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ARTRITE REUMATOIDE

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http://www.artritereumatoide.com.br/artrite-reumatoide/#manifestacoes-extra-articulares
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/artrite-reumatoide
1. O que é Artrite reumatoide?
A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória crônica que geralmente afeta as pequenas articulações das mãos e dos pés. Ela interfere no revestimento dessas articulações, causando um inchaço doloroso que pode, eventualmente, resultar em erosão óssea e deformidade articular. A artrite reumatoide é uma doença autoimune, ou seja, que faz com que o sistema imunológico do corpo ataque os tecidos saudáveis por engano.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a artrite reumatoide acomete cerca de 1% da população e qualquer pessoa pode desenvolver a doença, desde crianças até idosos. Na infância, entre dois e 15 anos, o quadro é chamado de artrite reumatoide juvenil. Na fase adulta, recebe o nome de artrite reumatoide.
A doença costuma se manifestar com maior frequência entre o público feminino. Isso aconteceria por causa do fator hormonal, pois o estrogênio poderia mexer com o sistema imune da mulher. Mas essa afirmação ainda está sendo estudada. Segundo a Sociedade Brasileira de Autoimunidade, a incidência de artrite reumatoide é de três mulheres para cada homem.
1.1 Evolução da Artrite
A artrite reumatoide pode provocar alterações em todas as estruturas das articulações, como ossos, cartilagens, cápsula articular, tendões, ligamentos e músculos responsáveis pelo movimento articular, além de complicações em outros órgãos e sistemas do corpo.
Porém, não é possível prever como será a progressão da Artrite Reumatoide, pois ela varia de acordo com cada caso, apresentando padrões de evolução distintos. Em um grande número de pacientes, poderão ocorrer lesões ósseas e articulares irreversíveis, perda da qualidade de vida e aumento da mortalidade quando a doença não é tratada adequadamente.
Na trajetória da AR, as lesões ósseas se manifestam cedo: a diminuição do espaço articular e as erosões ocorrem em 67% a 76% dos pacientes nos dois primeiros anos de evolução da doença.
1.2 Manifestações 
A artrite reumatoide é uma doença sistêmica, a inflamação que afeta as articulações também pode atingir diversos órgãos e sistemas do corpo, tais como pele, olhos e boca, pulmões e vasos sanguíneos
As manifestações extra-articulares podem ser extremamente sérias. Elas são mais propensas a ocorrer em pessoas que tenham AR moderada ou grave sem controle por um longo tempo do que naquelas com grau leve ou sob controle.
Por isso, é importante iniciar o tratamento o quanto antes, informando-se sobre o plano de tratamento, quais medicações poderão ser usadas e as possíveis complicações da doença para evitar que ocorram as manifestações sistêmicas e o desenvolvimento de sequelas. Também é fundamental manter uma comunicação constante com o seu médico, avisando-o sobre qualquer sintoma que apareça para que ele possa determinar a causa e ajustar o plano de tratamento.
1.2 Epidemiologia 
A artrite reumatoide é uma doença que ataca aproximadamente 0,5% e 1% da população mundial adulta. Mas se forem considerados apenas indivíduos entre 55 e 75 anos de idade, esse percentual aumenta para 4,5%.
Pessoas de todas as origens estão sujeitas a desenvolver a artrite reumatoide. Contudo, aparentemente, ela é menos comum na África e na Ásia do que nos Estados Unidos e na Europa. Alguns estudos sugerem que a incidência está diminuindo nos países do norte da Europa em relação aos demais desse continente
Sabe-se que a taxa de mortalidade dos pacientes com artrite reumatoide é maior do que a da população normal e que a expectativa de vida cai de acordo com a gravidade da doença e de quando ela começou.
SINTOMAS
O curso da artrite reumatoide varia entre os pacientes, mas os períodos de crises e remissões são típicos da doença. Em geral, as pessoas se sentem bem durante as remissões.
Quando a artrite reumatoide está ativa, os sintomas podem incluir fadiga, perda de energia, falta de apetite e dores, além de rigidez muscular e articular prolongada, que são mais comuns na parte da manhã e após os períodos de inatividade.
