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Sistema genital feminino

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Sistema Genital 
Feminino 
Profª. Cristiane Barbosa D’Oliveira 
O Sistema Genital Feminino é constituído por um conjunto de órgãos 
internos, localizados na pelve, e pela genitália externa. 
 
Os órgãos internos são os ovários, as tubas uterinas o útero e a vagina. 
A genitália externa compreende o monte do púbis, os lábios maiores, os 
lábios menores, o clitóris, o vestíbulo da vagina, o óstilo externo da uretra 
e o óstilo vaginal. 
 
Podendo incluir glândulas mamárias, uma vez que seu desenvolvimento 
e seu estado funcional estão diretamente relacionados com a atividade 
hormonal do sistema genital feminino. 
1) Ovário 
1) Ovário 
Os ovários são um par de órgãos 
medindo cerca de 3cm cada. 
 
A porção central do ovário, a região 
medular ou medula, contém tecido 
conjuntivo frouxo, com vasos sanguíneos 
relativamente grandes e contorcidos, 
vasos linfáticos e nervos. 
A sua porção periférica, a região cortical ou córtex, circunda a 
medula e contém os folículos ovarianos, incluindo em um tecido 
conjuntivo compacto e altamente celular. 
 
No estroma que circunda os folículos estão presentes fibras 
musculares lisas. 
A superfície do ovário é revestida por uma única camada de células 
cúbicas ou pavimentosas, conhecidas como epitélio germinativo. 
Os ovários têm duas funções inter-relacionadas: 
1) A produção de gametas (gametogênese) 
2) A produção de esteróides (Esteroidogênese). 
Na mulher, a produção de gametas é chamadas ovogênese. Os 
gametas em desenvolvimento são chamados de ovócitos; os 
gametas maduros são chamados óvulos. 
 
Os hormônios esteróides secretados pelos ovários funcionam na 
regulação da maturação dos ovócitos bem como no 
desenvolvimento e na maturação dos órgãos genitais, dos 
caracteres sexuais secundários e das glândulas mamárias. 
Folículos Ovarianos 
Cada folículo ovariano contém um ovócito, que se encontra incluído no estroma do 
córtex do ovário. Seu tamanho indica o estado de desenvolvimento do ovócito. 
 
Podem ser identificados 3 tipos básicos de folículos ovarianos: 
 
1) Folículo primário ou primordial 
2) Folículo em Crescimento 
3) Folículo Maduro ou de De Graaf 
 Os folículos primordiais são os que predominam. 
 
 Estas diferentes fases de desenvolvimento, são acompanhadas por mudanças 
morfológicas, celulares e fisiológicas, podendo-se destacar a produção de 
hormônios ovarianos (essenciais à função reprodutora), testosterona (precursor 
para o estrogênio) e produção de progesterona. 
Os primeiros estágios da ovogênese ocorrem durante 
o início da vida fetal, com divisões mitóticas das 
ovogônias. Os ovócitos presentes ao nascimento têm 
seu desenvolvimento interrompido na primeira divisão 
meiótica. 
 
Quando as meninas entram na puberdade, os ovários iniciam uma fase de 
atividade reprodutiva que se caracteriza pelo crescimento e amadurecimento cíclicos 
de pequenos grupos de folículos. 
 
Em geral, a primeira ovulação só ocorre um ano ou mais após a menarca (início da 
fase reprodutiva, marcada pelo início dos ciclos menstruais). 
 
A partir daí inicia-se um ciclo de amadurecimento folicular e de ovulação que 
continua por um período de 30 a 40 anos, paralelamente ao ciclo menstrual. 
 
Normalmente, em cada ciclo menstrual, apenas um ovócito atinge maturação 
completa, sendo liberado pelo ovário. 
Durante a vida reprodutiva, a mulher produz aproximadamente 400 ovócitos 
enquanto a maioria dos 400.000 ovócitos presentes ao nascimento não 
amadurecem e degeneram gradualmente através da atresia folicular (processo 
em que ocorre a degeneração e o desaparecimento dos folículos ovarianos, 
sem que estes completem seu amadurecimento completo). 
 
Os poucos ovócitos que permanecem, na menopausa, degeneram em 
poucos anos. 
Ovulação 
Processo pelo qual um ovócito é liberado do 
folículo ovariano. 
 
