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INTRODUÇÃO PROCESSO DE CONHECIMENTO TRABALHISTA[1]

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UNINASSAU – PARNAÍBA CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: PROCESSO DE CONHECIMENTO TRABALHISTA
PROF.ª M.a. Pedrita Dias
OBJETIVOS:
· Estudar a evolução histórica da Justiça do Trabalho, bem como a evolução do direito processual do trabalho abrangendo os princípios gerais e específicos do Direito Processual do Trabalho, bem como a Competência da Justiça do Trabalho.
· Entender os diferentes procedimentos no processo do trabalho.
· Entender a prática dos atos processuais, tais como ajuizamento de Reclamação Trabalhista, apresentação de defesas e instrução processual.
· A competência da Justiça do Trabalho antes e após a Emenda Constitucional no 45 de 2004.
· Diálogo entre o Processo do Trabalho e o Processo Civil.
· Analise dos impactos da Reforma Trabalhista no processo do Trabalho.
UNIDADE I
NORMAS JURÍDICAS E PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO: CONCEITO. PRINCÍPIOS. FONTES. AUTONOMIA INTERPRETAÇÃO, INTEGRAÇÃO E EFICÁCIA
Conceito:
“Ramo da ciência jurídica, constituído por um sistema de valores, princípios, regras e instituições próprias, que tem por objeto promover a concretização dos direitos sociais fundamentais individuais, coletivos e difusos dos trabalhadores e a pacificação justa dos conflitos decorrentes direta ou indiretamente das relações de emprego e de trabalho, bem como regular o funcionamento e a competência dos órgãos que compõem a Justiça do Trabalho.” Carlos Henrique Bezerra Leite
Escopos do sistema processual
· Pacificação dos conflitos jurídicos com justiça social;
· Participação democrática dos cidadãos na administração da Justiça;
· Efetivação dos direitos individuais e metaindividuais, observando-se a técnica processual adequada.
Princípios
· “(...) é muito mais do que uma norma, uma diretriz, é um norte do sistema, é um rumo apontado para ser seguido por todo o sistema, sempre que se vai debruçar sobre os preceitos contidos no sistema” (Geraldo Ataliba)
· Funções: informativa, interpretativa e normativa.
· Informativa - sugestões para a adoção de formulações novas ou de regras jurídicas mais atualizadas, em sintonia com os anseios da sociedade e atendimento às justas reivindicações dos jurisdicionados. Dirigida ao legislador.
· Interpretativa - compreensão dos significados e sentidos das normas que compõem o ordenamento jurídico
Princípios gerais
· Dignidade da pessoa humana
· Efetivo acesso à justiça
· Devido processo legal/constitucional
· Duração razoável do processo
· Contraditório
· Ampla defesa
· Publicidade
· Atendimento aos fins sociais do ordenamento jurídico, das exigências do bem comum
· Razoabilidade
· Proporcionalidade
· Eficiência
· Fundamentação das decisões
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
PRINCÍPIO DA IGUALDADE OU ISONOMIA
· Art. 7º do CPC – assegura “ às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório”.
· Obs.: existem normas que outorgam prerrogativas materiais e processuais a certas instituições, como a Fazenda Pública, o Ministério Público e a Defensoria Pública.
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO
· O art. 10 do CPC dispõe que o “juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício”.
PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA (Art. 847 da CLT e nos arts. 7º e 98, § 1º, VIII, do CPC)
· Art. 847 - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes. Parágrafo único. A parte poderá apresentar defesa escrita pelo sistema de processo judicial eletrônico até a audiência.
· Art. 7º É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório.
· Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
· § 1º A gratuidade da justiça compreende: (...) VIII - os depósitos previstos em lei para interposição de recurso, para propositura de ação e para a prática de outros atos processuais inerentes ao exercício da ampla defesa e do contraditório;
PRINCÍPIO DA IMPARCIALIDADE DO JUIZ
· O juiz deverá agir com imparcialidade, sem tendências que possam macular o devido processo legal e favorecer uma parte em detrimento da outra no que tange ao direito fundamental de acesso à justiça;
· Na justa composição da lide, a solução do conflito de interesses entre as partes só pode ser obtida por meio de processo regular, em que as partes tenham igualdade de tratamento, sob o regime do contraditório e da ampla defesa e perante um juiz imparcial.
· Regras de impedimento e suspeição - Arts. 144 a 148, CPC e Art. 801, CLT.
