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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL MEMORIAL DESCRITIVO E DE CÁLCULO COBERTURA DE MADEIRA Disciplina: Estruturas de aço e madeira I Professor: Zacarias Chamberlain Acadêmicos: Igor Decol Pablo Pol Saraiva Passo Fundo, novembro de 2016. Sumário 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 7 2. OBJETIVOS ............................................................................................................................. 8 3. MEMORIAL DESCRITIVO ........................................................................................................ 9 3.1. Serviços Preliminares: ....................................................................................................... 9 3.2. Infraestrutura: ................................................................................................................... 9 3.2.1. Fundações: .................................................................................................................... 9 3.2.2. Supraestrutura .............................................................................................................. 9 3.3. Vedações: .......................................................................................................................... 9 3.3.1. Paredes .......................................................................................................................... 9 3.3.2. Esquadrias: .................................................................................................................... 9 3.4. Piso .................................................................................................................................. 10 3.5. Cobertura ........................................................................................................................ 10 4. LOCALIZAÇÃO DO TERRENO ................................................................................................ 11 4.1. Características do terreno ............................................................................................... 12 5. CARACTERÍSTICAS DO GALPÃO ........................................................................................... 14 5.1. Materiais da composição da cobertura .......................................................................... 14 5.1.1. Características da telha escolhida ............................................................................... 14 5.2. Material para armação .................................................................................................... 15 5.2.1. Classe de umidade adotada ........................................................................................ 15 5.3. Planta baixa, fachadas e vistas. ....................................................................................... 17 6. TIPOLOGIA E PRÉ DIMENSIONAMENTO DA TESOURA ........................................................ 20 6.1. Escolha da tipologia da tesoura ...................................................................................... 20 6.2. Pré dimensionamento da tesoura ................................................................................... 20 7. CÁLCULO DOS ESFORÇOS DEVIDO AO VENTO .................................................................... 22 7.1. Velocidade básica do vento............................................................................................. 22 7.1.1. Fatores de correção da velocidade básica do vento ................................................... 22 7.1.1.1. Fator de correção S1: .............................................................................................. 23 7.1.1.2. Fator de correção S2: .............................................................................................. 23 7.1.1.3. Fator de correção S3: .............................................................................................. 24 7.1.2. Cálculo da velocidade caracteristica (vk): ................................................................... 25 7.1.3. Cálculo da pressão dinâmica do vento: ....................................................................... 25 7.2. Determinação dos coeficientes de pressão externos para as paredes ........................... 25 7.2.1. Determinação dos coeficientes de pressão externos para as paredes com o software Visualventos. ............................................................................................................................... 27 7.3. Determinação dos coeficientes de pressão externos para a cobertura ......................... 28 7.3.1. Determinação dos coeficientes de pressão externos para a cobertura com o software visualventos. ................................................................................................................................ 29 7.4. Coeficientes de pressão interna: ..................................................................................... 30 7.4.1. Coeficientes de pressão interna: ................................................................................. 32 7.4.1.1. Hipóteses vento a 0°: .............................................................................................. 32 7.4.1.2. Hipóteses vento a 90°: ............................................................................................ 35 7.4.2. COMBINAÇÃO DOS COEFICIENTES DE PRESSÃO ......................................................... 36 7.4.2.1. Resultantes das combinações dos coeficientes de pressão .................................... 37 Vento a 0° ............................................................................................................................ 37 Vento a 90° .......................................................................................................................... 38 7.4.2.2. Esforços resultantes ................................................................................................ 39 7.4.2.3. Decomposição das cargas do vento ........................................................................ 40 8. DIMENSIONAMENTO DA TESOURA ..................................................................................... 41 8.1. Carregamentos considerados.......................................................................................... 41 8.1.1. Combinações ............................................................................................................... 41 8.1.2. Combinações para o estado limite último (ELU) ......................................................... 42 8.1.2.1. Combinação Principal .............................................................................................. 48 8.1.2.2. Ação permanente + vento a sucção (favorável) ...................................................... 49 8.1.2.3. Caso 01 – Ação permanente + vento a sucção ........................................................ 49 8.1.2.4. Caso 02 – Ação permanente + vento a sucção ........................................................ 50 8.1.3. Combinações para o estado limite de serviço: ........................................................... 50 8.2. Cargas pontuais na treliça: .............................................................................................. 51 8.2.1. Cargas concentradas nos nós: ..................................................................................... 52 8.3. ESFORÇOS ........................................................................................................................ 