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Direito Penal Aplicado II - Aula 10 - Outros crimes - relevante juntamente com a aula 4

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Direito Penal Aplicado II
Aula 10: Outros crimes (Continuação da Aula 4)
Exercício arbitrário das próprias razões
Atualmente, o exercício da jurisdição é monopólio do Estado, de maneira que a solução de conflitos na sociedade é resolvida por meio dos órgãos estatais.
No passado, era permitido ao credor, por exemplo, a utilização dos meios necessários para coagir o devedor a pagar a sua dívida. Em alguns casos, o devedor virava escravo do credor.
Com o monopólio da jurisdição estatal, somente o Estado pode coagir alguém a satisfazer uma dívida e essa satisfação é feita por meio do patrimônio do devedor. A justiça pelas próprias mãos é terminantemente vedada e, tal como descreve o art. 345, constitui crime.
Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à violência.
Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa.
Contudo, existem alguns detalhes que devem ser observados:
Falsa Identidade
O crime de falsa identidade, previsto no art. 307 do CP, é diferente do crime de uso de documento falso. Aqui, a identidade é atribuída falsamente sem o uso de qualquer documento falso. É o caso do sujeito que se passa por alguém, com a finalidade de obter alguma vantagem. As informações falsas podem ser desde o nome até profissão, idade, estado e características físicas.
Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave. 
Exemplo prático: 
A conduta de atribuir-se falsa identidade perante a autoridade policial configura este crime ou está abarcado pela prerrogativa do réu de não produzir prova contra si mesmo? 
A pergunta é capciosa porque, como se sabe, o réu/acusado tem o direito de mentir e de não produzir prova contra si mesmo. Muitas vezes, quando uma pessoa é presa em flagrante, ela mente a respeito de sua identidade ou idade perante a autoridade policial. Com isso, o delegado não consegue identificar se há outros registros criminais em seu nome ou mesmo se há algum mandado de prisão. A esse respeito, o STJ já tem definida uma posição sobre o assunto:
Verbete nº 522 - A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda que em situação de alegada autodefesa. Portanto, prevalece que a conduta da pergunta configura o crime do art 307 do CP.
1- O crime previsto no art. 308 não deve ser confundido com o anterior. Aqui, o agente não atribui a si mesmo identidade falsa, mas apenas utiliza o documento referido no tipo para alguma finalidade (entrar em algum local sem que haja a necessidade de atribuir-se a identidade constante no documento, por exemplo.).
Art. 308 - Usar, como próprio, passaporte, título de eleitor, caderneta de reservista ou qualquer documento de identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se utilize, documento dessa natureza, próprio ou de terceiros:
Pena - detenção, de quatro meses a dois anos, e multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.
2- Se apresentar o documento de terceiro para fins de identificação, teremos a figura do artigo anterior (art. 307). Note que aquele que cede o documento também comete o presente crime, desde que saiba que será usado para tal finalidade. 
3- Por último, trata-se de crime subsidiário, de maneira que deixará de existir se for elemento de um crime mais grave. 
Adulteração de sinal identificador de veículo automotor
O crime previsto no Art. 311 é enquadrado como uma espécie de gênero crimes contra a Fé Pública. O objetivo do tipo é proteger a identidade dos veículos e aquilo que os caracteriza, preservando a Fé Pública. 
A expressão veículo não engloba apenas os carros, mas também navios, embarcações a motor, aeronaves etc. 
Este crime é um tanto comum na modalidade de se alterar a placa do veículo para evitar multas. O sujeito coloca uma tifa na placa do carro alterando um de seus caracteres (o 3 vira 8) e, com isso, tem seu carro “imune” às fiscalizações eletrônicas de transito, rodízios etc. 
Situação Hipotética: 
A substituição de uma placa por outra (sem autorização do órgão competente) configura este crime? 
A pergunta é interessante porque a redação do tipo menciona apenas "adulterar" ou "remarcar" e substituir não se enquadraria na definição de ambos os verbos. Apesar disso, o STJ já entendeu que tal substituição configura o crime do art. 311 (AgRg no AREsp 126.860/MG, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, 5ª Turma, julgado em 06/09/2012). Portanto, podemos afirmar que tal conduta pode ser enquadrada no art. 311.
Fraudes em certames de interesse publico 
Conforme comentado no crime de estelionato (art. 171), na aula sobre crimes patrimoniais, a "cola" em concurso público não foi reconhecida como crime de estelionato pelo Supremo Tribunal Federal.