Durante as crises, as articulações também ficam vermelhas com frequência, inchadas, doloridas e sensíveis. Isso ocorre porque o tecido de revestimento da articulação (membrana sinovial) fica inflamado (sinovite), resultando na produção de líquido articular excessivo.
A inflamação crônica pode causar danos aos tecidos do corpo, incluindo cartilagens e ossos. Isso leva a uma perda de cartilagem, erosão e fraqueza dos ossos, bem como dos músculos, o que resulta na deformação da articulação, sua destruição e perda da função.
Nas crianças, em geral, os sintomas da artrite reumatoide incluem dor, alguma dificuldade na movimentação ao acordar, fraqueza ou incapacidade na mobilização das articulações, além de febre alta diária (mais de 39º C) por períodos maiores do que duas semanas. Entretanto, há casos em que a dor é mínima ou quase inexistente.
Os sinais e sintomas da artrite reumatoide podem variar em termos de gravidade e, também, podem ser intermitentes, ou seja, aparecer e desaparecer em seguida. Períodos de maior atividade da doença, chamados de crises, alternam-se com períodos de remissão relativa - quando o inchaço e a dor das juntas (articulações) desaparecem ou ficam menos frequentes. Além disso, a inatividade da doença também pode ser percebida nos exames laboratoriais.
Manifestações Sistêmicas 
Como a artrite reumatoide é uma doença sistêmica, a inflamação que afeta as articulações também pode atingir diversos órgãos e sistemas do corpo. Essas manifestações extra-articulares podem ser extremamente sérias. Por isso, é importante iniciar o tratamento o quanto antes, informando-se sobre o plano de tratamento, quais medicações poderão ser usadas e as possíveis complicações da doença para evitar que ocorram as manifestações sistêmicas e o desenvolvimento de sequelas. Temos alguns exemplos de manifestações sistêmicas: 
. Olhos e Boca 
Nos olhos e boca , Podem desenvolver a esclerite, que causa dor, vermelhidão, visão embaçada e sensibilidade à luz. A artrite reumatoide também pode causar uveíte, uma inflamação da área entre a retina e o branco do olho, a qual, se não for tratada, pode levar à cegueira. Como resultado, os olhos e a boca ficam secos. E se não for tratada, a doença pode resultar em infecção do olho e cicatrizes na membrana conjuntiva que recobre a esclera, parte branca do globo ocular.
. Pulmões
Pessoas com artrite reumatoide tende a desenvolver complicações no quadro pulmonar, por exemplo, a pleurisia, uma inflamação no revestimento do pulmão que pode tornar o ato de respirar bastante doloroso, além de o risco de contrair tuberculose. 
. Vasos sanguineos
A inflamação dos vasos sanguíneos periféricos, conhecida como vasculite, pode ter consequências bastante sérias se não for tratada adequadamente. Muitas vezes, ela é anunciada por pequenos pontos vermelhos na pele. Em casos mais graves, pode causar úlceras nas pernas e sob as unhas.
. Pele
Cerca de 30% a 40% dos pacientes com artrite reumatoide desenvolvem nódulos reumatoides, que são pequenos caroços que se formam sob a pele, muitas vezes em áreas ósseas expostas à pressão, como os dedos ou os cotovelos.
A menos que o nódulo esteja localizado em um ponto sensível, como em regiões muito utilizadas para realizar alguma tarefa, o tratamento talvez nem seja necessário. Às vezes, eles desaparecem naturalmente.
Causas 
Diferentes fatores podem causar artrite reumatoide. O principal é ter grau de parentesco com pessoas que têm a doença. Segundo Roberto Heymann, assistente doutor da disciplina de Reumatologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a carga genética passada de pai para filho pode conter genes que estão associados à artrite.
Além dos fatores genéticos, a artrite reumatoide também pode estar associada a infecções virais e bacterianas. Vírus e bactérias podem cair na corrente sanguínea e desencadear um desequilíbrio no sistema imunológico, resultandoassim num quadro de artrite reumatoide. As infecções urinárias, dores de dente e dores de garganta são alguns dos fatores que podem levar ao problema.