54 8.4. Resumo dos maiores esforços ......................................................................................... 63 9. DIMENSIONAMENTO DOS ELEMENTOSDA TESOURA ........................................................ 64 9.1. Coeficiente kmod ............................................................................................................ 64 9.2. Parâmetros de resistência ............................................................................................... 65 9.2.1.1. Cálculo do módulo de elasticidade paralelo as fibras ............................................. 65 9.2.1.2. Cálculo da resistência de cálculo a compressão paralelo as fibras ......................... 66 9.3. Banzo Superior ................................................................................................................ 66 9.3.1. Verificação da compressão flexo compressõ .............................................................. 66 9.3.2. Compressão ................................................................................................................. 67 1.1.1.1. Propriedades geométricas Seção 150 x 75 mm. ..................................................... 67 9.3.3. Verificação quanto a flexocompressão ....................................................................... 68 9.3.4. Propriedades geométricas Seção 150 x 100 mm. ....................................................... 70 9.3.5. Verificação da Tração do Banzo Superior (150x100) .................................................. 71 9.4. Banzo Inferior .................................................................................................................. 72 9.4.1. Verificação da compressão flexo compressão (Seção 75x150)................................... 72 9.4.2. Verificação da compressão flexo compressão (Seção 100x100mm) .......................... 74 9.4.3. Verificação do banzo inferior a tração. ....................................................................... 74 9.5. Montante ........................................................................................................................ 75 9.5.1. Verificação da compressão flexo compressão (Seção 75x150)................................... 75 9.5.2. Montante seção econômica (7,5x10 cm) .................................................................... 77 9.5.3. Verificação do montante referente a tração .............................................................. 77 9.6. Diagonal ........................................................................................................................... 78 9.6.1. Verificação da compressão e flexocompressão .......................................................... 78 9.6.2. Verificação da diagonal referente a tração ................................................................. 79 9.7. Deslocamento da treliça ................................................................................................. 80 10. CÁLCULO DA TERÇA ......................................................................................................... 81 10.1. Cargas lineares. ........................................................................................................... 81 10.1.1. Carga linear permanente ............................................................................................ 81 10.1.2. Carga linear acidental .................................................................................................. 81 10.1.3. Carga referente a ação do vento ................................................................................. 81 10.2. Combinações de carga para terça: .............................................................................. 82 10.2.1. Combinações Para O Estado Limite Último (ELU) ....................................................... 83 10.2.2. Primeira combinação vento como ação principal secundária. ................................... 84 10.2.3. Ação permanente sobrecarga (reduzida) + vento a sucção ....................................... 85 10.2.4. Combinação principal .................................................................................................. 85 10.2.5. Combinações para o estado limite de serviço (ELS) .................................................... 86 10.2.5.1. Ação permanente + sobrecarga reduzida. .............................................................. 86 10.3. Resultado e diagramas de esforços da terça .............................................................. 86 10.3.1. Análise combinação 3 (elu) na direção x: .................................................................... 87 10.3.2. Análise combinação 2 (elu) na direção y: .................................................................... 87 10.3.3. Maiores esforços ......................................................................................................... 88 10.4. Dimensionamento da terça ......................................................................................... 88 10.4.1. Parâmetros eixo X ....................................................................................................... 88 10.4.2. Parâmetros eixo Y ....................................................................................................... 88 10.5. Flexão obliqua ............................................................................................................. 89 10.6. Verificação da estabilidade lateral .............................................................................. 90 10.7. Verificação ao cisalhamento ....................................................................................... 91 10.8. Verificação dos deslocamentos ................................................................................... 91 11. LIGAÇÕES E EMENDAS .................................................................................................... 93 11.1. Emenda para o banzo superior ................................................................................... 93 11.1.1. Resistência limite do parafuso ao embutimento da madeira ou a flexão do parafuso: 93 11.2. Emenda para o banzo inferior ..................................................................................... 94 11.2.1. Resistência limite do parafuso ao embutimento da madeira ou a flexão do parafuso: 95 11.3. Emenda para a montante ............................................................................................ 95 11.3.1. Resistência limite do parafuso ao embutimento da madeira ou a flexão do parafuso: 95 11.4. EMENDA PARA A DIAGONAL ....................................................................................... 96 11.4.1. Resistência limite do parafuso ao embutimento da madeira ou a flexão do parafuso: 96 12. DETALHAMENTO DAS LIGAÇÕES ..................................................................................... 97 13. PESO PRÓPRIO DA ESTRUTURA: .................................................................................... 104 14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 105 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Janela basculante ........................................................................................................ 10 Figura 2 - Localização do Pavilhão, Fonte: Google Maps. ......................................................... 11 Figura 3 - Perfil transversal do terreno. Fonte: Google Earth, acesso 27/08/2016...................... 