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ESTUDO DE CASO - 10 princípios da Economia

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CAPÍTULO 1 – DEZ PRINCÍPIOS DE ECONOMIA 
ESTUDO DE CASO 
 ADAM SMITH TERIA AMADO A UBERi 
 
 Se você nunca viveu em uma economia centralizada, mas já tentou chamar um táxi em uma 
cidade grande, provavelmente conheceu um mercado altamente regulado. Em muitas cidades, 
o governo local impõe controles rigorosos ao serviço de táxis. Geralmente, as regras vão muito 
além da regulação do seguro obrigatório e de itens de segurança. O governo pode, por exemplo, 
limitar a entrada no mercado, aprovando apenas um determinado número de permissões de 
táxi. Isso pode determinar os preços que os carros cobram. O governo utiliza seus poderes 
políticos – isto é, a ameaça de multa ou prisão – para manter motoristas não autorizados fora 
das ruas e para evitar que os motoristas cobrem valores acima dos permitidos. Recentemente, 
no entanto, esse mercado altamente controlado foi invadido por uma força perturbadora: a 
Uber. Lançada em 2009, essa companhia fornece um aplicativo para smartphones que conecta 
passageiros e motoristas. Como os veículos da Uber não andam pelas ruas procurando por 
pedestres que precisam de táxis, tecnicamente eles não são táxis e, portanto, não estão sujeitos 
às mesmas regulamentações. Só que oferecem o mesmo serviço. De fato, as corridas de Uber 
em geral são mais convenientes. Em um dia frio ou chuvoso, quem quer ficar na calçada 
esperando por um táxi vazio? É mais prazeroso aguardar internamente onde se está, usar seu 
smartphone para providenciar o automóvel (“carona remunerada”) e se manter quente e seco 
até o carro chegar. Os carros da Uber geralmente cobram menos do que os táxis, mas nem 
sempre. A Uber permite que os motoristas aumentem significativamente os preços quando 
houver um aumento de demanda, como durante uma tempestade repentina ou na noite de 
Ano-Novo, quando inúmeros foliões embriagados estão procurando uma maneira segura para 
chegar em casa. Os táxis regulamentados, por sua vez, geralmente não podem sobrepujar as 
tarifas tabeladas. Nem todo mundo gosta da Uber. Motoristas de táxi tradicionais reclamam que 
a nova concorrência corrói sua fonte de renda. Isto não é surpresa: fornecedores de bens e 
serviços normalmente não gostam de novos concorrentes, mas uma concorrência vigorosa 
entre fornecedores torna o mercado melhor para os consumidores. É por isso que os 
economistas amam a Uber. Uma pesquisa de 2014 realizada com vários economistas renomados 
averiguou se os serviços de veículos, como a Uber, aumentavam o bem-estar do consumidor. A 
resposta unânime foi sim. Os economistas também foram questionados se o chamado preço 
dinâmico2 aumentava o bem-estar do consumidor, e 85% deles concordou. O preço dinâmico 
faz os consumidores pagarem mais às vezes, mas, como os motoristas da Uber respondem a 
incentivos, isso também aumenta a quantidade de serviços prestados quando eles são mais 
necessários. O sobrepreço também ajuda a alocar os serviços aos consumidores que os 
valorizam mais e a reduzir os custos de busca e espera por um carro. Se Adam Smith estivesse 
vivo hoje, certamente teria o aplicativo da Uber em seu celular. 
i Uber é o logotipo da Uber Technologies, uma empresa multinacional intermediadora de 
serviços de transporte privado urba- no, mediante a utilização de um aplicativo de celular (APP) 
que permite o contato e a utilização de automóveis particulares. Popularmente, é conhecida 
como O Uber, bem como o serviço de “carona remunerada”. (NRT) 2. Preço dinâmico é o 
mecanismo de oscilação de preços, para cima ou para baixo, que regula a demanda de corridas 
à oferta de motoristas, utilizado pela Uber. (NRT)

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