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Licenciado para - vilmarina carlos pontes - 44089775272 - Protegido por Eduzz.com Licenciado para - vilmarina carlos pontes - 44089775272 - Protegido por Eduzz.com EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ATIVIDADES PARA EXPLORAR A SENSIBILIDADE EM CRIANÇAS E JOVENS NA ESCOLA 4 Explore os seus sentidos 6 Guiando o colega 8 Interpretação de imagem 9 Vamos desenhar? 10 Todos juntos aprendendo com as diferenças 12 História 14 Desenho do corpo 15 Possibilidades de expansão 17 Outras atividades inclusivas 18 Calendário em braille 20 CALENDÁRIO 1 20 CALENDÁRIO 2 21 CALENDÁRIO 3 22 Elaboração de chamadas 23 CHAMADA 1 23 CHAMADA 2 23 CHAMADA 3 24 Licenciado para - vilmarina carlos pontes - 44089775272 - Protegido por Eduzz.com Licenciado para - vilmarina carlos pontes - 44089775272 - Protegido por Eduzz.com EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ATIVIDADES PARA EXPLORAR A SENSIBILIDADE EM CRIANÇAS E JOVENS NA ESCOLA Trabalhar a inclusão de pessoas com deficiência em crianças e jovens é uma das formas mais eficazes de criar adultos sensíveis e preparados para lidar com essa realidade na escola, nas ruas e no mercado de trabalho. Pensando nisso, consultamos a psicóloga e consultora de educação inclusiva Magda Silvia Berté Verissimo para sugerir dinâmicas e atividades escolares direcionadas a educadores para serem realizadas em sala de aula com o objetivo de mudar uma realidade de exclusão e preconceito. “Os educadores devem ir devagar e com calma, envolvendo alunos e família pra não assustar as crianças. Eu tenho um exemplo na família: costumo falar sobre o tema com o meu sobrinho, que é uma criança, e quando eu chego na parte de que alguém perdeu um braço, uma perna ou nunca mais vai enxergar, ele começa a dizer “para, para, eu não quero mais falar nisso”. Isso mostra a sensibilidade que o tema deve ser tratado com eles”, diz Magda. As quatro atividades sugeridas por Magda podem ser realizadas em sala de aula entre educador e alunos, porém, ressalta que em uma delas a figura do responsável pode ser diferencial: “As crianças pequenas ainda são muito dependentes e influenciadas pelos pais. Por isso, antes de iniciar qualquer atividade com eles, sugiro envolver os pais ou um representante familiar e saber o que eles entendem sobre isso e como lidam em casa com essa questão. A ideia é que a linha realizada na escola seja seguida em casa. A escola deve chamar e envolver os pais, mesmo os dos anos mais adiantados, para que haja continuidade no trabalho realizado”, conclui. Confira abaixo os exercícios sugeridos por Magda para serem realizados na escola: Licenciado para - vilmarina carlos pontes - 44089775272 - Protegido por Eduzz.com Explore os seus sentidos Idade: 4 a 6 anos. Local: sala de aula ou refeitório. Materiais necessários: um bolo de chocolate, suco de laranja, pratos e copos de plástico e lenços para vendar todos os alunos participantes. O sabor do bolo e do suco devem ser mantidos em segredo dos alunos até o início da atividade. Preparação: Oriente os alunos a formar uma roda e que o responsável sente atrás ou do lado. Escolha e coloque uma música tranquila ou relaxante no ambiente para que os alunos se mantenham tranquilos. Dinâmica: Peça que cada familiar vende os alunos. Com todos prontos e sentados, corte o bolo em fatias, sirva-as nos pratos e ponha na frente de cada aluno. Faça o mesmo com o suco, deixando copo um pouco mais à frente para que os alunos não corram o risco de derrubar enquanto realizam a atividade. Oriente que eles se aproximem do alimento e mantenham o prato ao alcance das mãos. A atividade pode ser feita em mesas individuais ou até mesmo no chão. Peça que eles cheirem Licenciado para - vilmarina carlos pontes - 44089775272 - Protegido por Eduzz.com o que tem em cima do prato, que ponham os dedos e as mãos. Vá dando essas orientações e fazendo perguntas do tipo: Tem cheiro de quê? É gelado ou quente? Fofinho ou duro? É doce ou azedo? Ao lado, os pais podem ir encorajando e orientando cada etapa e até mesmo ir fazendo perguntas que agucem os sentidos. Depois desse primeiro momento de experimentação, o educador orienta que os alunos devem então pegar o alimento e prová-lo. O mesmo deve ser feito com suco, explorando questões como sabor e temperatura. Objetivo: aguçar os sentidos como o olfato, o tato e o paladar. Tempo da atividade: não determinado, depende do ritmo da turma na tarefa de explorar o alimento. Finalização: oriente a retirada das vendas e faça perguntas como: o que acharam