Tratava-se de uma conduta atípica em nosso ordenamento jurídico. Em razão disso, foi editada a Lei 12.550/2011 que alterou o Código Penal introduzindo o crime de "Fraudes em certames de interesse público". Trata-se de um crime que também protege a Fé Pública.
Art. 311-A - Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de: 
I - Concurso público;
II - Avaliação ou exame públicos; 
III - processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou 
IV - Exame ou processo seletivo previstos em lei: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem permite ou facilita, por qualquer meio, o acesso de pessoas não autorizadas às informações mencionadas no caput. 
§ 2º Se da ação ou omissão resulta dano à administração pública: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. 
§ 3º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o fato é cometido por funcionário público.
Sobre isso, cabe algumas observações. Leia com atenção o esquema a seguir:
1- Este crime, previsto no Art. 311-A não abarca apenas a fraude em vestibulares e concursos públicos. Estas situações são as mais comuns, mas, na verdade, não são as únicas. 
O tipo fala de certame de interesse público, incluindo, portanto, uma série de outras situações, tais como o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), a seleção de candidatos para residência médica e para programas de Mestrado ou Doutorado etc.
2- O tipo fala em utilizar ou divulgar conteúdo sigiloso de certames públicos. Veja que a "cola" é apenas uma das situações que os verbos acima englobam. O crime abarca muitas outras!
Podemos incluir aqui a situação do agente que "vaza" o gabarito ou as questões da prova antecipadamente, prejudicando vários outros candidatos. Nos termos do §1º, aquele que facilita alguém a "utilizar ou divulgar conteúdo sigiloso" também responde pelas mesmas penas. É o que ocorre quando o funcionário da gráfica onde são impressas as provas ou do motorista do veículo que transporta as provas facilita que uma das provas chegue às mãos de um candidato ou organização. Esta facilitação pode ser omissiva ou comissiva!
O crime é formal e não exige que haja prejuízo para os candidatos ou Administração Pública. Havendo a conduta de utilizar ou divulgar (ou facilitar) conteúdo sigiloso já consuma o crime, respondendo os agentes independentemente do certame ter sido realizado ou mesmo dos candidatos beneficiados terem sido aprovados. Ou seja, a obtenção de vantagem por terceiros é irrelevante. Tal como os demais crimes contra a Fé Pública (falsificação de documento, moeda falsa), basta a conduta para que se consume.
Analise de situação: 
A fraude em licitação na modalidade “concurso” se enquadra no art. 311? 
NÃO, isso porque a Lei de Licitações (Lei nº 8.666/93) prevê um tipo especifico para as fraudes em processos licitatórios, conforme dispõe o seu art. 90: Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinaçãoou qualquer outro expediente, o caráter competitivo do procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação: Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Portanto, tendo em vista o Princípio da Especialidade, aplica-se o art. 90 em prejuízo do art. 311 do CP no caso de fraude em licitações na modalidade concurso, assim como nas demais modalidades.
Inserção de dados falsos em sistema de informações
O crime de inserção de dados em sistema de informações, previsto no art. 313-A, está dentro do capítulo “Crimes Contra a Administração Pública”. Portanto, essas condutas, quando cometidas em sistemas que não fazem parte da Administração Pública, não se enquadrarão nestas figuras típicas.
O sujeito ativo deste tipo é um funcionário público com autorização para inserir dados no sistema. Essa “autorização” é elementar do tipo e, caso o funcionário não seja autorizado, a conduta poderá se amoldar ao art. 154-A ou art. 325, §1º do CP.
Art. 154-A - Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita.
Art. 325, §1º do CP - §1º Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: 
I - Permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública; 
II - Se utiliza, indevidamente, do acesso restrito.
A conduta de inserir dados falsos tem que ser dolosa. Se o agente, por descuido, insere uma informação falsa, a conduta é atípica. Este dolo exige que o sujeito ativo objetive uma vantagem para si ou para outrem; contudo, a ocorrência dessa vantagem é irrelevante para a consumação do crime. Tal como ocorre no crime de estelionato e na corrupção ativa, o art 313-A é crime formal!
Analise de caso: 
Jorge trabalhou como mecânico por 33 anos. Ao completar seus 60 anos de idade, decidiu se aposentar. Dirigiu-se ao INSS e lá foi informado de que ainda lhe faltavam 2 anos de trabalho para que ele pudesse receber sua aposentadoria integral. Ao sair do estabelecimento, Jorge foi abordado por Marcos, funcionário do INSS que possui acesso ao sistema, e pode alterar os dados cadastrais do segurado, inserindo vínculos trabalhistas que não existiam. Marcos prometeu a Jorge conseguir a sua aposentadoria facilmente. Porém, Jorge “apenas” deveria repassar um valor de R$5.000 para Marcos.
