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RESUMO SOBRE DEPRESSÃO

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O QUE É A DEPRESSÃO? 
A depressão (CID 10 – F33) é uma doença psiquiátrica que não deve ser caracterizada somente pelo sentimento de tristeza e pelo humor depressivo, mas sim pelas alterações de humor, de psicomotricidade e por variados distúrbios somáticos e neurovegetativos, ou seja, a depressão pode ser definida como um processo que se caracteriza pela patologia do humor, pela lentificação dos processos psíquicos, pela redução de energia, pela incapacidade de sentir alegria ou prazer, pela apatia ou agitação psicomotora, pelo desinteresse, pela dificuldade de concentração, pelos pensamentos negativos, pela incapacidade de planejar o futuro, pelos sentimentos de inutilidade ou de culpa, e enfim, pela alteração do juízo de realidade. 
O quadro exige acompanhamento médico sistemático, quadros leves costumam ter resultados positivos somente com tratamento psicoterápico, em quadros mais graves é necessário o uso de antidepressivos e às vezes, o uso de ansiolíticos e antipsicóticos também. 
QUAIS OS DIFERENTES TIPOS DE DEPRESSÃO?
Apesar de parecer uma doença genérica e única, existem diversos tipos, com suas próprias características e intensidades, que demandam certos tipos de cuidados. Listarei os principais e mais comuns: 
· Ciclotimia: caracteriza-se pela persistente instabilidade do humor
· Distimia: quadro leve, intermitente, o indivíduo sofre oscilações de humor depressivo. 
· Depressão melancólica ou endógena: possui gênese biológica, conta com aspectos de melancolia como tristeza profunda, tédio, insônia e desinteresse. 
· Depressão atípica: humor reativo a estímulos e inversão dos sintomas da depressão endógena, como hipersonia, aumento do apetite e do peso. 
· Depressão sazonal: identificada por episódios depressivos recorrentes no outono e inverno e melhoria ou ausência dos episódios na primavera e verão. 
· Depressão psicótica: depressão grave, caracterizada pelos delírios ou alucinações, podendo ocorrer turvação da consciência. 
· Depressão recorrente breve: os indivíduos apresentam os sintomas depressivos por menos de duas semanas, tendo um a dois episódios por mês, pelo período de um ano. 
· Depressão existencial: o indivíduo interroga o mundo e a si mesmo, ocasiona uma busca incessante pelo sentido de tudo, principalmente da vida e da morte. 
A DEPRESSÃO NO JOVEM ADULTO
O jovem adulto tem enfrentamentos relacionados à transição da adolescência para a vida adulta, que acarreta algumas mudanças radicais e incertezas, e toda mudança por si só já pode desencadear crises, principalmente quando o indivíduo busca a nova identidade e o próprio caminho. Na maioria dos casos podemos identificar a luta pelo primeiro emprego ou por uma promoção, o ensino universitário, as novas responsabilidades, as relações sociais e as pressões das expectativas culturais. 
Além dessas problemáticas, antes dos 25 anos de idade o jovem adulto irá lidar com esses desafios antes mesmo de o cérebro ter alcançado a maturidade completa, ou seja, o córtex pré-frontal, responsável pela razão e pelo controle dos impulsos, ainda se encontra em desenvolvimento. 
Por natureza, a depressão é mais comum em mulheres, por conta dos fatores hormonais e pela expectativa e responsabilidade triplicada que são impostas sobre ela. Na passagem da adolescência para a vida adulta não seria diferente, principalmente se considerarmos o alto número de jovens que já lidam com as exigências da maternidade. 
A depressão no homem frequentemente é mascarada pelo alcoolismo ou drogas, e a adolescência e inicio da vida adulta são fases propicias para a “revolta” e para o início desses vícios, por isso, podemos identificar um grande número de jovens que fazem uso de maconha, LSD e outras drogas, além de ingerir muita bebida alcoólica. 
