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EXCELENTÍSSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA _ VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO/SP		
Processo nº XXXXX
NOVA FASE LTDA, ora reclamada, pessoa jurídica de direito privado, devidamente inscrita no CNPJ sob o nº XXXXX, com sede na Rua, nº, Bairro, Cidade de São Paulo/SP, por seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na Rua, nº, Bairro, Cidade, por seu advogado e bastante procurador (procuração em anexo), vem respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento nos artigos. 847 da CLT c/c o artigo 336 e seguintes do CPC, apresentar sua CONTESTAÇÃO à reclamação trabalhista que lhe move CARLOS ALEXANDRE, ora Reclamante, já qualificado na exordial, pelas razões de fato e direito a seguir expostos:
1 – RECLAMAÇÃO TRABALHISTA:
Carlos Alexandre promove reclamação trabalhista em face da empresa Nova Fase Ltda., alegando que: 
1) Fora admitido em 01.04.2006 na função de assistente financeiro, para trabalhar na única filial da empresa localizada na cidade de Sertãozinho, a propósito, onde residia. Cumpria jornada de trabalho de segunda a quinta das 8:00 às 18:00, com uma hora para refeição e descanso e nas sextas das 8:00 às 17:00, também com uma hora de intervalo para refeição e descanso, em virtude de acordo de compensação de jornada sempre existente nas Negociações Coletivas. Foi despedido sem justa causa em 05 de março de 2020;
2) Consta que em virtude de promoção para a função de administrador de empresas, ocorrida em 01.12.2018, foi transferido para a matriz localizada na cidade de São Paulo, onde passou a residir e cumprir jornada de trabalho de segunda a sexta das 8:00 às 17:00 com uma hora de intervalo para refeição e descanso e aos sábados das 8:00 às 12:00. A partir da referida promoção passou a ter contato direto com o empregador, inclusive reivindicando melhorias das condições laborais, representando informalmente os 150 empregados da empresa (matriz e filial), uma vez que laboravam juntos em uma mesma sala na matriz da empresa; 
3) Na matriz, localizada na cidade de São Paulo, trabalhava o empregado Roberto, que fora admitido como chefe do setor de recursos humanos em 01.05.2005 e promovido para administrador de empresas em 28.10.2016;
4) Embora exercendo idêntica função e com a mesma perfeição técnica que o paradigma, percebia salário 20% inferior ao dele; 
5) Quando empregado, a empresa lhe proporcionava assistência médica e odontológica gratuitamente. 
Pretende a condenação da Reclamada a: 
a) Pagamento de horas extraordinárias do período em que laborou em Sertãozinho; 
b) Pagamento do adicional de transferência de 25%; 
c) Diferenças salariais por equiparação e seus reflexos; 
d) Reintegração ao trabalho por conta da estabilidade provisória de representação de empregados, ou indenização correspondente; 
e) Integração das parcelas referentes à assistência médica e odontológica na sua remuneração, com pagamento dos reflexos legais, ao fundamento de que se trata de salário indireto. 
2 – MÉRITO 
2.1 – DAS HORAS EXTRAORDINÁRIAS:
O Reclamante desempenhava o cargo de assistente financeiro na cidade de Sertãozinho/SP, onde cumpria jornada de trabalho de segunda a quinta das 8:00 às 18:00, com uma hora para refeição e descanso e nas sextas das 8:00 às 17:00, também com uma hora de intervalo para refeição e descanso, em virtude de acordo de compensação de jornada sempre existente nas Negociações Coletivas.
Mediante acordo coletivo formalizado, com a devida compensação de jornada (banco de horas), não é aplicável o pagamento de horas extraordinárias, uma vez que o excesso de horas fora diminuído na carga de trabalho em dias subsequentes, não ultrapassando a soma semanal de 44 horas, conforme previsto no Art. 7º, inciso XIII da CRBF/88 e arts. 58 e 59 da CLT. 
2.2 – DO ADICONAL DE TRANSFERÊNCIA:
O Reclamante fora transferido de filial na cidade de São Paulo/SP aos 01.12.2018, onde fixou residência. A transferência se deu em virtude de promoção para a função de administrador de empresas, portanto, passou a exercer cargo de confiança. 
Conforme previsto no Art. 469, § 1º, da CLT, o pagamento de adicional de transferência é aplicável em situações de transferência temporária, portanto, não cabe na presente situação, uma vez que a locomoção se deu em caráter definitivo.  
Outrossim, o Reclamante possuiu a livre faculdade em aceitar a proposta de promoção e mudança do local de trabalho da cidade de Sertãozinho/SP para a cidade de São Paulo/SP, sendo aceita de forma definitiva, portanto não se constitui transferência. 
Diante do exposto, o pedido de pagamento de adicional de transferência não deve prosperar, uma vez que não se aplica na situação exposta. 
2.3 – DA EQUIPARAÇÃO E SEUS REFLEXOS:
Com fundamento no Art. 461 da CLT, o direito à equiparação salarial é cabível para o mesmo empregador e na mesma localidade; identidade de funções; mesmas produtividade e perfeição técnica; diferença de tempo na função não superior a dois anos e inexistência de quadro de carreira.
Diante dos fatos expostos, com base na data de promoção de cargo de Roberto, a qual seja 28.10.2016 e a data de promoção de Carlos Alexandre 01.12.2018, não há que se falar em equiparação salarial, haja vista que esta se restringe à diferença de tempo de serviço não superior a dois anos, portanto, não se aplica no caso em questão.

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