Supondo que Jorge tenha aceitado a oferta de Marcos, ambos serão enquadrados em quais crimes?
O segurado responde por estelionato (art. 171, §3º), enquanto o funcionário do INSS nos termos do art. 313-A.
Note que o crime também existe em sistemas informatizados ou banco de dados. Portanto, a inserção, alteração ou exclusão de dados corretos do banco de dados físicos também é uma hipótese do presente crime.
Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações 
O art. 313-B é similar ao anterior. Contudo, as condutas são modificar ou alterar sistemas de informações ou programa de informática e o crime pode ser cometido por funcionário com ou sem autorização.
Por modificar ou alterar, podemos entender como o caso do agente alterar o programa de computador para mostrar o teor dos votos de uma sessão secreta. Mais uma vez, não se enquadram os sistemas privados, já que estamos falando de crimes contra a Administração Pública.
Art. 313-B - Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até a metade se da modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado.
Observação: Note que, nesta figura típica, inexiste o especial fim de agir do art. 313-A: fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano.
Os presentes crimes (arts. 313-A e 313-B) serão melhor estudados na disciplina referente aos crimes cibernéticos.
Violação de sigilo funcional
Por expressa previsão legal, este é um crime subsidiário, previsto no art. 325; ou seja, ele só terá lugar se a conduta não configurar outro crime mais grave. 
Vejamos suas características:
1- A violação de sigilo funcional somente pode ser praticada por funcionário público, de maneira que particulares não estão sujeitos a ela, podendo ser enquadrados, entretanto, no art. 153, §1A do CP.
2- Em concurso de agentes (mais de uma pessoa comete o crime), considere que o agente que não é funcionário público poderá responder na condição de coautor em função do previsto no art. 30 do CP, já que a condição de funcionário público se comunica por ser elementar do tipo.
3- O crime pode ser praticado revelando ou facilitando a revelação do fato sigiloso. O agente pode, portanto, criar um contexto em que facilite o "vazamento" de determinada informação, ocasião em que responderá pelo presente crime mesmo sem ter revelado diretamente.
Veja que os incisos I e II do §1º mencionam situações em que há sério desvio dos deveres funcionais, permitindo o acesso de pessoas estranhas (pessoas que não têm autorização/atribuição funcional) aos bancos de dados ou mesmo utilizando indevidamente a prerrogativa de ter acesso a informações/situações/fatos de caráter restrito.
Funcionário publico 
Por funcionário público, há uma definição específica trazida pelo próprio Código Penal, no seu art. 327. Veja:
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
        § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.
        § 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público. 
Com base nessa definição, podemos observar que:
1- Esse conceito é bem amplo e podemos enquadrar como funcionário público desde o concursado até o que ocupa cargo em comissão e exerça funções temporárias, tal como o mesário de eleição.
2- Há alguns crimes que também tratam de violação ao sigilo profissional e que são especiais em relação ao art. 325. Em nossa aula sobre Organizações Criminosas, vimos o crime do art. 20. Como se nota, o vazamento de alguma informação sigilosa em alguma investigação de Organização Criminosa ensejará a aplicação do art. 20 em prejuízo do art. 325 do CP, uma vez que aquele é especial em relação a este.
3- Outra hipótese é aquela prevista no art. 10 da Lei Complementar 105, que dispõe sobre o sigilo de operações de instituições financeiras: Art. 10. A quebra de sigilo, fora das hipóteses autorizadas nesta Lei Complementar, constitui crime e sujeita os responsáveis à pena de reclusão, de um a quatro anos, e multa, aplicando-se, no que couber, o Código Penal, sem prejuízo de outras sanções cabíveis. Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem omitir, retardar injustificadamente ou prestar falsamente as informações requeridas nos termos desta Lei Complementar.
Analise de caso: 
Um funcionário público responsável pela confecção de questões de um vestibular tem o dever de não divulgar essas questões.
Contudo, caso o faça para beneficiar alguns candidatos, ele responderá por violação de sigilo funcional? 
Neste caso, não. Embora a situação esteja de acordo com a redação do art. 325, fato é que esta violação se deu em sede deum certame público e, como estudamos anteriormente, há um tipo específico para esta situação previsto no art. 311. Aliás, o seu §3º prevê uma causa de aumento quando a fraude é cometida por funcionário público. Portanto, em razão do Princípio da Especialidade, a conduta do exemplo se enquadra no art. 311 e não no art. 325.

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