12 Figura 4 - Perfil longitudinal do terreno. Fonte: Google Earth, acesso 27/08/2016.................... 12 Figura 5 - Perfil na largura do galpão. Fonte : Google Earth, acesso 27/08/2016. ..................... 13 Figura 6 - Perfil ao longo do comprimento do galpão. Fonte : Google Earth, acesso 27/08/2016. ..................................................................................................................................................... 13 Figura 7 -Vão e espessura adotada. Fonte: Catálogo perfilor. ................................................... 15 Figura 8 - Classes de umidade (Nbr 7190). ................................................................................. 16 Figura 9 - Classes de resistência e propriedades das madeiras folhosas.(Nbr 7190) .................. 16 Figura 10 - Treliça Howe. Fonte: Material de apoio da disciplina. ............................................. 20 Figura 11 - Representação das barras da treliça, Fonte: Próprio do autor. .................................. 21 Figura 12 – Mapa das isopletas. (NBR 6123:1988) .................................................................... 22 Figura 13 – Classe de dimensões das edificações. (NBR 6123:1988) ........................................ 23 Figura 14 – Parâmetros meteorológicos do fator S2. (NBR 6123:1988) .................................... 24 Figura 15 – Grupos para o fator estatístico S3. (NBR 6123:1988) ............................................. 25 Figura 16 - Coeficiente de pressão e forma externo, para paredes de edificações de planta retangular. (NBR 6123:1988) ...................................................................................................... 26 Figura 17 - Área de atuação dos CPES nas paredes da edificação. ............................................. 26 Figura 18 - Dados de entrada no software Visualventos. ............................................................ 27 Figura 19 – Dados obtidos para CPE das paredes pelo software Visualventos. ......................... 28 Figura 20 – Coeficientes de pressão externos para telhados de duas águas. (NBR 6123:1988) . 29 Figura 21 – Áreas de atuação dos CPES do telhado. .................................................................. 29 Figura 22 – Coeficientes de pressão externa e CPE médio para a cobertura.Fonte: Software Visualventos. ............................................................................................................................... 30 Figura 23 - Divisão das áreas de atuação do vento a 0° no galpão em estudo. ........................... 30 Figura 24 - Divisão das áreas de atuação do vento a 90° no galpão em estudo. ........................ 31 Figura 25 - Ilustração do vento atuante na cobertura e como deve ser decomposto. ............... 40 Figura 26 - Coeficientes para ação permanente. (Nbr 8681) ...................................................... 42 Figura 27 - Coeficientes para ações variáveis. ............................................................................ 42 Figura 28 – Valores dos coeficientes de combinação. ................................................................ 43 Figura 29 – Valores do coeficiente de combinação para a sobrecarga....................................... 46 Figura 30 - Coeficiente de majoração para carga permanente................................................... 48 Figura 31 - Coeficiente de majoração para sobrecarga. ............................................................. 48 Figura 32- Kmod1 de acordo com a classe do carregamento. .................................................... 64 Figura 33 - Kmod2 de acordo com a classe de umidade. ............................................................ 64 Figura 34 - Kmod3 classificado de acordo com os defeitos da madeira. .................................... 65 file:///C:/Users/Pablo/Desktop/Projeto%20Cobertura/Com%20tudo%20do%20vento/Nova%20correção%20das%20ccombinações/Memorial.docx%23_Toc467527651 file:///C:/Users/Pablo/Desktop/Projeto%20Cobertura/Com%20tudo%20do%20vento/Nova%20correção%20das%20ccombinações/Memorial.docx%23_Toc467527661 1. INTRODUÇÃO O telhado de uma edificação é extremamente importante, pois esse destina-se a proteção da mesma. Em pequenas obras o dimensionamento do mesmo por diversas vezes é ignorado, o que resulta em problemas como destelhamento, arrancamento entre outros. Por esses motivos o dimensionamento se faz de grande importância, e diversas são as variáveis que devem ser analisadas, como influência do vento, combinações de carregamento entre outras. O telhado dimensionado no presente trabalho, será de madeira, logo o dimensionamento seguirá as verificações necessárias para os elementos. 2. OBJETIVOS O presente memorial tem por objetivo, ilustrar as decisões tomadas do projeto, bem como buscar as seções econômicas da estrutura, buscando sempre atender as normas e a segurança do usuário. Será realizado o dimensionamento das peças que compõe uma tesoura as ligações entre os elementos e também as terças da cobertura. 3. MEMORIAL DESCRITIVO Para melhor entendimento da estrutura em si e das decisões tomadas nos cálculos o presente memorial apresenta a seguir os materiais utilizados na confecção do galpão, bem como suas características de forma simples. 3.1. Serviços Preliminares: Será feito eventual nivelamento do terreno, bem como remoção da vegetação superficial. 3.2. Infraestrutura: 3.2.1. Fundações: Serão dispostas de acordo com o projeto de fundações, com sapatas isoladas, afim de resistir os esforços provenientes dos pilares e impedir eventual arrasto da força do vento. 3.2.2. Supraestrutura A estrutura será realizada de acordo com o projeto estrutural, em concreto armado 25 Mpa. 3.3. Vedações: 3.3.1. Paredes O galpão será executado em tijolo maciço à vista em toda sua extensão lateral e nos oitões. 3.3.2. Esquadrias: As esquadrias laterais serão conforme imagem abaixo, basculantes com dimensões de 2,00x1,00 metros O portão frontal possui dimensões de 4,00x3,00 m conforme projeto arquitetônico. Figura 1 - Janela basculante 3.4. Piso Receberá contrapiso de concreto com acabamento polido com espessura de 10 cm. 3.5. Cobertura A cobertura será composta por duas águas formadas por tesouras bi-apoiadas, com telhas metálicas 4. LOCALIZAÇÃO DO TERRENO O galpão será construído no terreno localizado as margens da RS-129 próximo a cidade de CASCA-RS.O terreno é levemente acidentado, como mostra os perfis no item 5.1, inserido em uma região pouco adensada, inclusive com poucas árvores e cota média dos obstáculos não maior que três metros. A figura 1, apresenta a exata localização do terreno. Figura 2 - Localização do Pavilhão, Fonte: Google Maps. 4.1. Características do terreno O terreno está localizado nas coordenadas geográficas 28º 33’ 16,37’’ S e 51° 56’ 30,58’’ O. Como está ilustrado no perfil abaixo, o terreno onde será inserido o galpão é praticamente plano. Figura 3 - Perfil transversal do terreno. Fonte: Google Earth, acesso 27/08/2016. Figura 4 - Perfil longitudinal do terreno. Fonte: Google Earth, acesso 27/08/2016. Figura 5 - Perfil na largura do galpão. Fonte : Google Earth, acesso 27/08/2016. Figura 6 - Perfil ao longo do comprimento do galpão. Fonte : Google Earth, acesso 27/08/2016. 5. CARACTERÍSTICAS DO GALPÃO Largura (b): 15m; Comprimento (a): 25m; Pé direito livre (h): 6m; Espaçamento entre tesouras: 3,125m; Área total: 375m²; Inclinação do telhado: 15°; Altura no oitão (h1): 2 m. Altura total: h1+h = 6 + 2 = 8; Espaçamento entre terças: 1,55 m; Janelas: 36 m². Portões: 12 m². O pavilhão não possui lanternim no telhado. 