Não é adequado denominar o ovócito de óvulo 
nessa etapa, pois ainda não completou a meiose. 
 
A ovulação ocorre devido à ruptura do folículo 
totalmente maduro. 
 
Um pouco antes da ovulação, cessa o fluxo 
sanguíneo em uma pequena área da superfície do 
ovário, abaulada pelo folículo ovariano. 
Esta área do epitélio superficial, conhecida como mácula pelúcida, zona pelúcida 
ou estigma, eleva-se e rompe-se. 
 
Em 1 ou 2 minutos, o ovócito, junto com outros materiais e células, é expelido do 
folículo rompido, passando em seguida para o óstilo da tuba uterina. 
 
As fimbrias da tuba uterina aproximam-se da superfície do ovário e transportam o 
ovócito para o interior dela, não permitindo que ele caia na cavidade peritoneal. 
Ovogênese, amadurecimento do ovócito e 
fertilização 
Durante o início da vida fetal, as células germinativas primordiais transformam-se 
em ovogônias e proliferam rapidamente por divisão mitótica. 
 
De 3 à 5 milhões de ovogônias aumentam de tamanho, formando os ovócitos 
primários. 
Os ovócitos primários nos folículos 
primordiais começam a primeira 
divisão meiótica antes do nascimento, 
mas este processo é interrompido no 
estágio de diploteno. 
 
Na puberdade, grupos de folículos 
começam seu desenvolvimento cíclico 
e retomam as divisões meióticas. 
 
A prófase da primeira divisão 
meiótica só se completa um pouco 
antes da ovulação do folículo maduro. 
 
Alguns ovócitos interrompem sua 
prófase da 1ª divisão meiótica por 45 
anos ou mais. 
Quando se completa a 1ª divisão meiótica (divisão 
reducional) no folículo maduro, cada uma das células-
filhas do ovócito primário recebe quantidade igual de 
cromatina, mas apenas uma delas recebe a maior parte 
do citoplasma e transformam-se no ovócito secundário. 
 
A outra célula-filha que recebe uma quantidade mínima 
de citoplasma torna-se o primeiro corpúsculo polar. 
 
Quando o ovócito secundário, circundado pelas células 
da conona radiata, dai do folículo durante a ovulação, 
está em andamento a segunda divisão meiótica (divisão 
equacional). 
 
Esta divisão é interrompida na metáfase e não se 
completa se o ovócito secundário não for penetrado por 
um espermatozóide. 
Se ocorrer a fertilização, o ovócito secundário completa a 2ª divisão meiótica e 
forma o óvulo maduro, cujo pró-núcleo feminino contém um conjunto de 23 
cromossomos maternos. 
 
A outra célula produzida nessa divisão é um segundo corpúsculo polar. 
 
Em humanos, o primeiro corpúsculo polar não se divide, desta maneira, o ovócito 
fertilizado pode ser reconhecido pelo aparecimento do segundo corpúsculo polar. 
 
Os corpúsculos polares, incapazes de continuar o desenvolvimento, sofrem 
degeneração. O núcleo da cabeça do espermatozóide que entrou no ovócito 
secundário forma um pró-núcleo que contém 23 cromossomas paternos. 
 
Após a fusão dos dois pró-núcleos, o zigoto resultante, com seu complemento 
diplóide (2n) e de 46 cromossomos, sofre uma divisão mitótica ou primeira 
clivagem. 
 
Este estágio de duas células marca o início do ovo ou zigoto. 
Para fertilizar um ovócito, o espermatozóide deve atravessar a corona radiata, a 
zona pelúcida e penetrar na membrana plasmática do ovócito. 
 
Ao penetrar na membrana plasmática do ovócito, o espermatozóide fertilizador 
provoca uma série de reações e modificações, que impedem que outros 
espermatozóides se fundam com o óvulo e nele penetrem. 
 
Após a ovulação, o ovócito secundário permanece viável por um período de 
aproximadamente 24 horas. Se não ocorrer a fertilização durante este período, o 
ovócito secundário degenera no trajeto pela tuba uterina. 
Corpo lúteo 
Na ovulação, a parede folicular, constituída 
pelas células da granulosa e células da teca 
remanescentes, forma pregas mais profundas 
à medida que o folículo se retrai e transforma-
se no corpo lúteo ou glândula luteínica. 
 