O cigarro também pode ser visto como um facilitador para o desenvolvimento da artrite reumatoide, inclusive pessoas que não fumam, mas têm contato com fumantes, também correm risco. Os especialistas dizem que até mesmo fatores ambientais podem ser um gatilho para o desenvolvimento de artrite reumatoide. Poluentes como a sílica, elemento principal que constitui a areia, são alguns dos que podem predispor a doença.
Slide
 sintomas
Sintomas de Artrite reumatoide
Prepare-se para consulta
Marque seus sintomas, e leve sua lista para o médico
Os sinais e sintomas da artrite reumatoide são:
· Dor nas articulações dos dedos das mãos e pés
· Dor nas articulações dos joelhos e tornozelos
· Dor nas articulações dos cotovelos e ombros
· Dor na região do quadril
· Dor, inchaço e aumento da temperatura nas articulações
· Rigidez matinal, que pode durar horas
· Caroços firmes de tecido sob a pele dos braços (nódulos reumatoides)
· Rigidez e dificuldade para movimentar certas articulações no período da manhã
· Fadiga
· Febre
· Perda de peso não intencional.
Criterios de Diagnostico 
Para uma pessoa ser diagnosticada com AR, o Ministério estabelece que é necessário apresentar quatro dos sete itens que compõem os critérios diagnósticos durante, pelo menos, seis semanas. Mas os pacientes que possuem dois ou três critérios não estão excluídos da possibilidade de desenvolver a doença no futuro.
1. Rigidez matinal - rigidez nas articulações e no seu entorno durante, pelo menos, uma hora até melhorar completamente.
2. Artrite em três ou mais áreas - inflamação em, pelo menos, três áreas de articulação com acúmulo anormal de líquido (edema) nas partes moles ou derrame do líquido articular.
3. Artrite de articulações das mãos ou punhos.
4. Artrite simétrica - inflamação das mesmas articulações nos dois lados do corpo ao mesmo tempo.
5. Nódulos reumatoides - nódulos embaixo da pele localizados sobre proeminências ósseas, em superfícies extensoras ou em regiões próximas das articulações (região justarticular).
6. Fator reumatoide (FR) sérico - grupo de anticorpos presente no sangue da maioria das pessoas com artrite reumatoide.
7. Alterações radiológicas - constatação em radiografias das mãos e dos punhos de erosões localizadas ou de ostopenia justarticular, que é uma diminuição da densidade dos ossos na região próxima das articulações.
Exames a ser realizado para melhor diagnostico 
Exames de sangue
Os sinais indicadores da doença podem incluir:
Anemia - contagem baixa de glóbulos vermelhos no sangue.
Fator Reumatoide (FR) - embora nem todos que possuem esse anticorpo tenham AR e muitos que não o possuem a desenvolvam, esse grupo de anticorpos está presente em cerca de 80% dos pacientes com a artrite reumatoide. Note-se também que podemos encontrar a presença do FR em outras doenças, como tuberculose, hanseníase, sarcoidose e endocardite bacteriana. Além disso, cerca de 40% dos indivíduos aparentemente saudáveis com mais de 60 anos apresentam FR positivo.
Anticorpo antipeptídeo citrulinado cíclico (anti-CCP) - presente em 60% a 70% das pessoas com artrite reumatoide. É o anticorpo mais específico da AR.
Velocidade de Hemossedimentação (VHS) - é a taxa que mede o grau de sedimentação de glóbulos vermelhos em uma amostra de sangue durante um período específico para indicar a presença de inflamação, mas não necessariamente causada pela artrite reumatoide.
Exames por imagem
Raio-X - radiografias das mãos e dos pés são fundamentais para o diagnóstico e o acompanhamento dos pacientes. No início da doença, podem ser normais ou mostrar apenas o inchaço dos tecidos moles. Mas, na medida em que a artrite reumatoide progride, podem revelar erosões ósseas típicas nas articulações.