5.1. Materiais da composição da cobertura 5.1.1. Características da telha escolhida Tipo: Telha metálica. Espessura: 0,65 mm. Vão máximos: 2,1 m. Inclinação mínima: 5% Fabricante: Perfilor Para a cobertura adotou-se telhas metálicas de perfil ondulado, da marca Perfilor modelo LR 17 com espessura de 0,65mm, a inclinação mínima indicada pelofabricante é de 5% sendo que a mesma foi atendida, pois adotou-se inclinação de 26%. O espaçamento entre apoios ficou com aproximadamente 1,55m ficando no intervalor entre 1,50m e 1,60 m. Figura 7 - Vão e espessura adotada. Fonte: Catálogo perfilor. 5.2. Material para armação O material que irá compor a estrutura do telhado (caibros, ripas, terça, tesouras e contraventamento) será madeira tipo dicotiledônea serrada. Para fins de padronização a NBR 7190 determina que o projeto deverá ser feito com umas das classes de umidade, tendo como umidade padrão 12%, ajustando os parâmetros de resistência para as demais umidades, o valor da classe de umidade é variável de acordo com o local em que a estrutura será concebida. 5.2.1. Classe de umidade adotada A estrutura do telhado apresenta-se predominantemente confinada ao longo da sua vida, e o local onde será constituído a cobertura apresenta umidade ao longo do ano inferior a 65%, portanto a classe de umidade adotada é de 12%. Figura 8 - Classes de umidade (Nbr 7190). Em relação as características mecânicas da madeira, será da classe D-40 e as propriedades da mesma que serão utilizadas no dimensionamento estão na figura 9. Figura 9 - Classes de resistência e propriedades das madeiras folhosas.(Nbr 7190) 5.3. Planta baixa, fachadas e vistas. Planta baixa, distância entre tesouras. Fachada frontal, dimensões das esquadrias. Fachada lateral, dimensões das esquadrias. Fachada fundos, dimensões das esquadrias. Vista da estrutura do telhado. Vista da estrutura do telhado. 6. TIPOLOGIA E PRÉ DIMENSIONAMENTO DA TESOURA 6.1. Escolha da tipologia da tesoura A tesoura seguirá o modelo da treliça HOWE, que por sua definição é utilizada em vãos de até 18m, visto que atende o projeto, comprimento de 15m, cobrindo todo o vão da edificação. Por estimativa prática a altura mínima deve ser no mínimo 10% do vão ou seja 1,5 metros, o mesmo também foi atendido, pois a altura é de 2 metros. Figura 10 - Treliça Howe. Fonte: Material de apoio da disciplina. 6.2. Pré dimensionamento da tesoura Largura do vão: 15m; Espaçamento entre tesouras: 3,125m; Altura: 2,00 m; Inclinação: 15°; Espaçamento entre terças: 1,55 m; Figura 11 - Representação das barras da treliça, Fonte: Próprio do autor. Tabela 1- Elementos da treliça. Tabela 2 - Pré dimensionamento dos elementos. 7. CÁLCULO DOS ESFORÇOS DEVIDO AO VENTO A força exercida pelo vento em uma cobertura se faz de importante determinação é um dos maiores, se não o maior esforço que ocorre em uma cobertura, o método de determinação segue a NBR 6123/1988, responsável pelas exigências das forças do vento em ações estáticas e dinâmicas. 7.1. Velocidade básica do vento A velocidade básica do vento é determinada de acordo com o mapa das Isopletas (figura 12), que para a região onde está localizada o Galpão é de Vo= 45m/s. Figura 12 – Mapa das isopletas. (NBR 6123:1988) 7.1.1. Fatores de correção da velocidade básica do vento Os fatores de correção (S1,S2 e S3), são necessários devido as diferentes situações as quais podem ser inseridas as edificações. Como o mapa das isopletas de acordo com a NBR 6123/1988, considera a velocidade característica como sendo na situação de uma rajada de vento de 3s, excedida uma vez a cada 50 anos a 10 metros acima do terreno em campo aberto e plano, o que for diferente disso será corrigido de acordo com os parâmetros. 7.1.1.1. Fator de correção S1: O fator de correção S1, leva em consideração a topografia do terreno, como o terreno ao qual está inserido o galpão em destaque é considerado plano, o fator S1=1,00. 7.1.1.2. Fator de correção S2: O fator S2, leva em consideração a rugosidade do terreno e combina os efeitos da rugosidade com a altura dos obstáculos acima do terreno as dimensões da edificação. A NBR 6123/1988 possui cinco categorias de rugosidade para o terreno, a categoria que mais se enquadra com o terreno em questão é a Categoria II, onde: Zonas costeiras ou planas; Pântano com vegetação rala Campos de aviação Pradarias e chamecas Fazendas sem sedes ou muros; A cota média no topo dos obstáculos é igual a 1m. Juntamente com a rugosidade do terreno, junta-se as dimensões da edificação que a NBR 6123/1988, traz três classes (figura 13), a classe do projeto é a classe A, devido a maior dimensão da edificação possuir 20 m. Figura 13 – Classe de dimensões das edificações. (NBR 6123:1988) A partir da determinação desses parâmetros a tabela a seguir, possui os valores de b, Fr e p que serão utilizados para o cálculo do fator S2 através da equação: S2 = b.Fr(Z/10)^p, onde Z = 8 m (que é a altura do oitão mais a do pé direito). S2 = 0,96 Figura 14 – Parâmetros meteorológicos do fator S2. (NBR 6123:1988) 7.1.1.3. Fator de correção S3: O fator S3 é o fator estatístico, considera o grau de segurança requerido e a vida útil da edificação a NBR 6123/1988 traz 5 diferentes categorias para a determinação, como está ilustrado a seguir. Como o galpão será utilizado para deposito, ou seja possui baixo teor de ocupação e não possui grandes riscos sua ruina, o fator S3 = 0,95, determinado por: Figura 15 – Grupos para o fator estatístico S3. (NBR 6123:1988) 7.1.2. Cálculo da velocidade caracteristica (vk): O Cálculo da velocidade característica se dá pela velocidade básica do vento, multiplicada pelos fatores de correção S1, S2 e S3, ou seja: VK = S1.S2.S3.Vo Como já calculado: Vo: 45 m/s S1:1,00 S2:0,96 S3:0,95 Vk = 41,04 m/s. 7.1.3. Cálculo da pressão dinâmica do vento: A pressão dinâmica exercida pelo vento em uma edificação é dada pela equação: q = 0,613xVk² q = 0,613x41,89² q = 1,075 kN/m² 7.2. Determinação dos coeficientes de pressão externos para as paredes Os coeficientes de pressão externa indicam se há sobrepressão ou sucção atuando na edificação devido ao sentido de incidência e as dimensões da edificação e são determinados de acordo com a NBR 6123/1988, com vento atuando nas direções 0º e 90º. Como já indicado anteriormente as dimensões da edificação, calcula-se: ℎ 𝑏 = 6 20 = 0,3 𝑎 𝑏 = 20 15 = 1,33 A partir destes valores entra-se na tabela abaixo para determinação do CPe. Figura 16 - Coeficiente de pressão e forma externo, para paredes de edificações de planta retangular. (NBR 6123:1988) Plota-se então os valores obtidos para os coeficientes, como ilustrado abaixo: Figura 17 - Área de atuação dos CPES nas paredes da edificação. 7.2.1. Determinação dos coeficientes de pressão externos para as paredes com o software Visualventos. Os valores de Cpe foram calculados com o auxílio do software Visualventos, que faz a determinação seguindo os passos da NBR 6123/1988 a partir dos dados de entrada. Figura 18 - Dados de entrada no software Visualventos. Dados obtidos conforme imagens abaixo: 7.3. Determinação dos coeficientes de pressão externos para a cobertura Os coeficientes para a cobertura são determinados de acordo com a tabela 5 da NBR 6123/1988, para cobertura de duas águas. Para a obtenção dos dados entramos com o valor da inclinação da cobertura, e a relação h/b: A inclinação foi determinada no item 5.1.1 = 15°; A relação h/b no caso = ℎ 𝑏 = 6 15 = 0,4 < 0,5; Obtêm-se então os valores na tabela abaixo, e plota-se os mesmos nas respectivas áreas de influência como mostra a figura 21. Obedecendo a nota “d”, a/b = 1,667, ou seja há necessidade de interpolar linearmente os valores para a área “I” e “J”. Figura 19 – Dados obtidos para CPE das paredes pelo software Visualventos. Figura 20– Coeficientes de pressão externos para telhados de duas águas. (NBR 6123:1988) Figura 21 – Áreas de atuação dos CPES do telhado. 