Quando o corpo lúteo começa a se formar, 
os vasos sanguíneos e linfáticos provenientes 
da teca interna crescem rapidamentepara a 
camada da granulosa, estabelecendo uma 
rica rede vascular no corpo lúteo. 
Esta estrutura altamente vascularizada, situada no córtex do ovário, secreta progesterona e 
estrogênio. 
 
Estes hormônio estimulam o crescimento e a atividade de secreção do revestimento do 
útero, o endométrio, preparando-o para a implantação do zigoto em desenvolvimento, em 
caso de fertilização. 
Em caso de fertilização, o tamanho do corpo 
lúteo aumenta, formando o corpo lúteo 
gravídico. 
 
O desenvolvimento cíclico dos folículos 
ovarianos é então interrompido pela 
progesterona produzida pelo corpo lúteo. 
 
O corpo lúteo permanece ativo na produção 
de progesterona e de estrogênio por toda a 
gestação, mesmo que outros tecidos tornem-se 
fontes principais desses hormônios. 
 
Se a fertilização e a implantação não 
ocorrerem, o corpo lúteo permanece ativo 
somente por 14 dias, neste caso é chamado 
corpo lúteo menstrual. 
Glândula Intersticial 
Os ovários de alguns mamíferos contém algumas células, espalhadas no estroma 
cortical, que se parecem com as células teca-luteínicas. 
 
Essas células intersticiais são identificadas, em seu conjunto, como glândulas intersticial. 
 
A formação da glândula intersticial é maior nos animais que tem grandes ninhadas. 
No ovário humano, há um número relativamente pequeno de células intersticiais. Seu 
número é maior no primeiro ano de vida e durante as primeiras fases da puberdade, 
correspondendo aos períodos de aumento de atrasia folicular . 
 
Em humanos, é provável , que as células intersticiais sejam uma fonte importante dos 
estrogênios que influenciam o crescimento e o desenvolvimento dos caracteres sexuais 
secundários durante as primeiras fases da puberdade. 
 
Em outras espécies, ficou demonstrado que essas células produzem progesterona. 
Irrigação sanguínea, drenagem 
linfática e inervação 
As artérias ovarianas, que penetram nos ovários através dos ligamentos 
suspensórios, são a principal fonte de irrigação sanguínea arterial dos ovários e das 
tubas uterinas. 
 
Na região cortical do ovário, redes de vasos linfáticos situados nas camadas da 
teca circulam os grandes folículos em desenvolvimento e folículos atrésicos e os 
corpos lúteos. 
Esses vasos seguem o percurso das artérias ovarianas na sua ascensão para os 
linfonodos lombares aórticos laterais. 
 
As fibras nervosas sensoriais e autônomas que inervam o ovário são 
transportadas pelo plexo ovariano e pelos nervos uterinos. 
 
As fibras sensoriais, que alcançam o ovário através do plexo ovariano, tem seu 
pericário localizado nos gânglios da raiz dorsal do 10º a 11º nervo espinhal torácico. 
 A “dor do ovário” é referida na área de distribuição dos nervos espinhais. 
Regulação hormonal do ciclo ovariano 
Durante cada ciclo menstrual, o ovário sofre alterações cíclicas, atravessando a 
fase folicular e uma fase luteínica, que são separadas pela ovulação. 
 
No início da fase folicular, um pequeno número (10 a 20) de folículos primários 
começam a desenvolver-se sob a influencia do FSH e do LH, hormônios 
gonadotróficos liberados pela adeno-hipófise. 
 
O FHS estimula as células da granulosa e as células da teca a secretarem 
hormônios esteróides, principalmente estrogênio. 
 
No fim da fase folicular, antes da ovulação, os níveis de progesterona começam a 
elevar-se sob a influencia do LH. 
Ovidutos 
2) Ovidutos 
Os ovidutos, que é também denominado tuba uterina ou trompa de falópio, 
transporta os ovócitos do ovário para o útero, proporcionando o meio necessário 
para a fertilização e o desenvolvimento inicial do concepto, na sua passagem para 
o estágio de mórula. 
 
Uma das extremidades da tuba é adjacente ao ovário e se abre para a cavidade 
peritoneal; a outra extremidade comunica-se com a cavidade uterina. 
 
