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Unidade 2 - Atividade 8 - Larissa Jonaly Rodrigues

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS 
Gestão da Produção e da Qualidade – Turma A 
Professor Dr. Pedro Carlos Oprime 
Aluna: Larissa Jonaly Rodrigues 
 RA: 754239 
 
 
Atividade 8 – Unidade 2 
1) a) Qual o papel do planejamento agregado? 
Para começar, deve-se definir o que é planejamento agregado, esse método está 
diretamente relacionado com a determinação dos níveis de produção, estoques e força de trabalho 
para se atender a demanda ao menor custo possível. Segundo Render e Heizer (2001), em um 
período de 3 a 18 meses, o planejamento agregado busca balancear os recursos produtivos da 
empresa com a demanda agregada, ou seja, minimizar os custos da produção e aumentar os lucros. 
Segundo Assi (2009), o planejamento agregado da produção tem como função 
dimensionar os recursos produtivos que possuem impacto direto na capacidade de atendimento 
da demanda, tais como mão-de-obra, equipamentos e disponibilidade e possui como principal 
objetivo assegurar que esses mesmos recursos disponíveis sejam utilizados na quantidade correta 
e nos momentos adequados. A função dessa ferramenta faz com que a organização adquira um 
diferencial frente ao mercado, controlando e tendo maior entendimento em relação aos seus 
limites e oportunidades, possibilitando a utilização máxima dos recursos e maior retorno 
financeiro possível. Segundo Godinho Fernandes (2010), o planejamento agregado é a 
comunicação chave entre a alta gerência e a manufatura. 
 No planejamento de fato, deve-se elaborar um conjunto de alternativas de planos 
agregados de produção com seus respectivos custos para que assim ocorra a seleção pelo plano 
que possua o menor custo. Esses planos agregados são montados com base nos parâmetros 
operacionais que envolvem cada um, havendo a possibilidade de elaborar uma série de planos de 
produção que simulem diversas possibilidades de ajustes operacionais. Segundo Chopra e Meindl 
(2003), os parâmetros são: taxa de produção, mão de obra, horas extras, subcontratação, pedidos 
em atraso e estoque à mão. 
 O planejamento agregado existe, pois, nem sempre a demanda de uma empresa se 
mantém constante. Assim, o benefício deste planejamento é equilibrar oferta e demanda em um 
curto período de tempo. Assim, todas as áreas da empresa contribuem para a construção do 
planejamento agregado, a fim de equilibrarem os objetivos estratégicos. Para equilibrar tais 
fatores, uma série de questões são consideradas, como: minimização dos custos de produção, 
maximização do atendimento à demanda e minimização dos níveis de variação da produção. 
 Em síntese, o objetivo do planejamento agregado, segundo Axsater (1986) citado por Donato, 
Mayerle e Figueiredo (2008) é assegurar que as considerações de longo prazo não sejam 
desprezadas frente as tomadas de decisões de curto prazo. Assim, esse tipo de planejamento pode 
https://www.voitto.com.br/blog/artigo/como-fazer-um-planejamento-estrategico
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ser considerado uma conexão entre todas as áreas de uma organização, fazendo com que a mesma 
se prepare e reaja frente às variações de mercado e demanda, sem que influencie 
significativamente em sua estrutura financeira e comercial. 
 b) Quais são as estratégias de planejamento agregado? 
 As estratégias de planejamento agregado são: 
• Manter uma taxa de produção constante (estratégia de nível): essa estratégia é indicada 
quando a demanda de algum item se encontra superior, assim, a produção fica 
armazenada em estoque e é consumida quando a demanda superar a produção. Segundo 
Render e Heizer (2001), essa estratégia pode ser exemplificada pela Figura 1. 
Figura 1: Estratégia de produção constante 
 
Fonte: Render e Heizer, 2001. 
• Manter a taxa de produção sincronizada com a demanda: essa estratégia consiste em , 
segundo Tubino (2007), manter as taxas de produção e demanda iguais conforme visto 
na Figura 2. 
Figura 2: Taxa de produção sincronizada com a demanda. 
 
Fonte: Render e Heizer, 2001. 
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Jan. Fev. Mar Abr. Mai Jun.
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Demanda por
Dia (calculada)
Produção média
diária
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• Estratégia de flexibilidade, variando a taxa de produção em patamares: essa estratégia, 
segundo Tubino (2007), consiste na combinação das duas estratégias anteriormente 
apresentadas o que pode ser evidenciado na Figura 3. 
Figura 3: Estratégia de flexibilidade. 
 
