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Sistema Genital Feminino Profª. Cristiane Barbosa D’Oliveira O Sistema Genital Feminino é constituído por um conjunto de órgãos internos, localizados na pelve, e pela genitália externa. Os órgãos internos são os ovários, as tubas uterinas o útero e a vagina. A genitália externa compreende o monte do púbis, os lábios maiores, os lábios menores, o clitóris, o vestíbulo da vagina, o óstilo externo da uretra e o óstilo vaginal. Podendo incluir glândulas mamárias, uma vez que seu desenvolvimento e seu estado funcional estão diretamente relacionados com a atividade hormonal do sistema genital feminino. 1) Ovário 1) Ovário Os ovários são um par de órgãos medindo cerca de 3cm cada. A porção central do ovário, a região medular ou medula, contém tecido conjuntivo frouxo, com vasos sanguíneos relativamente grandes e contorcidos, vasos linfáticos e nervos. A sua porção periférica, a região cortical ou córtex, circunda a medula e contém os folículos ovarianos, incluindo em um tecido conjuntivo compacto e altamente celular. No estroma que circunda os folículos estão presentes fibras musculares lisas. A superfície do ovário é revestida por uma única camada de células cúbicas ou pavimentosas, conhecidas como epitélio germinativo. Os ovários têm duas funções inter-relacionadas: 1) A produção de gametas (gametogênese) 2) A produção de esteróides (Esteroidogênese). Na mulher, a produção de gametas é chamadas ovogênese. Os gametas em desenvolvimento são chamados de ovócitos; os gametas maduros são chamados óvulos. Os hormônios esteróides secretados pelos ovários funcionam na regulação da maturação dos ovócitos bem como no desenvolvimento e na maturação dos órgãos genitais, dos caracteres sexuais secundários e das glândulas mamárias. Folículos Ovarianos Cada folículo ovariano contém um ovócito, que se encontra incluído no estroma do córtex do ovário. Seu tamanho indica o estado de desenvolvimento do ovócito. Podem ser identificados 3 tipos básicos de folículos ovarianos: 1) Folículo primário ou primordial 2) Folículo em Crescimento 3) Folículo Maduro ou de De Graaf Os folículos primordiais são os que predominam. Estas diferentes fases de desenvolvimento, são acompanhadas por mudanças morfológicas, celulares e fisiológicas, podendo-se destacar a produção de hormônios ovarianos (essenciais à função reprodutora), testosterona (precursor para o estrogênio) e produção de progesterona. Os primeiros estágios da ovogênese ocorrem durante o início da vida fetal, com divisões mitóticas das ovogônias. Os ovócitos presentes ao nascimento têm seu desenvolvimento interrompido na primeira divisão meiótica. Quando as meninas entram na puberdade, os ovários iniciam uma fase de atividade reprodutiva que se caracteriza pelo crescimento e amadurecimento cíclicos de pequenos grupos de folículos. Em geral, a primeira ovulação só ocorre um ano ou mais após a menarca (início da fase reprodutiva, marcada pelo início dos ciclos menstruais). A partir daí inicia-se um ciclo de amadurecimento folicular e de ovulação que continua por um período de 30 a 40 anos, paralelamente ao ciclo menstrual. Normalmente, em cada ciclo menstrual, apenas um ovócito atinge maturação completa, sendo liberado pelo ovário. Durante a vida reprodutiva, a mulher produz aproximadamente 400 ovócitos enquanto a maioria dos 400.000 ovócitos presentes ao nascimento não amadurecem e degeneram gradualmente através da atresia folicular (processo em que ocorre a degeneração e o desaparecimento dos folículos ovarianos, sem que estes completem seu amadurecimento completo). Os poucos ovócitos que permanecem, na menopausa, degeneram em poucos anos. Ovulação Processo pelo qual um ovócito é liberado do folículo ovariano. Não é adequado denominar o ovócito de óvulo nessa etapa, pois ainda não completou a meiose. A ovulação ocorre devido à ruptura do folículo totalmente maduro. Um pouco antes da ovulação, cessa o fluxo sanguíneo em uma pequena área da superfície do ovário, abaulada pelo folículo ovariano. Esta área do epitélio superficial, conhecida como mácula pelúcida, zona pelúcida ou estigma, eleva-se e rompe-se. Em 1 ou 2 minutos, o ovócito, junto com outros materiais e células, é expelido do folículo rompido, passando em seguida para o óstilo da tuba uterina. As fimbrias da tuba uterina aproximam-se da superfície do ovário e transportam o ovócito para o interior dela, não permitindo que ele caia na cavidade peritoneal. Ovogênese, amadurecimento do ovócito e fertilização Durante o início da vida fetal, as células germinativas primordiais