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SLIDES CONCURSO DE AGENTES ATUALIZADO

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DIREITO PENAL II
ESTÁCIO – 2021.1
PROF. ESP. GABRIEL SOARES
“CONCURSO DE AGENTES”
1 – PREVISÃO LEGAL: 
	
	O instituto de concurso de agentes está previsto na parte geral do nosso código penal brasileiro nos art. 29, 30 e 31. Este instituto é aplicável aos crimes em geral, aos crimes como um todo “sempre que não existir uma norma especifica que diga o contrario.
2 – DENOMINAÇÃO:
	
O Instituto, hora estudado, pode ser chamado tanto de concurso de agentes ou concurso de pessoas.
O cod. Penal original, de 1940 originalmente chamava este instituto de ”COAUTORIA”, porém após a reforma do cod. Penal em 1984, através da lei nº 7.209/84 surgiu a denominação CONCURSO DE AGENTES.
Obs. O Cod. Penal original de 1940 não previa a figura da participação.
3 – CONCEITO:
	
	Concurso de agentes, ou concurso de pessoas, nada mais é do que a colaboração entre duas ou mais pessoas para a pratica de um crime ou contravenção penal que surtirá efeitos penais no processo penal e na punição para cada um dos agentes envolvidos
4 – REQUISITOS:
	
	 SÃO 05 (CINCO) E CUMULATIVOS:
	1º REQUISITO  PLURALIDADE DE AGENTES “CULPÁVEIS” : Pluralidade de agentes “culpáveis”:
Este requisito determina que devem existir dois ou mais agentes envolvidos no crime e que cada um deles pratique uma conduta relevante.
Obs. Esta conduta de cada agente pode ser Principal “autor/coautor” ou acessória “partícipe”.
ATENÇÃO: Quanto ao numero de agentes os crimes se dividem em três grupos.
Grupo A) Crime Unisubjetivos, Unilaterais ou de concurso eventual.
São aqueles crimes cometidos normalmente por uma única pessoa, mas que admitem o concurso de agentes.
Ex. homicídio, art 121 do CP.
Grupo B) Crimes Plurisubjetivos, plurilaterais ou de concurso necessário.
São aqueles crimes em que o próprio tipo penal exige a pluralidade de agentes “não há como praticar o crime sozinho”
Ex. Rixas, art. 137 do CP; Associação Criminosa, art. 288 CP.
Grupo C) Crimes Acidentalmente ou Eventualmente coletivos.
São aqueles crimes que podem ser praticados por uma única pessoa, mas quando praticados em curso de agentes faz surgir uma modalidade mais graves do crime.
Ex. Furtos, art 155 CP; Roubo, art 157 do CP
Atenção 2: No concurso de agentes todos os agentes envolvidos na pratica criminosa devem ser culpáveis, ou seja, passiveis de punição no direito penal, no caso de falta de culpabilidade de um dos agentes envolvidos irá se configurar a chamada “AUTORIA MEDIATA” e não será aplicado o concursos de agentes pela inimputabilidade do agente.
Ex. Maior contrata um menor para matar.
		
	2º REQUISITO  “RELEVÂNCIA CAUSAL DAS CONDUTAS” : Este requisito está previsto no art. 29 CAPUT do CP e significa que todas as condutas dos agentes envolvidos no crime, influem, interferem ou colaboram para a produção pratica do crime.
OBS. Muita ATENÇÃO, para a chamada “PARTICIPAÇÃO INOQUA ou INEFICAZ” que é aquela que em nada colabora ou contribui para o resultado final. Neste caso o agente até tem vontade de ajudar no crime, mas não ajuda efetivamente, subjetivamente ele quer concorrer para o crime, mas objetivamente ele não concorre.
Ex. emprestar a arma para matar alguém, mas o assassino mata com outra ferramenta que não aquela que não fora emprestada.
		
