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Gabriela Lopes - TXXX Degenerações celulares São lesões celulares regressivas e reversíveis Sua definição consiste em acúmulos intracitoplasmáticos de substancias, isso se dá, na maioria das vezes, por uma menor realização da função celular Conclusão: se esse acúmulo for embora a célula volta ao normal CLASSIFICAÇÃO Degeneração hidrópica Consiste numa lesão celular reversível que se caracteriza pelo acumulo de agua e eletrólitos no citoplasma É a lesão não letal mais comum Etiologia o Hipóxia – causa mais comum o Desnutrição grave o Toxinas bacterianas o Substancias químicas Locais o É mais comum em células parenquimatosas do rim, fígado e coração Características morfológicas microscópicas o Observa-se uma distensão das células, que passam a apresentar citoplasma completamente vacuolizado, mais alargado e mais claro Características morfológicas macroscópicas o Órgão aumentado de peso, volume o Coloração pálida (compressão de capilares e sinusóides) o Perda de brilho o Porém funções preservadas Consequências o Retorno à normalidade, se lesão leve e rápida Referências Bogliolo – página 134 Dicionário Lipídeos molécula que funciona como reserva energética Triglicerídeos glicerol + ácidos graxos Colesterol composto gorduroso que compõe as membranas celulares Hipóxicas ausência de oxigênio Anóxicas agravante da hipóxia Ácidos graxos é usado como combustível da célula Síntese proteica processo pelo qual as células geram novas proteínas Lipoproteínas parte da molécula que é responsável pelo transporte de lipídeos no meio liquido Acetilcolina neurotransmissor que atua como mensageiro entre os neurônios Esterificação reação química entre ácido carboxílico e um álcool Túrgido inchado Apoproteínas parte proteica de uma proteína Gabriela Lopes - TXXX o Lesão grave e duradoura – progressão para a morte celular Degeneração gordurosa Consiste em um acúmulo anormal de lipídeos (triglicerídeos ou colesterol), no interior das células parenquimatosa Ela pode ser: o Esteatose – onde há um acúmulo de triglicerídeos dentro de células parenquimatosas Fígado, coração, músculos, rins, pâncreas – são os principais órgãos afetados Quando uma células normal vira uma esteatose hepática temos um metabolismo anormal, o que resulta em: ↑Síntese; ↓ Transporte; ↓Utilização, ↓ Excreção o Lipidose – onde há o acúmulo de colesterol em células São exemplos de patologias a aterosclerose (acúmulo de colesterol nas artérias) e os xantomas (acúmulo de colesterol na pele) Causas etiológicas o Tóxicas e tóxico-infecciosas Envenenamento por CCl4, benzeno, clorofórmio, etionina, fósforo, bismuto, álcool, drogas e medicamentos, ureia, toxinas de diversos microrganismos; o Dietéticas e metabólicas Obesidade, desnutrição, doenças consumptivas, erros inatos do metabolismo lipídico, diabetes mellitus; o Hipóxicas/Anóxicas Insuficiência cardíaca congestiva e anemias crônicas (esteatose cardíaca). o Indeterminadas Esteatose aguda da gravidez e síndrome de Reye (crianças com quadros virais em tratamento com AAS). Patogenia Consiste em alterações na captação, metabolização ou liberação dos lipídeos do fígado para os tecidos o Mecanismos que podem levar a esse acontecimento: 1. Excessiva entrada de ácidos graxos livres nos hepatócitos Mais triglicerídeos serão produzidos quando muito ácido graxo livre entrar na célula. Esse processo acontece em obesos e pessoas com uma dieta cheia de gordura – porque essas pessoas realizarão lipólise ao invés de glicólise para obter energia O mesmo acontece com diabéticos descompensados, desnutridos, pessoas em jejum prolongado e etilistas 2. Redução da síntese proteica A carência de proteína leva a desnutrição, o que impede que os triglicerídeos formem as lipoproteínas, gerando assim um acúmulo. Pode acontecer em contato com agentes tóxicos, como o álcool. Nesse caso, há uma lesão na mitocôndria o que acarreta uma deficiência na produção de proteínas 3. Diminuição da oxidação de ácidos graxos Gabriela Lopes - TXXX Se dá por uma lesão na mitocôndria ou por falta de oxigênio – o que gera uma deficiência do ciclo de Krebs, diminuindo assim a produção de ATP e o uso de acetilcolina. A acetilcolina produzirá ácidos graxos que resultarão em triglicerídeos, mas como o atp está em falta este se acumulará. 