeneização e equalização de efluentes 
 Diluição de águas residuárias 
 
Os processos físicos utilizados às finalidades listadas acima envolvem 
dispositivos ou unidades de tratamento, tais como: 
 Grades 
 Peneiras estáticas, vibratórias ou rotativas 
 Caixas de areia 
 Tanques de retenção de materiais flutuantes 
 Decantadores 
 Leitos de secagem de logo 
 Filtros prensa e a vácuo 
 Centrífugas 
 Adsorção em carvão ativado 
 
As grades e peneiras são utilizadas geralmente na remoção de sólidos 
grosseiros; as caixas de areia visam a remoção de partículas de areia; os tanques 
de retenção de materiais flutuantes são, muitas vezes, utilizado para remoção de 
gorduras, óleos e graxas e outras substâncias com densidade menor que a da água; 
os decantadores objetivam remover sólidos sedimentáveis em suspensão na água 
residuária; os leitos de secagem de lodos e as centrífugas são unidades de 
desidratação parcial, ao ar livre ou cobertas utilizadas para pequenos volumes; a 
adsorção em carvão ativado é destinada para remoção de sólidos orgânicos ou 
inorgânicos dissolvidos nas águas residuárias. (PHILIPPI et al., 2014). 
 
2.6.2 Processos químicos

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