Os pais dos jovens adultos tem um papel fundamental em todo o processo, é necessário que haja uma transformação na relação entre pai e filho, para que possam oferecer direção e apoio, deixando o papel de “administradores” dos filhos, conquistando a confiança e amizade do filho para que seja possível uma intervenção precoce e compassiva em casos de depressão. Além disso, é importante a observação dos pais aos comportamentos do filho, respeitando as mudanças naturais da faixa etária e, caso necessário, recorrendo a profissionais para que saibam lidar com as questões mais complexas e incompreensíveis, para que essa transição não seja mais dolorosa e agressiva do que é naturalmente. 
A DEPRESSÃO NA TERCEIRA IDADE
A velhice infelizmente é encarada como uma fase complicada e incômoda já que os idosos necessitam de uma atenção especial. Muitas pessoas tem a errônea ideia de que idosos tendem a serem deprimidos, compreendendo como uma característica natural do envelhecimento. A depressão na terceira idade, quando sem diagnóstico e tratamento, causa um sofrimento desnecessário para a família e para o idoso que poderia se sentir satisfeito com sua vida, como muitos idosos se sentem, e ter uma vida proveitosa. 
Os idosos costumam ser relutantes em falar o que sentem, principalmente sobre os sentimentos de desesperança, tristeza e a perda de interesse em atividades normalmente prazerosas. O individuo se encontra em uma situação de perdas constantes, diminuição o suporte e atenção familiar, declínio físico, maior frequência de doenças físicas, e do ponto de vista biológico, é comum que no processo de envelhecimento haja o aparecimento de fenômenos degenerativos ou doenças físicas capazes de produzir sintomas característicos da depressão. 
Há diferenças nos sintomas da depressão no idoso e das outras faixas etárias. Nos idosos a depressão é identificada pelos sintomas somáticos ou hipocondríacos e o prejuízo na memoria é mais evidente, embora não seja a única alteração cognitiva, por isso, é importante avaliar as interferências cognitivas como a atenção, a velocidade de processamento de informações, a destreza e a capacidade de formular hipóteses e modifica-las. 
Existem muitas interferências para esse quadro na terceira idade, mas a primordial é o apoio social e familiar, pois, sentindo-se amparado, o idoso mantém sua saúde psicológica e tem um bom funcionamento orgânico. 
Exercícios e relaxamento físico também são outras excelentes formas de intervenção, tendo em vista que, a atividade física reduz o risco da diminuição funcional e da mortalidade. 
Importante também contar com profissionais, principalmente para auxiliar a família que deve se empenhar no cuidado ao idoso de forma sadia e respeitando as alterações fisiológicas naturais do envelhecimento. 
A DEPRESSÃO NA VISÃO PSICANALÍTICA 
Diferente da definição da medicina clássica, a psicanálise entende a depressão como um sintoma de uma neurose subjacente, ou seja, um sinal do corpo de que algo não está funcionando conforma deveria, ou de uma forma boa, assim como a gripe é um sinal de um vírus no organismo. 
O tratamento psicanalítico da depressão é o mais eficaz, isso se dá pelo interesse em tratar o que está submerso a depressão, através da investigação profunda, com uma visão holística da depressão e seus efeitos. 
A psicanalise entende que o indivíduo vive uma tristeza profunda e irritável, porque a depressão é provocada pela perda de uma ilusão que o deprimido tem, sendo assim, ele acredita que alguém (marido, esposa, pai, mãe e etc.) roubou-lhe a alegria, logo, o tratamento visa trazer do paciente quem é essa pessoa que ele acredita ser responsável pela perda de sua ilusão e trabalha na relação do paciente com essa pessoa, além de melhorar a percepção do indivíduo sobre si mesmo e o mundo que o cerca, pois a psicanálise é um entendimento da dor e do sofrimento psíquico. 
O uso de medicamentos só é aceito em casos estritamente necessários, tendo em vista que o medicamento psiquiátrico só trata os sintomas e não a causa do problema. 
Por fim, a psicanálise é um método que tem como objetivo ajudar o indivíduo depressivo a se libertar dos seus sofrimentos, não considerando somente os sintomas, e sim colaborando para que o paciente encontre a raiz do problema e solucione.FORMAS PSICOTERÁPICAS DE TRATAMENTO NA DEPRESSÃO 
Tendo em vista os diferentes tipos de depressão, seus graus e também as abordagens dos psicólogos, já que toda a abordagem tem uma metodologia a se tratar a depressão, podemos notar que as intervenções psicoterápicas são inúmeras. 
Na psicoterapia comportamental os modelos mais frequentes praticados são os de treinamento de habilidades sociais e o de autocontrole. Considerando que a depressão e os reforços estão correlacionados e que os déficits nas habilidades sociais contribuam para a incapacidade do indivíduo de receber os reforços positivos presentes no ambiente social e para a incapacidade de lidar com as adversidades do cotidiano. Os quatro elementos básicos nesta terapia são: análise funcional do contexto dos sintomas, monitoração e planejamento de atividades com o paciente, manejo de experiências aversivas e desenvolvimento de habilidades sociais.
O modelo de Beck é o mais utilizado na psicoterapia cognitiva, sua característica principal é o uso de uma abordagem colaborativa, de testagem das hipóteses distorcidas do paciente. Os sintomas agudos da depressão são enfrentamentos por meio de técnicas comportamentais e verbais: identificação, enfrentamento e desafio das cognições negativas. 
As psicoterapias psicodinâmicas breves tradicionais tem em comum a concepção da depressão como um fracasso resultante de conflitos intrapsíquicos. Não se dirige aos sintomas, mas tem o objetivo de investigar e esclarecer os conflitos, principalmente os relacionados com problemas de privação, proximidade e intimidade afetivas. 
A psicoterapia suportiva-expressiva é recente e breve, o terapeuta é mais ativo, o foco é limitado e enfoca a investigação de temas transferenciais nos relacionamentos dos pacientes fora do consultório. 
A psicoterapia interpessoal parte do principio de que a depressão ocorre em um contexto social e interpessoal e tem como foco o tratamento das “áreas-problema” definidas como: luto, disputas interpessoais, mudança de papéis e déficit interpessoal. 
A terapia interpessoal de manutenção (TIP-M) é uma forma de tratamento que parte do pressuposto de que o paciente deprimido, além de ter vulnerabilidades biológicas e de personalidade, possui um contexto psicossocial e interpessoal que lhe predispõe à recorrência, logo, essa intervenção tem como objetivo reforçar o contexto psicossocial do estado de remissão, atuando com conceitos da medicina preventiva. 
Enfim, essas são apenas algumas das intervenções psicoterapêuticas utilizadas pela maioria dos psicólogos, sendo importante ressaltar que, o profissional deve identificar a necessidade do paciente e utilizar a forma que mais cabe ao seu conhecimento, para que tenha êxito no tratamento e realização profissional. 
REFERÊNCIAS
AGUIAR, Joana Ercilia; MARTINS, Sidineia Boiko. DEPRESSÃO NA TERCEIRA IDADE: a depressão é mais comum no idoso, por quê? Como sair dela? 2006. Disponível em: https://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/revcesumar/article/view/284. Acesso em: 19/05/2020.
CAMPOS, Érico Bruno Viana. UMA PERSPECTIVA PSICANALÍTICA SOBRE AS DEPRESSÕES NA ATUALIDADE. 2016. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2236-64072016000200003. Acesso em: 19/05/2020.
CAMPOS, Rui; SOBRINHO, Ana Teresa. PERCEPÇÃO DE ACONTECIMENTOS DE VIDA NEGATIVOS, DEPRESSÃO E RISCO DE SUICÍDIO EM JOVENS ADULTOS. 2016. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?pid=S0870-82312016000100004&script=sci_arttext&tlng=es. Acesso em: 19/05/2020.
CANALE, Alaíse; FURLAN, Maria Montserrat. DEPRESSÃO. 2006. Disponível em: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ArqMudi/article/view/19991/10844. Acesso em: 19/05/2020.
GARCIA, Aline et al. A DEPRESSÃO E O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO. 2006. Disponível em: http://cienciasecognicao.org/revista/index.php/cec/article/view/551. Acesso em: 19/05/2020.
SCHESTATSKY, Sidnei; FLECK, Marcelo. PSICOTERAPIA DAS DEPRESSÕES. 1999. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44461999000500007. Acesso em: 19/05/2020.

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