transformam-se em ovogônias e proliferam rapidamente por divisão mitótica. De 3 à 5 milhões de ovogônias aumentam de tamanho, formando os ovócitos primários. Os ovócitos primários nos folículos primordiais começam a primeira divisão meiótica antes do nascimento, mas este processo é interrompido no estágio de diploteno. Na puberdade, grupos de folículos começam seu desenvolvimento cíclico e retomam as divisões meióticas. A prófase da primeira divisão meiótica só se completa um pouco antes da ovulação do folículo maduro. Alguns ovócitos interrompem sua prófase da 1ª divisão meiótica por 45 anos ou mais. Quando se completa a 1ª divisão meiótica (divisão reducional) no folículo maduro, cada uma das células- filhas do ovócito primário recebe quantidade igual de cromatina, mas apenas uma delas recebe a maior parte do citoplasma e transformam-se no ovócito secundário. A outra célula-filha que recebe uma quantidade mínima de citoplasma torna-se o primeiro corpúsculo polar. Quando o ovócito secundário, circundado pelas células da conona radiata, dai do folículo durante a ovulação, está em andamento a segunda divisão meiótica (divisão equacional). Esta divisão é interrompida na metáfase e não se completa se o ovócito secundário não for penetrado por um espermatozóide. Se ocorrer a fertilização, o ovócito secundário completa a 2ª divisão meiótica e forma o óvulo maduro, cujo pró-núcleo feminino contém um conjunto de 23 cromossomos maternos. A outra célula produzida nessa divisão é um segundo corpúsculo polar. Em humanos, o primeiro corpúsculo polar não se divide, desta maneira, o ovócito fertilizado pode ser reconhecido pelo aparecimento do segundo corpúsculo polar. Os corpúsculos polares, incapazes de continuar o desenvolvimento, sofrem degeneração. O núcleo da cabeça do espermatozóide que entrou no ovócito secundário forma um pró-núcleo que contém 23 cromossomas paternos. Após a fusão dos dois pró-núcleos, o zigoto resultante, com seu complemento diplóide (2n) e de 46 cromossomos, sofre uma divisão mitótica ou primeira clivagem. Este estágio de duas células marca o início do ovo ou zigoto. Para fertilizar um ovócito, o espermatozóide deve atravessar a corona radiata, a zona pelúcida e penetrar na membrana plasmática do ovócito. Ao penetrar na membrana plasmática do ovócito, o espermatozóide fertilizador provoca uma série de reações e modificações, que impedem que outros espermatozóides se fundam com o óvulo e nele penetrem. Após a ovulação, o ovócito secundário permanece viável por um período de aproximadamente 24 horas. Se não ocorrer a fertilização durante este período, o ovócito secundário degenera no trajeto pela tuba uterina. Corpo lúteo Na ovulação, a parede folicular, constituída pelas células da granulosa e células da teca remanescentes, forma pregas mais profundas à medida que o folículo se retrai e transforma- se no corpo lúteo ou glândula luteínica. Quando o corpo lúteo começa a se formar, os vasos sanguíneos e linfáticos provenientes da teca interna crescem rapidamentepara a camada da granulosa, estabelecendo uma rica rede vascular no corpo lúteo. Esta estrutura altamente vascularizada, situada no córtex do ovário, secreta progesterona e estrogênio. Estes hormônio estimulam o crescimento e a atividade de secreção do revestimento do útero, o endométrio, preparando-o para a implantação do zigoto em desenvolvimento, em caso de fertilização. Em caso de fertilização, o tamanho do corpo lúteo aumenta, formando o corpo lúteo gravídico. O desenvolvimento cíclico dos folículos ovarianos é então interrompido pela progesterona produzida pelo corpo lúteo. O corpo lúteo permanece ativo na produção de progesterona e de estrogênio por toda a gestação, mesmo que outros tecidos tornem-se fontes principais desses hormônios. Se a fertilização e a implantação não ocorrerem, o corpo lúteo permanece ativo somente por 14 dias, neste caso é chamado corpo lúteo menstrual. Glândula Intersticial Os ovários de alguns mamíferos contém algumas células, espalhadas no estroma cortical, que se parecem com as células teca-luteínicas. Essas células intersticiais são identificadas, em seu conjunto, como glândulas intersticial. A formação da glândula intersticial é maior nos animais que tem grandes ninhadas. No ovário humano, há um número relativamente pequeno de células intersticiais. Seu número é maior no primeiro ano de vida e durante as primeiras fases da puberdade, correspondendo aos períodos de aumento de atrasia folicular . Em humanos, é provável , que as células intersticiais sejam uma fonte importante dos estrogênios que influenciam o crescimento e o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários durante as primeiras fases da puberdade. Em outras espécies, ficou demonstrado que essas células produzem progesterona. Irrigação sanguínea, drenagem linfática e inervação As artérias ovarianas, que penetram nos ovários através dos ligamentos suspensórios, são a principal fonte de irrigação sanguínea arterial dos ovários e das tubas uterinas. Na região cortical do ovário, redes de vasos linfáticos situados nas camadas da teca circulam os grandes folículos em desenvolvimento e folículos atrésicos e os corpos lúteos. Esses vasos seguem o percurso das artérias ovarianas na sua ascensão para os linfonodos lombares aórticos laterais. As fibras nervosas sensoriais e autônomas que inervam o ovário são transportadas pelo plexo ovariano e pelos nervos uterinos. As fibras sensoriais, que alcançam o ovário através do plexo ovariano, tem seu pericário localizado nos gânglios da raiz dorsal do 10º a 11º nervo espinhal torácico. A “dor do ovário” é referida na área de distribuição dos nervos espinhais. Regulação hormonal do ciclo ovariano Durante cada ciclo menstrual, o ovário sofre alterações cíclicas, atravessando a fase folicular e uma fase luteínica, que são separadas pela ovulação. No início da fase folicular, um pequeno número (10 a 20) de folículos primários começam a desenvolver-se sob a influencia do FSH e do LH, hormônios gonadotróficos liberados pela adeno-hipófise. O FHS estimula as células da granulosa e as células da teca a secretarem hormônios esteróides, principalmente estrogênio. No fim da fase folicular, antes da ovulação, os níveis de progesterona começam a elevar-se sob a influencia do LH. Ovidutos 2) Ovidutos Os ovidutos, que é também denominado tuba uterina ou trompa de falópio, transporta os ovócitos do ovário para o útero, proporcionando o meio necessário para a fertilização e o desenvolvimento inicial do concepto, na sua passagem para o estágio de mórula. Uma das extremidades da tuba é adjacente ao ovário e se abre para a cavidade peritoneal; a outra extremidade comunica-se com a cavidade uterina. Cada tuba tem aproximadamente 10 a 12cm de comprimento, podendo ser dividida em quatro segmentos, a olho nu: infundíbulo (fímbrias da tuba), ampola, ístimo e segmento intramural. A parede do oviduto assemelha-se à parede de qualquer outra víscera oca, sendo constituída por uma túnica mucosa interna, uma túnica muscular intermediária e uma túnica serosa externa (peritônio). As células ciliadas são mais numerosas no infundíbulo e na ampola. As células não ciladas, em forma de clava, são secretoras e podem fornecer material nutritivo para o ovo. Quando o ovócito é liberado, as células ciliadas do infundíbulo “varrem-no” para o óstio do oviduto, impedindo-o assim, de cair na cavidade peritoneal; seu transporte ao longo do oviduto é feito, rapidamente, por contração peristálticas. A fertilização geralmente ocorre na ampola. O ovo permanece no oviuto durante cerca de 3 dias antes de passar para o útero. Útero 3) Útero O útero é a parte do sistema genital da fêmea que recebe a mórula (produto da fertilização) do oviduto. Nele ocorre todo o desenvolvimento embrionário e fetal subsequente; sofre enormes transformações no tamanho e no desenvolvimento. O útero humano é um órgão oco em forma de pêra, localizado na pélve, entre a bexiga e o reto. A parede do útero é constituía por : a. Uma camada externa, a túnica serosa ou perimétrio b. Uma camada média, a túnica muscular ou miométrio c. Uma camada interna, a túnica mucosa ou endométrio O perimétrio é constituído por um mesotélio e uma lâmina de tecido conjuntivo frouxo. O miométrio é a camada mais espessa da parede do útero, é composta por três camadas, de músculo liso, indistintas. Durante a gravidez, o útero aumenta enormemente, e esse crescimento se deve, em primeiro lugar, à hipertrofia das células musculares lisas existentes. Durante toda a vida reprodutiva, o endométrio sofre alterações cíclicas que o preparam para a implantação do zigoto e para os eventos subsequentes, necessários a sustentação do desenvolvimento embrionário e fetal. O fim de cada ciclo caracteriza-se pela destruição do endométrio. Essas alterações são acompanhadas pelo sangramento dos vasos situados na mucosa. A eliminação do tecido e sangue pela vagina (de 3-5 dias) é conhecida como menstruação ou fluxo menstrual. No endométrio, foram identificadas duas camadas, ou zonas, que diferem em termos de estrutura e função. A porção mais espessa, que se desprende na menstruação, é a camada funcional. A porção que se mantém é a camada basal. O