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DESAFIO 14 DIAS DEDICAÇÃO DELTA 
 
DIA 10 
 
 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIA 10 
 
DESAFIO 14 DIAS DEDICAÇÃO DELTA 
 
DIA 10 
 
 
 
2 
 
Futuro(a) Delegado(a) 
Segue o material em PDF da décima meta do nosso desafio. 
Use a #desafio14diasDD e mostre todo o seu empenho! 
 
Vamos juntos! 
 
Equipe DedicaçãoDelta 
 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
3 
 
Meta do dia 10 
Leitura dos Informativos 652,653 e 654 do STJ, resumo Dedicação Delta de 
Concurso de Pessoas e Concurso de Crimes (Direito Penal) e responder 20 
questões sobre o tema A Lei Penal e sua Aplicação (Direito Penal) 
Sumário 
Informativo 652 do STJ ..................................................................................................... 4 
Direito Administrativo ....................................................................................................... 4 
Direito Penal...................................................................................................................... 4 
Direito Processual Penal .................................................................................................... 5 
Informativo 653 do STJ ..................................................................................................... 7 
Direito Constitucional ........................................................................................................ 7 
Informativo 654 do STJ ..................................................................................................... 8 
Direito Processual Penal .................................................................................................... 8 
Direito Penal – Concurso de Pessoas e Concurso de Crimes ............................................. 9 
 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
4 
 
 
Informativo 652 do STJ 
 
Direito Administrativo 
 
ANISTIA POLÍTICA 
 
STJ. 1ª Seção. AgInt no MS 24.212-DF, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 26/06/2019 (Info 
652). 
 
 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É devida a incidência de correção monetária e juros moratórios em ação 
mandamental para pagamento de retroativos devidos àqueles declarados 
anistiados políticos, independentemente de decisão expressa nesse sentido. 
 
MINHAS ANOTAÇÕES ACERCA DO JULGADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Penal 
 
PRESCRIÇÃO 
 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
5 
 
STJ. 6ª Turma. HC 316.110-SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 25/06/2019 (Info 
652). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O termo “sentença” contido no art. 115 do Código Penal se refere à primeira 
decisão condenatória, seja a do juiz singular ou a proferida pelo Tribunal, não se 
operando a redução do prazo prescricional quando a sentença condenatória é 
confirmada em sede de apelação 
MINHAS ANOTAÇÕES ACERCA DO JULGADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Processual Penal 
 
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL 
 
STJ. 6ª Turma. RHC 98.056-CE, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, julgado em 04/06/2019 
(Info 652). 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
É possível a deflagração de investigação criminal com base em matéria 
jornalística. 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
6 
 
MINHAS ANOTAÇÕES ACERCA DO JULGADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para se aprofundar: https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2019/09/info-652-
stj.pdf 
 
https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2019/09/info-652-stj.pdf
https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2019/09/info-652-stj.pdf
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
7 
 
Informativo 653 do STJ 
 
Direito Constitucional 
 
PARTIDOS POLÍTICOS 
 
STJ. 4ª Turma. REsp 1.484.422-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 28/05/2019 (Info 653). 
 
 
 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
O Diretório Nacional de Partido Político tem legitimidade ativa para 
ajuizamento de demanda indenizatória por alegada ofensa lançada contra 
candidato a cargo político. 
 
MINHAS ANOTAÇÕES ACERCA DO JULGADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para se aprofundar: https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2019/11/info-
653-stj.pdf 
https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2019/11/info-653-stj.pdf
https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2019/11/info-653-stj.pdf
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
8 
 
Informativo 654 do STJ 
 
Direito Processual Penal 
 
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL 
 
STJ. Corte Especial. APn 912-RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 07/08/2019 (Info 654). 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
A companheira, em união estável homoafetiva reconhecida, goza do mesmo status 
de cônjuge para o processo penal, possuindo legitimidade para ajuizar a ação penal 
privada. 
MINHAS ANOTAÇÕES ACERCA DO JULGADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para se aprofundar: https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2019/11/info-654-
stj.pdf 
 
https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2019/11/info-654-stj.pdf
https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2019/11/info-654-stj.pdf
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
9 
 
Direito Penal – Concurso de Pessoas e Concurso de Crimes 
 
1. CONCURSO DE PESSOAS 
 
* Arts. 29/31 do CP 
 
1.1. Conceito 
É o cometimento da mesma infração penal por duas ou mais pessoas, que 
serão chamadas de coautor/ autor ou partícipe (art. 29, CP). Essas pessoas 
devem atuar de forma relevante para o resultado e possuir identidade de 
propósito. 
 
• Crimes unissubjetivos ou de concurso eventual: Quando a conduta, 
embora pudesse ser realizada por uma só pessoa, é executada por duas 
ou mais (unissubjetivos); 
• Crimes plurissubjetivos ou de concurso necessário: O tipo penal 
exige a pluralidade de agentes (plurissubjetivos). 
• Crimes acidentalmente coletivos: podem ser praticados por uma só 
pessoa, mas quando praticados em pluralidade de agentes geram uma 
modalidade mais grave do delito (qualificadora ou causa de aumento, ex: 
roubo majorado). 
 
Para o nosso estudo aqui, vai interessar o primeiro tipo: o de concurso 
eventual. Nos demais, a regra aplicada será a do próprio tipo penal. 
 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
10 
 
1.2. Requisitos: 
 
 
1. Pluralidade de agentes culpáveis: 
Conduta principal: autor ou coautores 
Conduta acessória: partícipe. 
Ex.: dois coautores; um autor e dois partícipes etc. 
o Para o concurso de pessoas disciplinado nos arts. 29/31, todos devem 
ser culpáveis, pois, caso contrário, faltando culpabilidade, não será 
caracterizado concurso de pessoas, mas sim autoria mediata. 
o Para os crimes de concurso necessário ou os acidentalmente 
coletivos, basta que um dos agentes seja culpável para que fiquem 
caracterizados ou possa ser reconhecida eventual qualificadora ou 
causa de aumento (ex.: adolescente entra na contagem da quantidade 
necessária para caracterizar associação criminosa, para incidir a 
qualificadora do roubo etc). 
2. Relevância causal das condutas para a produção do resultado 
Lembrar da teoria da equivalência dos antecedentes causais e utilizar o 
método de eliminação hipotética, para ver se a conduta foi relevante, vez 
C
o
n
c
u
rs
o
 d
e
 p
e
s
s
o
a
s Pluralidade de agentes culpáveis
Relevância causal da conduta
Vínculo subjetivo entre os agentes
Unidade de infração
Existência de fato punível
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
11 
 
que o direito penal não se ocupa de condutas inócuas / inofensivas, não 
havendo concurso de pessoas. 
 