4. Aumento da esterificação de ácidos graxos Acontece por causa da diminuição da oxidação dos ácidos graxos 5. Obstáculo na liberação de lipoproteínas do hepatócito Quando tem acetaldeído e radicais livres, os filamentos e os microtúbulos da membrana são condensados. Esses eram responsáveis por transportar as lipoproteínas até chegarem nos espaços de disse, como esse processo não pode ser concluído temos um acúmulo de lipoproteínas o que levará a um acúmulo de triglicerídeos Mudanças macroscópicas – no fígado – como principal exemplo o Aumento de volume e peso o Aspecto amarelado o Túrgido/inchado o Consistência amolecida Mudanças microscópicas o Marcação dos vacúolos lipídicos – eles aumentam de tamanho conforme vão se ajustando- esses vacúolos acabam empurrando o núcleo e as células para a periferia Consequências o Retorno à normalidade, se lesão leve e rápida o Lesão grave e duradoura – lesão celular irreversível, morte celular e progressão para a cirrose (fígado). Degeneração hialina Lesão celular reversível Consiste em um acúmulo de proteínas Definição de degeneração hialina: lesão celular reversível que se dá pelo acúmulo de material proteico no interior das células, resultado de alterações bioquímicas Alteração hialina/ transformação hialina/ hialinose: se dá pelo acúmulo de material proteico no meio extracelular das células, resultado de alterações bioquímicas Mecanismos patogênicos que podem levar ao acúmulo de proteínas na célula: o Aumento de captação – proteínas endocitadas - isso acontece quando o meio extracelular está com um excesso de proteína, ai a célula tira do extra e coloca para o meio intracelular, gerando um acúmulo dentro da célula o Aumento de produção – acúmulo de material de origem virótica - frente a um estimulo a célula tem uma produção maior que a velocidade de liberação o que gera um acumulo celular Gabriela Lopes - TXXX Plasmócitos são um exemplo de célula (Imunoglobulinas) que pode acontecer isso gerando o corpusculo de Russel o Condensação de filamentos intermediários e proteínas – defeitos do processo de dobramento das proteínas Isso acontece na patogene do alcool que vai gerar a esteatose gera um corpúsculo de Mallory DEGENERAÇÃO HIALINA Degeneração Hialina goticular o É caracterizada por ter um aumento de gotículas hialinas no citoplasma das células o Homem, 33 anos há 14 dias apresentou edema de membros e face. Ao exame clínico: PA de 172/86 mmHg. Exames laboratoriais: Ureia 56 (até 40mg/dl); Creatinina 1,41 (0,6 -1,2mg/dl); Urinálise: proteinúria acentuada e glicosúria. Paciente foi submetido biopsia renal que demostrou lesão glomerular e as seguintes alterações tubulares (veja imagem) Descreva as alterações observadas nos cortes histológicos apresentados. Alguns túbulos dentro da normalidade, enquanto outros apresentam gotinhas de proteínas Qual o mecanismo metabólico para o processo patológico encontrado nas células apresentada nas laminas? Aumento de captação de proteínas. Corpúsculo de Russel Sabe-se que as células que contém estes corpúsculos são os plasmócitos que podem fazer parte da reação inflamatória aparecendo sobretudo nos processos inflamatórios crônicos em que há prolongada estimulação antigênica. A substância hialina corresponde a imunoglobulinas (principalmente IgG) hiperproduzidas e não-excretadas por estas células, que se cristalizano citoplasma dos plasmócitos no interior do retículo endoplasmático. o Um homem de 58 anos, obeso, sem controle adequado, etilista crônico (destilados -4 a 6 doses diariamente) realiza exames de rotina. Na