Fonte: Render e Heizer, 2001. 
 c) Por que algumas empresas têm horizontes de planejamento mais longo que outras? 
 Como mencionado anteriormente, segundo Render e Heizer (2001), os horizontes de 
planejamento variam entre 3 e 18 meses. No entanto, na prática, O horizonte do planejamento 
agregado é variável, conforme as necessidades da empresa. Assim, para a realização de um 
planejamento agregado, deve-se conhecer alguns parâmetros da empresa, como, a demanda, os 
gastos, a quantidade de estoque, entre outro. Isso acontece porque o funcionamento das empresas 
varia em função de sua dimensão, por exemplo, as empresas médias e pequenas, geralmente, 
possuem menor controle pois ainda estão estudando qual melhor forma para trabalhar, enquanto 
isso as grandes empresas possuem um controle maior de sua demanda e produção. 
 Logo, para determinar o horizonte do planejamento, cada empresa deve levantar pontos 
essenciais como a criticidade dos processos de suprimentos, produção e distribuição e a 
dificuldade de antecipar as necessidades do mercado. Além disso, as empresas devem decidir 
entre o custo do erro e os custos adicionais para encurtar este horizonte. Só então, será possível 
determinar qual o horizonte do planejamento da empresa. 
 
 
 
 
 
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d) Quais as vantagens e desvantagens da variação da força de trabalho no planejamento agregado? 
 Segundo Peinado (2011), existem diversos pontos quando se fala da variação da força 
de trabalho no planejamento agregado e dentre esses pontos, as vantagens e desvantagens estão 
evidenciadas na Tabela 1. 
Vantagens Desvantagens 
Contratações de novos funcionários Demissão de outros funcionários 
Motivação dos funcionários Alto gasto nas demissões 
 Gastos com custo da hora-extra 
 Problemas com sindicatos e legislações 
trabalhistas 
 Perda de clientes 
 Problemas de horários para os funcionários 
Tabela 1: Vantagens e desvantagens da variação da força no planejamento agregado. 
 Note que os dois pontos das vantagens estão vinculados a contratação de novos 
funcionários. Os dois primeiros pontos das desvantagens estão vinculados a demissão dos 
funcionários e os demais a horas extras e terceirização dos produtos. 
 e) Para o exemplo dado, estabeleça uma estratégia de nível com a força de trabalho 
constante para atender a menor demanda diária do período e subcontratar para atender a demanda 
excedente nos outros períodos. 
 Lembrando que na estratégia de nivelamento, mantém-se a taxa de produção constante. 
Para começar, vamos relembrar os dados do exemplo com Tabela 2 
Tabela 2: Determinação da demanda diária de produção. 
MÊS DEMANDA 
ESPERADA 
DIAS DE 
PRODUÇÃO 
DEMANDA POR DIA 
(CALCULADA) 
JAN. 900 22 41 
FEV. 700 18 39 
MAR 800 21 38 
ABR. 1.200 21 57 
MAI 1.500 22 68 
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JUN. 1.100 20 55 
TOTAL 6.200 124 MÉDIA DIÁRIA = 50 
 
 Na estratégia de nível a taxa de produção é mantida constante, nos períodos de menor 
demanda a mão-de-obra pode ser realocada. Sabendo que cada unidade demanda 1,6 horas de 
um trabalhador, em um dia de 8 horas de produção um trabalhador produz teoricamente 5 
unidades. A Tabela 3 mostra a continuação da Tabela 2. 
Tabela 3: Cálculos gerais. 
 
 Assim, temos que o custo total do plano de produção com a estratégia de nivelamento 
é de R$ 51.046,00. 
 
 
 
 
 
MÊS DEMANDA 
ESPERADA 
DIAS DE 
PRODUÇÃO 
DEMANDA 
POR DIA 
(CALCULADA) 
SUBCONTRATAÇÃO CUSTO 
SUBCONTRATAÇÃO 
(CONSIDERANDO 
R$10/ UNIDADE 
POR DIA 
CUSTO DE 8 
FUNCIONÁRIOS 
CUSTO DA 
ESTRATÉGIA 
 
JAN. 900 22 41 1 220 REAIS 
FEV. 700 18 39 0 - 
MAR 800 21 38 0 - 
ABR. 1.200 21 57 17 3570 REAIS 
MAI 1.500 22 68 28 6160 REAIS 
JUN. 1.100 20 55 17 3400 REAIS 
TOTAL 6.200 124 MÉDIA 
DIÁRIA = 50 
 13350 REAIS 37696 REAIS 51046 
REAIS 
 