PRINCÍPIO DA FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES – (Art. 93, IX, CF; Art. 832, CLT; Art. 489, II, e § 1º, CPC)
· Art. 832 da CLT: “Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa, a apreciação das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão.”
· Observar as especificidades do processo do trabalho
PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL
· Gênero do qual todos os demais princípios constitucionais do processo são espécies. Estão relacionados a ele os princípios: do juiz natural, do promotor natural, do duplo grau de jurisdição, da recorribilidade das decisões e da motivação das decisões judiciais, do contraditório e ampla defesa, o da duração razoável do processo.
· Art. 5º, LIV, da CF: “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”.
· O CPC refere expressamente o princípio do devido processo legal nos Arts. 26, I, e 36.
PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL
· Art. 5º, LIII, da CF: “ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente”.
· Distribuição de processos, que deve ser pautada em critérios objetivos e aleatórios, impedindo que a parte escolha propositalmente o juiz que irá julgar a sua causa.
PRINCÍPIO DO ACESSO INDIVIDUAL E COLETIVO À JUSTIÇA OU INAFASTABILIDADE DO CONTROLE JURISDICIONAL OU UBIQUIDADE OU INDECLINABILIDADE DA JURISDIÇÃO
· A ninguém (Estado, sociedade ou cidadão) é permitido impedir o direito fundamental de qualquer pessoa de ajuizar ação perante o Poder Judiciário.
· Tutela jurisdicional individual - regido basicamente pelo CPC
· Tutela jurisdicional coletiva (ou “jurisdição civil coletiva”) - sistema integrado de normas contidas na CF, na LACP, no CDC e, subsidiariamente, no CPC.
PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE DA DURAÇÃO DO PROCESSO
· O juiz deve empregar todos os meios e medidas judiciais para que o processo tenha uma “razoável duração”.
· Vedação de férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau (CF, art. 93, XII); distribuição de processos imediata (CF, art. 93, XV);
· art. 4º do CPC: assegura às partes “o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.
PRINCÍPIO DISPOSITIVO OU DA DEMANDA
· Art. 2º do CPC: “O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei”.
· No direito processual do trabalho, há algumas exceções ao princípio dispositivo: a) reclamação trabalhista instaurada por ofício oriundo da Superintendência Regional do Trabalho – SRT (CLT, art. 39); b) execução promovida ex officio pelo juiz (CLT, art. 878);
c) “instauração da instância” pelo juiz presidente do Tribunal, nos casos de greve (CLT, art. 856).
PRINCÍPIO INQUISITIVO OU DO IMPULSO OFICIAL
· Após o ajuizamento da ação, o juiz assume o dever de prestar a jurisdição de acordo com os poderes que o ordenamento jurídico lhe confere. Art. 485, II e III, do CPC, permite a extinção do processo, sem resolução do mérito, porcontumácia das partes.
· art. 765 da CLT - “os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas”.
PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE
· A lei prescreve que o ato processual deve ser realizado de determinada forma, sem cominar nulidade, e o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade. O CPC, em seus Arts. 180 e 277, consagra o princípio da instrumentalidade.
PRINCÍPIO DA IMPUGNAÇÃO ESPECIFICADA
· A defesa por negação geral não produz efeito, correspondendo à inexistência de contestação.
PRINCÍPIO DA ESTABILIDADE DA LIDE
· Se o autor já propôs sua demanda e deduziu os seus pedidos, e se o réu já foi citado para sobre eles se pronunciar, não poderá mais o autor modificar sua pretensão sem anuência do réu e, depois de ultrapassado o momento da defesa, nem mesmo com o consentimento de ambas as partes isso será possível. (ver art. 329 do CPC)
· Obs.: ... no processo do trabalho a tentativa de conciliação é realizada antes mesmo da apresentação da defesa do réu (CLT, arts. 846 e 847), seria ilógico não permitir a alteração (ou aditamento) do pedido ou da causa de pedir contidos na petição inicial, desde que – é claro
– isso não implique violação aos princípios do contraditório, da economia e da celeridade...
PRINCÍPIO DA PRECLUSÃO
· Art. 278 do CPC: “a nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão”. Parágrafo único. “Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento”
· Art. 795 da CLT, que diz: “As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos”.
· PRECLUSÃO CONSUMATIVA - É a que ocorre com a própria prática do ato processual, isto é, uma vez praticado o ato, não poderá a parte fazê-lo novamente;
· PRECLUSÃO TEMPORAL - quando a parte não pratica um ato processual no prazo legalmente previsto, ou quando o pratica tardiamente;
· PRECLUSÃO LÓGICA É a perda da prática de um ato, por estar em contradição com atos anteriores, ofendendo a lógica do comportamento das partes.