7.3.1. Determinação dos coeficientes de pressão externos para a cobertura com o software visualventos. Mantendo os mesmos dados de entrada do item 8.2.1, o software calcula os valores para os coeficientes atuantes na cobertura da mesma forma que foi ilustrada no item 8.3.Obtêm-se então os valores dos coeficientes para vento a 0º e 90º e os coeficientes de pressão médios, atuantes em alguns pontos do telhado: Figura 22 – Coeficientes de pressão externa e CPE médio para a cobertura.Fonte: Software Visualventos. 7.4. Coeficientes de pressão interna: Os coeficientes de pressão interna baseiam-se nas áreas permeáveis do galpão, ou seja baseando-se nas aberturas do projeto. Vento a 0°: A área de atuação dos coeficientes na área A1 e B1 será o maior dos dois valores: 𝑏 3 = 15 3 = 5 ; 𝑎 4 = 25 4 = 6,25 ; O valor é 6,25 pois é o maior e obedece a condição de < 2xh (2x6 = 12); Figura 23 - Divisão das áreas de atuação do vento a 0° no galpão em estudo. Vento a 90°: A área de atuação do coeficiente na área C1 será o menor entre os dois valores: 𝑏 2 = 15 2 = 7,5 ; 2xh = 2x6 = 12 Adota-se então o valor de 7,5m. Para as áreas de influencia do C1 e C2, dividiu-se a área do portão de acesso em dois, já que o mesmo encontra-se no meio dos dois coeficientes Figura 24 - Divisão das áreas de atuação do vento a 90° no galpão em estudo. Considerou-se como toda a área da esquadria como sendo permeável. Tabela 3 - Áreas das aberturas. 7.4.1. Coeficientes de pressão interna: Os cálculos dos coeficientes de pressão interna seguem o anexo D, da NBR 6123:1988, o coeficiente de pressão interna será, aquele na condição crítica, para isso considera-se diversas hipóteses. Os cálculos foram feitos a partir do Microsoft Excel. Mesmo sabendo que as esquadrias não são totalmente impermeáveis quando fechadas o mesmo foi considerado, pois a permeabilidade indicada pela norma de 0,03% resulta em áreas próximas de zero. 7.4.1.1. Hipóteses vento a 0°: 1°-Todas as janelas e o portão aberto; 2°-Todas as janelas abertas e o portão fechado; 3°-Todas as janelas fechadas e o portão aberto; 4°-Janelas A1 e B1 fechadas e as demais abertas: 5°-Janelas A1 e B1 abertas e as demais fechadas; 6°-Aberturas A1, B1 e C abertas e as demais fechadas; 7°-Aberturas A1 e C abertas e as demais fechadas; 7.4.1.2. Hipóteses vento a 90°: 1°-Todas as janelas e o portão aberto; 2°-Todas as janelas abertas e o portão fechado; 3°-Todas as janelas fechadas e o portão aberto; 4°- Janelas A aberta e as de mais fechadas; 5°- Aberturas D1,C1 e C2 e de mais fechadas; 7.4.2. COMBINAÇÃO DOS COEFICIENTES DE PRESSÃO Para as piores hipóteses citadas anteriormente encontrou-se os maiores valores em módulo como sendo: CPI = - 0,8, vento a sucção; CPI = 0,7, vento a sobre pressão; Todos os Cpis encontrados serão combinados com os cpes da cobertura para encontrar os maiores esforços resultantes. Um cpi maior não significa um maior esforço, por isso a necessidade de combinar todos encontrados. Somente As hipoteses de mesmo sentido podem ser eliminadas. Vento a 0°: CPE de 0° combinado com os CPI’s de 0° encontrados: Vento a 90°: CPE de 0° combinado com os CPI’s de 0° encontrados: 7.4.2.1. Resultantes das combinações dos coeficientes de pressão Vento a 0° Elimina-se então as hipóteses com o mesmo sentido (no caso todas a sucção) permanece somente a hipótese número 3. Vento a 90° Eliminou-se a hipótese número 2, pois comparada com a 4 (mesmo sentido) apresenta menor valor, que na combinação resultará em um menor esforço. Também eliminou-se a hipótese número 1, pois o valor de sobrepressão é muito pequeno, com isso visivelmente não será a pior hipótese. As hipóteses 3 não eliminei por apresentar diferentes valores de sobre pressão e sucção, fica a dúvida de qual gerará maior esforço resultante, já que os coeficientes de combinações e majoração são diferentes para sucção e sobre pressão nas combinações. 7.4.2.2. Esforços resultantes Os esforços resultantes serão dados pela multiplicação da pressão dinâmica obtida anteriormente no item 8.1.3 que multiplicado pelo espaçamento entre os pórticos dará a carga distribuída devido ao vento na tesoura, ou seja é dado pela seguinte fórmula: F = q x C x d, onde: q = pressão dinâmica C = coeficiente resultante da combinação D = espaçamento entre pórticos F = força atuante em (N/m) Vento a 0° Vento a 90° 7.4.2.3. Decomposição das cargas do vento Os esforços devido ao vento são perpendiculares a cobertura, para isso necessita- se decompor em relação a inclinação do telhado (15°) para que se possa somar às cargas acidentais e as permanentes que já se encontram no plano x e y. Figura 25 - Ilustração do vento atuante na cobertura e como deve ser decomposto. A tabela abaixo confere os valores decompostos em x e y, seguindo a fórmula: Fwx = Fw*sen15° Fwy = Fw *cos15° Tabela 4 - Decomposição das forças do vento. 8. DIMENSIONAMENTO DA TESOURA 8.1. Carregamentos considerados Cargas permanentes (g): Os pesos permanentes são: o peso próprio da estrutura e o peso das telhas. Treliças: 0,22 kN/m² Terças: 0,06 kN/m² Caibros e ligações: 0,04 kN/m² Telhas: 0,0605 kN/m² Carga permanente total: 0,3805 kN/m² Carga permanente linear: 0,3805 * 3,125 = 1,189 kN/m Os valores foram retirados do material de apoio da disciplina, para coberturas com telhas metálicas. Cargas acidentais (q): A sobrecarga acidental considerada, leva em conta a possibilidade de subir pessoas no telhado ou eventuais problemas que possam ocorrer; Sobrecarga: 0,25 kN/m² Carga acidental linear: 0,25 * 3,125 = 0,78125 kN/m. E ainda as forças devido ao vento calculadas na tabela 4 no item 7.4.2.3. 8.1.1. Combinações As combinações serão feitas de acordo com a NBR 8681, são do tipo normal serão feitas para o estado limite ultimo e estado limite de serviço. Figura 26 - Coeficientes para ação permanente. (Nbr 8681) Figura 27 - Coeficientes para ações variáveis. 8.1.2. Combinações para o estado limite último (ELU) Existem duas combinações principais, uma que considera a sobrecarga como ação principal e outra que considera a força do vento como ação principal. Na elaboração da combinação, uma ação variável é considerada como principal e entra com seu valor inteiro e as demais ações variáveis de naturezas diferentes, devem entrar com um coeficiente de ponderação (ᴪ). Para as duas combinações possíveis seram utilizados diferentes casos (de vento) buscando a resultante mais expressiva. Figura 28 – Valores dos coeficientes de combinação. Combinação 1 – Caso 1: Ação permanente + sobrecarga + Vento a sucção (favorável) A ação permanente e a sobrecarga (variável principal) serão consideradas em sua totalidade e o vento a sucção receberá o coeficiente de redução (ação variável não principal). Os sinais positivo ou negativo das forças não significam mais sucção ou sobre-pressão e sim o sentido de aplicação das forças. A resultante do vento utilizada é de sucção vento a 0°. Fd = 𝛾g*Fg + 𝛾q*Fq + 𝛾w* ᴪ ∗ 𝛾q 𝛾g = 1,0 (sucção) 𝛾q = 1,5 (sobrecarga) 𝛾q = 1,4 (vento ᴪ = 0,6 Abaixo estão ilustrados os resultados obtidos para a combinação 1 – caso 1: Combinação 1 – Caso 2: Ação permanente + sobrecarga + Vento a sucção As ações serão consideradas da mesma