endométrio passa por uma sequência de alterações morfológicas e funcionais a cada ciclo menstrual. Para fins de descrição, podem ser identificadas três fases sucessivas: a proliferativa, a secretora e a menstrual. A fase proliferativa é concomitante ao amadurecimento folicular e é influenciada pelos estrogênios que estão produzidos. A fase secretora coincide com a atividade funcional do corpo lúteo e é influência sobretudo pela progesterona em produção. A fase menstrual começa quando declina a produção de hormônio pelo ovário, com a degeneração do corpo lúteo. Ciclo gravídico Se ocorrer fertilização e subsequentemente implantação, a descamação do endométrio é retardada até após o parto. A medida que o blastócito vai se implantando na mucosa uterina, no início da segunda semana, as células do córion começam a secretar HCG. O HCG mantém o corpo lúteo e estimula-o a continuar a produção de progesterona e de estrogênios. Portanto, a descamação do endométrio é evitada e o seu desenvolvimento avança durante as primeiras semanas de gestação. Implantação Durante a gravidez, a porção do endométrio que sofre alterações morfológicas é chamada decídua ou decídua da gravidez. A decídua compreende todas as camadas do endométrio, com exceção das mais profunda. São identificadas três diferentes regiões da decídua, segundo sua relação com o local de implantação. A decídua basal é aporção do endométrio situada entre o local de implantação e a luz uterina. A decídua pariental compreende o restante do endométrio e da cérvice uterina. Por volta do fim do 3º mês, o feto está crescido a tal ponto que a decídua capsular funde-se com a decídua parietal, fechando assim a cavidade uterina. Por volta da 13º dia de desenvolvimento, já está formado um espaço extra-embrionário a cavidade coriônica. As camadas celulares que formam o limite externo desta cavidade são chamadas, em seu conjunto, de córion. As membranas mais internas que envolvem o embrião dão chamadas de âmnio. Placenta A placenta é constituída por uma porção fetal, formada pelo córion, e por uma porção materna, formada pela decídua basal. As duas porções participam de uma troca fisiológica de substancias entre a circulação materna e fetal. No inicio do desenvolvimento, os vasos sanguíneos das vilosidades unem-se aos vasos sanguíneos do embrião. O sangue começa a circular através do sistema cardiovascular primitivo e das vilosidades com aproximadamente 21 dias. Os espaços situados entre as vilosidades são os locais de troca de nutrientes, de produtos metabólicos intermediários e de resíduos entre os sistemas circulatórios da mãe e do feto. Com exceção das rupturas relativamente raras das paredes dos capilares, que são mais comuns no parto, há separação entre o sangue fetal e o materno. Essa separação, denominada barreira placentária, é mantida sobretudo pelas camadas de tecido fetal. Ao término da gestação, a placenta, desprende-se do útero aproximadamente 30 minutos após o nascimento da criança. São eliminados a porção fetal inteira e as projeções do tecido decidual localizadas de permeio. O fluxo sanguíneo através da placenta está intimamente relacionado com suas funções principais, como a produção de metabólitos, de hormônios, trocas de gases e de produtos metabólicos entre os sistemas circulatórios materno e fetal. Normalmente há uma transferência de água, dióxido de carbono, resíduos metabólitos e hormônios do sangue fetal para o materno, passando em direção oposta água, oxigênio, metabólitos, eletrólitos, vitaminas, hormônios e alguns anticorpos. A barreira placentário não exclui muitos agentes potencialmente nocivos, como vírus, drogas, hormônios e metais. A placenta também funciona como um órgão endócrino. A placenta humana produz dois hormônios esteróides (progesterona e estrogênio) e quatro hormônios peptídicos. Vagina 4) Vagina Órgão fibromuscular que se estende da cérvice ao vestíbulo, que está localizada entre os lábios menores. Na mulher virgem, a sua barreira é circundada pelo hímen, formado por dobras de mucosa que se estendem para a luz vaginal. A parede da vagina é constituída por uma túnica mucosa interna, uma túnica muscular intermediária e uma túnica adventícia externa. A mucosa vaginal tem numerosas pregas transversais ou rugas e é revestida por epitélio pavimentoso estratificado. Não contém glândulas. A superfície da vagina é lubrificada pelo muco proveniente da cérvice. Seu epitélio sofre alterações cíclicas durante o ciclo menstrual. A túnica muscular vaginal está organizada em duas camadas de músculo liso, uma camada longitudinal externa e uma camada circular interna. A túnica adventícia vaginal está organizada em duas camadas internas e externa de tecido conjuntivo frouxo. Genitália Externa 5) Genitália Externa Na fêmea, a genitália externa é conhecida como vulva. Suas partes são: monte de púbis, lábios menores, lábios maiores, clitóris, vestíbulo da vagina e sua glândulas e óstio da uretra e da vagina. A superfície de todas essas estruturas é recoberta por um epitélio pavimentoso estratificado. O Monte do Púbis, proeminência arredondada, é formada por tecido adiposo subcutâneo. Dele saem duas grandes pregas cutâneas longitudinais da pele, os lábios menores, que formam os limites laterais da fenda urogenital. Tanto nos lábios maiores quanto nos lábios menores estão presentes em um grande número de glândulas sebáceas. O clitóris é uma estrutura erétil homóloga ao pênis. Seu corpo é composto por dois pequenos corpos eréteis: os corpos cavernosos; e a glande do clitóris é um tubérculo pequeno e redondo de tecido erétil. No vestíbulo, estão presentes numerosas glândulas mucosas, algumas são homologas às glândulas bulbouretrais do macho. Trata-se de glândulas túbulo alveolares que secretam um muco lubrificante. Na genitália externa estão presentes numerosas terminações nervosas sensoriais, Os sinais sensoriais proveniente dessas terminações nervosas desempenham papel importante na resposta fisiológica durante o estímulo sexual. Glândulas Mamárias 6) Glândulas Mamárias As glândulas mamárias ou mamas são uma característica típica dos mamíferos. Evoluíram como órgãos produtores de leite para proporcionarem nutrição à prole. No homem as glândulas mamárias permanecem rudimentares. Na mulher, essas glândulas sofrem posterior desenvolvimento sob influencia hormonal. A secreção e a produção do leire é induzida pela prolactina secretada pela hipófise e pela somatomamotrofina proveniente da placenta. A glândula mamária do adulto é constituída por 15 a 20 lobos irregulares de glândulas tuboloalveolares ramificadas. Esses lobos, separados por faixas fibrosas de tecido conjuntivo, irradiam-se a partir do mamilo ou papila mamária e subdividem- se em numerosos lóbulos. As glândulas tubuloalveolares, derivadas de glândulas sudoríparas modificadas da epiderme, situam-se no tecido subcutaneo. Cada glândula termina em um ducto laticífero, que se abre através de um orifício muito pequeno no mamilo. Mamilo e aréola A epiderme do mamilo e da aréola é muito pigmentada e um tanto enrugada. É revestida por epitélio pavimentoso estratificado queratinizado. Na porção mais profunda da aréola e do mamilo, há feixes de fibras musculares lisas em disposição radial e circunferência no tecido conjuntivo denso e longitudinal ao longo dos ductos lactíferos. Essas fibras musculares permitem que o mamilo fique ereto em resposta a vários estímulos Glândulas mamárias ativas – gestação e lactação As glândulas mamárias sofrem intensa proliferação e desenvolvimento durante a gestação, como preparação para a lactação. Essas alterações no tecido glandular são acompanhadas por diminuição na quantidade de tecido conjuntivo e do tecido adiposo. A medida que a mama se desenvolve, o componente fibroso do seu tecido conjuntivo é invadido por plasmócitos, lnfócitos e eosinófilos. A medida que as células proliferam por divisão mitótica, os ductos ramificam-se e os alvéolos começam a desenvolver-se. Nos estágios finais da gestação, o desenvolvimento alveolar fica mais evidente. A proliferação efetiva das células glandulares declina e ocorre o subsequente aumento da mama através da hipertrofia das células secretoras e do acúmulo do produto da secreção nos ductos alveolares. As células secretoras produzem dois produtos distintos, liberados por mecanismos diferentes. O componente protéico do leite é sintetizado no retículo endoplasmático rugoso. O componente lipídico do leito origina-se como gotículas lipídicas livres no citoplasma. O leite liberado nos primeiros dias pós-parto é conhecido como colostro. Tem pouco conteúdo lipídico, mas contém grande quantidade de anticorpos quem podem conferir ao recém nascido algum grau de imunidade passiva. Questões para fixação: 1) Que órgãos fazem parte da pelve feminina? 2) Qual a função dos ovários? 3) O que separa a fase folicular da fase luteínica? 4) Explique a ovogênese. 5) Quais os tipos de folículos ovarianos?6) O que é corpo lúteo? 7) Que características encontramos nas células dos ovidutos? 8) Quais as túnicas formadoras do útero? 9) Quais tecidos constituem a placenta? 10)Como são estruturadas as glândulas mamárias?
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