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 f) Quais as características de um plano agregado em serviços? 
 Segundo Render e Heizer (2001), grande parte dos serviços utilizam estratégias de 
planejamento mistas, como por exemplo, em bancos, o que acontece devido a simplicidade do 
serviço comparado com uma produção. 
 Segundo os autores, é importante ter um controle da mão-de- obra para garantir um 
resultado eficiente da produção, de acordo com a demanda. Fora isso, é importante fornecer horas 
de descansos aos trabalhadores para flexibilidade da produção e realocação da mão-de-obra. 
 Os autores apresentam alguns exemplos, como: 
• O fato dos funcionários das áreas de resgate e/ou polícia esterem sempre 
preparados para emergências e trabalhando em turnos mais longos; 
• Em algumas lojas e restaurantes, quando o movimento está baixo, o 
servidor poderá ser liberado mais cedo; 
• A maioria dos trabalhadores dos mercados possuem multitarefas que 
variam de acordo com a necessidade e a demanda. 
 Com isso, entende-se que o planejamento agregado em serviços não ocorre por meio de 
um controle intenso como é o caso da produção. Nesse método, ocorre uma flexibilidade lincada 
com a demanda. 
 g) Dê exemplo de como seria um plano agregado em um restaurante. 
 Segundo Render e Heizer (2001), os restaurantes apresenta um negócio de alto volume 
de saída de produtos sendo assim a melhor orientação para o planejamento agregado é no sentido 
de nivelar o índice de produção e definir o tamanho da força de trabalho a ser empregada. Nessa 
abordagem os do estoque são baixos/médios durante os períodos de pico e a utilização de mão-
de-obra é alta para atender a demanda. Sendo assim, em um restaurante como Outback 
Steakhouse, o planejamento agregado consiste na flexibilidade e habilidade dos funcionários para 
tender a alta demanda, tomando o cuidado de sempre verificar se seu estoque conseguirá atender 
suas demandas. 
Referências Bibliográficas (além do material do professor) 
BLOG CONNECTPLUG. Como fazer o plano de negócio de um restaurante? Um guia 
completo. Disponível em: https://blog.connectplug.com.br/plano-de-negocio-de-um-
restaurante/. Acesso em: 24 mar. 2021. 
https://www.outback.com.br/
https://www.outback.com.br/
https://www.outback.com.br/
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 RA: 754239 
 
 
GRAMIGNA, W. Planejamento Agregado de Produção em uma empresa do setor alimentício: 
Um estudo de caso. ENEGEP-Encontro Nacional de Engenharia de Produção, v. 22, 2002. 
Heizer, J. ; Render B. Administração de Operações – Bens e Serviços. Editora LTC, Rio de 
Janeiro 5ª Edição 2001. 
 
LOPES, Natalia R.; DE CARVALHO, Hilano JR. Adequação aos princípios da Economia 
Solidária de técnicas de previsão e planejamento agregado para o fortalecimento de uma 
cooperativa de reciclagem em Ituiutaba-MG. Anais dos Encontros Nacionais de Engenharia e 
Desenvolvimento Social-ISSN 2594-7060, v. 12, n. 1, 2015. 
 
Peinado, J.; Graeml, A.; Cpítulo 8 - Planejamento Agregado da Produção. Editora Issuu, 2011. 
PONTUAL, Leonardo de O. Análise das alternativas de planejamento agregado da produção em 
empresas com sobrecapacidade: um estudo de caso em uma fábrica de refrigerantes. XXVIII 
ENCONTRO NACIONAL, 2004. 
 
PROTO, Luiz Otavio Zavalloni. Um modelo para o planejamento agregado da produção e 
distribuição, com múltiplas localidades e produção em dois estágios. 2006. Tese de 
Doutorado. Universidade de São Paulo. 
TREASY. Planejamento Agregado da Produção: o que é, para que serve e como fazer. 
Disponível em: https://www.treasy.com.br/blog/planejamento-agregado/. Acesso em: 24 mar. 
2021. 
Tubino, D. F. Planejamento e Controle da Produção – Teoria e Prática. Editora Atlas, São Paulo 
2007. 
VOITTO. O que é o planejamento agregado e como ele pode ser estratégico para uma 
organização?. Disponível em: https://www.voitto.com.br/blog/artigo/planejamento-agregado. 
Acesso em: 24 mar. 2021. 
WANTROBA, Elaine; OLIVEIRA, MJ de; SCANDELARI, Luciano. Planejamento Agregado da 
Produção: uma modelagem para moinho de trigo. Simpósio de Engenharia de Produção 
(SIMPEP), v. 8, 2006.

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