da atividade? Era isso mesmo o que esperavam? Qual sentimento tiveram ao ter de manusear algo sem saber do que se trata? Sentiram-se inseguros ou vulneráveis? Como se sentiram com a ajuda e o encorajamento do adulto? Ajudou? Depois dessa reflexão, levar o tema das pessoas com deficiência visual e da necessidade que elas têm de ter pessoas em quem confiam para fazer as tarefas cotidianas e diárias, como comer, por exemplo. Também é recomendável frisar que as pessoas com deficiência fazem tarefas iguais aos alunos todos os dias, como se alimentar, tomar banho, fazer necessidades, entre outras, porém, a única diferença é que as pessoas com deficiência confiam nas suas pessoas de referência, pessoas queridas que eles confiam para poder realizar essas tarefas, como comer, por exemplo. Por isso a importância de contar com a presença de um responsável, para que os alunos percebam o valor das pessoas de referência na vida das pessoas com deficiência. Observação: o pai, a mãe ou o representante familiar responsável presente não podem sugerir de qual alimento se trata nem o sabor do suco, apenas encorajar que a criança os explore. Magda orienta que nessa atividade cada aluno seja acompanhado por um responsável, que vai atuar como um guia ou orientador durante o processo. Licenciado para - vilmarina carlos pontes - 44089775272 - Protegido por Eduzz.com Guiando o colega idade: 4 a 6 anos. Local: pátio sem obstáculo, quadra, ginásio ou cancha esportiva. Materiais necessários: vendas e cones (podem ser bolas) para que sirvam de obstáculos. Preparação: divida a turma em grupos de três alunos e oriente que formem filas, em pequenos trenzinhos, e que ponham o braço esticado sobre o ombro do colega da frente. O aluno do meio e do terceiro da fila devem ser vendados. Dinâmica: já dispostos em filas, os trios devem fazer a travessia do espaço com a orientação do aluno da dianteira, que deve guiar lentamente os colegas repassando orientações o número de passos que eles devem dar e qual a direção. Cones (ou bolas) dispostos ao longo do percurso e depois de vendar os alunos podem servir de obstáculos para que os alunos com vendas sejam orientados a fazer o percurso não-linear. Finalização: avaliar e refletir junto aos alunos a comunicação e a confiança entre eles. Objetivo: desafiar o guia a se expressar com clareza e a relatar de forma detalhada, tranquila e segura os obstáculos (dificuldades), instigando a confiançanos outros dois colegas. A meta não é cruzar o percurso de forma rápida, mas sim com segurança e confiança mútua. Licenciado para - vilmarina carlos pontes - 44089775272 - Protegido por Eduzz.com Tempo da atividade: não determinado, depende da quantidade de obstáculos e da velocidade da turma. Interpretação de imagem Idade: a partir de 11 anos. Local: sala de aula ou pátio. Materiais necessários: venda para todos os alunos, folha de papel e um lápis para cada aluno. Preparação: organize os alunos em dois grandes círculos, um menor e um maior. Os alunos do menor sentam-se virados para dentro e os alunos do maior, sentam-se virados para fora. Ambos têm de ficar com as costas encontrados no outro aluno. Os alunos do círculo maior devem ser vendados. No meio da roda, o educador deve colocar um desenho não-abstrato ou uma fotografia (como sugestão, pode ser uma página de jornal ou revista com um anúncio publicitário). Dinâmica: os alunos virados para dentro da roda devem dizer o que é o desenho, descrever os detalhes e os pormenores da imagem. Os alunos da roda maior devem desenhar o que está sendo relatado pelo colega e desenhar. O educador pode orientar perguntando coisas como: está em cima ou embaixo? Grande ou pequeno? À esquerda Licenciado para - vilmarina carlos pontes - 44089775272 - Protegido por Eduzz.com ou à direita? Perto ou longe? Ao fim do desenho da primeira turma, os alunos devem trocar de posição e a professora deve colocar um outro desenho no centro da roda. Finalização: refletir junto aos alunos como foi a atividade: fácil ou difícil? Perguntar aos alunos se eles entenderam os detalhes relatados, se o colega foi claro e objetivo. Objetivo: explorar a comunicação entre os alunos, frisando a importância do detalhamento e dos detalhes, porque nem tudo é óbvio, principalmente para quem não enxerga. Tempo da atividade: não determinado, depende da complexidade do desenhado dado e do ritmo da turma em descrever e em desenhar. Vamos desenhar? Idade: a partir de 11 anos. Local: sala de aula ou pátio. Materiais necessários: lenços (ou echarpes), folha para desenho e lápis. Preparação: divida