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ABATE HUMANITÁRIO E TÉCNICAS DE INSENSIBILIZAÇÃO

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Abate humanitário e técnicas de insensibilização
Importância
- Nos tempos atuais, a sociedade tem questionado os sistemas de produção que visam apenas o aumento da produtividade, sem demonstrar preocupação com bem-estar Animal
- Os questionamentos sobre o manejo no sistema de produção e no abate
- Defensores dos direitos animais fazem protesto em uma das lanchonetes do Burger King de SP para pressionar a empresa a não comprar animais de fornecedores que criam suínos e aves em gaiolas
Histórico
- O tema começou a ganhar espaço entre os consumidores a partir do livro “Máquinas Animais”, de 1964, da jornalista e veterinária inglesa Ruth Harrison
- Permitiu ao público inglês a conhecer e entender a sua versão de como eram tratados os animais que seriam transformados em alimento
- Pressão popular: parlamento Inglês criou um comitê especial para investigar as acusações na obra de Harrison
- O médico veterinário Rogers Brambell, em 1965, foi encarregado de relatar tecnicamente a realidade existente e assumiu não ter conhecimentos suficientes para mensurar os itens mencionados
- Surgiu a necessidade de se produzirem códigos de conduta para criação dos animais de produção
- Formou-se, então, em 1967, uma Comissão para pesquisar e analisar os manejos e suas implicações morais e na qualidade da carne
- Esta Comissão transformou-se em Conselho, 12 anos depois, em 1979
- Em 1993, a Comissão, ainda presidida por Brambell, editou a Declaração Universal de Bem-Estar Animal
- Declara as “Cinco Liberdades”, que permitem avaliar a propriedade, a indústria e o manejo, quanto ao respeito e bem-estar animal
Histórico do Bem-estar animal no Brasil
- Marco legal: Decreto no 24.645 de julho de 1934 - estabeleceu medidas de proteção animal (revogado)
- Constituição Federal de 1988 (artigo no 225): dota o poder público de competência para proteger a fauna e a flora, vedando práticas que submetam os animais a crueldade
- As mais recentes legislações brasileiras sobre o bem-estar dos animais de produção são:
· Instrução Normativa No 3, de 17 de janeiro de 2000, que é um Regulamento Técnico de Métodos de Insensibilização para o Abate Humanitário de Animais de Açougue
· Instrução Normativa No 13, de 30 de março de 2010, que aprova o Regulamento Técnico para Exportação de Bovinos, Búfalos, Ovinos e Caprinos Vivos, Destinados Ao Abate
· Instrução Normativa No 46, de 28 de agosto de 2018, que contempla o regulamento técnico para exportação de bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos vivos, destinados ao abate ou à reprodução
· Instrução Normativa N° 56, de 06 de novembro de 2008, que estabelece os procedimentos gerais de Recomendações de Boas Práticas de Bem-estar para Animais de Produção e de Interesse Econômico – REBEM, que abrange os sistemas de produção e o transporte
OIE
- Além das legislações nacionais é importante conferir as recomendações da OIE para bem – estar animal nas diferentes etapas da produção e para diferentes espécies
Definições de Bem-estar 
- Comitê brambell: “Bem-estar é um termo amplo, que abrange tanto o estado físico quanto o mental do animal. Por isso, qualquer tentativa para avaliar o nível de bem-estar em que os animais se encontram deve levar em consideração a evidência científica existente relativa aos sentimentos dos animais. Essa evidência deverá descrever e compreender a estrutura, função e formas comportamentais que expressem o que o animal sente.”
- Barry O. Hughes (1976): “É um estado de completa saúde física e mental, em que o animal está em harmonia com o ambiente que o rodeia”
- Broom (1986): “ o estado de um indivíduo durante suas tentativas de se ajustar ao ambiente”. Nessa definição, bem-estar significa “estado” ou “qualidade de vida”, que pode variar entre muito bom e muito rim, portanto é uma escala de pontuação, ou seja, um escorre
- OIE (2020), definição mais usada: Bem-estar animal significa o estado físico e mental de um animal em relação às condições em que vive e morre
Como avaliar o bem estar? *
- o bem-estar animal é medido pelo resultado de somatória de liberdades:
1. Livre de sede, fome e má nutrição
2. Livre de desconforto
3. Livre de dor, injúria e doença
4. Livre para expressar seu comportamento normal 
5. Livre de medo e distresse
- Distresse: Estresse negativo, intenso, ao qual os animais não conseguem se adaptar, tornando-se causa de sofrimento.
OIE (2020): Um animal experimenta um bem-estar se o animal é saudável, confortável, bem nutrido, seguro, não sofre de estados desagradáveis como dor, medo e angústia e é capaz de expressar comportamentos importantes para seu estado físico e mental
Importância do bem estar e abate humanitário
- o estresse compromete o bem-estar animal, causando desde exaustão metabólica, desidratação, estresse térmico e até morte
- Efeitos diretos: perdas por contusões, hematomas, fraturas, luxações e salpicamento (depreciação do valor da carcaça e dos cortes)
- Efeitos indiretos: síndromes D.F.D. e P.S.E. e alterações organolépticas ou sensoriais na carne
RIISPOA 2017: É proibido o abate de animais que não tenham permanecido em descanso, jejum e dieta hídrica, respeitadas as particularidades de cada espécie e as situações emergenciais que comprometem o bem-estar animal
Regulamento técnico de abate humanitário
- Objetivo: estabelecer, padronizar e modernizar os métodos humanitários de insensibilização dos animais de açougue para o abate, assim como o manejo destes nas instalações dos estabelecimentos aprovados para esta finalidade
- Definições: Âmbito de Aplicação - Em todos os estabelecimentos industriais que realizam o abate dos animais de açougue
· Abatedouro frigorífico
· Abatedouro frigorífico de pescado
- Procedimentos de abate humanitário: é o conjunto de diretrizes técnicas e científicas que garantam o bem-estar dos animais desde a recepção até a operação de sangria
- Recepção e encaminhamento ao abate: é o recebimento e toda a movimentação dos animais que antecedem o abate
- Manejo: é o conjunto de operações de movimentação que deve ser realizada com o mínimo de excitação e desconforto, proibindo-se qualquer ato ou uso de instrumentos agressivos a integridade física dos animais ou provoque reações de aflição
- Contenção: é a aplicação de um determinado meio físico a um animal, ou de qualquer processo destinado a limitar os seus movimentos, para uma insensibilização eficaz
- Atordoamento ou insensibilização: é o processo aplicado ao animal, para proporcionar rapidamente um estado de insensibilidade, mantendo as funções vitais até a sangria *
- Sensibilidade: é o termo usado para expressar as reações indicativas da capacidade de responder a estímulos externos
- Abate: é a morte de um animal por sangria *
Conduzindo os animais para o abate
Condução do bovino para o abate
- Finalidade: conduzir o animal para o abate com o máximo de bem-estar possível 
a) Desembarque
b) Estímulos sonoros (chocalho e voz)
c) Bandeira
d) Bastões elétricos, devem ser utilizados:
> nos animais que se recusaram insistentemente a seguir em frente
> sobre os quartos traseiros de bovinos adultos, acima do jarrete para evitar coices e riscos de acidentes
> quando há espaço à frente do bovino conduzido
> tempo máximo de um segundo, com pausa entre cada aplicação
Condução do suíno para o abate
- Finalidade: conduzir o animal para o abate com o máximo de bem-estar possível
a) Chocalhos, remo, voz, palmas e ar comprimido
b) Pranchas e lonas
c) Bastão elétrico
Condução de aves para o abate
- Finalidade: conduzir o animal para o abate com o máximo de bem-estar possível
- Pendura: suspensão das aves de cabeça para baixo nos ganchos da nória
- nesse processo as aves podem sentir dor e diestresse, tais como:
· Dor nas pernas ou canelas devido à compressão na região de contato com o gancho
· Medo e diestresse
· Dor e lesão devido ao bater de asas
- pré-choque: ocorre quando as aves fazem contato com a água eletrificada antes de serem insensibilizadas na cuba
Métodos de insensibilização para o abate humanitário *
- os métodos classificam-se em:
1. Método mecânico
2. Método elétrico3. Método da exposição à atmosfera controlada
Método mecânico 
- Percussivo penetrativo: pistola com dardo cativo (é mais eficiente)
1. A pistola deve ser posicionada de modo a assegurar que o dardo penetre no córtex cerebral, através da região frontal
2. Os animais não serão colocados no recinto de insensibilização se o operador responsável pelo atordoamento não puder proceder a essa ação imediatamente após a introdução do animal nesse recinto
- Percussivo não penetrativo:
· Esse processo só é permitido se for utilizada a pistola que provoque um golpe no crânio
· O equipamento deve ser posicionado na cabeça, nas regiões indicadas pelo fabricante de modo a assegurar que o dardo atinja o córtex cerebral, através da região frontal
Monitoramento da insensibilização do bovino
- Quando os bovinos são insensibilizados corretamente, passam por duas fases, que são denominadas tônica e clônica
- Fase tônica: 
· Perda da consciência, com colapso imediato (queda);
· A musculatura torna-se contraída;
· Flexão dos membros traseiros e extensão dos dianteiros.
· Ausência de respiração rítmica;
· A pupila torna-se dilatada (midríase);
· Ausência de reflexo corneal (o olhar deve apresentar-se fixo e vidrado);
· Olhos não podem estar rotacionados ou focados (ajustando o foco à imagem/ambiente). A rotação dos olhos pode ser um sinal de consciência ou que não houve uma insensibilização profunda, e há o risco de retorno à consciência.
· Mandíbula relaxada e língua solta (protusa). Língua protusa indica que o masseter (músculo que compõe a face lateral da mandíbula) está relaxado;
· Ausência de vocalização;
· Ausência do reflexo de endireitamento da cabeça e tentativa de recuperar a postura;
· Ausência de reflexo de sensibilidade a estímulos dolorosos, que podem ser avaliados principalmente na narina e na língua.
- Fase clônica: 
· Logo após a fase tônica inicia-se a clônica, em que o bovino manifesta espasmos musculares (contração involuntária dos músculos), sendo comum movimentos não coordenados dos membros posteriores (coices, pedaleio) e relaxamento gradual da musculatura
- Durante a fase tônica e clônica, os animais não devem apresentar sinais de sensibilidade (reflexo corneal, olhar focado, resposta a estímulo de dor, respiração rítmica, tentativa de endireitar-se)
- Para detectar falha no procedimento de insensibilização, alguns dos sinais acima devem ser avaliados em conjunto. A respiração rítmica associada aos reflexos corneal e de estímulo da dor são bons parâmetros para confirmar falha no procedimento
E se insensibilização falhar?
- Um insensibilizador de emergência deve estar disponível próximo ao operador, de modo a permitir acesso rápido ao equipamento no momento de falha no procedimento de insensibilização
1. Se o primeiro disparo foi fora do alvo, o segundo deve ser o mais próximo possível da posição correta;
2. Se o primeiro disparo atingiu o alvo e falhou, o segundo disparo deverá ser acima e para o lado. Se um terceiro disparo for necessário, deve ser acima, e para o outro lado.
 
Sangria bovina
- A operação de sangria deve ser iniciada logo após a insensibilização do animal, de modo a provocar um rápido, profuso e mais completo possível escoamento do sangue, antes de que o animal recupere a sensibilidade
- A operação de sangria é realizada pela seção dos grandes vasos do pescoço, no máximo 1 minuto após a Insensibilização por Método Percussivo Penetrativo e 30 segundos após a insensibilização por Método Percussivo NÃO Penetrativo
- Somente após o término da sangria, mínimo de 3 minutos, deve-se iniciar a esfola. Nenhum procedimento pode ser realizado até que esteja comprovada a morte do animal
- O procedimento adequado para a sangria deve ser realizado cortando (incisão) os grandes vasos que emergem do coração (artérias carótidas e artérias vertebrais), localizados próximos às vértebras cervicais
- Assim, a perda excessiva de sangue priva o coração de bombear um volume sanguíneo suficiente para oxigenar os tecidos, inclusive o cérebro, causando choque hipovolêmico (falência múltipla dos órgãos e anóxia cerebral). A função cerebral é gradualmente prejudicada até que ocorra a morte do animal
Método elétrico – ELETRONARCOSE
- O equipamento deve possuir:
1. Dispositivo de segurança que o controle, para garantir a indução e a manutenção dos animais em estado de inconsciência até a sangria
2. Dispositivo sonoro ou visual que indique o período de tempo de sua aplicação
3. Dispositivo de segurança visível, indicando a tensão e a intensidade da corrente, para o seu controle, para garantir a indução e a manutenção dos animais em estado de inconsciência 
4. Sensores para verificar a resistência, a corrente elétrica que o corpo do animal oferece, para garantir que a voltagem e a amperagem empregadas na insensibilização sejam proporcionais ao porte do animal, evitando lesões e sofrimento inútil 
Eletronarcose em suíno
- A Eletronarcose é um método reversível e implica em transmitir corrente elétrica através do cérebro do animal
- A corrente elétrica promove epilepsia que impede a atividade cerebral e provoca a despolarização imediata das células neurais. O animal fica inconsciente e o estímulo da dor é impedido de ser traduzido
- O estímulo da dor ocorre entre 150 a 200 milésimos de segundo. A eletronarcose leva 15 milésimos de segundo em média
- Os eletrodos devem ser colocados de modo a permitir que a corrente elétrica atravesse o cérebro
- Os eletrodos devem ter um firme contato com a pele e, caso necessário, devem ser adotadas medidas que garantam um bom contato dos mesmos com a pele, tais como molhar a região e eliminar o excesso de pelos
- De acordo com a Portaria no 711/1995, os parâmetros legais do equipamento são:
1. Voltagem: 350 a 750 volts
2. Amperagem: 0,5 a 2,0 ampéres (geralmente 1,3A)
3. Tempo de aplicação: suficiente para provocar insensibilização adequada (geralmente 3s)
- tempo máximo entre insensibilização e sangria: 30 segundos
Monitoramento da insensibilização em suínos
- Quando os SUÍNOS são insensibilizados corretamente, passam por duas fases, que são denominadas tônica e clônica
- Fase tônica:
· Dura entre 10 e 20 segundos. Sinais presentes:
> perda da consciência com colapso imediato (queda)
> musculatura torna-se contraída
> elevação da cabeça
> flexão dos membros traseiros e extensão dos dianteiros
> ausência de respiração rítmica na região do flanco e focinho
> a pupila torna-se dilatada (midríase)
> ausência de reflexo corneal
> ausência de reflexo de sensibilidade a estímulos dolorosos
- Fase clônica:
· Inicia-se logo após a fase tônica
· Dura entre 15 a 45 segundos
· Sinais presentes:
> ausência de respiração rítimica
> ausência de reflexo corneal
> pedaleio ou chutes involuntários
> relaxamento gradual da musculatura
Sangria suína
- Uma sangria adequada deve ser realizada seccionando os grandes vasos que emergem do coração (artérias carótidas e veias jugulares). Assim a perda excessiva de sangue priva o coração de bombear um volume sanguíneo suficiente para oxigenar os tecidos, inclusive o cérebro, causando choque hipovolêmico. A função cerebral é gradualmente prejudicada até que ocorra a morte do animal
- A incisão deve ser na linha média do pescoço, sulco jugular, onde há uma depressão em frente ao osso peitoral
- Deve provocar um rápido, profuso e mais completo possível escoamento do sangue
- duração mínima: 3 min
- pode ser vertical (suíno pendurado) ou horizontal (mesa de sangria)
Eletronarcose em aves
- O método mais comum de insensibilização utilizado no brasil é a eletronarcose em cubas de imersão
- Esse sistema consiste em pendurar as aves pelas pernas, ainda conscientes, em ganchos de metal que estão ligados à nória em movimento
- As aves são submersas em uma cuba de insensibilização com água eletrificada, de modo que a corrente elétrica flua da cuba para as aves, dissipando-se para o gancho, para submete-las à perda imediata de consciência
- A profundidade e duração da inconsciência dependem da quantidade de corrente e frequência aplicada durante a imersão- A insensibilização NÃO deve promover, em nenhuma hipótese, a MORTE das aves
Monitoramento da insensibilização de aves
- Quando as AVES são insensibilizados corretamente, passam por duas fases, que são denominadas tônica e clônica.
- Fase tônica:
1. Pescoço arqueado e perna estendidas
2. Tremor corporal
3. Asas fechadas junto ao corpo
4. Olhos abertos
5. Ausência de respiração rítmica
- Fase clônica:
1. Movimento das pernas
2. Movimento de asa, mas sem batimento coordenado das asas
3. Ausência de reflexo ocular
Sangria das aves
- a insensibilização deve ser seguida de sangria no prazo máx. de 12 segundos
- Uma sangria adequada deve ser realizada seccionando os grandes vasos que emergem do coração (artérias carótidas e veias jugulares). Assim a perda excessiva de sangue priva o coração de bombear um volume sanguíneo suficiente para oxigenar os tecidos , inclusive o cérebro, causando choque hipovolêmico. A função cerebral é gradualmente prejudicada até que ocorra a morte do animal
- Tempo mínimo exigido para uma sangria total, 3 (três) minutos, antes do qual não será permitida qualquer outra operação
Método da exposição à atmosfera controlada
- Atmosfera com dióxido de carbono (CO2) ou com mistura de dióxido de carbono e gases do ar, onde os animais são expostos para insensibilização, deve ser controlada para induzir e manter os animais em estado de inconsciência até a sangria, sem submetê-los a lesões e sofrimento físico
- Os equipamentos onde os animais são expostos à atmosfera controlada devem ser concebidos, construídos e mantidos de forma a conter o animal adequadamente, eliminando a possibilidade de compressão sobre o corpo do animal, de forma que não provoque lesões e sofrimento físico
- o equipamento deve:
1. Dispor de aparelhos para medir a concentração de gás no ponto de exposição máxima
2. Emitir um sinal de alerta, visível e/ou audível pelo operador, caso a concentração de dióxido de carbono esteja fora dos limites recomendáveis pelo fabricantes
3. A concentração de dióxido de carbono, em seu nível máximo, em volume, deve ser de, pelo menos, 70% para suínos e 30% para aves
- Segundo a IN 3/2000:
1. Utilizar CO2 ou CO2 + mistura de gases do ar
2. A concentração máxima de CO2 deve ser de 70% para suínos e 30% para aves
- Vantagens: 
· Evita hemorragia muscular, fraturas e luxações
· Diminui a incidência de PSE
· Os músculos ficam relaxados, exceto o coração, que ainda mantém a circulação
· Mesmas fases da anestesia
- Desvantagem: custo
Abate religioso
- É facultado o abate de animais de acordo com preceitos religiosos, desde que seus produtos sejam destinados total ou parcialmente ao consumo por comunidade religiosa que os requeira ou ao comércio internacional com países que façam essa exigência
- Kosher: É o ritual judaico de abate, destinado aos judeus
- Halal: É o abate de animais destinados à comunidade islâmica
- Em ambos tipos de abates rituais, Kosher e Halal, não há prévia insensibilização
Abate Kosher e Halal
- é realizada a degola ou jugulação cruenta
1. É necessária a contenção e estiramento do pescoço
2. A incisão é única
3. Abrange pele, músculos, traqueia, esôfago, veias jugulares e artérias carótidas

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