TOPOGRAFIA-Aula_02

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SENSORIAMENTO REMOTO E 
GEOPROCESSAMENTO
O MAPA: PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS E 
SISTEMA DE COORDENADAS
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Olá!
Ao fim desta aula, você será capaz de:
1- Reconhecer o sistema de coordenadas geográficas;
2- Identificar os principais tipos de projeções cartográficas.
Coordenadas geográficas é um conjunto de linhas imaginárias que cortam o planeta Terra no sentido vertical e
horizontal. Essas linhas são chamadas meridianos, quando verticais, e paralelos, quando horizontais, tal como se
apresenta na figura a seguir.
O equador é o principal paralelo e divide a Terra em dois hemisférios: Norte e Sul. Mas, existem outros paralelos
importantes, como o caso dos trópicos de Câncer e Capricórnio (Figura 1). Por sua vez, os meridianos são linhas
imaginárias que cortam o planeta, no sentido vertical. Dentre eles, o mais importante, definitivamente, é o
meridiano de Greenwich, que divide a Terra em dois hemisférios: ocidental e oriental (Figura 2).
Figura 1 - Paralelos e o equador
Fonte: Moreira (2001).
Figura 2 - Meridianos e Greenwich
Fonte: Moreira (2001).
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Mas, qual seria a diferença, então, entre os paralelos e meridianos e palavras que também são muito conhecidas
por nós, como latitudes e longitudes? Bem, como a Terra é representada por uma esfera, as circunferências dos
paralelos e meridianos são medidas em graus, por isso, temos as latitudes e longitudes. Na verdade, elas são
medidas em graus, de qualquer lugar da superfície terrestre, em relação ao equador e Greenwich,
respectivamente (Figura 3).
Figura 3 - Latitude e longitude
Fonte: Santa Isabel (2011).
As projeções permitem representar uma superfície esférica (a Terra) em uma superfície plana (o mapa) com
menos distorções do que aquelas provocadas com o simples achatamento da esfera.
De acordo com Tamdijan e Mendes (2004), o termo deriva do processo usado para a elaboração dos mapas.
Baseia-se na utilização de uma fonte de luz dentro de um globo transparente.
A luz projeta as sombras dos meridianos, paralelos e outras características geográficas sobre uma superfície
colocada tangencialmente ao globo. Delineiam-se, assim, as figuras resultantes dessas sombras (Figura 4).
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Figura 4 - Sombra das projeções
Fonte: Tamdijan e Mendes (2004).
Esse princípio da geometria permitiu que muitos mapas fossem criados. As sombras projetadas no plano
facilitaram a visualização e a interpretação do globo terrestre.
Então, pode-se dizer que, atualmente, existem mais de duas centenas de formas de projeção, diferentes
variações. Para compreender essa diversidade, vamos analisar pelo menos três tipos dessas projeções (Figura 5).
Figura 5 - Tipos de projeções cartográficas
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1 Projeções planas
As projeções azimutais também são conhecidas como planas, tangenciais, azimutais ou polares e são elaboradas
a partir de um plano tangente sobre a esfera terrestre.
Veja que meridianos e paralelos são projetados sobre um plano apoiado em um ponto que geralmente está no
equador ou nos polos, mas encontram-se azimutais centradas em outros pontos da superfície terrestre.
Figura 6 - Projeção azimutal
Fonte: Almeida e Rigolin (2005).
2 Projeções cônicas
Nos mapas com projeção cônica, o globo terrestre (ou parte dele) é projetado em um cone tangente, que depois é
planificado. As projeções cônicas são usadas principalmente para representar regiões de latitudes médias.
Apresentam maiores deformações na base e no vértice do cone, por isso, representam regiões menores. De
acordo com Tamdijan e Mendes (2004), nesse tipo de projeção, os meridianos são radiais porque surgem de um
mesmo ponto, e os paralelos são círculos concêntricos, isto é, têm o mesmo centro.
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Figura 7 - Projeção cônica
Fonte: Almeida e Rigolin (2005).
3 Projeções cilíndricas
Para Tamdijan e Mendes (2004), quando se projeta a sombra das linhas imaginárias sobre um cilindro que
envolve o globo terrestre, a esfera da Terra é transferida para uma superfície plana, onde são marcadas as
coordenadas geográficas dos continentes e oceanos. Veja na figura a seguir.
Figura 8 - Projeção cilíndrica
Fonte: Almeida e Rigolin (2005).
De acordo com Tamdijan e Mendes (2005), as projeções cilíndricas são muito utilizadas para representar os
planisférios. Os paralelos e os meridianos são projetados sobre um cilindro, que é planificado posteriormente.
Um bom exemplo desse tipo de projeção é a de Mercator, em que os meridianos e os paralelos são linhas retas
que se cortam em ângulos retos. Corresponde a um tipo cilíndrico pouco modificado. Nela as regiões polares
aparecem muito exageradas.
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Veja que a Groelândia, próximo ao polo norte, adquire proporções bem maiores do que a realidade da ilha
dinamarquesa, em pleno continente americano. De acordo com seus críticos, a projeção de Mercator mantém as
formas dos continentes, mas não respeita as proporções reais. Veja que as regiões polares aparecem muito
exageradas. Há quem diga que favorece as desigualdades econômicas, pois amplia de maneira desigual, e
aumenta mais o Hemisfério Norte, colocando a Europa no centro do mapa (Eurocentrismo).