os alunos em grupos de três e determine (ou permita que eles escolham entre si) uma incapacidade para cada um. Ou seja, um não vai enxergar, outro não poderá mover os braços e o último não poderá ouvir. Com os papéis já definidos, reúna os alunos que usarão a venda nos olhos e nos braços em um ponto da sala para que o terceiro grupo não os ouça e oriente sobre a atividade. Se preferir, peça para que o grupo que não vai enxergar espere do lado de fora da sala para que não ouçam as Licenciado para - vilmarina carlos pontes - 44089775272 - Protegido por Eduzz.com orientações. Oriente os alunos que não vão enxergar e que não poderá usar os braços a desenhar, cada um em uma folha de papel, a desenhar uma casa. Explore a riqueza de detalhes e reforce que eles devem desenhar todos os elementos ao redor do principal, como, no caso da casa, portas, chaminé, janelas, sol, nuvens, pássaros, chão, entre outros que preferir. Por fim, oriente esses alunos a explicar para o terceiro do grupo o que ele deve desenhar: pode ser mímica ou segurar a mão e conduzir o desenho, a ideia é que os próprios alunos desenvolvam uma forma de transmitir o que o aluno que não escuta deve desenhar. Nesse ponto, o educador deve perguntar como os alunos acham que podem ajudar, mas reforçar que a orientação deve ser feita na condição de limitação. Depois, reúna novamente os alunos em seus trios originais e explique para o aluno que não vai ouvir: que ele será orientado pelos outros dois colegas do grupo sobre o que ele deve desenhar. Por fim, ainda antes de começar, em cada grupo, ajude a vendar um dos alunos, auxilie a amarrar suavemente atrás do corpo as mãos de outro e, por fim, amarre o lenço ao redor do rosto do terceiro de forma que reduza a sua audição. Dinâmica: Reunidos em grupos de três, cada aluno faz um desenho em uma folha de papel. Pode ser uma casam um barco, qualquer elemento, desde que repleto de detalhes. O educador deve ir passando de grupo em grupo e observando como os alunos estão orientando o que não está ouvindo sobre qual desenho eles devem fazer. O professor também pode ir questionando os alunos, perguntando se eles precisam de algum tipo de ajuda e qual e orientando os outros colegas do grupo para essa tarefa. Objetivo: Promover o trabalho em equipe e colaborativo apesar das diferenças. A meta não é avaliar a qualidade do desenho, mas sim a forma como os alunos encontram para ajudar os colegas com deficiência. Finalização: Depois da atividade finalizada pela professora, os alunos podem retirar os lenços e retornar à sua condição original. Em um círculo, o educador deve explorar a questão da limitação física com perguntas do tipo: como vocês se sentiram com essa limitação? Tiveram medo? Sentiram-se inseguros? Foi fácil ou difícil desenhar? Acharam difícil ajudar e ser ajudado? Os outros dois colegas quiseram receber ajuda? Como perceberam que eles se sentiram? Vocês foram receptivos à ajuda? Perceberam que a ajuda dada por vocês foi bem recebida? O orientador pode fazer perguntas específicas para cada aluno de acordo com a deficiência que experimentou. Para arrematar a atividade, o educador pode ainda trazer vídeos que abordam a deficiência. Tempo da atividade: sem limite determinado, depende do ritmo, do entendimento e da execução da tarefa por parte dos alunos. A atividade pode ser encerrada quando todos os alunos acharem que concluíram o seu desenho. Licenciado para - vilmarina carlos pontes - 44089775272 - Protegido por Eduzz.com Todos juntos aprendendo com as diferenças Indicado às escolas que estejam iniciando em educação inclusiva. Utilizando do cartaz do Ministério da Educação e Cultura -MEC “Todos juntos aprendendo com as diferenças“, a escola poderá fazer atividades que ajudem a vencer preconceitos promovendo empatia, respeito e solidariedade. Com o auxílio de figurinhas de revistas em quadrinhos, inicie perguntando aos alunos se eles conhecem 2 seres vivos iguais. Assim como os personagens de quadrinhos, nós seres humanos temos características que nos diferenciam uns dos outros. Se alguém citar os gêmeos idênticos, lembremos das diferenças de temperamento que geralmente eles tem. Em seguida incite um debate perguntando:“como seria o mundo se todos fôssemos iguais? E se pensássemos da mesma maneira, tivéssemos os mesmos gostos, os mesmos sonhos, agíssemos totalmente iguais?” Mostre as vantagens das pessoas serem diferentes pois isso traz diversas contribuições à sociedade. Através da conversa com os alunos procure conhecer os sentimentos deles em relação à deficiência. Se conhecem