	3º REQUISITO  “VÍNCULO SUBJETIVO” : 
Este requisito também é chamado de LIAME SUBJETIVO, ou LIAME PSICOLOGICO ou Concurso de VONTADES, significa que deve existir a intenção de colaborar para o crime de terceiro, ainda que o terceiro desconheça a colaboração. 
CUIDADO: Nunca confundir o vinculo subjetivo com o chamado “PREVIO AJUSTES”. O prévio Ajuste é a combinação anterior das partes para o cometimento do crime.
Ex. Murilo combina com Reinaldo para matar sua sogra, enquanto Reinaldo a segura a sogra de Murilo o mesmo a esfaqueia.
Já o Vinculo subjetivo é quando mesmo sem o autor principal do crime saber, alguém o ajuda na pratica criminosa. 
Ex. Murilo não conhece seu vizinho Reinaldo, mas o Reinaldo sabe que Murilo quer matar sua sogra. Ao perceber que a sogra de Murilo está fugindo dele na tentativa de homicídio e ao perceber que Murilo não iria alcança-la, Reinaldo da uma rasteira deixando a inconsciente, e por este ato “não ajustado previamente” Murilo alcança e a mata.
Obs. No concurso de agentes normalmente existe o prévio ajustes, porém basta o vinculo subjetivo para se caracterizar o concurso de agentes. 
ATENÇÃO: Neste 3° requisito do vinculo subjetivo de agentes, existe um principio chamado “PRINCIPIO DA CONVERGÊNCIA”, que nada mais é do que a chamada vontade homogenia. Na pratica significa que o resultado para um irá ser o mesmo resultado para todos.
	4º REQUISITO  “UNIDADE DE INFRAÇÃO PENAL PARA TODOS OS AGENTES” :
Previsto no artigo 29 “caput” do código penal. Este requisito significa que o código penal adota como regra geral no concurso de agentes a chamada “Teoria Unitária ou Monista”, que quer dizer que, de um lado da pratica de um crime temos uma “Pluralidade de agentes” e do outro lado da pratica do crime temos uma “Unidade do Crime”, ou seja, todos aqueles que concorreram para o crime, respondem pelo mesmo crime.
ATENÇÃO e CUIDADÃO
Existem exceções a esta teoria monista que são adotadas, em caráter de exceção pelo direito penal brasileiro. É a chamada “Teoria Pluralista”	e nestes casos duas ou mais pessoas concorreram para o mesmo crime, mas irão responder por crimes diferentes e isto ocorre por que o legislador quando criou estes crimes optou por prever crimes diferentes para os agentes envolvidos no caso.
Ex 1. Artigo 124, “Praticar Aborto” e Artigo 126, “Provocar aborto com o consentimento da gestante”.
A mulher gravida vai ao medico e pede ao medico para abortar, o medico por sua vez pratica o aborto, neste caso a mulher responde pelo artigo 124 “de um a três anos de reclusão” e o medico pelo artigo 126 “pena de reclusão de um a quatros anos”.
Ex. 2. Artigo 317, “Corrupção passiva”, e artigo 333 “corrupção ativa”.
O Réu num processo cível procura o oficial de justiça para o mesmo deixar de lhe citar no processo e o oficial de justiça aceita a proposta, neste caso o oficial responde pelo artigo 317 e o réu pelo artigo 333.
	
	5º REQUISITO  “EXISTÊNCIA DE UM FATO PUNÍVEL”: 
Está previsto no artigo 31 do código penal significa que é necessário que o crime seja efetivamente praticado ou pelo menos tentado, para se configurar o concurso de agentes. Não basta que os agentes se reúnam e tenham vontade de delinquir. Este requisito determina que eles devem efetivamente praticar o crime ou tentar pratica-lo, para que o concurso de agentes tenham relevância penal, é o chamado “Principio da Exterioridade”.
Ex. Solange paga Thairine para matar Cintia, porém Thairine ao invés de matar Cintia, pega o dinheiro e vai para a Disneylândia gastar o dinheiro e não mata Cintia.
		