Cada tuba tem aproximadamente 10 a 12cm de comprimento, podendo ser 
dividida em quatro segmentos, a olho nu: infundíbulo (fímbrias da tuba), ampola, 
ístimo e segmento intramural. 
A parede do oviduto assemelha-se à parede 
de qualquer outra víscera oca, sendo 
constituída por uma túnica mucosa interna, 
uma túnica muscular intermediária e uma 
túnica serosa externa (peritônio). 
 
As células ciliadas são mais numerosas no 
infundíbulo e na ampola. As células não 
ciladas, em forma de clava, são secretoras e 
podem fornecer material nutritivo para o ovo. 
 
Quando o ovócito é liberado, as células 
ciliadas do infundíbulo “varrem-no” para o 
óstio do oviduto, impedindo-o assim, de cair 
na cavidade peritoneal; seu transporte ao 
longo do oviduto é feito, rapidamente, por 
contração peristálticas. 
 
A fertilização geralmente ocorre na ampola. 
O ovo permanece no oviuto durante cerca de 
3 dias antes de passar para o útero. 
Útero 
3) Útero 
O útero é a parte do sistema genital da fêmea que recebe a mórula (produto da 
fertilização) do oviduto. 
 
Nele ocorre todo o desenvolvimento embrionário e fetal subsequente; sofre 
enormes transformações no tamanho e no desenvolvimento. 
 
O útero humano é um órgão oco em forma de pêra, localizado na pélve, entre a 
bexiga e o reto. 
A parede do útero é constituía por : 
 
a. Uma camada externa, a túnica serosa ou perimétrio 
b. Uma camada média, a túnica muscular ou miométrio 
c. Uma camada interna, a túnica mucosa ou endométrio 
 
O perimétrio é constituído por um mesotélio e uma lâmina de tecido conjuntivo 
frouxo. 
 
O miométrio é a camada mais espessa da parede do útero, é composta por três 
camadas, de músculo liso, indistintas. Durante a gravidez, o útero aumenta 
enormemente, e esse crescimento se deve, em primeiro lugar, à hipertrofia das 
células musculares lisas existentes. 
 
Durante toda a vida reprodutiva, o endométrio sofre alterações cíclicas que o 
preparam para a implantação do zigoto e para os eventos subsequentes, 
necessários a sustentação do desenvolvimento embrionário e fetal. 
O fim de cada ciclo caracteriza-se pela destruição do endométrio. Essas 
alterações são acompanhadas pelo sangramento dos vasos situados na mucosa. A 
eliminação do tecido e sangue pela vagina (de 3-5 dias) é conhecida como 
menstruação ou fluxo menstrual. 
 
No endométrio, foram identificadas duas camadas, ou zonas, que diferem em 
termos de estrutura e função. A porção mais espessa, que se desprende na 
menstruação, é a camada funcional. A porção que se mantém é a camada basal. 
 O endométrio passa por uma sequência de alterações morfológicas e 
funcionais a cada ciclo menstrual. Para fins de descrição, podem ser 
identificadas três fases sucessivas: a proliferativa, a secretora e a menstrual. 
 
 A fase proliferativa é concomitante ao amadurecimento folicular e é influenciada 
pelos estrogênios que estão produzidos. 
 
 A fase secretora coincide com a atividade funcional do corpo lúteo e é influência 
sobretudo pela progesterona em produção. 
 
 A fase menstrual começa quando declina a produção de hormônio pelo ovário, 
com a degeneração do corpo lúteo. 
Ciclo gravídico 
Se ocorrer fertilização e subsequentemente 
implantação, a descamação do endométrio é 
retardada até após o parto. 
 
A medida que o blastócito vai se implantando na 
mucosa uterina, no início da segunda semana, as 
células do córion começam a secretar HCG. 
 
O HCG mantém o corpo lúteo e estimula-o a 
continuar a produção de progesterona e de 
estrogênios. 
 
Portanto, a descamação do endométrio é evitada 
e o seu desenvolvimento avança durante as 
primeiras semanas de gestação. 
Implantação 
Durante a gravidez, a porção do endométrio que 
sofre alterações morfológicas é chamada decídua ou 
decídua da gravidez. 
 
A decídua compreende todas as camadas do 
endométrio, com exceção das mais profunda. São 
identificadas três diferentes regiões da decídua, 
segundo sua relação com o local de implantação. 
 