Ressonância magnética (RM) - tem contribuído de forma significativa para o diagnóstico precoce da doença, pois evidencia alterações tanto de tecidos moles quanto de cartilagem e ossos de forma mais precoce que a radiografia simples.
Proteína C Reativa (PCR) - é outra prova de atividade inflamatória (assim como a VHS). Também é capaz de indicar a presença de inflamação causada pela artrite ou qualquer outra causa (por exemplo, infecções bacterianas).
A quem devemos recorrer 
O reumatologista é o especialista essencial na avaliação e no tratamento dos pacientes com artrite reumatoide. Ele é mais familiarizado com a identificação da doença e com as drogas atualmente disponíveis – suas indicações e seus efeitos adversos – para estabelecer o melhor plano de tratamento para cada caso.
Como a fisioterapia e a terapia ocupacional contribuem para que o paciente possa continuar a exercer as atividades da vida diária, a ajuda de profissionais dessas áreas em coordenação com o reumatologista também é indicada.
Além disso, existem grupos de apoio para pessoas com artrite reumatoide que podem proporcionar troca de experiências e informações, ajudando-as a conviver com a doença e enfrentar as suas limitações. 
Diagnóstico de Artrite reumatoide
O diagnóstico de artrite reumatoide leva em consideração diferentes aspectos. Isso acontece porque não existe um exame específico para detectar a doença. Primeiramente, o médico irá perguntar sobre o histórico médico pessoal e familiar do paciente, a fim de descobrir se o indivíduo possui casos de artrite reumatoide na família e se apresenta fatores de risco, como tabagismo, que podem facilitar o desenvolvimento da doença.
Além disso, também será necessária a realização de exames físicos no consultório. Nesse momento, o médico irá examinar as juntas procurando inchaço, dores ou limitações na realização dos movimentos. O médico também tentará detectar se os membros estão quentes, pois esse é um fator indicativo de inflamação.
Segundo a Arthritis Foundation, o número de articulações afetadas também pode ser um indício de artrite reumatoide, pois a doença tende a afetar juntas em ambos os lados do corpo. Por fim, o exame físico também pode revelar a presença de nódulos ou uma febre baixa.
A realização de testes clínicos também é necessária para auxiliar no diagnóstico de artrite reumatoide. Os exames clínicos são feitos a partir de amostras de sangue, com o intuito de encontrar anticorpos anormais e também o grau de inflamação. Os principais exames são o de velocidade de hemossedimentação (VHS) e também a dosagem da proteína C reativa (PCR).
O exame de hemograma completo auxilia a checar se o paciente está com anemia. Isso porque é comum as pessoas apresentarem anemia durante a artrite reumatoide, pois as plaquetas aumentam devido à inflamação.
Durante a evolução da doença, o corpo produz autoanticorpos, proteínas do sangue que atacam o organismo. Para checar a quantidade de autoanticorpos produzida é feito um exame chamado dosagem de fator reumatoide. De acordo com a Mayo Clinic, cerca de 80% dos pacientes com artrite reumatoide possuem essa proteína circulando no sangue. No entanto, vale lembrar que a ausência dessa proteína não exclui a possibilidade de o paciente apresentar artrite reumatoide.
Também são pedidas provas de atividade inflamatória. Essas análises englobam justamente os exames de VHS e PCR. Atualmente, conta-se também com o exame anti-CCP, um teste mais específico para checar a quantidade de inflamação presente no organismo.
Exames de raio-x, ultrassonografia ou ressonância magnética também podem ser feitos com o intuito de encontrar lesões nas juntas. No entanto, mesmo que os exames de imagem não mostrem lesões nas juntas, o diagnóstico de artrite reumatoide não pode ser descartado. Segundo a Mayo Clinic, isso pode significar que a doença está em um estágio inicial.
Critérios de Classificação
Alguns critérios podem facilitar o diagnóstico de artrite reumatoide. O reumatologista Roberto Heyman explica que existe uma pontuação, que vai de zero a 10, utilizada por médicos para auxiliar na identificação da doença. Segundo ele, para classificar o caso como artrite reumatoideé necessário pontuar ao menos seis dos 10 critérios6.