5 – FORMAS (MODALIDES) DO CONCURSO DE PESSOAS:
	
	 O CONCURSO DE PESSOAS É O GÊNERO QUE TEM COMO ESPÉCIES (MODALIDES) A COAUTORIA E A PARTICIPAÇÃO!! 
Para entender a coautoria devemos entender inicialmente a autoria, pois a coautoria nada mais é, do que, uma autoria no menor grau de participação.
	5.1  AUTORIA X COAUTORIA: 
	
	DIVERSAS TEORIAS TENTAM EXPLICAR O CONCEITO DE “AUTOR” NO DIREITO PENAL, PORÉM 02 (DUAS) TEORIAS SÃO AS MAIS IMPORTANTES E APLICADAS NO DIREITO:
	1ª : TEORIA OBJETIVO / FORMAL:
Esta teoria é a dominante historicamente no Brasil e é a teoria adotada pelo nosso código penal. Segundo esta teoria, autor do crime é quem “executa o núcleo do tipo penal” previsto na lei.
Ex. Artigo 121, artigo 155, e o artigo 157 do CP 
OBS. Para esta teoria “participe” é quem participa de qualquer modo no crime sem executar o núcleo do tipo penal.
	
	2ª : TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO:
Esta teoria é adotada pela jurisprudência do STF e do STJ, e foi criada na Alemanha no ano de 1939 pelo alemão Hans Welzel (mesmo criador do finalismo penal de 1930). Esta teoria “amplia” o conceito de autor da primeira teoria, segundo esta teoria, autor do crime é aquele que alémde executar o núcleo do tipo penal é também quem “arquiteta” o crime (autor intelectual ou mentor do crime).
Ex. Assalto ao Banco central de Fortaleza.
OBS. Segundo esta teoria o autor mediato se torna autor principal.
Ex. Maior que contrata menor para matar alguém.
OBS 02. Ainda segundo esta teoria do domínio do fato, o autor do crime é quem de qualquer modo, de forma residual detém o controle final do fato criminoso (Senhor do fato/crime).
Ex. Líder de facção, que de dentro da cadeia da a ordem para matar/ executar um promotor de justiça.
ATENÇÃO: Alguns ministros do STF no julgamento da ação penal de n° 470 “mensalão” adotaram a teoria do domínio do fato para condenar políticos e empresários.
 Esta teoria do domínio do fato Ganhou relevância no direito penal brasileiro com o advento da lei n° 12.850/2013 a chamada lei do crime organizado.
 
5.1.1  Autoria Colateral ou Paralela
 Este tipo de autoria ocorre quando duas pessoas praticam de forma simultânea um crime, porém sem nenhum vinculo subjetivo, “sem que um tenha conhecimento da ação do outro”
Obs. Na autoria colateral NÃO ocorre concursos de agentes pela falta do requisito LIAME SUBJETIVO. 
5.1.2  Autoria Imediata x Autoria Mediata
Autor imediato é aquele que individuo que pratica o crime diretamente sem qualquer pessoa entre ele e a execução do crime.
E autor mediato é o individuo que se vale de outra pessoa para a pratica de um crime.
Ex. de autoria Mediata. Executor Inimputável, Coação irresistível, e Obediência hierárquica.		 
	
5.1.3  Teoria da “Autoria de Escritório” x Teoria do “Domínio da Organização” Essas duas teorias visam solucionar, entender e estudar os crimes cometidos pelas organizações criminosas ou grupos terroristas. A primeira teoria da autoria de escritório foi pensada pelo jurista Eugênio Raul da faroni, já a segunda teoria do dominio da organização foi pensada pelo jurista Klaus Rokisin, para estes dois doutrinadores pensadores, estás organizoes criminosas ou grupos terroristas também eram chamadas de “estrutura ilícitas de poder” Por fim, essas duas teorias são inseperaveis da teoria do domínio do fato, vez que apenas existem para complementa-la
	5.2  PARTÍCIPAÇÃO: 
	
	* CONCEITO: participação é a modalidade do concurso de agentes, em que o indivíduo, não executa o núcleo/verbo do tipo penal, mas participa de qualquer modo do crime (este conceito é baseado na teoria objetivo formal), para teoria do domínio do fato, participe, é o indivíduo que não executa o na núcleo/verbo do tipo penal e que não tem o controle do fato criminoso. Mas participa de qualquer modo, do crime 
Obs: O participe tem a natureza Acessória coadjuvante. 
	