alguém, como agem com essa pessoa, o que Licenciado para - vilmarina carlos pontes - 44089775272 - Protegido por Eduzz.com pensam dela. Em seguida, aproveitando as deficiências citadas, divida a turma em pares onde cada par irá vivenciar o tipo de deficiência (auditiva, motora, visual ou múltipla) alternando a posição entre o deficiente e o acompanhante. Algumas sugestões para cada deficiência: ● Auditiva: assistir a um vídeo sem som. O que eles aprendem? ● Visual: explorar a sala de aula ou outro local da escola de olhos vendados com a ajuda do colega. ● Na fala: tentar passar uma mensagem ao colega através de mímica. ● Motora: brincadeiras como ovo na colher, corrida do saco, nas quais o aluno estará com a perna ou o braço mobilizado. ● Múltipla: associar dois ou mais tipos de deficiências Depois dessa atividade deixe que os alunos expressem o que sentiram, quais as dificuldades encontradas, se o colega ajudou ou atrapalhou, se mudou algum sentimento depois dessa atividade. Pesquise com os alunos pessoas que enfrentam na vida situações devido à suas deficiências, como elas desenvolveram suas atividades e superaram suas dificuldades. Finaliza pedindo que ele faça um texto sobre o tema: “Todos tem o direito de ser diferentes”. Licenciado para - vilmarina carlos pontes - 44089775272 - Protegido por Eduzz.com História A história escolhida foi: “Cocoricó- Um amigo especial”. Autora: Cristiane Pederiva, editora Melhoramentos. Objetivo: discutir a deficiência visual e os recursos de acessibilidade necessários para uma pessoa cega, conhecer o sistema braille de leitura e escrita. Antes de começar fazer perguntas que: despertem a curiosidade das crianças, objetivam criar leitores críticos explorando as informações do título e da capa, conhecer o contexto da história e conhecer os personagens. Se houver alunos com deficiência visual na sala, o professor precisa descrever as características de cada personagem, o que vestem, onde estão. esse recurso é essencial para que as crianças entendam melhor a história e o contexto. Contar a história mostrando painéis táteis e ilustrativos. Deixar que as crianças toquem os painéis, explorem e comentem. Fixar na lousa após a exploração. Apresentar às crianças uma bengala, um reglete com pulsão, papel mais grosso Licenciado para - vilmarina carlos pontes - 44089775272 - Protegido por Eduzz.com para ser usado na reglete, alguns textos em braille: esses instrumentos são usados pelo personagem cego na história. Depois da leitura perguntar sobre os personagens e a história, fazer perguntas para despertar nas crianças o respeito à diferença, sobre o que cada um pode fazer para promover a inclusão na escola, como as pessoas com essa deficiência assistem televisão e o que podemos fazer para ajudá-las na rua. Ensinando o alfabeto em braile: mostrar cartões com as letras do alfabeto em braile, para que as crianças colem botões pretos nos pontos marcados em negrito. Esses cartões ficarão expostos na sala. Desenho do corpo Além das atividades com histórias, elaboramos outras atividades inclusivas para oferecer a vocês, professores, mais oportunidades de reflexão sobre o que, como e para que criar estas atividades. A atividade que apresentamos a seguir, Desenho do Corpo, oferece possibilidades de desenvolver a conscientização corporal, o trabalho com as diferenças, ressaltando que cada um tem suas peculiaridades, apesar de sermos tão parecidos. Objetivos Trabalhar a construção da imagem corporal; discutir os cuidados com o corpo; incentivar o trabalho colaborativo; promover a interação; discutir a diferença. Licenciado para - vilmarina carlos pontes - 44089775272 - Protegido por Eduzz.com Procedimentos Antes Perguntas que objetivam despertar o interesse das crianças pela atividade e pelo tema: O que vamos fazer? Explicar que vamos “nos” desenhar, ao invés de desenharmos “alguma coisa”, como fazemos normalmente. Quais são as partes do corpo? Como cuidar bem do nosso corpo? As pessoas são iguais? O que nos diferencia? Um bom aquecimento pode começar com uma conversa, em roda, com os alunos sobre o tema “corpo”, levantando a importância de cada parte, dos movimentos, peculiaridades, singularidades, etc. Outro aspecto interessante a ser abordado é a diferença entre as pessoas. As pessoas têm características próprias que as diferenciam umas das outras. Podemos propor que a atividade seja realizada em duplas, para que um aluno possa fazer o contorno do corpo do outro e poder, desta forma, contribuir com o seu olhar, para ampliar a consciência corporal. • Material sugerido: papel