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Mieloencefalite Protozoária Equina Sarcocystis neurona, Neospora hughesi Taxonomia Filo: Apicomplexa Classe: Sporozoa Ordem: Eucoccidida Famila: Sarcocytidae Gêneros: Toxoplasma, Sarcocystis, Neospora. • Mieloencefalite Protozoária Equina conhecida como EPM do inglês (equine protozoal Myeloencephalitis). • ou bandeira de gambá • É uma síndrome neurológica causada pelo protozoário Sarcocystis neurona, que infectam sistema nervoso central (Mackay et al., 2000) (Dubey et al., 2001). • Também Neospora hughesi (Dubey; Lindsay 1996). • No Brasil Neósporsose ainda não é incluído no diagnóstico de EPM. • É a mais importante enfermidade neurológica dos equinos. • Caracterizada por anormalidade locomotora. Mieloencefalite Protozoária Equina • Primeiro caso no Brasil foi relatado por Barros et al. (1986), em um equino de 10 anos de idade, no sul do país. • 2001--- primeiro isolamento no Brasil de oocisto em gambá ( D. albiventris). Sarcocystis neurona • Hospedeiro definitivo: marsupiais ( Didelphis virginiana e Didelphis albiventris). • Hospedeiro intermediário: raposas, guaxinins, gatos, aves. • Hospedeiro acidental: equinos -- Mulaney et al., (2005) – HI • Forma de infecção: HD -- ingestão de oocistos na musculatura do HI HI -- ingestão de oocistos esporulados na água e no alimentos. Epidemiologia: • Distribuição: todo o continente americano. • Desmatamento: os marsupiais estão se deslocando para as fazendas, haras, sítios chácaras e até mesmo das cidades em busca de alimentos, onde acabam contaminando os alimentos dos equinos ( Rasostits et al 2012). • Equinos de todas as idades são suscetíveis. • Soroprevalencia e sem sinais clínicos no Brasil: 1999 -- 35,6% (36/101); 2006 69,9% (699/991). Mieloencefalite Protozoária Equina – Ciclo Biológico 2 esporocisto cada um contem 4 esporozoitos Esquizontes em todas as estruturas SNC Nos cavalos ocorre 2 ciclos Equino: Ingere a agua contaminada → penetram nas células do endotélio dos vasos → esquizontes se evoluem para a fase de merozoítos → no fluxo sanguineo atravessando a barreira hematoencefalica → se instala no SNC Ciclo que ocorre de forma paralela nos equinos: A ultima geração de merozoítos → penetra nas células musculares ( cardíacas e esqueléticas)→ transformam-se em sarcocistos (quisto muscular) que contem bradizoitos. Na musculatura do cavalo Sarcocistos: cistos com estrutura de duas paredes contem 4 bradizoitos. Epidemiologia • Não existem relatos de infecção Transplacentária em equinos; • Período mínimo de incubação é de 8 a semanas. • Histórico de estresse recente: como transporte, treinamento intenso, • Participação em corridas e pós-partos – desencadeiam a doenças. Sinais clínicos • Resposta imune do tipo humoral • São variados dependendo da localização do Sarcocystis neurona no sistema nervoso central. • Gravidade depende das lesões provocadas pelo parasito e pelos danos secundários provocados pela resposta inflamatória. • As manifestações podem levar o cavalo apresentar fraqueza tropeçar no solo ou em objetos, arrastar as pinças no solo apresentar espasticidade em um ou mais membros e incoordenação motora. • Principais anormalidades relacionadas aos nervos cranianos são a paralisia do nervo facial, ataxia vestibular, o desvio de cabeça, atrofia do masseter, atrofia ou paralisia da língua, a perda da sensibilidade na córnea e nas narinas, disfagia e o balançar compulsivo da cabeça. • Andar em círculos, decúbito agudo, pressionar a cabeça contra obstáculos e convulsões podem ser os únicos sinais clínicos observados. • Sinais Clínicos moderados os severos têm maior probabilidade do animal entrarem de decúbito permanente à venda necessidade de eutanásia. Sinais Clínicos • Fases clinicas: • Assintomático • Aguda - 1% dos animais–aparecimento rápido do sinais clínicos • Hiperaguda Diagnostico • Desafiador • Baseado em diagnóstico de exclusão (osteomusculares e outras doenças neurológicas). • Exame neurológico • Não produz alterações consistentes no hemograma. • Pesquisa de anticorpos no LCR lombo-sacral - Elisa e western blot. • PCR e RIFI -- tem baixa sensibilidade não são indicados. • Necropsia -- considerada imuno-histoquímica é a melhor técnica. Tratamento • Sulfadiazina – 20mg/kg/VO X ao dia – capaciadede enetras no SNC – 6 a 9 meses + pirimetamina – 1 mg/kg/VO, 1 X ao dia. • Diclazurila ( Hiprosil, vanzil) – 1 a 5 mg/kg/VO x ao dia – 28 dias – 60% de eficácia. • Ponazurila (EUA), Nitazoxanida (descontinuada por efeitos tóxicos). • Obrigatorioo tratamento de suporte – anti-inflamatório para evitar que o animal entre em decúbito( flunixin meglumine, 1,1mg.kg/VO, 2 x ao dia/5 dias.
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