	5.2.1  ESPÉCIES, TIPOS OU MODALIDADES DE PARTICIPAÇÃO : 
	
	* SÃO 02 (DUAS) :
	A) PARTICIPAÇÃO MORAL :
 é aquela executada através do “induzimento” e da “instigação” ( se limita a palavras, conselhos, ideias ou sugestões) 
Obs: induzir significa criar em alguém a vontade criminosa que até então não existia. 
Ex: induzir a roubar, quem está precisando de dinheiro
Obs 2: instigar significa reforçar a vontade criminosa que já existia anteriormente.
Ex: instigar uma pessoa a matar outra, que ela já queria matar antes. 
 ATENCAO: tanto o induzimento, quanto a instigação, deve ser direcionado para um crime determinado, e a uma pessoa determinada. ( Não há participação no induzimento/instigação de natureza genérica
Ex: Música "LEGALIZE JÁ DO PLANET HAMP" 
	B) PARTICIPAÇÃO MATERIAL :
 É aquela executada através do “auxílio” e também é conhecida, como cumplicidade, auxiliar aqui significa “ajudar materialmente” para o crime sem executado ( emprestar a arma, leva até o local do crime )
	
PARTICIPAÇÃO DE MENOR IMPORTÂNCIA !!!
	
COOPERAÇÃO DOLOSAMENTE DISTINTA !!!
	
COAUTORIA E PARTICIPAÇÃO NOS CRIMES CULPOSOS !!!
	
Pode ocorrer a coautoria nós crimes culposos, uma vez que em todo crime culposos o núcleo do tipo penal, está exatamente na conduta que descumpre o dever de cuidado. Nestes casos autor do crime é quem viola este dever de cuidado dando causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia, logo quem auxilia nesta conduta negligente, imprudente ou imperíta, é tão autor do crime, tornando-se coautor. Por outro lado, não é aceitável afirmar que uma pessoa auxiliou, instigou, ou induziu outra pessoa a ser imprudente, negligente, ou imperíta sem ter sido igualmente imprudente quanto ela, logo quem induzi ou instiga alguém, responderá pelo mesmo crime como coautor mas nunca como participe. Este é o entendimento da maioria esmagadora da doutrina e da jurisprudência nacional. 
••••Não existe da figura do participe nós crimes culposos. 
Somente a figura do autor e coautor
COMUNICABILIDADE DAS ELEMENTARES E CIRCUNSTÂNCIAS !!!
	PREVISTA NO ART. 30 DO CÓDIGO PENAL, É AQUELA QUE DETERMINA O QUE SE COMUNICA OU NÃO ENTRE OS AGENTES NA HORA DA APLICAÇÃO DA PENA !! 
	 ELEMENTARES : são os dados essenciais do tipo penal, se for retirada está elementar do tipo penal a conduta se tornará atípica ou relativamente típica ( vira outro crime ) ex: ART 157 x Art 155 do CP
	CIRCUNSTÂNCIAS: são dados não essenciais do tipo penal mas que irão influenciar na pena. Pois acabam criando uma causa de aumento ou diminuição de pena. 
Ex: qualificadoras do roubo ou do homicídio. 
	 CONDIÇÕES: são os elementos inerentes ao indivíduo, e indepeden da prática do crime. 
Ex: menor de 21 anos no momento da prática do crime, Réu reincidente
 ATENCÃO>> AS CHAMADAS ELEMENTARES SEMPRE SE COMUNCOA ENTRE OS AGENTE NO CONCURSO DE AGENTES, DESDE QUE O AGENTE TENHA CONHECIMENTO DELAS. 
AS CHAMADAS CIRCUNSTANCIAS SE OFEREM OBJEITVAS, SE COMUNICA ENTRE OS AGENTES. ( O QUE IRA DEFINIR SERA A INTERPRETACAO DO JUIZ NO CASO CONCRETO )
As chamadas condicoes não se comunica entre os agentes.

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