forma do caso 1, agora porém é com outro caso de vento A resultantedo vento utilizada é de sucção vento a 90°. Fd = 𝛾g*Fg + 𝛾q*Fq + 𝛾w* ᴪ ∗ 𝛾q 𝛾g = 1,0 (sucção) 𝛾q = 1,5 (sobrecarga) 𝛾q = 1,4 (vento) ᴪ = 0,6 Abaixo estão ilustrados os resultados obtidos para a combinação 1 – caso 2: Combinação 1 – Caso 3 - Ação permanente + sobrecarga + Vento a sobre- pressão e a sucção A ação permanente e a sobrecarga (variável principal) serão consideradas em sua totalidade e o vento a sobrepressão receberá o coeficiente de redução (ação variável não principal). Semelhante aos outros casos, porém temos vento a sobrepressão atuando ao lado direto da cobertura e vento a sucção no lado esquerdo.Portanto teremos: - Lado esquerdo: - Lado direito: Fd = 𝛾g*Fg + 𝛾q*Fq + 𝛾w* ᴪ ∗ 𝛾q Fd = 𝛾g*Fg + 𝛾q*Fq + 𝛾w* ᴪ ∗ 𝛾q 𝛾g = 1,0 (sucção) 𝛾g = 1,4 (sobrepressão) 𝛾q = 1,5 (sobrecarga) 𝛾q = 1,5 (sobrecarga) 𝛾q = 1,4 (vento) 𝛾q = 1,4 (vento) ᴪ = 0,6 ᴪ = 0,6 Resultados obtidos: Combinação 2 – Caso 1 - Ação permanente + sobrecarga + Vento a sucção (favorável) A combinação 2, é aquela cujo o vento é a ação principal e a sobrecarga é a secundaria ou seja, a ação permanente e o vento serão considerados em sua totalidade e a sobrecarga com um coeficiente de redução (tabela abaixo). Fd = 𝛾g*Fg + 𝛾q*Fq* ᴪ +0,75* 𝛾w*∗ 𝛾q 𝛾g = 1,0 (sucção) 𝛾q = 1,5 (sobrecarga) 𝛾q = 1,4 (vento) ᴪ = 0,5 Figura 29 – Valores do coeficiente de combinação para a sobrecarga. Combinação 2 – Caso 2: Ação permanente + sobrecarga + Vento a sucção Fd = 𝛾g*Fg + 𝛾q*Fq* ᴪ +0,75* 𝛾w*∗ 𝛾q 𝛾g = 1,0 (sucção) 𝛾q = 1,5 (sobrecarga) 𝛾q = 1,4 (vento) ᴪ = 0,5 Combinação 2 – Caso 3 - Ação permanente + sobrecarga + Vento a sobre- pressão e a sucção - Lado esquerdo: - Lado direito: Fd = 𝛾g*Fg + 𝛾q*Fq +0,75* 𝛾w∗ 𝛾q Fd = 𝛾g*Fg + 𝛾q*Fq +0,75*𝛾w∗ 𝛾q 𝛾g = 1,0 (sucção) 𝛾g = 1,4 (sobrepressão) 𝛾q = 1,5 (sobrecarga) 𝛾q = 1,5 (sobrecarga) 𝛾q = 1,4 (vento) 𝛾q = 1,4 (vento) ᴪ = 0,5 ᴪ = 0,5 8.1.2.1. Combinação Principal Além das combinações já citadas acima, deve se considerar a ação permanente junto com a sobrecarga, que é o que ocorre em 99% da vida da estrutura. Fd = 𝛾g*Fg + 𝛾q*Fq, onde os coeficientes são dados pelas tabelas da NBR 8681, como ilustrado abaixo. Figura 30 - Coeficiente de majoração para carga permanente. Figura 31 - Coeficiente de majoração para sobrecarga. Resultados obtidos 8.1.2.2. Ação permanente + vento a sucção (favorável) Nesta combinação considera que a sobrecarga não está atuando na estrutura, pois acaba diminuindo o esforço gerado pelo vento a sucção, pois possui sentido contrário. Essa combinação será feita, para os dois maiores casos de vento a sucção. Adota-se o coeficiente de ponderação para o peso próprio de 1,0. 8.1.2.3. Caso 01 – Ação permanente + vento a sucção 8.1.2.4. Caso 02 – Ação permanente + vento a sucção Visivelmente estas serão as piores hipóteses de vento devido a grandeza dos valores. 8.1.3. Combinações para o estado limite de serviço: Este caso é utilizado no controle de deformações das estruturas, esta seção atenderá aos critérios da NBR 7190/2011.Os coeficientes de ponderação serão iguais a 1,0, salvo em casos especiais. O fator de combinação (ᴪ2) seguirá a sugestão da NBR 7190 para construções correntes. Fd = 𝐹𝑔𝑘 + ᴪ2*Fqk ᴪ = 0,3. 8.2. Cargas pontuais na treliça: As cargas pontuais nos nós da treliça serão utilizadas para a análise estrutural. Para obtenção dos mesmos, foi multiplicado a carga distribuída pelo espaçamento entre terças, com exceção dos elementos da extremidade que serão a metade do espaçamento. Como as forças encontram-se decompostas em x e y. Nós da estrutura 8.2.1. Cargas concentradas nos nós: 8.3. ESFORÇOS Para a análise estrutural da treliça, será utilizado o software Ftool. A partir do programa se faz possível a obtenção dos esforços que ocorrem. A seção de entrada foi obtida através do pré dimensionamento. Combinação 01 – Estado Limite Último Diagrama axial Diagrama de cortante Momento Combinação 02 – Estado Limite Último Axial Cortante Momento Combinação 03 – Estado Limite Último Axial Cortante Momento Combinação 04 – Estado Limite Último Axial Cortante Momento Combinação 05 – Estado Limite Último Axial Cortante Momento Combinação 06 – Estado Limite Último Axial Cortante Momento Combinação 07 – Estado Limite Último Axial Cortante Momento Combinação 08 – Peso próprio + Vento a sucção Axial Cortante Momento Combinação 09 – Peso próprio + Vento a sucção Axial Cortante Momento 8.4. Resumo dos maiores esforços Tabela 5 – Resumo dos maiores esforços de cada combinação. Tabela 6 - Maiores esforços serão usados no dimensionamento. 9. DIMENSIONAMENTO DOS ELEMENTOS DA TESOURA 9.1. Coeficiente kmod Aplica-se valores de correção das propriedades da madeira devido .... Kmod= kmod1*kmod2*kmod3 Kmod1 É em relação a vida útil da estrutura calculada no caso: Figura 32- Kmod1 de acordo com a classe do carregamento. Kmod2 Leva em conta a classe de umidade (classe 1 como dito anteriormente) e o tipo de material empregado no caso madeira serrada. Figura 33 - Kmod2 de acordo com a classe de umidade. Kmod3 O coeficiente kmod 3 é a respeito a qualidade da madeira.A madeira utilizada será da classe D-40 folhosa, portanto o valor de kmod 3 se da na tabela 7 da NBR 7190.Com classificação apenas visual S1 Figura 34 - Kmod3 classificado de acordo com os defeitos da madeira. Portanto, kmod = 0,6*1*0,85 Kmod = 0,51 9.2. Parâmetros de resistência 9.2.1.1. Cálculo do módulo de elasticidade paralelo as fibras O módulo de elasticidade paralelo as fibras deve ser corrigido pelo coeficiente Kmod. Eef= 19500 * 0,51 = 9945 Mpa E0,05 = 19500*0,7 = 13650 Mpa 9.2.1.2. Cálculo da resistência de cálculo a compressão paralelo as fibras Cálculo da resistência a compressão Fco,d = 0,51 * (40/1,4) = 14,57 Mpa 9.3. Banzo Superior 9.3.1. Verificação da compressão flexo compressõ A peça será verificada em compressão se necessário flexo compressão. Os cálculos seguirão a NBR 7190/2011. Dados de entrada Ns,d = 72,6 kN = 72600N Seção 150 x 75 mm Área = 11250 mm² Comprimento (Lo) = 1550 Conforme item 5.2.6 da ABNT NBR 7190/2011 9.3.2. Compressão NRc,d = Fco,d*Área = 14,57 * 11250 = 163912,5 N 163912 > 72600 Ok! Passa quanto a compressão, verificar se há necessidade de flexo compressão 1.1.1.1. Propriedades geométricas Seção 150 x 75 mm. a. Momento de Inércia 𝐼𝑥 = 𝑏.ℎ3 12 = 𝐼𝑥 = 7,5.15312 = 2812,5 cm^4 𝐼𝑦 = 𝑏.ℎ3 12 = 𝐼𝑦 = 15.7,53 12 = 1250 cm^4 b. Raio de giração 𝑟𝑥 = √ 𝐼𝑥 𝐴 = 𝑟𝑥 = √ 2812,4 1125 = 4,33 cm 𝑟𝑦 = √ 𝐼𝑥 𝐴 = 𝑟𝑦 = √ 1250 1125 = 2,16 cm c. Índice de esbeltez 𝝀𝒙 = 𝐿𝑜 𝑟𝑥 = 155 4,33 = 35,796 < 140, Ok! 𝝀𝒚 = 𝐿𝑜 𝑟𝑦 = 155 2,16 = 53,694 < 140, Ok! Quanto a flambagem esta seção não terá problemas d. Índice de esbeltez relativa Cálcula-se o o índice de esbeltez relativa para verificar se há necessidade da peça ser verificada quanto a flexo compressão 𝝀𝒓𝒆𝒍,𝒙 = 𝝀𝒙 𝝅 √ 𝒇𝒄𝒐,𝒌 𝑬𝟎,𝟎𝟓 = 35,796 𝝅 √ 4 1365 = 0,617 > 0,3 Não passou! 𝝀𝒓𝒆𝒍,𝒚 = 𝝀𝒚 𝝅 √ 𝒇𝒄𝒐,𝒌 𝑬𝟎,𝟎𝟓 = 53,694 𝝅 √ 4 1365 = 0,925 > 0,3 Não passou Verificar Flexocompressão!! Como as peças não passsaram, há a necessidade de verificar a flexocompressão, pois a peça poderá ter uma leve flambagem e levar tensão de flexão devido a compressão.Item 5.5.4 da NBR 7190/2011. 9.3.3. Verificação quanto a flexocompressão As peças que serão verificadas a flexocompressão devem atender a equação abaixo. a. Cálculo dos coeficientes Kcx e Kcy Onde, 𝛽𝑐 = 0,2 Peças de madeira maciça serrada Kx = 0,5.[ 1 + 0,2.(0,617 – 0,3) + (0,617)²] = 0,722 Ky = 0,5.[ 1 + 0,2.