Figura 9 - Projeção de Mercator
Fonte: Almeida e Rigolin (2005).
Outra projeção muito utilizada para planisférios é a de Arno Peters, que data de 1973. Sua base também é
cilíndrica equivalente, e determina uma distribuição dos paralelos com intervalos decrescentes desde o equador
até os pólos, como podemos observar na figura a seguir.
Figura 10 - Projeção de Peters
Fonte: Almeida e Rigolin (2005).
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As retas perpendiculares aos paralelos e as linhas meridianas têm intervalos menores, resultando na
representação das massas continentais, um significativo achatamento no sentido Leste-Oeste e a deformação no
sentido Norte-Sul, na faixa compreendida entre os paralelos 60o Norte e Sul, e acima destes até os polos, dando a
impressão de alongamento da Terra.
Como a distorção era a mesma para todos os países, muitas nações subdesenvolvidas enxergaram nessa projeção
uma forma de igualdade com os países desenvolvidos. Graças a essa técnica, os países de grandes dimensões,
localizados na zona intertropical (México, Brasil, Congo, Índia, dentre outros), deixaram de ter seus territórios
subestimados, como ocorria em outras projeções.
4 Sistema Universal Transverso de Mercator (UTM)
Para a aplicação nos estudos de cartografia, de geoprocessamento e de sensoriamento remoto, é fundamental
aprender sobre o sistema Universal Transverso de Mercator (UTM). Esse sistema é baseado na projeção
cilíndrica transversa proposta nos EUA, em 1950, com o objetivo de abranger todas as longitudes.
As duas principais diferenças entre a projeção de Mercator e o sistema UTM é que, no primeiro, o cilindro é
paralelo ao eixo de rotação da Terra esférica, enquanto que, no segundo, o cilindro é perpendicular ao eixo de
rotação da Terra elipsoidal.
O mundo é dividido em 60 fusos, onde cada um se estende por 6º de longitude, que garantem menor distorção
possível. Os fusos são numerados de 1 a 60, começando no fuso 180º a 174º W e continuando para Leste. Cada
um destes fusos é gerado a partir de uma rotação do cilindro de forma que o meridiano de tangência divide o
fuso em duas partes iguais de 3º de amplitude.
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O que é mais interessante é que os dados não são dados em graus e sim em quilômetros! Cada fuso, na linha do
equador, apresenta, aproximadamente, 670 km de extensão leste-oeste.
E onde se inicia a contagem?
A contagem dos fusos da projeção UTM se inicia no antimeridiano ao meridiano de Greenwich, portanto
no meridiano de 180º. A coordenada no equador vale 10.000.000 metros e a coordenada no meridiano central
vale 500.000 metros.
Em latitudes, o sistema é limitado pelos paralelos 84º N e 80º S, onde as deformações ainda não são
significativas. Essa projeção é indicada para regiões de predominância na extensão Norte-Sul, entretanto, mesmo
na representação de áreas de grande longitude poderá ser utilizada.
E qual o efeito prático da UTM?
É a maisindicada para o mapeamento topográfico de grande escala, e é o sistema de projeção adotado para o
Mapeamento Sistemático Brasileiro. E isso é que é importante! Vamos ver um exemplo?
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Só um lembrete!
Tanto nas abscissas quanto nas ordenadas, você tem que acrescentar três zeros (000). Então, o que você lê como
7.460, na verdade é 7.460.000, correto.
Lembre-se sempre disso!
Como foi informado, o equador tem valor de 10.000.000 km e os valores decrescem, conforme você se dirige
para sul. É isso que você observa? Verifique que a praia da Barra da Tijuca está com valor Sul maior que o valor
da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Outra informação importante! A contagem dos fusos da projeção UTM se inicia no antimeridiano ao meridiano
de Greenwich, portanto, no meridiano de 180º. Contudo, dentro do território brasileiro, os valores estarão
crescendo para leste.
O que vem na próxima aula
Estudará como calcular a escala e, a partir da identificação delas, determinar o tipo de mapa:
• Escala numérica;
• Tipos de mapas.
Saiba mais
Caso deseje comprar alguma carta topográfica, procure, inicialmente, o IBGE, no portal de
compras.
https://www.ibge.gov.br/?cx=001166883472422164311%25253Azkjemxce8sc&cof=FORID%
2 5 2 5 3 A 9 & i e = I S O - 8 8 5 9 - 1 & q = c a r t a + t o p o g r %
2525E1fica+em+portal+de+compras&sa=Pesquisar&siteurl=www.ibge.gov.br%
2525252Fhome%2525252Fgeociencias%2525252Fcartografia%2525252Fdefault.shtm#1313
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https://www.ibge.gov.br/?cx=001166883472422164311%25253Azkjemxce8sc&cof=FORID%25253A9&ie=ISO-8859-1&q=carta+topogr%2525E1fica+em+portal+de+compras&sa=Pesquisar&siteurl=www.ibge.gov.br%2525252Fhome%2525252Fgeociencias%2525252Fcartografia%2525252Fdefault.shtm#1313
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• Escala numérica;
• Tipos de mapas.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Compreendeu como fazer sua localização geográfica a partir do sistema de coordenadas geográficas. 
Também, agora, já conhece os principais tipos de projeções cartográficas.
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	Olá!
	
	1 Projeções planas
	2 Projeções cônicas
	3 Projeções cilíndricas
	4 Sistema Universal Transverso de Mercator (UTM)
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO