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@resuvet_ Abate Humanitário 1945 – Período pós guerra mundial 1945 – Publicação do Livro Animal Machines 1965 – Comitê Branbell – Reino Unido Princípios do Bem-Estar do Animal Abrange o estado físico e mental. A sensibilidade dos animais começou a ser levados em consideração – Branbell. Passaram por muitos estudos até chegar em algo eficiente para que o abate fosse o mais humano possível. Por que se questionar sobre o bem estar ▫ Questões éticas ▫ Reflexão do manejo dos animais ▫ Seguranças dos funcionários e animais ▫ Implicações na qualidade do produto ▫ Repercussão na imagem do produto ▫ Maior eficiência econômica ▫ Eventuais sanções comerciais ▫ Demanda do consumidor O Abate Humanitário Conjunto de diretrizes técnicas e cientificas que garantam o bem estar dos animais desde a recepção até a operação de sangria. Mas esse abate humanitário e inicia na propriedade e vai até a sangria. Princípios do Abate Humanitário ▫ Métodos de manejo pré-abate e instalações que reduzem o estresse; ▫ Equipe treinada e capacidade, comprometida, atenta e cuidadosa no manejo dos animais; ▫ Equipamentos apropriados, com manutenção periódica, a serem utilizados devidamente ajustados a espécie e situação ▫ Processo eficaz de insensibilização ↪ Indução imediata à perda de consciência e sensibilidade, de modo que não haja recuperação e, consequentemente, não haja sofrimento até a morte do animal. ▫ Efetividade e comprometimento de todas as pessoas envolvidas no processo ▫ Gerencia, fiscalização que vai desde a produção até o transporte, da qualidade, manutenção, manejadores e consumidores, como preceitos do bem estar. Regulamentação ▫ RIISPOA, 2017; ▫ Instrução Normativa 46, 2011 @resuvet_ ▫ Instrução Normativa 56, 2008 ▫ Instituição Normativa 03, 2000 MAPA ▫ Portaria 62, 2018 – MAPA – Consulta pública Manejo Pré Abate e Abate Humanitário ▫ jejum e dieta hídrica ▫ manejo dos animais ▫ embarque e transporte ▫ recepção – manejo dos animais na indústria ▫ insensibilização ▫ sangria Jejum Interrupção do fornecimento de alimento para atender procedimentos higiênicos sanitários ▫ redução dos riscos de contaminação, melhora do bem estar e redução da mortalidade no transporte – vomito pode causar asfixia. ▫ Bovinos: no mínimo 8 horas e não deve exceder 24hrs. ↪ tempo de jejum prolongado nos ruminantes pode ocasionar maior proliferação bacteriana no trato gastrointestinal, devido ao estresse metabólico que pode levar ao aumento do risco de contaminações na carcaça e ao comprometimento da segurança do alimento. ▫ Suínos: tempo não inferior a 12 horas e não superior de 18 hras no total ↪ Hábito de fazer coprofagia – salmonela sp; ▫ Aves: 6 a 8 horas na granja, totalizando 8 a 10 horas após o transporte e espera no frigorífico. ↪ Quando excede o tempo, elas devem voltar para a granja ou serem levadas para outro abatedouro, pois não podem ser alimentadas nas gaiolas. IMPORTANTE: Animais que excedem o tempo de permanência nos currais do frigorífico devem ser alimentos, conforme exigências específicas. Dieta hídrica ▫ Diminui o estresse térmico pelo calor e auxilia na eliminação do conteúdo gastrointestinal, evitando o rompimento de vísceras e minimizando a contaminação da carcaça. ▫ Animais hidratados terão melhora nessas condições ▫ Água potável, bebedouros limpos e em quantidade suficiente ▫ Bovinos: ingestão simultânea para, no mínimo, 20% dos bovinos em cada curral. ▫ Suínos: bebedouros 15% de ingestão simultânea ▫ Aves: livre acesso a agua, até o momento da apanha. Embarque e Transporte Envolvem a movimentação (manejo) e a contenção dos animais. São eventos que causam muito estresse no animal. Como minimizar? ▫ Mistura de bovinos 24 hrs antes do embarque ⇀ familiaridade ▫ Plataforma de embarque no mesmo nível do piso do caminhão ▫ Veículos ⇀ laterais seguras, fortes, altas e sem arestas; piso antiderrapante; minimizar o estresse ambiental e boa ventilação; ▫ Transporte nas horas mais frescas ▫ Motoristas ⇀ direção adequada; ↪ Treinamento e conscientização do motorista ↪ Trajeto com velocidade e condução adequada @resuvet_ ▫ Cuidados na condução dos animais e utilização de rampas com angulação adequada ▫ Rampas de embarque: ↪ angulação máxima de 15° ↪ desejável 15° ▫ Densidade adequada: ↪ suínos: 235/m² - s ↪ bovinos: 400kg/m² ↪ aves: depende do tamanho das caixas Os animais tendem a seguir o líder. Zona de fuga: é a máxima aproximação que um animal tolera da presença de um estranho ou ameaça, antes de iniciar a fuga. Quando a zona de fuga é invadida o animal tende a afastar-se para manter uma distância segura da ameaça. Ponto de equilíbrio: é um limite estabelecido na escápula do bovino que determina, de acordo com o posicionamento do manejador, a direção que o animal irá seguir. É bastante utilizado em corredores estreitos ou bretes, onde a movimentação dos bovinos é limitada, podendo apenas avançar ou recuar, evitando a proximidade dos manejadores. ↪ Jamais se posicionar na frente dos animas – visão bonocular; ↪ Ferrão e choque não são utilizados estressam o animal. ↪ É utilizado bandeiras ou sacolas para conduzir até o caminhão. Desembarque ▫ Os animais não podem ter dificuldade para descer do caminhão. ▫ Se houver animais feridos acidentalmente durante o transporte, deve ser realizado o abate de emergência. ↪ Os animais não devem ser arrastados e sim transportados para áreas de abate de emergência, utilizando meios adequados que não acarrete qualquer sofrimento ao animal. @resuvet_ Descanso ▫ A área de descanso deve oferecer um ambiente calmo e tranquilo e um manejo adequado, de forma a minimizar condições de estresse. ▫Local de recuperação do estresse físico e psicológico causado pelo estresse ▫ Completar o tempo de jejum e realização da inspeção ante mortem – lembrar que não pode exceder o tempo de jejum! ↪ o tempo de jejum total deve estar compreendido entre 12 e 16 horas. Longos períodos de jejum pode gerar estresse crônico ocasionado pela fome, além de comprometer o rendimento da carcaça. ▫ Fornecimento de água a vontade. ↪ Melhora a qualidade da carcaça – recuperação das reservas de glicogênio ↪ Reduz os índices de contaminação ↪ Facilita as operações de sangria e esfola (pele hidratada/couro vai ter menos chances de se romper e é mais valorizado no mercado). ▫ Agrupar um número suficiente de animais para suprir a velocidade da linha de abate sempre respeitando a densidade. ▫ Local com sombra e nebulização pode ser realizada; Condução ao abate As instalações não devem ter pontas – pois podem machucar os animais durante a condução ao abate. Banho de aspersão: é realizado no frígorífico, após o descanso e antes da entrada para o boxe de insensibilização. ↪ É uma prática importante porque reduz a sujidade e carga contaminante superficial do animal, além de promover vasoconstrição periférica e vasodilatação interna, que melhoram a efetividade da sangria; ↪ Nos suínos o banho de aspersão facilita a efetivação da insensibilização. Tipos de Instalações: ▫ Condução pelos corredores: movimentação sem excesso de ruídos e de forma tranquila, as instalações devem favorecer a movimentação dos animais. Por exemplo ↪ Corredores curvos impedem que o animal volte e siga o fluxo do corredor. ↪ porteiras vazadas no brete permite que os animais visualizem para onde devem seguir Indicadores do Estresse no Período Pré Abate ▫ Deslizamento e quedas (50 animais): ↪ Excelente: sem deslizamento ou quedas ↪ Aceitável: sem quedas e com menos de 3% de deslizamentos ↪ Não aceitável: 1% de quedas ↪ Problema sério: 5% de quedas ▫ Pelas vocalizações ou mugidos (100 animais)↪ Excelente: até 0,5% ↪ Aceitável: 3% ↪ Não aceitável: 4 a 10% ↪ Problema sério: > 10% vocalizam @resuvet_ Contenção Os animais não devem ser colocados no recinto de insensibilização se o responsável pela operação não puder proceder essa ação IMEDIATAMENTE após a introdução do animal no recinto – causa estresse ao animal. ↪ É a contenção para realizar a insensibilização. Insensibilização Só é permitido o abate de animais com o emprego de métodos humanitários, utilizando-se previa insensibilização, baseada em princípios científicos, seguida de imediata sangria. Visa promover um estado de inconsciência, mantendo as funções vitais. ▫ Torna o animal inconsciente, isso facilita o abate. ▫ Evita a dor e angustia do animal – não sente dor na sangria ▫ Reduz o estresse do animal e facilita a sangria ▫ Torna a abate seguro. ▫ Mecânico: bovinos, equinos e caprinos ↪ penetrativo ↪ não penetrativo ▫ Elétrico: descarga elétrica no cérebro – suínos e aves; ▫ Químico: gases, porém mais caro ▫ Religiosos – preceitos regulamentados Procedimentos proibidos: ▫ Marretada ▫ Choupeamento – um facão é inserido na articulação atlanto-occiptal ↪ promove dor e angustia. ↪ é permitia apenas para búfalos. : Métodos de Insensibilização Mecânico ↪ penetrativo ↪ não penetrativo ▫ Mecânico Penetrativo: :pistola com dardo cativo acionado por ar comprimido, ↪ causa injúria cerebral pelo aumento da pressão intracraniana e pelo efeito dilacerante do cartucho. ↪ considerado o mais eficiente e humano; ↪ sangria – no máximo 1 minuto após a realização. . ↪ Consciência irreversível ▫ Mecânico Não Penetrativo: pistola de dardos de percussão, causam concussão ao impacto, sem a penetração do dardo no crânio do animal. Não é permitido o uso de marreta.. O local é um pouquinho acima da linha de cruzamento. ↪ Causa lesão encefálica ou injúrias difusas, provocando alteração na pressão intracraniana, promovendo perda de coordenação motora, mantendo sua atividade cardíaca e respiratória. ↪ Sangria no máximo em 30 segundos. @resuvet_ ↪ Consciência reversível: a sangria deve ser realizada rapidamente, pois o animal volta a ter reflexos. Depois da insensibilização eles são conduzidos para uma área chamada de área de vômito, onde alguns animais tendem a ter o reflexo de vômito pós insensibilização, em seguida são levados a sangria. ▫ Sinais de insensibilização efetiva: ↪ Ausência de respiração rítmica ↪ Expressão fixa e vidrada ↪ Mandíbula relaxada ↪ Língua solta, caída para fora ↪ Queda imediata ↪ Ausência de reflexo de endireitamento ↪ Ausência de vocalizações ↪ Membros dianteiros estendidos e traseiros em pedaladas involuntárias. Todos esses sinais devem estar presentes, garantindo que o animal não sentirá dor no ato da sangria. Método Elétrico: ↪ Eletrocussão - suiínos ↪ Eletronarcose - aves ▫ Eletrocussão: utilizado em suínos, é feito a eletrocussão por meio de transmissão de corrente elétrica mais duradouras e fornece mais segurança na realização do abate. ↪ 1’ Primeiramente dois eletrodos são colocados na cabeça, induzindo corrente elétrica que leva a inconsciência. ↪ 2’ Em seguida o segundo eletrodo é colocado na região cardíaca e induz corrente elétrica levando a fibrilação ventricular, que leva a parada cardíaca e consequentemente à morte. ↪ sangria imediatamente ou em até 30 minutos. ▫ Eletronarcose: submersão da cabeça do animal em uma cuba de água que contém um eletrodo. Ocorre passagem de corrente elétrica de alta voltagem e baixa amperagem através do cérebro do animal, visando a indução do estado epiléptico. A despolarização dos neurônios impede que haja transmissão sináptica. A inconsciência é instantânea. ↪ Sangria: imediata ou até 12 segundos. @resuvet_ Abates Religiosos ▫ Os abates religiosos são aqueles que estão dentro da cultura religiosa. ▫ É facultativo o sacrifício de animais de acordo com preceitos religiosos, desde que sejam destinados ao consumo por comunidade religiosa (....) ou ao comércio internacional (...) sempre atendidos os métodos de contenção dos animais. ↪ Ritual Scheichita: fé judaica (Judeus) -produtos Kosher ↪ Ritual Halal: fé islâmica (Muçulmanos) - produtos Halal. Abate Halal ▫ Permite que o animal seja atordoado antes da degola. ↪ O abate é acompanhado por um esgorjador, um religioso (ele irá verificar se o abate está sendo realizado conforme as normas religiosas) o abate do animal é realizado com a cabeça voltada à Meca. Abate Kosher ▫ A lei judaica proíbe o abate de animais feridos ou doentes, nesse tipo de abate o animal não pode ser insensibilizado. ↪ O abate é realizado através da inscisão transversal da pele do pescoço, musuculos, traqueia, esôfago, artérias carótidas e veias jugulares;
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