US de abdome apresenta: hepatomegalia com bordas rombas e hipodensidade difusa do fígado. Considerando as alterações observadas, o paciente foi submetido à biópsia. Veja imagens a seguir Descreva as alterações observadas nos cortes histológicos apresentados. Vide imagem Túbulos Gabriela Lopes - TXXX Qual o mecanismo metabólico para o processo patológico encontrado nas células apresentada nas laminas? Condensação de filamentos intermediários e proteínas. Corpúsculo de Coulciman o Os livros vão apresentar isso como uma degeneração hialina, mas na verdade esse corpúsculo é resultado de uma apoptose. Não pode ser uma degeneração porque a apoptose é uma lesão celular irreversível, enquanto a degeneração é reversível o Exemplos de onde acontece: Hepatites virais; febre amarela Corpúsculo de Mallory o Grumos citoplasmáticos o Acontece principalmente nos hepatócitos, em doenças hepáticas o Álcool (radicais livres) peroxidação de proteínas condensação das proteínas do citoesqueleto filamentos e grumos acidófilos no citoplasma dos hepatócitos Doença cérea de zencker o Acontece principalmente em músculos esqueléticos o Causas? Doença toxico-infecciosa, traumatismos, deficiência de vitamina E é secundária a processos degenerativos e necróticos celulares associados à coagulação focal de proteínas citoplasmáticas que levam ao aparecimento de massas homogêneas acidofílicas (hialinas). Ocorre principalmente na musculatura esquelética dos retroabdominais, gastrocnêmio e diafragma nos casos de doenças febris graves como a febre tifóide, difteria e no choque anafilático. O sarcoplasma dos músculos citados se coagula, perda e estriação, assumindo um aspecto róseo, homogêneo (hialino) nos cortes rotineiramente corados pela HE. ALTERAÇÃO HIALINA Características: o A alteração hialina: se dá pelo acúmulo de material proteico no meio extracelular das células, resultado de alterações bioquímicas o Ela acomete o tecido conjuntivo fibroso e parede de vasos o Acontece em diferentes órgãos o É um fenômeno do envelhecimento o Acontece na hipertensão arterial e na diabetes mellitus Consequências o Diminuição da luz da arteríola hialinização dos glomérulos isquemia atrofia O acúmulo de proteína extracelular pode gerar algumas coisas: o Cicatriz antiga/queloide Consiste na deposição de material fibrilar proteico que vem para substituir o parênquima tecidual A cicatriz se dá pela produção de matriz extracelular (MEC) exacerbada com os mecanismos de degradação reduzidos Gabriela Lopes - TXXX o Hialinose arteriolar Pode ser causada pela HAS Consequências: diminuição da luz da arteríola hialinização dos glomérulos isquemia atrofia o Microangiopatia diabética (glomeruloesclerose nodular e focal) Afeta as arteríolas sistêmicas – há a Hialinização da parede que corresponde ao espessamento da membrana basal e hiperplasia do músculo liso o S.A.R.A o Síndrome da angustia respiratória aguda o Causa uma lesão difusa no parênquima pulmonar Causas dessa lesão: ingestão ou inalação de substancias toxicas; toxicidade pelo oxigênio; aspiração do conteúdo gástrico; infecções bacterianas ou virais o Nessa patologia, a membrana hialina que envolve os alvéolos é composta de fibrina condensada e extravasada do processo inflamatório, proteínas plasmáticas, lipídeos e restos de células necróticas. Esse revestimento hialinico na superfície alveolar dificulta as trocas gasosas o que gera a S.A.R.A o Como acontece? Destruição da barreira alveocapilar Lesão celular aumento da permeabilidade extravasamento de fluidos e proteínas na superfície do alvéolo membranas hialinas As membranas hialinas são os marcadores histológicos da lesão AMILOIDOSE Alteração hialina extracelular Deposição da proteína amilose que vem de uma proteína precursora Conceitualmente, a amiloidose é uma síndrome que agrupa processos patológicos diversos, cuja característica comum é o depósito intercelular (intersticial) e na parede dos vasos de uma