ATENÇÃO: Em regra, a contribuição para o crime deve ocorrer 
ANTES da consumação. Se depois, poderá configurar crime autônomo. 
Excepcionalmente, a contribuição pode ser prestada depois da 
consumação do crime, desde que tenha havido ajuste prévio. 
3. Vínculo subjetivo entre os agentes (liame psicológico): É 
desnecessáriaa prévia combinação, mas deve o concorrente ter 
consciência e vontade de aderir ao crime de terceiro. 
Se não houver esse vínculo, será o caso de autoria colateral (não 
confunda com coautoria). 
4. Unidade de infração penal: Todos que concorrem para um 
determinado crime responderão por ele, vez que, em regra, foi adotada a 
teoria monista, que admite exceções pluralistas (veremos logo à frente). 
(Art. 29 do CP: quem de qualquer modo concorre para “O CRIME”). 
Mas atenção, embora haja unidade de crimes, não há unidade de penas. 
A pena de cada um será fixada de acordo com sua culpabilidade, 
seguindo individualmente os critérios da dosimetria. 
5. Existência de fato punível: O concurso de pessoas depende da 
punibilidade de um crime, a qual requer, em seu limite mínimo, o início 
da execução. Tal circunstância constitui o princípio da exterioridade. 
Obs.: Art. 31 do CP: O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, 
salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não 
chega, pelo menos, a ser tentado. 
 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
12 
 
1.3. Teorias sobre o concurso de pessoas: 
• Teoria monista (ADOTADA NO CP): Todos os concorrentes 
praticam condutas concorrentes para a realização de um fato único, e 
assim responderão pelo mesmo crime. 
• Teoria pluralista (ou teoria da cumplicidade do crime distinto): Os 
agentes praticam condutas concorrendo para a realização de um fato, 
mas haverá um crime para cada agente. 
- Excepcionalmente, o Código Penal abre espaço para a teoria 
pluralista. Exemplos: Aborto provocado por terceiro com o 
consentimento da gestante (ao terceiro executor imputa-se o crime do 
art. 126); Bigamia; Corrupção passiva e ativa; falso testemunho ou falsa 
perícia. 
• Teoria dualista: Deve se distinguir dois delitos: 
o Um crime único para os autores principais (participação primária); 
o Outro crime único para os autores secundários/ partícipes, que 
teria punição menos severa. 
 
REGRA: 
Teoria monista / unitária 
EXCEÇÃO 
Teoria pluralista ou da 
cumplicidade do crime 
distinto 
 
 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
13 
 
1.4. AUTORIA 
a) Conceito de autor - Teorias 
• Subjetiva ou unitária: É aquele que concorre de alguma forma para o 
fato. NÃO distingue autor e partícipe. 
• Extensiva: Todos os que dão causa ao resultado são autores, mas a lei 
distingue os graus de responsabilidade. 
• Teorias Restritivas: Fazem diferenciação de autor e partícipe. Parte da 
premissa de que nem todo aquele que causa o resultado é autor do delito: 
o Teoria objetivo-formal: (ADOTADA PELO CP) 
▪ Autor: é aquele que realiza todos ou alguns elementos do 
ato; 
▪ Partícipe: Contribui para o crime sem realizar os 
elementos do tipo; 
▪ Coautores: conjuntamente realizam o núcleo do tipo – 
Princípio da imputação recíproca das distintas 
condutas. 
o Teoria objetivo- material: 
▪ Autor: Contribui com a conduta mais importante; 
▪ Partícipe: aquele que menor contribui na causação do 
resultado. 
o Teoria do domínio do fato: Autor é aquele que domina um dos 
seguintes aspectos da realização do delito: (Já foi aplicada pelo 
STF) 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
14 
 
▪ Domínio da ação (AUTOR IMEDIATO): É aquele que 
possui domínio sobre a própria ação. O autor realiza 
pessoalmente os elementos do tipo; 
▪ Domínio da vontade (AUTOR MEDIATO): É autor 
aquele que domina a vontade de um terceiro que é utilizado 
como instrumento. O domínio da vontade se dá por erro, 
coação ou aparatos organizados de poder. 
▪ Domínio funcional do fato (AUTOR FUNCIONAL): 
Em divisão de tarefas, é autor aquele que prepara/ pratica 
ato relevante na execução. Consequências: 
É AUTOR: 
- Aquele que, possuindo todo domínio da conduta 
típica, pratica diretamente o fato (autor direto ou 
executor); 
- Aquele que, mesmo não praticando diretamente o 
fato, possui atividade indispensável no plano global; 
- Aquele que se vale de um terceiro para executar um 
fato: AUTORIA MEDIATA. 
É PARTÍCIPE: Quem concorre para o crime sem ter o 
domínio do fato, a exemplo da instigação e auxílio. 
 
Importante: A teoria do domínio do fato não permite que a mera posição de 
um agente na escala hierárquica sirva para demonstrar ou reforçar o dolo da 
conduta. Do mesmo modo, também não permite a condenação de um agente 
com base em conjecturas. Assim, não é porque houve irregularidade em uma 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
15 
 
licitação estadual que o Governador tenha que ser condenado criminalmente 
por isso. STF. 2ª Turma. AP 975/AL, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 
3/10/2017 (Info 880) 
 
CESPE: A teoria do domínio do fato NÃO se aplica aos delitos omissivos, 
sejam próprios ou impróprios, e deve ser substituída pelo critério da 
infringência do dever de agir. 
 
* ATENÇÃO: A teoria do domínio do fato possui aceitação doutrinária e 
jurisprudencial, tendo sido adotada no julgamento do Mensalão (AP 470) e 
Lava-jato. No entanto, o STF também utiliza a teoria objetivo-formal em 
relação à criminalidade comum, assim, conclui-se que as duas teorias convivem 
pacificamente. 
 
b) Autoria imediata: O próprio agente executa o fato, ou seja, realiza 
pessoalmente os elementos do tipo penal, sem a necessidade de se servir de 
outra pessoa para a execução. Ocorre ainda quando o agente utiliza um animal 
ou instrumento na realização do crime. 
 
c) Autoria mediata: É aquele que utiliza uma pessoa, que atua sem dolo ou de 
forma não culpável, como instrumento para a execução do fato. 
- O autor mediato domina a vontade alheia para cometer o delito. 
- Hipóteses de autoria mediata: 
• Inimputabilidade do executor; 
• Coação moral irresistível; 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
16 
 
• Obediência hierárquica; 
• Erro de proibição inevitável; 
• Erro de tipo provocado por terceiro; 
• Ação justificada do executor; 
• Autoria de escritório ou aparatos organizados de poder. 
Não há concurso de pessoas, falta o vínculo subjetivo. O autor imediato é um 
mero instrumento. 
 
Autoria mediata e crime próprio: doutrina majoritária entende ser possível, 
desde que o autor mediato preencha as qualidades do tipo. 
 
Autoria mediata e crime de mão própria: doutrina majoritária entende que 
é incompatível, pelo fato de a conduta ser infungível. No entanto, o STF já 
admitiu no falso testemunho, em relação à conduta do advogado que instrui a 
testemunha a mentir. 
 
d) Autoria de escritório ou aparatos organizados de poder: Ocorre 
quando, dentro de uma “máquina de poder”, o agente ordena que outrem 
execute determinada conduta. Em razão da fungibilidade dos membros, o 
executor pode ser substituído a qualquer momento por outro integrante da 
organização 
 
e) Autoria colateral ou paralela: Ocorre na hipótese em que duas ou mais 
pessoas, desconhecendo a intenção da outra, praticam determinada conduta 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
17 
 
visando ao mesmo resultado. NÃO há um concurso de pessoa pela 
ausência do vínculo subjetivo. 
- Cada um responde por sua conduta: CRIMES AUTÔNOMOS. 
 