kraft (ou outro papel de rolo), canetinhas hidrográficas de ponta grossa, giz de cera ou giz de lousa. Durante Estimular o trabalho em conjunto entre os alunos e, ao mesmo tempo, prestar atenção na reação de cada um diante de sua produção: pode haver aquele que se surpreenda com seu tamanho ou com alguma peculiaridade de seu corpo, aquele que se assuste, etc. Depois Perguntas que possibilitam a retomada do processo e a percepção do que foi feito e como foi feito: Como foi fazer esta atividade? Houve facilidades/dificuldades? Como foi a reação diante do desenho pronto? Como cada um imaginava que seria antes de fazer? O que vocês puderam observar? Existem desenhos iguais? O que isto nos sugere? A atividade pode ser desenvolvida com todos os alunos, devido à variedade de aspectos que podem ser ressaltados. Licenciado para - vilmarina carlos pontes - 44089775272 - Protegido por Eduzz.com Segundo Levin (1998), a descoberta do corpo é essencial para a formação do indivíduo. Desde que nasce, a criança usa a linguagem corporal para conhecer a si mesma, para relacionar-se com seus pais, para movimentar-se e para descobrir o mundo. As crianças com deficiência podem ter mais dificuldade com a construção da imagem corporal, devido às limitações para usar o corpo. Quanto maior a conscientização a respeito do tema, mais elas poderão superar estas dificuldades e aprender com as restrições. Se houver um aluno com deficiência visual, o aspecto tátil pode ser estimulado na construção do desenho do contorno de seu corpo, e na nomeação das partes, fazendo uso, por exemplo, de tinta relevo ou um cordão mais grosso para o contorno; se houver um aluno com deficiência auditiva, o aspecto visual pode ser enfatizado. Em relação aos alunos com deficiência intelectual ou distúrbio global do desenvolvimento, além dos aspectos acima, pode-se ressaltar a própria função da construção da imagem corporal como a mais importante, uma vez que o objetivo principal é a visualização do corpo como um todo e a nomeação daspartes. Além disso, com todos os alunos podemos trabalhar com coordenação motora e também com aspectos de colaboração. Caso haja na sala um aluno com deficiência física, é necessário fazer um planejamento desta atividade, levando em consideração as particularidades deste aluno e dos cuidados com ele. Ademais, vale ressaltar que outros aspectos podem estar em jogo, como, por exemplo, a disponibilidade ou o preparo emocional do professor para trabalhar com a diferença. No caso de alunos com DGD, pode haver a necessidade do professor auxiliar na construção de um olhar e de uma reação diante da produção, considerando que estas crianças têm uma dificuldade maior para atribuírem sentido às coisas do cotidiano, a começar pelo próprio corpo. Possibilidades de expansão Esta atividade pode ser expandida de diversas formas, tendo em vista a idade dos alunos e os temas a serem trabalhados no momento pelo professor. Por exemplo: • pode-se trabalhar o tema alimentação: quais são os alimentos que fazem bem para o nosso corpo; a importância da alimentação saudável; despertar as crianças para hábitos alimentares saudáveis; etc. • pode-se fazer um aprofundamento acerca das funções das partes do corpo e dos órgãos. Licenciado para - vilmarina carlos pontes - 44089775272 - Protegido por Eduzz.com • pode-se realizar um trabalho que envolva o letramento: os desenhos feitos pelos alunos podem ser afixados em algum local da sala de aula, e eles podem ser chamados a escrever os nomes de cada parte. • o livro de histórias: “Por que meninos têm pés grandes e meninas têm pés pequenos?” Outras atividades inclusivas A atividade, Móbile de Notícias, que apresentamos a seguir, destina-se a alunos do segundo ciclo inicial em diante. Objetivos Despertar o interesse pela leitura de notícias; Promover a leitura crítica; Elaborar pequenos textos; Promover o trabalho em grupos; Desenvolver e incentivar a aprendizagem colaborativa. Procedimentos Trazer jornais para a sala e discutir com as crianças como eles se organizam, quais os objetivos de cada caderno. Dividir os alunos em grupos e dar um jornal para cada grupo (Folha de São Paulo, Estadão, Jornal do Bairro, Agora). Os alunos deverão responder algumas perguntas tais como: Quantos cadernos tem o jornal? Quais os títulos dos cadernos? Do que tratam? Como se organiza o primeiro caderno? Licenciado para - vilmarina carlos pontes - 44089775272 - Protegido por Eduzz.com Cada grupo apresenta para a sala a pesquisa sobre o jornal. Escolher algumas notícias do jornal do dia e colar em cartolina, a