A decídua basal é aporção do endométrio situada 
entre o local de implantação e a luz uterina. 
A decídua pariental compreende o restante do endométrio e da cérvice uterina. Por volta 
do fim do 3º mês, o feto está crescido a tal ponto que a decídua capsular funde-se com a 
decídua parietal, fechando assim a cavidade uterina. 
 
Por volta da 13º dia de desenvolvimento, já está formado um espaço extra-embrionário a 
cavidade coriônica. As camadas celulares que formam o limite externo desta cavidade 
são chamadas, em seu conjunto, de córion. As membranas mais internas que envolvem o 
embrião dão chamadas de âmnio. 
 
Placenta 
A placenta é constituída por uma 
porção fetal, formada pelo córion, e por 
uma porção materna, formada pela 
decídua basal. 
 
As duas porções participam de uma 
troca fisiológica de substancias entre a 
circulação materna e fetal. 
No inicio do desenvolvimento, os vasos sanguíneos das vilosidades unem-se aos vasos 
sanguíneos do embrião. O sangue começa a circular através do sistema cardiovascular 
primitivo e das vilosidades com aproximadamente 21 dias. 
 
Os espaços situados entre as vilosidades são os locais de troca de nutrientes, de produtos 
metabólicos intermediários e de resíduos entre os sistemas circulatórios da mãe e do feto. 
 
Com exceção das rupturas relativamente raras das paredes dos capilares, que são mais 
comuns no parto, há separação entre o sangue fetal e o materno. Essa separação, 
denominada barreira placentária, é mantida sobretudo pelas camadas de tecido fetal. 
Ao término da gestação, a placenta, desprende-se do útero aproximadamente 30 
minutos após o nascimento da criança. 
 
São eliminados a porção fetal inteira e as projeções do tecido decidual localizadas 
de permeio. 
 
O fluxo sanguíneo através da placenta está intimamente relacionado com suas 
funções principais, como a produção de metabólitos, de hormônios, trocas de gases 
e de produtos metabólicos entre os sistemas circulatórios materno e fetal. 
 
Normalmente há uma transferência de água, dióxido de carbono, resíduos 
metabólitos e hormônios do sangue fetal para o materno, passando em direção 
oposta água, oxigênio, metabólitos, eletrólitos, vitaminas, hormônios e alguns 
anticorpos. 
A barreira placentário não exclui muitos agentes potencialmente nocivos, como 
vírus, drogas, hormônios e metais. 
 
A placenta também funciona como um órgão endócrino. A placenta humana 
produz dois hormônios esteróides (progesterona e estrogênio) e quatro 
hormônios peptídicos. 
Vagina 
4) Vagina 
Órgão fibromuscular que se estende da cérvice ao vestíbulo, que está localizada 
entre os lábios menores. 
 
Na mulher virgem, a sua barreira é circundada pelo hímen, formado por dobras de 
mucosa que se estendem para a luz vaginal. A parede da vagina é constituída por 
uma túnica mucosa interna, uma túnica muscular intermediária e uma túnica 
adventícia externa. 
A mucosa vaginal tem 
numerosas pregas transversais ou 
rugas e é revestida por epitélio 
pavimentoso estratificado. 
Não contém glândulas. 
A superfície da vagina é 
lubrificada pelo muco proveniente 
da cérvice. Seu epitélio sofre 
alterações cíclicas durante o ciclo 
menstrual. 
A túnica muscular vaginal está 
organizada em duas camadas de 
músculo liso, uma camada 
longitudinal externa e uma camada 
circular interna. 
A túnica adventícia vaginal está 
organizada em duas camadas 
internas e externa de tecido 
conjuntivo frouxo. 
Genitália Externa 
5) Genitália Externa 
Na fêmea, a genitália externa é conhecida como 
vulva. 
 
Suas partes são: monte de púbis, lábios 
menores, lábios maiores, clitóris, vestíbulo da 
vagina e sua glândulas e óstio da uretra e da 
vagina. 
 
A superfície de todas essas estruturas é 
recoberta por um epitélio pavimentoso 
estratificado. 
O Monte do Púbis, proeminência arredondada, é formada por tecido adiposo 
subcutâneo. Dele saem duas grandes pregas cutâneas longitudinais da pele, os 
lábios menores, que formam os limites laterais da fenda urogenital. 
 
Tanto nos lábios maiores quanto nos lábios menores estão presentes em um 
grande número de glândulas sebáceas. 
 
O clitóris é uma estrutura erétil homóloga ao pênis. Seu corpo é composto por dois 
pequenos corpos eréteis: os corpos cavernosos; e a glande do clitóris é um 
tubérculo pequeno e redondo de tecido erétil. 
 
No vestíbulo, estão presentes numerosas glândulas mucosas, algumas são 
homologas às glândulas bulbouretrais do macho. Trata-se de glândulas túbulo 
alveolares que secretam um muco lubrificante. 
 
Na genitália externa estão presentes numerosas terminações nervosas sensoriais, 
Os sinais sensoriais proveniente dessas terminações nervosas desempenham papel 
importante na resposta fisiológica durante o estímulo sexual. 
 
Glândulas Mamárias 
6) Glândulas Mamárias 
As glândulas mamárias ou mamas são uma 
característica típica dos mamíferos. 
 
Evoluíram como órgãos produtores de leite para 
proporcionarem nutrição à prole. 
No homem as glândulas mamárias permanecem rudimentares. 
 
Na mulher, essas glândulas sofrem posterior desenvolvimento 
sob influencia hormonal. 
 
A secreção e a produção do leire é induzida pela prolactina 
secretada pela hipófise e pela somatomamotrofina proveniente da 
placenta. 
 
A glândula mamária do adulto é constituída por 15 a 20 lobos 
irregulares de glândulas tuboloalveolares ramificadas. 
 
Esses lobos, separados por faixas fibrosas de tecido conjuntivo, 
irradiam-se a partir do mamilo ou papila mamária e subdividem-
se em numerosos lóbulos. 
 
As glândulas tubuloalveolares, derivadas de glândulas 
sudoríparas modificadas da epiderme, situam-se no tecido 
subcutaneo. 
 
Cada glândula termina em um ducto laticífero, que se abre 
através de um orifício muito pequeno no mamilo. 
Mamilo e aréola 
A epiderme do mamilo e da aréola é muito pigmentada 
e um tanto enrugada. 
 
É revestida por epitélio pavimentoso estratificado 
queratinizado. 
 
Na porção mais profunda da aréola e do mamilo, há 
feixes de fibras musculares lisas em disposição radial e 
circunferência no tecido conjuntivo denso e longitudinal 
ao longo dos ductos lactíferos. 
 
Essas fibras musculares permitem que o mamilo fique 
ereto em resposta a vários estímulos 
Glândulas mamárias ativas – 
gestação e lactação 
As glândulas mamárias sofrem intensa proliferação e desenvolvimento durante a gestação, 
como preparação para a lactação. 
 
Essas alterações no tecido glandular são acompanhadas por diminuição na quantidade de 
tecido conjuntivo e do tecido adiposo. 
 
A medida que a mama se desenvolve, o componente fibroso do seu tecido conjuntivo é 
invadido por plasmócitos, lnfócitos e eosinófilos. 
 
A medida que as células proliferam por divisão mitótica, os ductos ramificam-se e os alvéolos 
começam a desenvolver-se. 
 
Nos estágios finais da gestação, o desenvolvimento alveolar fica mais evidente. 
 A proliferação efetiva das células glandulares declina e ocorre o subsequente 
aumento da mama através da hipertrofia das células secretoras e do acúmulo 
do produto da secreção nos ductos alveolares. 
 
 As células secretoras produzem dois produtos distintos, liberados por 
mecanismos diferentes. 
 
 O componente protéico do leite é sintetizado no retículo endoplasmático rugoso. 
O componente lipídico do leito origina-se como gotículas lipídicas livres no 
citoplasma. 
 
 O leite liberado nos primeiros dias pós-parto é conhecido como colostro. Tem 
pouco conteúdo lipídico, mas contém grande quantidade de anticorpos quem 
podem conferir ao recém nascido algum grau de imunidade passiva. 
Questões para fixação: 
1) Que órgãos fazem parte da pelve feminina? 
2) Qual a função dos ovários? 
3) O que separa a fase folicular da fase luteínica? 
4) Explique a ovogênese. 
5) Quais os tipos de folículos ovarianos?6) O que é corpo lúteo? 
7) Que características encontramos nas células dos ovidutos? 
8) Quais as túnicas formadoras do útero? 
9) Quais tecidos constituem a placenta? 
10)Como são estruturadas as glândulas mamárias?

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