Acometimento articular (0-5)
· 1 grande articulação 0
· 2-10 grandes articulações- 1
· 1-3 pequenas articulações (grandes não contadas)- 2
· 4-10 pequenas articulações (grandes não contadas)- 3
· >10 articulações (pelo menos uma pequena)- 5.
Sorologia (0-3)
· Fator reumatoide negativo E ACPA negativo 0
· FR positivo OU ACPA positivo em baixos títulos - 2
· FR positivo OU ACPA positivo em altos títulos - 3.
Duração dos sintomas (0-1)
· Menos de 6 semanas 0
· Igual ou mais do que 6 semanas - 1
· Provas de atividade inflamatória (0-1)
· PCR normal E VHS normal - 0
· PCR anormal OU VHS anormal - 1.
 tratamento e cuidados
Tratamento de Artrite reumatoide
A artrite reumatoide é uma doença crônica, portanto ainda não tem cura, mas pode ser controlada. Atualmente, existem tratamentos e medicações que possibilitam que a doença fique inativa e o paciente tenha qualidade de vida.
O tratamento para a artrite reumatoide varia de acordo com as características do paciente e sua resposta imunológica. “No momento de dizer qual será o tratamento do paciente, o reumatologista leva em consideração as articulações atingidas pela inflamação, o grau de inchaço e a intensidade da dor entre zero e 10”, explica a reumatologista Tatiana Molinas Hasegawa.
A reumatologista conta que o tratamento para a artrite reumatoide pode incluir orientações não medicamentosas, ou seja, modificações na rotina do paciente e recomendar a prática de atividades físicas, fisioterapia e hábitos saudáveis. Mas a intervenção medicamentosa também pode fazer parte do tratamento.
Medicamentos para Artrite reumatoide
O tratamento medicamentoso é feito com as Drogas Modificadoras do Curso da Doença (DMCD - do inglês "Disease-modifying antirheumatic drugs"). Esses medicamentos agem no sistema imunológico e ajudam a impedir a progressão da doença. “Elas não são drogas paliativas, como os anti-inflamatórios, analgésicos e corticoides usados para conter a dor. São substâncias que modificam a doença”, explica Tatiana.
As DMARDs são separadas em dois grupos distintos: os não biológicos, que podem ser sintéticos convencionais ou sintéticos alvo específicos e os biológicos. Os DMARDs biológicos são medicamentos feitos de proteínas, em geral anticorpos, sintetizados por engenharia genética, que se ligam de forma especifica em estruturas celulares ou proteínas que atuam no processo inflamatório, neutralizando-as. Eles são divididos em classes, de acordo com seu mecanismo de ação, que podem ser: inibidores de fator de necrose tumoral (anti TNF), inibidores do receptor de interleucina 6, inibidor do segundo sinal de ativação do linfócito T e inibidor de CD20 7.
“Atualmente, os medicamentos conseguem deixar a doença adormecida e impedem, por exemplo, que os pacientes tenham necessidade de serem submetidos a cirurgias para a colocação de próteses ou percam a capacidade funcional dos membros afetados”, ressalta Heymann.
Fisioterapia
Você pode fazer tratamento com um fisioterapeuta ou fisiatra, que lhe ensinará exercícios para ajudar a manter as articulações flexíveis. O profissional pode também sugerir novas maneiras de fazer tarefas diárias, para aliviar as articulações. Por exemplo, se seus dedos estão doloridos, você pode pegar um objeto usando os antebraços.
Existem também dispositivos auxiliares que podem tornar as atividades mais fáceis e evitar a dor nas articulações. Por exemplo, uma faca de cozinha equipada com uma alça de serra ajuda a proteger seus dedos e articulações do pulso.
Cirurgia
Se os medicamentos não conseguem prevenir ou retardar o dano articular, o paciente e o médico podem considerar a cirurgia para reparar as articulações atingidas. Ela também pode reduzir a dor e corrigir deformidades. A cirurgia da artrite reumatoide pode envolver um ou mais dos seguintes procedimentos:
· Substituição total da articulação: quadril e joelho são as articulações mais frequentemente substituídas em pessoas com artrite reumatoide. As estruturas danificadas são levadas para fora e uma articulação artificial ou prótese é colocada no lugar com os devidos cuidados e, dependendo de fatores como a condição física da pessoa, nível de atividade e peso corporal, a vida útil de uma articulação substituída pode ser mais de 20 anos
· Sinovectomia: é a remoção do revestimento do conjunto anormal da articulação para impedi-la de corroer a cartilagem e o osso. Apesar de eficaz, eventualmente, o revestimento das articulações (membrana sinovial) pode voltar a crescer anormalmente na artrite reumatoide e a cirurgia pode ter de ser repetida
· Artrodese: é a cirurgia que une dois ou mais ossos para que as articulações não possam mais se mover. Felizmente, atualmente esta modalidade cirúrgica é cada vez mais rara e está praticamente em desuso diante das novas modalidades terapêuticas.
 convivendo (prognóstico)
Atenção para a carteirinha de vacinação
Se estar imunizado é importante para a população como um todo, para quem tem artrite reumatoide isso é uma regra. A vacinação garante que o paciente mantenha o sistema imunológico fortalecido e reduz a ocorrência de algumas doenças infecciosas, que podem piorar o quadro como um todo. No entanto, a vacinação da pessoa com artrite deve ter algumas ressalvas. Vacinas de vírus vivo, como febre amarela, não devem ser utilizadas em pacientes com doença em atividade e em uso de imunossupressores, por exemplo. A dose da medicação do paciente também pode levar a uma interrupção do calendário de vacinação, tendo em vista que a resposta à vacina pode ser insatisfatória. Além disso, algumas vacinas fora do calendário oficial podem ser indicadas para alguns pacientes antes deles começarem classes de medicações específicas, portanto, converse com seu médico. Ele é o profissional indicado para a orientação do seu calendário vacinal.
Faça exercícios
A fisioterapia e a prática de exercícios ajudam a corrigir e a prevenir a perda ou a limitação do movimento articular, a atrofia, a fraqueza muscular e a instabilidade das articulações. Isso porque músculos mais fortes ajudam a proteger a articulação inflamada pela doença autoimune. Deve-se priorizar exercícios com menor grau de impacto articular e voltados para o fortalecimento muscular e alongamentos, sempre acompanhados por profissionais da área e observando as limitações individuais.
No início, a reabilitação pode ser feita com exercícios isométricos (realizados com a contração muscular sem o movimento do membro) e, posteriormente, com exercícios isotônicos (que envolvem a mesma contração muscular, mas agora com o movimento), introduzindo lentamente exercícios com carga. Após um período de 12 a 16 semanas, dependendo da evolução de cada paciente, é possível iniciar exercícios de fortalecimento.
Converse com seu médico sobre a prática de exercícios e peça indicação do profissional mais adequado, como fisioterapeuta ou educador físico, para seu acompanhamento.
Durma bem
É sabido que o sistema imunológico sofre influência do ciclo do sono - e nesse sentido, o paciente com artrite reumatoide se beneficia muito de uma noite bem dormida, pois o organismo entra em equilíbrio e foge de problemas como estresse, gripes, resfriados ou alterações na pressão arterial. A qualidade do sono também é fundamental para o bom controle sintomático da doença. Entretanto, alguns portadores podem sentir dificuldades para dormir por conta das dores, ficando com o sono quebrado em várias partes ou então pegando no sono muito tarde. Caso apresente problemas para dormir, converse com seu médico para que ele possa encontrar uma solução individualizada para o seu caso.