manchete com as fotos para que as crianças possam explorar as figuras e as manchetes e prever o que vão ler, trazendo para a cena o que já conhecem sobre o assunto e o que já ouviram falar. Se tiver algum aluno com deficiência visual em sala de aula, a professora poderá preparar as manchetes em braile e fazer a audiodescrição das imagens. A sala, por votação, escolhe a manchete que será trabalhada. Escolhido o texto a ser lido (normalmente textos curtos, de 1/8 de página), o professor lê o texto em voz alta para a classe escutar. Importante que, durante a leitura do texto, a professora faça pausas, contextualizando as frases com a realidade dos alunos. Para a melhor compreensão dos alunos com deficiência auditiva, é necessário fazer uso de imagens e de alguns sinais em LIBRAS. Ao finalizar a leitura, os alunos são questionados sobre o assunto do texto. O texto lido é recortado do jornal e colado em folha de cartolina colorida tamanho A4. Em outra folha de cartolina colorida, formato A4, inicia-se uma reconstrução coletiva do texto. Cada grupo reconstrói o texto a partir de pequenas frases ou da colagem de figuras, principalmente para as crianças que têm dificuldade com a escrita. No caso de haver aluno cego em sala de aula, o texto em seu grupo, deverá ser escrito em tinta e em braile. No caso de haver um aluno surdo, o aluno poderá escrever o texto fazendo uso dos sinais de Libras . Depois de prepararem o texto sobre a notícia, as crianças receberão outra cartolina, na qual deverão escrever sua opinião sobre a notícia, ou seja o que acharam, se isto é comum, o que precisa ser feito para evitar isto ou aquilo. Importante que o texto contenha opiniões justificadas e embasadas na compreensão da leitura. Deve-se manter os mesmos cuidados com a apresentação gráfica do texto, conforme o descrito acima. Finaliza-se a atividade, colocando um barbante que ligue as cartolinas da seguinte forma: recorte de jornal, texto reescrito e texto de opinião. Prende-se o barbante ao teto na sala de aula. Esta atividade pode ser repetida algumas vezes ao longo do semestre de forma a ter na sala de aula, um acervo de notícias de jornal e textos reconstruídos pelos alunos. Esta atividade promove a formação do leitor crítico e permite a participação de todos os alunos, incluindo aqueles com deficiência, já que propõe o uso do braille, de Libras, de comunicação alternativa por meio de figuras, a linguagem pictográfica. A leitura realizada pela professora, acompanhada de gestos e desenhos que auxiliem na compreensão, bem como de perguntas significativas que ajudem na contextualização, permite que todos os alunos tenham acesso ao texto, possibilitando a compreensão sobretudo para crianças com deficiência intelectual , deficiência auditiva e crianças com distúrbio global do desenvolvimento. A escola Licenciado para - vilmarina carlos pontes - 44089775272 - Protegido por Eduzz.com objetiva contribuir para a formação de alunos mais participativos na vida em sociedade e, para isso, precisa colaborar para o desenvolvimento da linguagem de todos os alunos, tanto a linguagem oral quanto a linguagem escrita, mesmo que o acesso de algumas crianças à palavra se dê por outras modalidades. Em caso de alunos com deficiência física, com dificuldades motoras, é importante mencionar a necessidade da utilização de engrossadores de lápis de cor ou de placas com apoio para o manuseio, de forma que a permitir a participação mais autônoma da criança. Expor os textos durante todo o ano é uma forma de manter o contato da criança com o mundo letrado, auxiliando em seu processo de alfabetização e letramento. Calendário em braille A atividade de elaboração de calendários, que apresentamos a seguir, destina-se a alunos do primeiro ciclo. Objetivos Introduzir e estabelecer os conceitos de orientação temporal; Estabelecer conceitos de sequência numérica; Estabelecer noções de quantidade; Auxiliar na alfabetização e no letramento. Esta é uma atividade que permite o estabelecimento de orientação temporal em crianças pequenas, que estão formando esse conceito, além de contribuir também para a aprendizagem de crianças que têm dificuldades para estabelecer a seqüência temporal e compreender o funcionamento do ano letivo. A utilização do calendário auxilia a criança na introdução de conceitos de quantidade e na internalização de formas de expressão tanto numérica, quanto letrada. Existem várias maneiras detrabalhar com um calendários, adaptando-os à idade das crianças. Apresentamos, abaixo, três exemplos de calendários, com níveis de dificuldade