- Pode ainda se falar em Autoria incerta, autoria ignorada, autoria 
complementar: 
• Incerta: Quando não se sabe qual dos autores causou o resultado. 
Pressupõe uma autoria colateral. Ex: A e B, um desconhecendo a 
conduta do outro, atiram ao mesmo tempo em C para matá-lo, vindo ele 
a óbito e não sendo possível identificar qual foi o disparo fatal. Há 
aplicação do in dubio pro reo: ambos respondem por tentativa. 
• Ignorada: Quando se desconhece o autor do crime. Instituto de direito 
processual penal. Consequência: arquivamento do IP. 
• Complementar: Quando duas pessoas concorrem para o mesmo fato 
sem ter ciência disso, e o resultado é efeito da soma das duas condutas. 
 
f) Autoria intelectual: É aquele que planeja a ação delituosa, mesmo que não 
efetue nenhum comportamento típico de alguns doscrimes planejados. 
 
g) Coautoria 
“A coautoria consiste assim em uma ‘divisão de trabalho’, que é o que chega a 
fazer possível o fato, ou lhe facilita, ou reduz notavelmente o seu risco. Para 
Welzel, a coautoria é autoria; sua particularidade consiste em que o domínio do 
fato unitário é comum a várias pessoas. Cada coautor complementa com a sua 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
18 
 
parte no fato a dos demais e na totalidade do delito; por isso também responde 
pelo todo” (PACELLI, 2017, p. 428). 
 
Espécies 
• Parcial ou funcional: os autores praticam atos diversos que, somados, 
levam à produção do resultado; 
• Direta ou material: os autores praticam atos idênticos que, somados, 
levam à produção do resultado. 
 
1.5. PARTICIPAÇÃO 
Consiste em atribuir na conduta criminosa do autor ou coautores, 
praticando atos que não se amoldam diretamente à figura típica e que não 
tenham o domínio final do fato, mas concorre induzindo, instigando ou 
auxiliando o autor. 
 
- O CP adota a TEORIA DA ACESSORIEDADE LIMITADA OU 
MÉDIA, pela qual o partícipe será punido se o autor praticar um fato típico e 
lícito, independente da culpa e punibilidade do agente. 
*Outras teorias da acessoriedade: mínima (fato típico), máxima (típico, ilícito e 
culpável), hiper acessoriedade (típico, ilícito, culpável e punível). 
 
- Se a participação for de menor importância, a pena pode ser reduzida de 1/6 
a 1/3 para o partícipe. 
- A participação só adquire relevância para o Direito Penal a partir do momento 
em que o autor pratica um crime, pelo menos tentado. Art. 31, CP, in verbis: 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
19 
 
“o ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa 
em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser 
tentado”. 
 
Modalidades 
Participação moral 
• Induzimento: é fazer surgir na mente do autor a vontade criminosa 
• Instigação: é reforçar na mente do autor a vontade criminosa pré-
existente 
Participação material 
• Auxílio: é concorrer materialmente para o crime, sem executá-lo. 
 
Figura do “executor de reserva”: o sujeito acompanha, presencialmente, a 
execução da conduta típica e fica à disposição para intervir caso seja necessário. 
Caso intervenha, será considerado coautor, caso apenas permaneça à 
disposição, será considerado partícipe (e isso não será considerada como 
participação de menor importância). 
 
STJ-HC 240.455-RJ: A participação do menor pode ser considerada para 
configurar crime de associação para o tráfico (art. 35) e, ao mesmo tempo, para 
agravar a pena como causa de aumento do art. 40, VI, da Lei 11.343/06. 
 
1.6. Da (in)comunicabilidade das elementares e 
circunstâncias 
 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
20 
 
“Art. 30, CP: NÃO se comunicam as circunstâncias e condições de caráter 
pessoal, SALVO quando elementares do crime”. 
 
Vamos relembrar: 
a) Elementares (dados que formam o tipo fundamental – via de regra, caput, 
mas há exceções, ex.: excesso de exação): Sempre comunicáveis, desde que 
sejam de conhecimento do outro agente. 
b) Circunstâncias (integram o tipo derivado – qualificadoras, privilégio, causas 
de aumento ou diminuição): 
- Objetivas: Dizem respeito ao crime – ex: emprego de arma de fogo. Sempre 
comunicáveis, desde que de conhecimento do outro agente. 
- Subjetivas: Dizem respeito ao agente – ex: motivo do crime. Incomunicáveis, 
SALVO quando elementares do crime e de conhecimento do outro agente. 
c) Condições: são situações que existem independentemente da prática do 
crime 
- Condições pessoais ou subjetivas: dizem respeito ao agente (reincidência) 
– Nunca se comunicam; 
- Condições reais ou objetivas: dizem respeito ao fato (à noite). Sempre 
comunicáveis, desde que de conhecimento do outro agente. 
 
Questões controversas que caem bastante: 
É possível coautoria em crimes omissivos? 
1ª corrente - Não é possível, vez que cada omitente é autor da sua omissão; 
2ª corrente: Sim, desde que haja unidade de desígnios. Ex.: duas pessoas estão 
vendo outra que acabou de sofrer um acidente de carro gravemente ferida e não 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
21 
 
fazem nada – ambos serão considerados coautores no crime de omissão de 
socorro. (Prevalece) 
E participação? 
- Segundo Masson, a participação só cabe nos crimes comissivos por omissão 
/ omissivos impróprios (em que o agente tem o dever de agir para impedir o 
resultado). Ex: policial que presencia uma mulher sendo vítima de roubo e, 
mesmo podendo, nada faz, pois estava falando ao telefone. Ele será partícipe. 
- Já nos crimes omissivos próprios, nestes casos se fosse por exemplo um 
transeunte vendo alguém ser vítima de um delito e não fizer nada, haveria a 
chamada participação negativa (ou crime silente, ou concurso 
absolutamente negativo). Seria fato atípico, vez que o agente não tinha o 
dever de agir para evitar o resultado e ninguém pode ser punido apenas por ter 
conhecimento do fato criminoso. 
- No entanto, Cezar Bitencourt, por exemplo, entende que a participação é 
possível mesmo para quem não possui dever de agir, vez que qualquer pessoa 
poderia instigar o garante a não impedir o resultado, por exemplo. 
 
- Crimes culposos: 
Como já vimos no tópico dos crimes culposos, conforme a doutrina majoritária, 
admitem coautoria, mas não admitem participação, vez que se o agente adere à 
conduta está sendo igualmente imprudente, negligente ou imperito. 
 
2. CONCURSO DE CRIMES 
Conceito: Há concurso de crimes quando o agente pratica uma pluralidade de 
crimes, mediante uma ou várias condutas. 
 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
22 
 
Espécies: 
• Concurso material: art. 69, CP 
• Concurso formal: art. 70, CP 
• Crime continuado: art. 71, CP 
 
2.1. Sistemas de aplicação da pena 
→ Sistema do cúmulo material: as penas de todos os crimes são somadas. É 
o sistema adotado para o concurso material, concurso formal impróprio e para 
as penas de multas. 
→ Sistema da exasperação: é aplicada a pena do crime mais grave e 
exasperada de acordo com o número de delitos que foi praticado no contexto. 
É adotado para o concurso formal próprio e para o crime continuado. 
→ Sistema da absorção: a pena do delito mais grave absorve as demais. Não 
há previsão no nosso ordenamento atualmente. 
→ Sistema da responsabilidade única e da pena progressiva única: não 
há cumulação de penas, mas deve-se aumentar a responsabilidade do agente à 
medida que aumenta o número de infrações. 
 