(0,925 – 0,3) + (0,925)²] = 0,991 Portanto, Kcx = 0,912 ; Kcy = 0,523 b. Cálculo da excentricidade mínima: e = L/300 = 155/300 = 0,52 cm c. Cálculo do módulo resistente da peça 𝑊 = 𝑏. ℎ² 6 𝑊𝑥 = 7,5.15² 6 = 281,25 cm³ 𝑊𝑦 = 15.7,5² 6 = 140,63 cm³ d. Tensão atuante na peça flexocomprimida Além da tensão de compressão já calculada, há a tensão devido a excentricidade que gera um momento. Mxy = 0,52.72,6 = 37,75 kN.cm 𝜎 𝑚𝑥= 𝑀𝑥 𝑊𝑥 𝜎 𝑚𝑦= 𝑀𝑦 𝑊𝑦 𝝈 𝒎𝒙= 𝟑𝟕,𝟕𝟓 𝟐𝟖𝟏,𝟐𝟓 = 0,134 kN/cm² 𝝈 𝒎𝒚= 𝟑𝟕,𝟕𝟓 𝟏𝟒𝟎,𝟔𝟑 = 0,268 kN/cm² 𝝈 𝒄𝒐,𝒅= 𝟕𝟐,𝟔 𝟏𝟏𝟐,𝟓 = 0,645 e. Verificação da peça flexocomprimida 𝝈𝒄𝒐,𝒅 𝑲𝒄𝒙.𝑭𝒄𝟎,𝒅 + 𝝈𝒎𝒙 𝑭𝒄𝟎,𝒅 + 𝑲𝒎. 𝝈𝒎𝒚 𝑭𝒄𝟎,𝒅 = 0,68 < 1 Ok passou 𝝈𝒄𝒐,𝒅 𝑲𝒄𝒙.𝑭𝒄𝟎,𝒅 + 𝑲𝒎. 𝝈𝒎𝒙 𝑭𝒄𝟎,𝒅 + 𝝈𝒎𝒚 𝑭𝒄𝟎,𝒅 = 1,09 > 1 Não passou Onde, 𝝈𝒄𝒐,𝒅 = 0,645 𝝈𝒎𝒙 = 0,134 Kcx = 0,912 𝝈𝒎𝒚 = 0,268 Km = 0,7 Peças retangulares Fco,d = 1,45 kN/cm² Não passou devido a flexocompressão portanto será adotado nova seção transversal e irá verificar novamente. 9.3.4. Propriedades geométricas Seção 150 x 100 mm. A nova seção transversal adotada será verificada da mesma forma que a anterior seguindo os passos da NBR 7190, porém foi feita com o auxílio do Excel (a tabela com os cálculos encontra-se em anexo). A peça passou a compressão e flexocompressão com as dimensões de 150x100. 9.3.5. Verificação da Tração do Banzo Superior (150x100) a. Resistência de cálculo a tração 𝐹𝑡𝑜, 𝑑 = 0,51. 40 1,8 = 11,33 Mpa b. Verificação da resistência a tração: = 11,33 . (150*100) = 170000 N 170 kN c. Tensão de tração atuante e verificação Nsdt = 97,6 kN 97,6 kN < 170 kN OK PASSOU 9.4. Banzo Inferior 9.4.1. Verificação da compressão flexo compressão (Seção 75x150) A peça será verificada em compressão se necessário flexocompressão, semelhante ao processo do banzo superior. As equações não serão ilustradas novamente, pois os cálculos foram feitos através da planilha em anexo no Microsoft Excel. Os cálculos seguirão a NBR 7190/2011. Dados de entrada Ns,d = 22,6kN = 22600 N Seção 150 x 75 mm Área = 11250 mm² Comprimento (Lo) = 1500 mm A seção de 75 x 150 mm passou na compressão e flexocompressão. Porém buscara-se uma seção mais econômica já que PASSOU COM FOLGA 9.4.2. Verificação da compressão flexo compressão (Seção 100x100mm) A seção de 100x100mm passou para compressão e flexocompressão.A seção de 100x 75 também passaria, porém para fins executivos na hora das ligações optou-se por uma largura igual a do banzo superior. 9.4.3. Verificação do banzo inferior a tração. a. Resistência de cálculo a tração 𝐹𝑡𝑜, 𝑑 = 0,51. 40 1,8 = 11,33 Mpa b. Verificação da resistência a tração: = 11,33 . (100.100) = 113300N 113,3 kN c. Tensão de tração atuante e verificação Nsdt = 19,7 kN 19000 19,7 kN < 113,3 kN OK PASSOU 9.5. Montante 9.5.1. Verificação da compressão flexo compressão (Seção 75x150) A peça será verificada em compressão se necessário flexocompressão, semelhante ao processo do banzo superior. As equações não serão ilustradas novamente, pois os cálculos foram feitos através da planilha em anexo no Microsoft Excel. A peça verificada será a peça de montante no meio da tesoura, que apresenta maior esforço e também maior altura, e para os demais montantes será adotado a mesma seção. Os cálculos seguirão a NBR 7190/2011. Dados de entrada Ns,d = 23,6kN = 23600 N Seção 150 x 75 mm Área = 11250 mm² Comprimento (Lo) = 2000 mm A seção passou as solicitações de compressão e flexocompressão buscara-se então uma seção mais econômica. 9.5.2. Montante seção econômica (7,5x10 cm) Passou referente as verificações com a seção econômica de 7,5x10 cm 9.5.3. Verificação do montante referente a tração a. Resistência de cálculo a tração 𝐹𝑡𝑜, 𝑑 = 0,51. 40 1,8 = 11,33 Mpa b. Verificação da resistência a tração: = 11,33 . (75.100) = 84975 N 84,97 kN c. Tensão de tração atuante e verificação Nsdt = 16,8 kN 16,8 kN < 63,73 kN OK PASSOU 9.6. Diagonal 9.6.1. Verificação da compressão e flexocompressão A peça será verificada em compressão se necessário flexocompressão, semelhante ao processo do banzo superior. As equações não serão ilustradas novamente, pois os cálculos foram feitos através da planilha em anexo no Microsoft Excel. Os cálculos seguirão a NBR 7190/2011. Dados de entrada Ns,d = 14,5 kN = 14500 N Seção 75 x 100 mm Área = 5625 mm² Comprimento (Lo) = 2190 mm 9.6.2. Verificação da diagonal referente a tração a. Resistência de cálculo a tração 𝐹𝑡𝑜, 𝑑 = 0,51. 40 1,8 = 11,33 Mpa b. Verificação da resistência a tração: = 11,33 . (75.100) = 84975 N 84,97 kN c. Tensão de tração atuante e verificação Nsdt = 16,9 kN 16,9 kN < 84,97 kN OK PASSOU 9.7. Deslocamento da treliça Para evitar a ocorrência de deformações excessivas deve ser verificado o deslocamento do elemento como um todo através do estado limite de serviço. O limite de deformação para o elemento é de L/300. Então, a flecha limite é 15000mm/300 = 50 mm A flecha imediata é obtida através da ferramenta Ftool. Deslocamento obtido: 5,74 mm < 50 mm OK passou! 10. CÁLCULO DA TERÇA As terças possuem espaçamentos de 1,55m entre si, a classe da madeira utilizada será a mesma que a da tesoura, D-40. Comprimento 3,125 m. Inclinação: 15°; Pré dimensionamento: 6x12 cm; 10.1. Cargas lineares. 10.1.1. Carga linear permanente A carga permanente consiste no peso próprio da terça, acrescido do peso da telha metálica utilizada na cobertura e o peso dos acessórios de ligação. Terças: 0,06 kN/m² Telhas: 0,0605 kN/m² Caibros e ligações: 0,04 kN/m² Fgk = (0,06 + 0,0605 + 0,04)kN/m² * 1,55 m= 0,248 kN/m 10.1.2. Carga linear acidental Corresponde a sobrecarga adotada de acordo com a NBR 8800, de 0,25 kN/m².A sobrecarga leva em consideração as instalações elétricas, hidráulicas entre outras peças que podem ser fixadas na cobertura. Portanto transformando em carga linear distribuída na terça Fqk =0,25 kN/m².1,55m = 0,375 kN/m 10.1.3. Carga referente a ação do vento Para o dimensionamento da terça a NBR CPE Médio = -1,4 Pressão dinâmica = 1,075 Os cpi’s então foram combinados com o cpe médio para buscar a maior força resultante.O Cp resultante está ilustrado abaixo. Todas as combinações resultaram em vento a sucção, a pior hipótese abaixo considerando o espaçamento de 1,55 metros e a pressão dinâmica. A imagem abaixo é ilustrativa, pois a força encontra-se distribuída nas terças Então, Fwk = 3,5 kN/m 10.2. Combinações de carga para terça: Serão feitas da mesma forma que para a tesoura, para o estado limite último e estado limite de serviço. Diferente no que foi feito para as tesouras, nas terças a força decomposta será a da sobrecarga e a do peso próprio, para ficarem no mesmo sentido que a do vento (atuando perpendicular a estrutura). 10.2.1. Combinações Para O Estado Limite Último (ELU) O coeficiente de ponderação da ação permanente será de γg = 1,0 , pois o vento a sucção exerce uma ação “favorável”, logo não majora-se a carga permanente. 10.2.2. Primeira combinação vento como ação principal secundária. Nesta combinação considera-se a ação permanente e a sobrecarga em sua totalidade em relação a do vento que receberá coeficientes de ponderação. Visivelmente está não será a pior hipótese, pois o vento está sendo minorado em relação às demais e ele apresenta uma força extremamente superior em relação a permanente e a sobrecarga, porém para fins de comprovação será feita. O coeficiente de ponderação do vento, está apresentado abaixo. A fórmula para o cálculo é: Fd = 𝛾g*Fgk + 𝛾q*Fqk + 𝛾w* ᴪ ∗ 𝛾q 𝛾g = 1,0 (sucção) 𝛾q = 1,5 (sobrecarga) 𝛾q = 1,4 (vento) ᴪ = 0,6 10.2.3. Ação permanente sobrecarga (reduzida) + vento a sucção A segunda combinação considera o vento como ação secundária principal e a sobrecarga reduzida. Porém para fins de segurança irá considerar-se como se a sobrecarga não estivesse atuando na estrutura (o que facilmente pode ocorrer) já que a sobrecarga por ter um efeito contrário do vento a sucção fará com que o esforço resultante seja menor. Fd = 𝛾g*Fgk + 𝛾w*0,75 ∗ 𝛾q 𝛾g = 1,0 (sucção) 𝛾w = 1,4 (vento) Como já citado anteriormente a segunda hipótese é maior, pois a mesma considera o vento majorado. 