variados. Licenciado para - vilmarina carlos pontes - 44089775272 - Protegido por Eduzz.com CALENDÁRIO 1 Procedimentos Em uma folha de gramatura maior (EVA, papelão ou papel cartão), dispor os dias da semana, os dias do mês, o mês e o ano da seguinte forma: Os dados: dias (1 a 30), dias da semana (domingo a sábado) e meses (janeiro a dezembro) devem estar escritos com letras maiúsculas, em tamanho de fonte grande. Para melhorar a capacidade de leitura sugerimos a utilização de cores contrastantes (exemplo: papel preto e palavras em branco). Na frente de cada mês, sugerimos a elaboração ou a colagem de um desenho/figura em relevo ou com elementos táteis, que simbolize este mês (exemplo: julho com uma fogueira, fevereiro com serpentinas e confetes). Ao lado de cada número ou palavra, pode-se colocar o correspondente em braille, permitindo a introdução das duas formas de escrita. Sobre cada informação (dia, dia da semana e mês) será colado um potinho de Danone, conforme o esquema acima. Dentro dos potinhos, precisa haver um pouco de espuma, para posterior fixação de palitos de sorvete. A professora apresenta os dados do calendário para a sala de aula, pedindo que os alunos coloquem palitos de sorvete no potinho correspondente ao dia da semana e o mês. Para marcar os dias do mês, vão se acrescentando palitos de forma que ao chegar ao trigésimo primeiro dia do mês, todos os potes correspondentes aos dias, estarão com palitos. CALENDÁRIO 2 Licenciado para - vilmarina carlos pontes - 44089775272 - Protegido por Eduzz.com Procedimentos Em uma folha de EVA, construir espaço para preenchimento das informações diárias (dia, dia da semana, mês e ano). Montar um elenco de opções para o preenchimento do calendário, contendo: meses do ano, números para preencher os dias, dias da semana e opções do ano. Todas as opções devem estar expostas e serão coladas com velcro. As informações deverão ser escritas em língua portuguesa, em tinta e braille, LIBRAS e conter um elemento significativo representante, como por exemplo, um coelhinho na época da Páscoa, flores na primavera, árvore, índio, etc. O braille poderá ser feito com botões de camisa pretos para chamar mais atenção. Os alunos serão responsáveis por preencher o calendário, colocando as informações nos lugares correspondentes. Importante colocar diariamente todas as informações, incluindo ano e mês. CALENDÁRIO 3 Procedimentos: Preparar um calendário tal qual os moldes convencionais, porém acrescentando a numeração e a nomeação dos meses e dias da semana em braile. Os desenhos que ilustram a página representativa do mês podem estar relacionados ao contexto da sala de aula e precisam ter ilustrações táteis. Antes de iniciar a aula escolher um aluno para marcar o dia no calendário (pode ser com caneta ou com tachinhas coloridas), chamando a atenção de todos os alunos para a marcação, para reconheçam o mês, o dia da semana e dia e estabeleçam, desta forma, a Licenciado para - vilmarina carlos pontes - 44089775272 - Protegido por Eduzz.com linha temporal, as noções de tempo (hoje, ontem, amanhã, próximo mês, mês passado). Estas atividades favorecem a leitura universal dos dados, pois contém as informações em língua portuguesa, braille e LIBRAS. Isso também ajuda a difundir essas formas de comunicação escrita e falada e mesmo que não haja pessoas com deficiência visual ou auditiva na sala, as crianças já têm a oportunidade de conhecer outros sistemas de comunicação. A utilização de cores contrastantes e letras grandes favorecem a leitura das crianças com baixa visão e ajudam a manter a atenção das pessoas com déficit de atenção e deficiência intelectual. As figuras táteis auxiliam na compreensão e na assimilação dos dados para as crianças com deficiência intelectual e com DGD, bem como possibilitam a participação de crianças cegas, surdocegas ou com deficiência múltipla. O Calendário I utiliza as cores, potinhos, palitos de sorvete para auxiliar na compreensão dos dados a partir de um calendário já montado, elementos concretos que auxiliam a assimilação da seqüência numérica e das quantidades. O Calendário II enfatiza a capacidade de leitura, na qual o aluno deverá selecionar os dados para montar o calendário. Já o Calendário III se aproxima da utilização convencional de calendário, permitindo que o aluno compreenda a representação temporal utilizada pela sociedade, o que é essencial para a sua compreensão de mundo. Elaboração de chamadas A atividade de elaboração de chamadas, que apresentamos a seguir, destina-se a alunos do primeiro ciclo. Objetivos