2.2. CONCURSO MATERIAL 
• Há pluralidade de condutas e pluralidade de crimes; 
• Adota-se o sistema da cumulação ou cúmulo material, ou seja, as penas 
dos crimes praticados são somadas; 
 
Espécies 
• Homogêneo: crimes idênticos; 
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DIA 10 
 
 
 
23 
 
• Heterogêneo: crimes distintos. 
 
No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-
se primeiro a pena de reclusão. 
 
Pena privativa de liberdade X restritiva de direitos em concurso material 
Imposta pena privativa de liberdade não suspensa para um dos crimes, não será 
cabível a substituição por restritiva de direitos ao outro, art. 69, § 1º do CP. 
 
O a soma das penas do concurso de crimes é considerada para fins de 
verificação da pena máxima em abstrato de até 4 anos para que seja possível a 
concessão da fiança pelo delegado de polícia, bem como para a verificação da 
pena mínima em abstrato não superior a 1 ano para fins de concessão de 
suspensão condicional do processo. 
 
Ademais, quanto à prescrição, deve ser verificada a de cada crime. A extinção 
da punibilidade recai sobre cada um isoladamente. 
 
2.3. CONCURSO FORMAL (IDEAL) 
• Ocorre quando o agente, mediante a prática de uma só conduta (o que 
não quer dizer único ato – uma conduta pode ser fracionada em vários 
atos), pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não. Unidade de conduta,pluralidade de crimes. 
Espécies 
• Homogêneo: crimes idênticos. 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
24 
 
• Heterogêneo: crimes distintos. 
• Perfeito ou próprio: não há desígnios autônomos. 
Critério para aplicação da pena: exasperação, ou seja, aplica-se somente a pena 
de um dos crimes aumentada de 1/6 até 1/2. 
• Imperfeito ou impróprio: há desígnios autônomos quanto a cada um 
dos crimes. Intenção por parte do agente de cometer, de fato, os dois 
delitos. 
Critério para aplicação da pena: cúmulo material – penas somadas. 
 
OBS: Essa distinção entre os dois tipos de concurso formal (perfeito e 
imperfeito) varia de acordo com o elemento subjetivo que animou o agente ao 
iniciar a sua conduta. A expressão "desígnios autônomos" refere-se a qualquer 
forma de dolo, seja ele direto ou eventual. 
 
Obs.: No concurso formal próprio, se o cúmulo material é mais benéfico que a 
exasperação, aplicar-se-á o primeiro. Utiliza-se, neste caso, o critério mais 
benéfico ao agente. 
 
Entendimentos Jurisprudenciais: 
 
- O roubo praticado contra vítimas diferentes em um único contexto configura 
o concurso formal e não crime único, ante a pluralidade de bens jurídicos 
ofendidos (STJ-HC 275122) 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
25 
 
• Caso concreto: O sujeito entra no ônibus e, com arma de fogo em 
punho, exige que oito passageiros entreguem seus pertences (dois 
desses passageiros eram marido e mulher). O agente irá responder por 
oito roubos majorados (art. 157, § 2º-A, I, do CP) em concurso formal 
(art. 70). 
Atenção: não se trata, portanto, de crime único. 
Ocorre concurso formal quando o agente, mediante uma só ação, 
pratica crimes de roubo contra vítimas diferentes, ainda que da mesma 
família, eis que caracterizada a violação a patrimônios distintos. 
STJ. 5ª Turma. HC 207.543/SP , Rel. Min. Gilson Dipp, julgado em 
17/04/2012. 
Nesse caso, o concurso formal é próprio ou impróprio? 
Concurso formal PRÓPRIO. 
 Praticado o crime de roubo mediante uma só ação contra vítimas 
distintas, no mesmo contexto fático, resta configurado o concurso 
formal próprio, e não a hipótese de crime único, visto que violados 
patrimônios distintos. 
STJ. 5ª Turma. HC 455.975/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 
02/08/2018. (Fonte: Dizer o direito) 
 
Mas ATENÇÃO: o STJ já decidiu que, em roubo praticado no interior 
de ônibus, o fato de a conduta ter ocasionado violação de patrimônios 
distintos - o da empresa de transporte coletivo e o do cobrador - não 
descaracteriza a ocorrência de crime único se todos os bens 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
26 
 
subtraídos estavam na posse do cobrador. (STJ-HC 204.316-RS e 
AgRG no Resp 1.396.144-DF). 
 
- A distinção entre o concurso formal próprio e o impróprio relaciona-se com 
o elemento subjetivo do agente, ou seja, a existência ou não de desígnios 
autônomos (STJ-HC 134640) 
 
- Não há crime único, podendo haver concurso formal, quando, no mesmo 
contexto fático, o agente incide nas condutas dos arts. 14 (porte ilegal de arma 
de fogo de uso permitido) e 16 (posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso 
restrito) da Lei n. 10.826/2003 (STJ-HC 130997) 
* Mas atenção: caso o agente possua mais de uma arma de fogo, acessório ou 
munição que configure o mesmo tipo penal (permitido ou restrito), haverá 
crime único. 
 
- O aumento decorrente do concurso formal deve se dar de acordo com o 
número de infrações (STJ-HC 273120) 
 
- O benefício da suspensão do processo não é aplicável em relação às infrações 
penais cometidas em concurso material, concurso formal ou continuidade 
delitiva, quando a pena mínima cominada, seja pelo somatório, seja pela 
incidência da majorante, ultrapassar o limite de um (01) ano. (Súmula 243 do 
STJ) 
 
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27 
 
- No concurso de crimes, o cálculo da prescrição da pretensão punitiva é feito 
considerando cada crime isoladamente, não se computando o acréscimo 
decorrente do concurso formal, material ou da continuidade delitiva (STJ- 
REsp 1106603) 
 
- No caso de concurso de crimes, a pena considerada para fins de competência 
e transação penal será o resultado da soma ou da exasperação das penas 
máximas cominadas ao delito (STJ-HC 260619) 
 
2.4. CRIME CONTINUADO 
O agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais 
crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de 
execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como 
continuação do primeiro (chamados de crimes parcelares). 
 
Teorias acerca do crime continuado 
a) Teoria da Unidade Real: entende que todos os crimes parcelares 
praticados são, de fato, um só delito. 
b) Teoria da Ficção Jurídica (ADOTADA): Serão considerados um 
só delito apenas para a fixação da pena, por questões de política criminal. 
É possível inferir esta informação pelo art. 119 do CP, que prevê que a 
extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um dos delitos, 
isoladamente. 
c) Teoria Mista: Todos os crimes formam um terceiro tipo de delito. 
 
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28 
 
REQUISITOS: 
• Pluralidade de condutas; 
• Pluralidade de crimes da mesma espécie (mesmo tipo penal); 
• Conexão temporal (via de regra, entre um crime e outro não pode haver 
um intervalo superior a 30 dias – há exceções de alguns crimes 
tributários, por suas peculiaridades, levando em conta o exemplo de que 
a declaração de IR é feita apenas 1x ao ano); 
• Conexão espacial (os crimes devem ser praticados na mesma cidade 
ou, no máximo, em cidades contíguas); 
• Conexão modal (modo de execução semelhantes); 
• O CP dá ao juiz a liberdade de exigir outras condições além das 
acima descritas. 
 