10.2.4. Combinação principal Considera a ação permanente e a sobrecarga atuando na estrutura. 10.2.5. Combinações para o estado limite de serviço (ELS) Essa combinação considera a ação permanente e a sobrecarga acidental. O estado limite de serviço é utilizado no controle de deformações das estruturas. 10.2.5.1. Ação permanente + sobrecarga reduzida. A nbr 8681, considera os coeficientes de ponderação das ações seja igual a 1,0. O coeficiente de minoração está expresso na tabela abaixo: 10.3. Resultado e diagramas de esforços da terça Analisando as maiores forças já resultantes das combinações, simplificarei aa analise dos esforços de forma lógica. A combinação principal (que desconsidera o vento) para o estado limite último gerou maior força em x. A combinação 2 para o estado limite último que desconsidera a sobrecarga, somente o vento a sucção gerou maior força em y, portanto. 10.3.1. Análise combinação 3 (elu) na direção x: Cortante Momento 10.3.2. Análise combinação 2 (elu) na direção y: Cortante Momento 10.3.3. Maiores esforços 10.4. Dimensionamento da terça A terça por ser um elemento que trabalha como uma viga, será verificada para flexão, cisalhamento, flambagem lateral e flecha. Dados: Kmod = 0,51 Fcod = 14,57 Mpa Fto,d = 11,33 Mpa Fvo,d = 0,12*fco,d = 1,7484 Mpa Eco,f = 19500 * 0,51 = 9945 Mpa 10.4.1. Parâmetros eixo X Momento = 4,2 kN.m 420 kN.cm Cortante = 5,4 kN Wx = (6 x 12²)/6 = 144 cm³ 10.4.2. Parâmetros eixo Y Momento 0,3 kN.m 30 kN.cm Cortante = 0,4 kN Wx = (12 x 6²)/6 = 72 cm³ 10.5. Flexão obliqua Onde, Km = 0,7 Peça retângular σ Mx,d = 𝑀𝑥𝑑 𝑊𝑥 = 420 144 = 2,91 kN/cm² σ My,d = 𝑀𝑦𝑑 𝑊𝑦 = 30 72 = 0,4166 kN/cm² Portanto σ 𝑀𝑥,𝑑 𝐹𝑤𝑑 +Km. σMy,d 𝐹𝑤𝑑 2,91 1,457 +0,7. 0,4166 1,457 = 2,02 NÃO PASSOU Km. σ 𝑀𝑥,𝑑 𝐹𝑤𝑑 + σMy,d 𝐹𝑤𝑑 0.7. 2,91 1,457 + 0,4166 1,457 = 1,68 NÃO PASSOU Como não passou a dimensão do pré dimensionamento, adotou-se outra.Que seguiu os mesmos passos do cálculo só que os mesmos foram realizados em uma tabela do Excel. 10.6. Verificação da estabilidade lateral A estabilidade lateral é calculada de acordo com o item 5.5.5 da Norma NBR 7190/2011. Relação h/b = 12,5/12,5 = 1 Retirar valor para BM, no caso 6,0, como ilustrado na tabela abaixo. A relação a ser atendida é Onde: L = 3125 mm Eco,ef = 9945 Mpa B = 125 mm Fco,d = 14,57 Mpa L/b = 25 BM = 6 Ecoef/Bm.Fcod = 113,76 𝟐𝟓 < 133,76 Ok Passou! Conforme item da NBR 7190/2011, como foi respeitada a condição acima, não se faz necessário verificar a segurança em relação ao estado limite último de instabilidade lateral abaixo 10.7. Verificação ao cisalhamento Fvo,d = 1,7484 Mpa 0,1784 kN/cm² Td =1,5. √0,42+5,4² 12,5 𝑥 12,5 = 0,05198kN/cm² 0,05198 kN/cm² < 0,1784 OK PASSOU! 10.8. Verificação dos deslocamentos Serão verificados o deslocamento no eixo x, e no eixo y através do software Ftool, utilizando os carregamentos obtidos no Estado Limite de serviço. De acordo com o item 7.2.1.3 da NBR 7190 no caso de flexão obliqua as flechas podem ser verificadas separadamente para cada plano de flexão. Deslocamento máximo: L/300 3125/300 = 10,416 mm Deslocamento em Y 2,148 mm Deslocamento em x 0,55 mm Ambas as direções das peças passaram. A verificação acima é feita pelo método tradicional de vigas bi apoiadas, porém a NBR 7190 indica no item 7.2.1, que a flecha efetiva será a soma das flechas devido a fluência, a ação permanente e as ações acidentais ponderadas pelo coeficiente de fluência. 11. LIGAÇÕES E EMENDAS Serão calculadas as ligações entre os elementos que compõe a tesoura com o uso de parafusos e chapas métalicas. São verificadas para o maior esforço atuante na peça (compressão ou tração) para garantir, segurança ao deslizamento ou ao arranque. Diâmetro do parafuso: 19,1 mm Fyk = 250 Mpa Espessura da Chapa de aço: 6mm Resistência ao escoamento dos pinos fyd = 250 /1,1 = 227,27 Mpa Resistência ao embutimento: Feo,d = Fco,d = 14,57 Mpa 11.1. Emenda para o banzo superior Maior esforço (tração): 97,6 kN Dimensões: 150 x 100 mm. 11.1.1. Resistência limite do parafuso ao embutimento da madeira ou a flexão do parafuso: Deve-se verificar Onde o Blim é dado por: Blim = 1,25.√ 227,27 14,57 = 4,94 Mpa e Conforme figura abaixo a ligação do banzo superior será feita com duas chapas metálicas (uma de cada lado), com isso possuirá dois planos de corte,logo t = 50 mm. B = 50/15,9 = 3,14 3,14 < 4,94, Portanto verificar embutimento da madeira Rvd,1 = 0,5.50mm .19,1 mm.14,57 Mpa = 6,96 kN Onde Rvd,1 é para um plano de corte logo Rvd,2 = 6,96.2 = 13,9 kN Quantidade de pinos: Número de pinos = Ndt/Rvd,2 = 97,6/13,9 = 7,01 8 Pinos Espaçamento A NBR 7190 no item 6.5.1 traz uma série de critérios para as diferentes disposições que podem ser colocadas os parafusos.Seguirá conforme o detalhamento. 11.2. Emenda para o banzo inferior Maior esforço (compressão):22,6 kN. Dimensões: 100 x 100 mm. As ligações do banzo inferior receberão os mesmos materiais que o banzo superior. 11.2.1. Resistência limite do parafuso ao embutimento da madeira ou a flexão do parafuso: Blim = 4,94 B = 50/15,9 = 3,14 Então, deverá ser verificada por: Rvd,1 = 0,5.50mm .19,1 mm.14,57 Mpa = 6,96 kN Onde Rvd,1 é para um plano de corte logo Rvd,2 = 6,96.2 = 13,9 kN Quantidade de pinos: Número de pinos = Ndt/Rvd,2 = 22,6/13,9 = 1,62 2 Pinos 11.3. Emenda para a montante Maior esforço (compressão): 23,6 kN. Dimensões: 75 x 100 mm. 11.3.1. Resistência limite do parafuso ao embutimento da madeira ou a flexão do parafuso: Blim = 4,94 B = 50/15,9 = 3,14 Então, deverá ser verificada por: Rvd,1 = 0,5.50mm .19,1 mm.14,57 Mpa = 6,96 kN Onde Rvd,1 é para um plano de corte logo Rvd,2 = 6,96.2 = 13,9 kN Quantidade de pinos: Número de pinos = Ndt/Rvd,2 = 23,6/13,9 = 1,69 2 Pinos 11.4. EMENDA PARA A DIAGONAL Esforço de tração: 16,9 kN. Dimensões: 75 x 100 mm. 11.4.1. Resistência limite do parafuso ao embutimento da madeira ou a flexão do parafuso: Blim = 4,94 B = 50/15,9 = 3,14 Então, deverá ser verificada por: Rvd,1 = 0,5.50mm .19,1 mm.14,57 Mpa = 6,96 kN Onde Rvd,1 é para um plano de corte logo Rvd,2 = 6,96.2 = 13,9 kN Quantidade de pinos: Número de pinos = Ndt/Rvd,2 = 16,9/13,9 = 1,21 2 Pinos 12. DETALHAMENTO DAS LIGAÇÕES Detalhamento 01: Ligação do banzo superior Detalhamento 02:Ligação do banzo inferior Detalhamento 03: Ligação do banzo superior com montante e diagonal Detalhamento 04: Ligação do banzo inferior com montante e diagonal Detalhamento 05: Ligação do Nó da cumeeira. Detalhamento 06: Ligação entre banzos e engastamento da tesoura na viga Detalhamento 07: Ligação no centro entre banzo inferior montante e diagonais Representação da estrutura (tesouras e terças) 3D: Representação do contraventamento Representação da estrutura do galpão Vista do galpão finalizado 13. PESO PRÓPRIO DA ESTRUTURA: O peso total da estrutura de madeira sem considerar as ligações é de aproximadamente 9240,91 kg. 14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS As normas utilizadas no dimensionamento: 7190:2011 – Projetos de estruturas de madeira 6123:1988 – Forças devido ao vento 8681:2003 – Ações e segurança nas estruturas 8800:2008 – Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. Diversos materiais de apoio oferecidos para a disciplina de Aço e Madeira I.
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