Controle seu peso
Manter um peso adequado é fundamental para quem tem artrite reumatoide por diversos motivos. Inicialmente, o sobrepeso por si pode causar uma sobrecarga mecânica, e acelerar o processo de degeneração das articulações - contribuindo para a piora do quadro. Além disso, de acordo com a reumatologista Tatiana, a artrite reumatoide isoladamente aumenta o risco de doenças do coração, e a obesidade associadaaumentaria ainda mais as chances de doenças neste paciente. A obesidade também pode favorecer problemas como hipertensão, diabetes e colesterol alto, que já são doenças comuns na pessoa com artrite, independentemente de seu peso.
Mudanças em casa
Com a progressão das deformidades, pode ser difícil praticar algumas atividades simples, como abotoar uma camisa ou virar uma maçaneta. Por isso, é importante ficar atento e fazer pequenas modificações na mobília da casa e outros objetos para facilitar ao máximo a convivência do paciente com artrite reumatoide, a fim de que as dores não sejam tão frequentes e as atividades menos debilitantes. Usar velcro no fecho das roupas, preferir maçanetas e torneiras em formato de cabo em vez das redondas, adaptadores para utensílios domésticos ou então aparelhos elétricos, como facas e escovas de dente, são altamente recomendados.
Tatiana Molinas Hasegawa aponta que o risco de osteoporose é maior nos pacientes com artrite reumatoide. Por isso, além do acompanhamento médico e avaliação da densidade óssea constantes, os especialistas recomendam que sejam feitas algumas adaptações na casa do paciente, a fim de evitar quedas. Colocar barras no banheiro, preferir sabonetes líquidos (em vez da versão em barra, que pode escorregar e cair no chão) e evitar o uso de tapetes são medidas simples que previnem o problema.
Evite passar muito tempo na mesma posição
O repouso por período prolongado favorece o acúmulo de líquido no interior da articulação inflamada, ocasionando a distensão e o aumento da sensibilidade dolorosa. Esse é um dos motivos que faz com que os pacientes apresentem mais dores pela manhã ao acordar. Como não dá para alongar enquanto dormimos, o melhor a fazer é evitar passar horas sentado ou com os membros parados em uma mesma posição enquanto estiver acordado. Se você vai viajar de carro ou avião, faça paradas ou levante-se do assento em alguns momentos, e enquanto estiver sentado, procure movimentar e alongar as mãos, braços, pernas e pés. Se você trabalha em um escritório, procure alongar-se de tempos em tempos.
Tome as medicações indicadas pelo médico
O tratamento deve ser rigorosamente seguido sob pena de evolução da doença, e consequente destruição articular. O acompanhamento profissional periódico com adequação do tratamento também faz parte do processo. Com o avanço das pesquisas e das novas tecnologias, os pacientes cada vez mais levam uma vida normal sem nenhuma limitação - entretanto, nada disso vale se você não seguir as recomendações médicas.
Complicações possíveis
A artrite reumatoide pode levar a alterações em todas as estruturas das articulações, como ossos, cartilagens, cápsula articular, tendões, ligamentos e músculos, que são os responsáveis pelo movimento articular. Dentre os fatores da artrite reumatoide que interferem nas atividades do dia a dia, podemos citar diversas alterações:
· Deformações nas articulações dos membros afetados
· Aumento do volume do punho com atrofia dos ossos
· Modificação da estrutura óssea dos joelhos, fazendo com que fiquem para dentro
· A artrite reumatoide é uma doença que não atinge só as articulações, mas também pode inflamar os vasos, olhos, pulmões, coração e sistema nervoso (manifestações extra-articulares)
· A doença pode causar também aumento do risco de osteoporose. Isso porque, de acordo com Tatiana, os medicamentos a base de corticoide e a própria artrite podem causar uma descalcificação precoce do osso.
Prevenção
Ainda não foram descobertas formas eficientes de se prevenir a artrite reumatoide, além de manter uma vida saudável e, se ainda fuma, deixar de fumar. Contudo, o tratamento precoce adequado pode ajudar a evitar danos adicionais às articulações.
 perguntas sobre artrite reumatoide
 fontes e referências
· <http://www.reumatologia.com.br/index.asp?Perfil=&Menu=DoencasOrientacoes&Pagina=reumatologia/in_doencas_e_orientacoes_resultados.asp>.
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