Atenção: o crime continuado exige unidade de desígnio? 
TEORIA OBJETIVA PURA: o crime continuado não depende da unidade 
de desígnios. Devem ser observados apenas os requisitos objetivos do art. 71, 
caput. Adotada pela exposição de motivos do CP. 
TEORIA OBJETIVA SUBJETIVA (MAJORITÁRIA): embora não esteja 
expressamente previsto, o reconhecimento da continuidade delitiva depende da 
verificação de requisito subjetivo, qual seja: a unidade de desígnios (deve ser 
possível verificar no caso concreto uma ligação entre as condutas, que indique 
que o agente tinha, de fato, a intenção de cometer os delitos de forma 
subsequênte). STF e STJ. 
 
Espécies 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
29 
 
• Simples: crimes parcelares possuem penas idênticas. 
Critério para aplicação da pena: o juiz escolhe qualquer das penas, e a aumenta 
de 1/6 a 2/3 
• Qualificado: crimes parcelares possuem penas diversas (exemplo: furto 
simples consumado e furto tentado; furto simples + furto qualificado – 
prevalece ser possível). 
 
Critério para aplicação da pena: o juiz escolhe a pena mais grave, e a aumenta 
de 1/6 a 2/3 
• Específico: (atenção aqui!) Nos crimes dolosos, contra vítimas 
diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o 
juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a 
personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, 
aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se 
diversas, até o triplo. 
Critério para aplicação da pena: o juiz aplica uma só pena, se idênticas, ou a 
maior, quando não idênticas, aumentada de 1/6 até o triplo. 
 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
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30 
 
Critério para aumento da pena no crime continuado: 
• Crime continuado do caput do art. 71 do CP: o critério para se determinar 
o quantum da majoração (entre 1/6 a 2/3) é apenas a quantidade de delitos 
cometidos. Assim, quanto mais infrações, maior deve ser o aumento. 
• Crime continuado específico (art. 71, parágrafo único, do CP): a fração de 
aumento será determinada pela quantidade de crimes praticados e também 
pela análise das circunstâncias judicias do art.59 do Código Penal. 
STJ. 5ª Turma. REsp 1718212/PR, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 
19/04/2018. 
 
Entendimentos Jurisprudenciais: 
- Não há crime continuado quando configurada habitualidade delitiva ou 
reiteração criminosa (STJ- HC 262842). 
- Quando se tratar de crime continuado, a prescrição regula-se pela pena 
imposta na sentença, não se computando o acréscimo decorrente da 
continuação. (Súmula 497/STF) 
- A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, 
se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade delitiva ou da 
permanência. (Súmula 711/STF) 
- O estupro e atentado violento ao pudor cometidos contra a mesma vítima e 
no mesmo contexto devem ser tratados como crime único, após a nova 
disciplina trazida pela Lei n. 12.015/09 (STJ- REsp 1297022) 
- É possível reconhecer a continuidade delitiva entre estupro e atentado 
violento ao pudor quando praticados contra vítimas diversas ou fora do 
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DIA 10 
 
 
 
31 
 
mesmo contexto, desde que presentes os requisitos do artigo 71 do Código 
Penal (STJ-HC 236713). 
- A Lei n. 12.015/09, ao incluir no mesmo tipo penal os delitos de estupro e 
atentado violento ao pudor, possibilitou a caracterização de crime único ou de 
crime continuado entre as condutas, devendo retroagir para alcançar os fatos 
praticados antes da sua vigência, por se tratar de norma penal mais benéfica 
(STJ-HC 236713). 
- No concurso de crimes, a pena considerada para fins de fixação da 
competência do Juizado Especial Criminal será o resultado da soma, no caso 
de concurso material, ou da exasperação, na hipótese de concurso formal ou 
crime continuado, das penas máximas cominadas aos delitos (STJ-HC 
143500). 
- Prevalece que não é possível o reconhecimento de crime continuado entre 
os delitos de apropriação indébita previdenciária (art. 168-A do CP) e de 
sonegação de contribuição previdenciária (art.337-A do CP). Porém, o STJ tem 
julgado permitindo.(STJ-REsp 859050). 
- Presentes as condições do art. 71 do Código Penal, deve ser reconhecida a 
continuidade delitiva no crime de peculato-desvio (STJ- REsp 1244377). 
- Não é possível reconhecer a continuidade delitiva entre os crimes de roubo 
(art. 157 do CP) e de latrocínio (art. 157, § 3º, segunda parte, do CP) porque 
apesar de serem do mesmo gênero não são da mesma espécie (STJ-HC 
240630). 
- Não é possível reconhecer a continuidade delitiva entre os crimes de roubo 
(art. 157 do CP) e de extorsão (art. 158 do CP), pois são infrações penais de 
espécies diferentes (STJ-HC 240630). 
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DIA 10 
 
 
 
32 
 
- Admite-se a continuidade delitiva nos crimes contra a vida (STJ-HC 214421). 
- No crime continuado, as penas de multa devem ser somadas, nos termos do 
art. 72 do CP (STJ-HC 155278). 
- De acordo com a Teoria Mista, adotada pelo Código Penal, mostra-se 
imprescindível, para a aplicação da regra do crime continuado, o 
preenchimento de requisitos não apenas de ordem objetiva — mesmas 
condições de tempo, lugar e forma de execução — como também de ordem 
subjetiva — unidade de desígnios ou vínculo subjetivo entre os eventos. 
(STJ-HC 245156/ES) 
 
Latrocínio: se ocorre uma subtração e duas mortes. Como faz? 
STJ: concurso formal impróprio, por se tratar de delito complexo, cujos 
bens jurídicos tutelados são o patrimônio e a vida. 
STJ. 5ª Turma. HC 336.680/PR, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 
17/11/2015. 
 
STF e doutrina majoritária: crime único de latrocínio 
Entende a suprema Corte que, havendo latrocínio consumado, em razão do 
atingimento de um único patrimônio, o número de vítimas deve ser 
sopesado por ocasião da fixação da pena-base, na fase do art. 59 do CP, 
não alterando a ocorrência de crime único. STF. 2ª Turma. HC 109539, Rel. 
Min. Gilmar Mendes, julgado em 07/05/2013. 
 
IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO CONCOMITANTE DA 
CONTINUIDADE DELITIVA COMUM E ESPECÍFICA: se reconhecida 
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DIA 10 
 
 
 
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a continuidade delitiva específica entre estupros praticados contra vítimas 
diferentes, deve ser aplicada exclusivamente a regra do art. 71, parágrafo único, 
do Código Penal, mesmo que, em relação a cada uma das vítimas, 
especificamente, também tenha ocorrido a prática de crime continuado. STJ. 
6ª Turma. REsp 1.471.651-MG, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 
13/10/2015 (Info 573). Ex.: Um sujeito estuprou 3 vítimas diferentes, nas 
mesmas condições de modo, lugar, período etc. Porém, estuprou também cada 
uma das vítimas mais de uma vez. Caso seja aplicada a regra de aplicação de 
pena do crime continuado específico, não pode ser aplicada de forma 
cumulada a do crime continuado simples em relação a cada uma das vítimas. 
 