Identificação pessoal e do grupo; Reconhecimento do nome; Reconhecimento do nome das pessoas do grupo, o que contribuirá para o letramento; Estabelecimento de relação entre o nome e objetos representativos das pessoas, auxiliando na construção da identidade pessoal e da identidade do grupo. Tradicionalmente, as aulas se iniciam com a chamada para verificar se o aluno está ou não presente. Porém, muito mais que um indicador de assiduidade, a chamada possui o papel social de apresentar os alunos ao professor e entre si, formando o grupo de referência. Esse momento tão marcante pode, também, ser considerado como uma atividade que contribui para o letramento, na qual as crianças aprendem a reconhecer seu nome e o nome dos colegas, bem como as características e preferências destes. Abaixo, três sugestões de atividades, em nível crescente de dificuldade, que tornam o momento da chamada um momento de aprendizagem. Licenciado para - vilmarina carlos pontes - 44089775272 - Protegido por Eduzz.com CHAMADA 1 Procedimentos: Montar um quadro grande com espaço para colocar: nome de cada aluno, escrito em tinta e em braile, foto e um objeto significativo para cada um. Inicialmente, cada criança deve reconhecer sua fotografia e/ou seu objeto de representação e colocá-la na chamada, no lugar assinalado com seu nome. A professora poderá ajudar na localização gráfica do nome. Outra etapa de utilização desse material é quando as crianças, em duplas, precisam localizar o nome do amigo. CHAMADA 2 Procedimentos : Produzir placas com os nomes dos alunos e com objetos significativos desse aluno ao lado do nome (preferencialmente manter os objetos que já correspondiam à pessoa na chamada com foto). Importante que estas placas contenham letras grandes, maiúsculas e grafadas na forma bastão, utilizando cores contrastantes para a grafia. O nome deverá ser escrito também em braile (sugerimos o uso de botões para chamar mais a atenção), principalmente, se houver crianças com deficiência visual em sala de aula; e em Libras se houve crianças com deficiência auditiva. As crianças deverão reconhecer seu nome e colocá-lo no quadro de chamada, indicando presença. Posteriormente as crianças podem reconhecer o nome de outras pessoas da sala e assinalar a presença para esses outros alunos.CHAMADA 3 Procedimentos Em uma folha de papel sulfite, escrever os nomes dos alunos na primeira coluna e as datas das semanas nas primeiras linhas. Cada aluno deverá encontrar seu nome e assinalar a presença no quadro correspondente. Caso haja crianças com com baixa visão, utilizar letras Licenciado para - vilmarina carlos pontes - 44089775272 - Protegido por Eduzz.com grandes e contrastantes. No caso de crianças cegas, utilizar também a escrita em braile. Para crianças com pouca coordenação motora, oferecer o nome em papéis, misturados a outros nomes, para que ela possa localizar o próprio nome, ou permitir que ela utilize letras em EVA para mostrar como se grafa o nome, que depois será transcrito pela professora na folha de chamada. A atividade deverá ser feita no início da aula, em substituição à chamada convencional. Estas atividades permitem o reconhecimento da pessoa através da fotografia e/ou do objeto simbólico, para aqueles que não têm a possibilidade de enxergar. Possuir o nome grafado em língua portuguesa, braille e LIBRAS é uma forma de estimular a comunicação escrita e de difundir o braille e a LIBRAS. Possibilitar o reconhecimento do aluno através de um objeto significativo colabora na construção da identidade pessoal e, ao mesmo tempo, na construção da identidade do outro e do grupo. Para as crianças com deficiência intelectual e com DGD, esta atividade será essencial para a constituição da identidade e para o reconhecimento da identidade do outro. Para os alunos com deficiência auditiva, é uma forma de introduzir os sinais de LIBRAS, tornar a língua mais conhecida para, desta forma, tornar-se um instrumento de comunicação. A Chamada I enfatiza as características pessoais e o desenho como forma de reconhecimento. A Chamada II desloca o reconhecimento para o processo de leitura, com o auxílio de elementos pictográficos. A Chamada III destaca a importância da escrita, permitindo que as pessoas que não possuem coordenação motora para tanto, possam expressar-se com o apoio de materiais alternativos como letras de EVA. Licenciado para - vilmarina carlos pontes - 44089775272 - Protegido por Eduzz.com Licenciado para - vilmarina carlos pontes - 44089775272 - Protegido por Eduzz.com
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