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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Materiais para a Indústria Química Professor Dr. Dereck Nills Ferreira Muche Aluna: Larissa Jonaly Rodrigues RA: 754239 1 Lista de exercícios 1 – Ligações químicas 1) Para as ligações primárias e secundárias, descreva: a) A natureza das ligações químicas. As ligações primárias são aquelas na quais os elétrons da camada de valência tomam parte na ligação. Neste caso, é a própria ligação que mantém a coesão entre os átomos de um material, são estas também que ligam os átomos para formar os compostos. Entre os tipos temos ligação iônica na qual ocorre atração entre cargas opostas, covalente na qual ocorre um compartilhamento de elétrons e metálica na qual os elétrons provenientes dos átomos do metal passam a rodear os cátions, formando um verdadeiro “mar de elétrons'' onde cada um dos elétrons presentes nesse mar possui capacidade de mover-se por meio do retículo cristalino do metal livremente. Já as ligações secundárias, também conhecidas por força de Wan der Walls, são aquelas nas quais os elétrons da valência não participam diretamente da ligação, ou seja, a ligação ocorre por meio da atração de momentos dipolo elétricos. Entre os tipos temos a ligação dipolo permanente na qual existe uma assimetria elétrica na formação ocorrendo uma força eletrostática permanente, dipolo induzido na qual existe uma assimetria dos centros de carga por alguma fração do tempo e assim ocorre momentaneamente um dipolo elétrico induzido e forças de hidrogênio a qual é um caso particular das moléculas polares e ocorre quando um átomo de hidrogênio se une a um outro átomo de forte eletronegatividade. b) Se são direcionais ou não-direcionais Dentre as ligações primárias, a ligação iônica é classificada como não-direcional pois a atração coulombiana entre as cargas positivas e negativas faz com que gere interação mútua em todas as direções. Já a ligação covalente é direcional pois nesse caso o elétron fica ligado entre átomos específicos e em uma única direção. A última ligação primária, a ligação metálica é dita não-direcional devido à alta energia de ligação entre os átomos. As ligações secundárias são classificadas como direcionais. 2) Caracterize as ligações químicas (primárias e secundárias) presentes nos seguintes materiais: a) Aço carbono: No aço carbono, a ligação entre o ferro e o carbono é uma ligação primária do tipo ligação metálica. b) Garrafa PET: Na garrafa PET, as ligações majoritárias são as ligações primárias do tipo covalente entre os monômeros do polímero. No entanto, é importante ressaltar que UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Materiais para a Indústria Química Professor Dr. Dereck Nills Ferreira Muche Aluna: Larissa Jonaly Rodrigues RA: 754239 2 também existem ligações secundárias por meio das interações intermoleculares para formar a estrutura da garrafa (dipolo permanente). c) Poliestireno: No poliestireno, as ligações majoritárias são as ligações primárias do tipo covalente entre os monômeros do polímero. No entanto, é importante ressaltar que também existem ligações secundárias o que podem ser constatadas devido a apolaridade da molécula (dipolo flutuante). d) Ligas de alumínio: Nas ligas de alumínio, têm-se ligações primárias do tipo ligação metálica com caráter cristalino. e) Ligas de Titânio: Nas ligas de titânio, têm-se ligações primárias do tipo ligação metálica. f) Gás cloro: No gás cloro, as ligações são primárias do tipo ligação covalente apolar, além disso, devido a apolaridade da molécula (dipolo flutuante) também existem ligações secundárias. g) Ferrugem: Na ferrugem, as ligações entre o ferro e o oxigênio são primárias do tipo ligação iônica. h) Copo de vidro: No copo de vidro, as ligações são ligações primária do tipo ligação covalente lembrando que o vidro é composto por areia, calcário, barrilha (carbonato de sódio), alumina (óxido de alumínio) e corantes ou descorantes. Existem ligações secundárias do tipo dipolo permanentes. 3) Em um mesmo gráfico, esboce as curvas de energia potencial de ligação e de força de ligação em função da distância interatômica do Cu, do Fe e da alumina (Al2O3). Para tal, considere as propriedades apresentadas na tabela abaixo: Para a construção do gráfico de energia potencial de ligação foi levado em conta o comprimento de ligação, sendo assim, como o Al2O3 tem menor comprimento de ligação, seu gráfico fica mais perto do eixo y, seguido pelo Cu e depois pelo Fe. Quanto à altura, foi levado em conta o módulo elástico, por isso, a maior altura do gráfico de energia foi do Al2O3 seguido pelo Fe e depois pelo Cu. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Materiais para a Indústria Química Professor Dr. Dereck Nills Ferreira Muche Aluna: Larissa Jonaly Rodrigues RA: 754239 3 Para a construção do gráfico de força de ligação, foi levado em conta o ponto de fusão, pois quer dizer que quanto maior o ponto de fusão maior a força de ligação do composto, por isso, a maior curva corresponde ao Al2O3 seguido pelo Fe e depois o Cu. Com essa análise, foi possível construir o gráfico da Figura 1. Figura 1: Gráficos de energia potencial de ligação e de força de ligação em função da distância interatômica do Cu, do Fe e da alumina (Al2O3). Fonte: Elaborado pelo autor. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Materiais para a Indústria Química Professor Dr. Dereck Nills Ferreira Muche Aluna: Larissa Jonaly Rodrigues RA: 754239 4 4) O Iodeto de potássio (KI) exibe qual porcentagem de ligação iônica? Forneça as distribuições eletrônicas de ambos íons, a distribuição eletrônica destes íons é semelhante à de qual(is) elemento(s) puro(s)? O cálculo do caráter iônico, segundo Callister, é dada pela equação: Caráter iônico = (1 − exp[−(0,25)(Xa − Xb)2]) x100 Onde Xa e Xb são as eletronegatividades dos componentes a e b, sendo a o mais eletronegativo. Temos que calcular o caráter iônico do iodeto de potássio (KI), sabendo que o iodo é o mais componente mais negativo, têm-se que esse será o componente a, logo, o potássio será o componente b. Utilizando como base o apêndice do livro do Callister, encontra-se que a eletronegatividade do iodo é de 2,5 e do potássio de 0,8. Substituindo na equação acima, temos: Caráter iônico = (1 − exp[−(0,25)(2,5 − 0,8)2]) x100 Caráter iônico = (1 − exp[−(0,25)(1,7)2]) x100 Caráter iônico = (1 − exp[−0,7225) x100 Caráter iônico = (1 − 0,4855)x100 Caráter iônico = 0,51446x100 Caráter iônico = 51,45% Como o caráter iônico representa a porcentagem da ligação iônica, ela é dada em porcentagem (%). Assim, para o iodeto de potássio (KI), o caráter iônico é de 51,45%. A distribuição eletrônica dos elementos são: K -> 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 K+ -> 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 A distribuição eletrônica do íon K+ é semelhante a configuração do argônio [Ar]. I -> 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p5 I- -> 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 A distribuição eletrônica do íon I- é semelhante a configuração do xenônio [Xe]. 5) Calcular o número de átomos em uma peça sólida cilíndrica de cobre com diâmetro de 1µm e altura de 1µm. Para começar, devemos calcular o volume total da peça sólida cilíndrica. Sabendo que o volume do cilindro é dado por: Vcilindro = π · r² · h UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Materiais para a Indústria Química Professor Dr. Dereck Nills Ferreira Muche Aluna: Larissa Jonaly Rodrigues RA: 754239 5 Onder: raio h: altura Sabendo também que r = D/2, como foi dado que diâmetro é de 1 micrometro ou 10−6 m, temos que o raio é de r = 0.5. 10−6m. Substituindo na primeira equação e usando h dado de 10−6m: Vcilindro = π · (0.5. 10−6)² · 10−6 Vcilindro = 7,8540. 10−19m³ = 7,8540. 10−13cm³ Com conhecimentos de química e matemática, temos que, por meio densidade do cobre e com o volume da peça, pode-se determinar a massa de cobre do material. Já com a massa de cobre e a massa molar desse componente, encontra-se o número de mols e, em consequência, número de átomos. Assim, tendo que a densidade do cobre é de 8,96 g/cm³ e a massa molar é de 63,546 g/mol: densidade = massa volume massa = densidade x volume = 8,96 g/cm3x 7,8540. 10−13cm³ massa = 7,0362. 10−12 g Sabendo que: número de mols = massa massa molar número de mols = 7,0362. 10−12 g 63,546 g mol número de mols = 1,1074. 10−13 mols Sabendo que um mol tem 6,02 x1023 átomos, por uma regra de três simples, temos que a peça sólida cilíndrica fornecida possui 6,6666. 1010 átomos de cobre, aproximadamente, 6,67. 1010 átomos de cobre. 6) Um mol de MgO sólido ocupa um cubo de 22,37 mm de lado. Calcule a densidade do MgO (em g/cm3). Usando a densidade obtida, calcule a massa de um tijolo de MgO refratário (resistente à temperatura) com as dimensões 50 mm × 100 mm × 200 mm. Para começar, devemos calcular o volume do cubo. Sabendo que o volume do cubo é dado por: Vcubo = a³ Onde a: aresta do cubo UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Materiais para a Indústria Química Professor Dr. Dereck Nills Ferreira Muche Aluna: Larissa Jonaly Rodrigues RA: 754239 6 Vcubo = (22,37) mm³ = 11194,3261 mm³ = 11,19 cm³ É dito no enunciado que “Um mol de MgO sólido ocupa um cubo de 22,37 mm de lado”, isso quer dizer que podemos utilizar a fórmula: número de mols = massa massa molar Com número de mols igual a 1. Para determinar a massa do MgO. A massa molar do MgO é de 24,31g/mol+15,99g/mol = 40,30 g/mol. Assim: massa = 1 mol x 40,30 g/mol massa = 40,30 g Agora que temos massa e volume, pode-se calcular a densidade por: densidade = massa volume densidade = 40,30g 11,19 cm³ densidade = 3,6014 g cm3 ≅ 3,60 g cm3 Para finalizar, temos que o volume é do refratário é de Volume: 50 mm × 100 mm × 200 mm = 1000000 mm³ = 1000 cm³ Assim, a massa do tijolo de MgO com a densidade encontrada é: massa = densidade x volume massa = 3,60 g cm3 x 1000 cm³ massa = 3600 g = 3,6 kg
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