Artigos relacionados para leitura: Arts. 29 ao 31 e 69 ao 72. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
- Direito Penal – Parte Geral – Volume 1 – 13ª edição – Cleber Masson; 
- Sinopse nº1 – Direito Penal – Parte geral – 7ª edição – Alexandre Salim e Marcelo André 
de Azevedo; 
- Manual de Direito Penal – Parte geral – 7ª edição – Rogério Sanches Cunha. 
- Site Dizer o Direito – www.dizerodireito.com.br 
 
 
http://www.dizerodireito.com.br/
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
34 
 
Questões sobre o tema A Lei Penal e sua Aplicação 
 
01 - 2019 - Instituto Acesso - PC-ES - Delegado de Polícia 
Tício, morador do Rio de Janeiro, começou a namorar Gabriela, uma jovem 
moradora da cidade de São Paulo. Com o passar do tempo e os efeitos da 
distância, Tício, motivado por ciúmes, resolveu tirar a vida de Gabriela. Pôs-se 
então a planejar a prática do crime em sua casa, no Rio de Janeiro, tendo 
adquirido uma faca, instrumento com o qual planejou executar o crime. No dia 
em que seguiu para São Paulo para encontrar Gabriela, que lhe o esperava na 
rodoviária, Tício combinou com a jovem uma viagem a passeio para o Espírito 
Santo. Ao ingressarem no ônibus que os levaria de São Paulo para o Espírito 
Santo, Tício afirmou para Gabriela que iria matá-la. Todavia, dada a calma de 
Tício, a jovem achou que se tratava de uma brincadeira. Durante o trajeto, Tício, 
ofereceu a ela uma bebida contendo substância que causava a perda dos 
sentidos. Após Gabriela beber e dormir, sob efeito da substância, enquanto 
passavam pela BR-101, no Rio de Janeiro, Tício passou a desferir golpes com a 
faca no peito da jovem. Quando chegou ao destino, Tício se entregou para 
polícia, e Gabriela, embora tenha sido socorrida, veio a óbito ao chegar ao 
Hospital. 
 
O crime descrito no texto foi praticado, de acordo com a lei penal, no momento 
 
a)da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Trata-se, 
portanto, do momento em que Tício desferiu os golpes em Gabriela. 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
35 
 
b)em que o agente se prepara para a promoção da conduta criminosa. Ou seja, 
trata-se do momento em que Tício planejou e adquiriu as ferramentas 
necessárias ao cometimento do crime. 
c)em que a autoridade policial toma conhecimento do crime. Ou seja, quando 
Tício se entregou para a polícia. 
d)em que é alcançada a consumação do crime. Trata-se, portanto, do momento 
da morte de Gabriela, que ocorreu no hospital. 
e)da ação ou omissão, se este for concomitante ao resultado. Não sendo 
possível determiná-lo, no presente caso, em razão da separação temporal entre 
a conduta e o resultado. 
 
02 - 2019 - Instituto Acesso - PC-ES - Delegado de Polícia 
João Carlos, 30 anos, brasileiro, com residência transitória na Argentina, 
aproveitando-se da aquisição de material descartado por uma indústria gráfica 
falida, passou a fabricar moeda brasileira em território argentino. Para garantir 
a diversidade da moeda falsificada, João imprimia notas de 50 e de 100 reais. 
Ao entrar em território brasileiro João foi revistado por policiais que 
encontraram as notas falsificadas em meio a sua bagagem. João foi acusado daprática do crime previsto no artigo 289 do Código Penal. 
 
De acordo com as teorias que informam a aplicação da lei penal brasileira no 
espaço, é correto dizer que, nesse caso, cabe a aplicação 
 
a)da lei argentina, em atenção à regra da territorialidade, uma vez que o crime 
fora praticado na Argentina. 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
36 
 
b) incondicionada da lei brasileira, uma vez que o crime cometido atenta contra 
a fé pública. 
c)condicionada da lei brasileira, pelo fato de a conduta ter sido cometida em 
território argentino. 
d)condicionada da lei brasileira, já que a conduta integra dois ordenamentos 
jurídicos. 
e)da lógica da extraterritorialidade, já que o fato ocorreu em território argentino. 
 
03 - 2019 - Instituto Acesso - PC-ES - Delegado de Polícia 
“Chamamos de extra-atividade a capacidade que tem a lei penal de se 
movimentar no tempo regulando fatos ocorridos durante sua vigência, mesmo 
depois de ter sido revogada, ou de retroagir no tempo, a fim de regular situações 
ocorridas anteriormente à sua vigência”. (GRECO, Rogério. Curso de Direito 
Penal: parte geral. vol. 1. 17. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2015, p.159). Segundo 
esse autor a extra-atividade é gênero do qual seriam espécies a ultra-atividade e 
a retroatividade. 
 
Leia as afirmativas a seguir e marque a alternativa correta: 
 
a)A garantia penal positivada na Constituição Federal brasileira (1988) promove 
a retroatividade da lei penal mais benéfica quando o condenado, por uma 
conduta típica, apresenta residência fixa, após cometimento do ilícito penal. 
b)A lei penal possui ultra-atividade, nos casos em que, mesmo após sua 
revogação por lei mais gravosa, continua sendo válida em relação aos efeitos 
penais mais brandos da lei que era vigente no momento da prática delitiva. 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
37 
 
c)A aplicação da irretroatividade em direito penal funciona como garantia legal 
do ius puniendi que pretende auferir a punição mais gravosa ao condenado. 
d)A ultra-atividade da lei penal funciona como mecanismo de endurecimento 
da norma penal, ao passo que funciona como técnica de resolução de conflito 
para aplicação de um direito penal punitivo. 
e)A figura da ultra-atividade da norma penal realiza o objetivo de garantir a 
condenação do réu pela norma penal vigente na prática da conduta delitiva, com 
o principal objetivo de promover a segurança jurídica em âmbito penal. 
 
04 - 2018 - CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia 
Em cada item a seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma 
assertiva a ser julgada com base na legislação de regência e na jurisprudência 
dos tribunais superiores a respeito de execução penal, lei penal no tempo, 
concurso de crimes, crime impossível e arrependimento posterior. 
 
Manoel praticou conduta tipificada como crime. Com a entrada em vigor de 
nova lei, esse tipo penal foi formalmente revogado, mas a conduta de Manoel 
foi inserida em outro tipo penal. Nessa situação, Manoel responderá pelo crime 
praticado, pois não ocorreu a abolitio criminis com a edição da nova lei. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
05 - 2018 - UEG - PC-GO - Delegado de Polícia 
Sobre a lei penal, tem-se o seguinte: 
 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
38 
 
a)A jurisprudência atual do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal 
Federal admite a aplicação combinada das partes benéficas de leis penais 
distintas (lex tertia). 
b)A ultratividade da lei penal temporária, prevista no artigo 3º do Código Penal, 
constitui exceção legal à regra do tempus regit actum. 
c)Não se aplica a lex gravior ao crime permanente, se a sua vigência é anterior 
à cessação da permanência 
d)A retroatividade de lei penal benéfica ao réu é expressamente prevista na 
Convenção Americana sobre Direitos Humanos. 
e)Admite-se a aplicação da analogia in malam partem no Direito Penal. 
 