substância hialina, amorfa, proteinácea, patológica, que com o acúmulo progressivo induz atrofia por compressão isquêmica das células adjacentes. Características: o É uma doença o É a causa do Alzheimer o Acomete todo o corpo (rins, pâncreas, fígado, cérebro, coração, baço) tudo depende do tipo de proteína precursora Classificação: Gabriela Lopes - TXXX o 1) pode ser generalizada ou localizada o 2) pode ser primária ou secundária (primária = sem causa aparente) (secundárias = doenças crônicas) 2) a) a primária pode ser de forma hereditária 2) b) a primária pode ser não hereditária 2) c) a secundária pode se dar por doenças inflamatórias crônicas 2) d) a secundária pode se dar por mieloma múltiplo Constituição física do amiloide o Amiloide = polímeros de subunidades proteicas pequenas que se repetem várias vezes o Proteína dobrada de forma estável o A cadeia de aminoácidos se encontra disposta na forma de pregueamento beta o O tipo de monômero é diferente para cada tipo de amiloide e por isso é possível classifica-los o É importante entender que a forma dela é diferente o que garante uma grande estabilidade não podendo gerar a degradação, ou seja, vai ser difícil tirar ela. Uma vez no tecido, ela fica no tecido Como diferenciar se é uma hialinose provocada por uma proteína amiloide ou por uma proteína não amiloide? Na microscopia, só aparece o material hialino, não tem como diferenciar. A diferenciação se dá pelo uso de uma técnica, um corante. Quando for amiloide o corante se associa com as dobras paralelas da proteína – por causa da estrutura beta pregueada (birrefringência). Se não for amiloide, o corante não irá fixar/associar. O nome do corante utilizado para isso é o vermelho congo. Usamos essa técnica para fazer diagnósticos. Morfologia o Macroscopia Aumento do volume do órgão atrofia do parênquima Rigidez o Microscopia Hialinização dos órgãos afetados Tipos de amiloide o Eles dependem da diversidade das proteínas amiloides o Amiloide AA Doença inflamatória crônica Doença inflamatória crônica não infecciossa o Amiloide AL É a forma mais comum de amilose sistêmica Os monômeros são fragmentos de cadeias leves de imunoglobulinas Há a produção exarcebada + um defeito de degradação das cadeias leves o Amiloide ATTR Deriva da transretina ou pré-albumina É uma herança autossômica dominante Gabriela Lopes - TXXX Aqui se encaixa a amilose polineuropática • Que é a deposição de amiloide nos nervos periféricos e autonômicos o Beta 2 microglobulina Acontece por causa da hemodiálise por muito tempo Há um acumulo de amiloide nos tendões e nas articulações o Beta amiloide Vemos no cérebro quando há a doença de Alzheimer Deriva de uma demência com a causa desconhecida O amiloide forma placas senis Consequências o Conseqüências do depósito: são muito variáveis. Os sintomas variam com a quantidade e o local dos depósitos, bem como a doença básica subjacente. o Principais repercussões clínicas: os órgãos mais acometidos são rim (mais grave), fígado, coração e tubo digestivo. Nos rins, a proteinúria que se estabelece com a amioloidose renal consequente à síndrome nefrótica pode levar à grave hipoalbuminemia; como avanço dos depósitos e obliteração glomerular, há insuficiência renal, uremia forte e morte. O envolvimento cardíaco pode levar a arritmias fatais O envolvimento gastrointestinal pode levar a síndromes de má absorção, constipação ou diarréia ou mesmo dificuldade de deglutição ou da fala nos casos de tumor da língua.Diagnóstico: o diagnóstico clínico da amiloidose não é fácil e é feito apenas por meio da biópsia mostrando depósitos hialinos por coloração especial, mostrando-se estes depósitos róseos ao HE, vermelho-congo (coloração alaranjada) positivos e birrefringentes à luz polarizada firma o diagnóstico. A gengiva, o reto e o rim são os locais preferidos para biopsiar. Degeneração mucoide Degeneração glicogênica
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