06 - 2018 - VUNESP - PC-SP - Delegado de Polícia 
João comete um crime no estrangeiro e lá é condenado a 4 anos de prisão, 
integralmente cumpridos. Pelo mesmo crime, João é condenado no Brasil à 
pena de 8 anos de prisão. João 
 
a)cumprirá 8 anos de prisão no Brasil, uma vez que para essa quantidade de 
pena não se reconhece o cumprimento no estrangeiro. 
b)não cumprirá pena alguma no Brasil caso de trate de país com o qual o Brasil 
tem acordo bilateral para reconhecer cumprimento de pena. 
c)não cumprirá pena alguma no Brasil, uma vez já punido no país em que o 
crime foi cometido. 
d)cumprirá 8 anos de prisão no Brasil, uma vez que o Brasil não reconhece pena 
cumprida no estrangeiro. 
e)ainda deverá cumprir 4 anos de prisão no Brasil. 
 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
39 
 
07 - 2018 - NUCEPE - PC-PI - Delegado de Polícia 
Em relação à aplicação da lei penal é CORRETO afirmar que: 
 
a)ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes 
cometidos contra a vida ou o patrimônio do Presidente da República; 
b)ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes 
praticados por brasileiro; mesmo que o fato não seja punível também no país 
em que foi praticado; 
c)ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes 
contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, 
de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, 
autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; 
d)para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as 
embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza privada onde quer que se 
encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras mercantes, que 
se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar; 
e)é aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou 
embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em 
pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas 
em porto ou em alto-mar. 
 
08 - 2018 - NUCEPE - PC-PI - Delegado de Polícia 
Caio cometeu no dia 01 de janeiro de 2016 um fato criminoso punível com 
pena privativa de liberdade previsto em lei temporária, sendo no dia 05 de 
dezembro de 2016 condenado a 5 (cinco) anos de reclusão. No ano seguinte 
decorreu o período de sua duração, findando-se a citada lei no dia 31 de 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
40 
 
dezembro de 2017. Em relação à aplicação da lei penal indique a opção 
CORRETA. 
 
a)Caio deve ser preso e cumprir a pena estabelecida de cinco anos, aplicando-
se ao fato criminoso a lei temporária. 
b)Ninguém pode ser punido por fato que medida provisória posterior deixa de 
considerar crime. 
c)Deve continuar a execução da pena de Caio até o dia 31 de dezembro de 2017. 
d)A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, não se aplica aos 
fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em 
julgado. 
e)Caio deve ser imediatamente solto. 
 
09 - 2018 - CESPE - PC-MA - Delegado de Polícia 
Com relação a lugar do crime e territorialidade e extraterritorialidade da lei 
penal, conforme previstos no CP, assinale a opção correta. 
 
a)Nos crimes tentados, o lugar do crime será onde o agente pretendia que 
tivesse ocorrido a consumação do delito. 
b)Nos crimes conexos, não se aplica a teoria da ubiquidade, devendo cada crime 
ser julgado pela legislação penal do país em que for cometido. 
c)No concurso de pessoas, o lugar do crime será somente aquele em que 
ocorrerem os atos de participação ou coautoria, independentemente do local 
do resultado. 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
41 
 
d)No crime continuado, somente será aplicada a lei nacional quando todos os 
fatos constitutivos tiverem sido praticados em território brasileiro, por se tratar 
de delito unitário. 
e)Nos crimes complexos, não se aplica a teoria da ubiquidade,mesmo que o 
delito-meio tenha sido cometido em território brasileiro. 
 
10 - 2018 - CESPE - PC-MA - Delegado de Polícia 
Em relação à lei penal no tempo e à irretroatividade da lei penal, é correto 
afirmar que à lei penal mais 
 
a)severa aplica-se o princípio da ultra-atividade. 
b)benigna aplica-se o princípio da extra-atividade. 
c)severa aplica-se o princípio da retroatividade mitigada. 
d)severa aplica-se o princípio da extra-atividade. 
e)benigna aplica-se o princípio da não ultra-atividade. 
 
11 - 2017 - FCC - PC-AP - Delegado de Polícia 
De acordo com os dispositivos da parte geral do Código Penal, é correto 
afirmar: 
 
a)Na hipótese de abolitio criminis a reincidência permanece como efeito 
secundário da prática do crime. 
b)O território nacional estende-se a embarcações e aeronaves brasileira de 
natureza pública, desde que se encontrem no espaço aéreo brasileiro ou em 
alto-mar. 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
42 
 
c)Crimes à distância são aqueles em que a ação ou omissão ocorre em um país 
e o resultado, em outro. 
d)O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se 
evitável, isenta de pena; se inevitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. 
e)É isento de pena o agente que pratica crime sem violência ou grave ameaça à 
pessoa, desde que, voluntariamente, repare o dano ou restitua a coisa, até o 
recebimento da denúncia ou da queixa. 
 
12 - 2015 - VUNESP - PC-CE - Delegado de Polícia 
Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, mas desde que 
presentes algumas condições (entrar o agente no território nacional; ser o fato 
punível também no país em que foi praticado; estar o crime incluído entre 
aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; não ter sido o agente 
absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; não ter sido o agente 
perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, 
segundo a lei mais favorável), os crimes 
 
a)contra a administração pública, por quem está a seu serviço. 
b)de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil. 
c)contra a vida ou a liberdade do Presidente da República. 
d)que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir. 
e)contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, 
de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, 
autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público. 
 
13 - 2014 - ACAFE - PC-SC - Delegado de Polícia 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
43 
 
Observadas as disposições do Código Penal, assinale a alternativa correta. 
 
a)É aplicável a lei do país de procedência aos crimes praticados a bordo de 
aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se 
aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo 
correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. 
b)A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie 
as mesmas consequências, não pode ser homologada no Brasil para obrigar o 
condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis. 
c)Para os efeitos penais consideram-se como extensão do território nacional as 
embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do 
governo brasileiro, onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as 
embarcações brasileiras mercantes ou de propriedade privada, que se achem, 
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. 
d)Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, 
no todo ou em parte, exceto se em outro local produziu ou deveria produzir-se 
o resultado. 
e)Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes de 
injúria, calúnia e difamação praticados contra o Presidente da República do 
Brasil. 
 
14 - 2014 - NUCEPE - PC-PI - Delegado de Polícia 
Considerando que Marcos fora processado pelo crime de rapto violento em 
janeiro de 2005 e mencionado crime fora revogado pela Lei n.11.106, de 28 de 
março de 2005, julgue as afirmações a seguir: 
 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
44 
 
I – A lei penal pode retroagir em algumas hipóteses. 
II – Se Marcos já tiver sido condenado antes de março de 2005, permanecerá 
sujeito à pena aplicada na sentença condenatória. 
III – Na hipótese, ocorre a abolitio criminis. 
IV – Se Marcos ainda não tiver sido condenado no juízo a quo, poderá ocorrer 
a extinção da punibilidade desde que ela seja provocada pelo réu. 
 
a)I, III e IV estão corretas 
b)III e IV estão corretas. 
c)I e IV estão corretas. 
d)I e III estão corretas. 
e)II e IV estão corretas. 
 
15Q316114 
Direito Penal Disciplina - Assunto Noções Fundamentais 
 - 2013 - COPS-UEL - PC-PR - Delegado de Polícia 
Quanto à eficácia temporal da Lei Penal, relacione a coluna da esquerda com a 
da direita. 
 
(I) Novatio legis incriminadora. 
(II) Novatio legis in pejus. 
(III) Novatio legis in mellius. 
(IV) Abolítio criminis. 
(V) Ultra-atividade. 
 
(A) Lei supressiva de incriminação. 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
45 
 
(B) Aplicável às leis temporais e excepcionais. 
(C) Lei nova incrimina fato anteriormente considerado lícito. 
(D) Lei nova modifica o regime anterior, agravando a situação do sujeito. 
(E) Lei nova modifica o regime anterior, beneficiando a situação do sujeito. 
 
a)I-C, II-D, III-A, IV-E, V-B. 
b)I-C, II-D, III-E, IV-A, V-B. 
c)I-D, II-B, III-A, IV-E, V-C. 
d)I-D, II-C, III-B, IV-A, V-E. 
e)I-D, II-C, III-E, IV-A, V-B. 
 
16 - 2013 - FUNCAB - PC-ES - Delegado de Polícia 
Quanto à aplicação da lei penal brasileira no espaço, é correto afirmar: 
 
I. O princípio da universalidade, preconizado no artigo 7º, II, a, do CP não 
obsta a concessão da extradição ao Estado no qual ocorreram as práticas 
delituosas. 
 
II. Em razão do princípio da personalidade passiva, o brasileiro nato não pode 
ser extraditado, entretanto é submetido à lei brasileira quando pratica crime no 
estrangeiro, mesmo que já tenha cumprido pena ou tenha sido absolvido no 
país onde praticou o crime. 
 
III. A legislação brasileira adota de forma irrestrita o princípio da justiça 
universal; inclusive nos crimes de tráfico de pessoas esse princípio prevalece em 
prejuízo do princípio da territorialidade. 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
46 
 
 
IV. O território onde estão instaladas as embaixadas estrangeiras passam a 
constituir território do Estado da embaixada. 
 
Indique a opção que contempla a(s) assertiva(s) correta(s). 
 
a)I, II, III e IV. 
b)II, III e IV, apenas. 
c)III e IV, apenas. 
d)I e IV, apenas. 
e)I, apenas. 
 
17 - 2013 - FUNCAB - PC-ES - Delegado de Polícia 
A Presidente da República editou uma Medida Provisória, agravando a pena de 
um determinado crime. Logo, pode-se afirmar: 
 
I. Trata-se de lei emsentido formal. 
II. Pelo princípio da retroatividade benéfica, a Medida Provisória somente 
poderá ser aplicada a fatos posteriores à sua edição. 
III. A agravação da pena somente poderá ocorrer após a aprovação da Medida 
Provisória pelo CongressoNacional. 
IV. Apresenta vício de origem que não convalesce pela sua eventual aprovação. 
 
Indique a opção que contempla a(s) assertiva(s) correta(s). 
 
a)I, II, III e IV. 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
47 
 
b)I, II e III, apenas. 
c)II, III e IV, apenas. 
d)I, apenas. 
e)IV, apenas. 
 
18 - 2012 - CESPE - PC-AL - Delegado de Polícia 
Com base no que dispões a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro 
(LINDB) e Direito Civil, julgue os itens subsecutivos. 
 
A teoria da territorialidade temperada foi adotada pelo direito brasileiro. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
19 - 2012 - MS CONCURSOS - PC-PA - Delegado de Polícia 
A lei penal não pode ser aplicada senão pelo juiz com o poder de jurisdição e, 
porconseguinte, só ele poderá julgar o acusado e/ou denunciado e exigir o 
cumprimento da sentença condenatória. Para isso, é necessário que tenha 
competência. Em relação à lei penal no tempo e no espaço, assinale a alternativa 
incorreta: 
 
a)Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que 
outro seja o momento do resultado. O tempus delicti é importante para que se 
possa ser determinado o momento da prática do crime, aplicando-se 
corretamente a lei vigente durante a conduta ilícita do agente tipificando-a como 
ilícito penal. Tal fato é importante, principalmente para avaliar a questão da 
menoridade ou não do agente. 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
48 
 
b)A imputabilidade é aferida ao tempo da conduta, não se podendo punir um 
adolescente que, às vésperas de completar 18 anos, comete roubo e 
impulsionando uma arma de fogo, atira sem querer no pé da vítima, que vem a 
falecer depois de ele atingir a maioridade penal. Neste caso, responderá 
judicialmente por ato infracional. O menor não responderá pelo ilícito penal de 
homicídio previsto no artigo 121 do Código Penal. 
c)Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes de 
genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil. O agente 
será punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no 
estrangeiro. 
d)Nos termos do artigo 6° do Código Penal, considera-se praticado o crime no 
lugar em que ocorreu a ação e/ou omissão, no todo ou em parte, bem como 
onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Por considerar tanto o 
local da conduta como o local do resultado, essa teoria consegue solucionar o 
problema dos crimes à distância e também os conflitos de direito penal 
internacional. Assim, o Brasil, poderá ser competente para julgar ilícitos penais 
que, apesar de serem iniciados ou encerrados em outros países, sejam 
investigados, resolvidos e decididos de acordo com as normas do nosso país. 
Assim, utilizando o exemplo da carta bomba remetida por um brasileiro no 
México para outro brasileiro no Espírito Santo - que ao abri-la morre pela 
explosão - mesmo estando em outro país, o agente da ação poderá responder 
pelo seu dolo, conforme a legislação brasileira, por preenchimento dos 
requisitos do artigo 7° do Código Penal. 
e)A legislação penal brasileira considera que o crime se realiza pessoalmente, no 
local onde ocorreu o resultado. Assim, considerando que uma mulher, 
domiciliada na Inglaterra, queira se vingar de seu ex-marido que atualmente é o 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
49 
 
Vice-Presidente do Brasil, e desejando matá-lo encaminhe pelo correio uma 
caixa com destino certo, a vítima, ao abri-la, provoca o acionamento de um 
mecanismo eletrônico, explodindo uma bomba que resulta instantaneamente 
no óbito dele e de sua filha. Assim, a inglesa não poderá ser punida porque, 
para ocorrer a tipicidade penal brasileira, o homicida deverá pessoalmente estar 
presente no local do crime no momento do resultado fatídico. 
 
20Q66278 
Direito Penal Disciplina - Assunto Noções Fundamentais 
 - 2010 - FGV - PC-AP - Delegado de Polícia 
Relativamente ao tema da territorialidade e extraterritorialidade, analise as 
afirmativas a seguir. 
 
I. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro os crimes 
contra a administração pública, por quem está a seu serviço. 
II. Ficam sujeitos à lei brasileira, os crimes praticados em aeronaves ou 
embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em 
território estrangeiro ainda que julgados no estrangeiro. 
III. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro os crimes 
contra o patrimônio da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território ou 
de Município quando não sejam julgados no estrangeiro. 
 
Assinale: 
 
a)se somente a afirmativa I estiver correta. 
b)se somente a afirmativa II estiver correta. 
USE A #DESAFIO14DIASDD 
 
DIA 10 
 
 
 
50 
 
c)se somente a afirmativa III estiver correta. 
d)se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
e)se todas as afirmativas estiverem corretas. 
 
 
Respostas 01: A 02: B 03: B 04: C 05: D 06: E 07: C 08: A 
09: B 10: B 11: C 12: D 13: C 14: D 15: B 16: E 17: E 18: C 
19: E 20: A

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