· PRECLUSÃO ORDINATÓRIA - a validade de um ato posterior depende da prática de um ato anterior (exemplos: não podem ser recebidos os embargos do devedor antes de garantido o juízo pela penhora, não será conhecido o recurso se não houve o pagamento das custas).
· PRECLUSÃO MÁXIMA - também conhecida por coisa julgada - fundamento na necessidade de segurança das relações jurídicas processuais, impedindo que no mesmo processo sejam rediscutidas questões já decididas por sentença não mais sujeita a recurso. Art. 836 da CLT
PRINCÍPIO DA ECONOMIA PROCESSUAL
· Autoriza o juiz a aproveitar ao máximo os atos processuais já praticados, tal como prevê, por exemplo, o § 3º do art. 1.013 do CPC, que permite ao tribunal decidir desde logo o mérito quando, em alguns casos, reformar ou anular a sentença.
PRINCÍPIO DA PERPETUATIO JURISDICTIONIS
· Art. 43 do CPC, segundo o qual a competência é fixada no momento em que a ação é proposta, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente,
PRINCÍPIO DO ÔNUS DA PROVA
· “Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído” (CPC, art. 373, § 1º). Permite ao juiz inverter o ônus da prova de acordo com a aptidão de quem se encontra em melhores condições de trazer a juízo a prova da verdade real.
· O art. 818 da CLT, com redação dada pela Lei n. 13.467/2017 e recebendo influência do CPC, passou a dispor expressamente sobre o ônus da prova no processo do trabalho, inclusive com a possibilidade de distribuição dinâmica do encargo probatório.
PRINCÍPIO DA ORALIDADE
· Se exterioriza interagindo com outros quatro princípios: I – princípio da imediatidade; II – princípio da identidade física do juiz; III – princípio da concentração; e IV – princípio da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias.
· Ganha destaque com a lei dos Juizados Especiais;
· Reclamação verbal (petição inicial verbal), de que cuida o art. 840, § 2º, da CLT, ou a possibilidade de defesa oral do reclamado (CLT, art. 847, caput); “ações trabalhistas de alçada”, disciplinadas pela Lei n. 5.584/70 (art. 2º, § 3º), há o nítido predomínio da palavra falada sobre a escrita.
PRINCÍPIO DA IMEDIATIDADE OU DA IMEDIAÇÃO
· O juiz da causa está obrigado ao contato direto com as partes e a prova testemunhal ou pericial, com a própria coisa litigiosa ou com terceiros, para que possa obter os elementos necessários ao esclarecimento dos fatos alegados pelas partes, e, em consequência, decidir fundamentadamente o processo. (art. 820 da CLT)
· O art. 11 da IN n. 39 do TST dispõe que: “Não se aplica ao Processo do Trabalho a norma do art. 459 do CPC no que permite a inquirição direta das testemunhas pela parte (CLT, art. 820)”
PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ
· O CPC atual não contém nenhum dispositivo semelhante ao art. 132 do CPC revogado;
· Discussões a respeito da existência do princípio da identidade física do juiz nas Varas do Trabalho (primeira instância).
PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO
· “Art. 849. A audiência de julgamento será contínua; mas se não for possível, por motivo de força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua continuação para a primeira desimpedida, independentemente de nova notificação”.
· “Art. 852-C. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para atuar simultaneamente com o titular”
PRINCÍPIO	DA	IRRECORRIBILIDADE	IMEDIATA	DAS	DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS
· Arts. 995 e 1.015 do CPC restringiu sobremaneira a recorribilidade imediata das decisões interlocutórias, na medida em que só são agraváveis as decisões interlocutórias expressa e legalmente previstas.
· A base legal do princípio em estudo no direito processual do trabalho está no art. 893, § 1º, da CLT, segundo o qual “os incidentes do processo serão resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recurso da decisão definitiva”. (sentença, acórdão e algumas decisões interlocutórias)
PRINCÍPIOS PECULIARES DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO PROCESSUAL
· Tem por objetivo “compensar a desigualdade existente na realidade socioeconômica (entre empregado, geralmente o reclamante, e empregador, via de regra o reclamado) com uma desigualdade jurídica em sentido oposto.”
· “(...) deriva da própria razão de ser do processo do trabalho, o qual foi concebido para efetivar os direitos materiais reconhecidos pelo Direito do Trabalho, sendo este ramo da árvore jurídica criado exatamente para compensar ou reduzir a desigualdade real existente entre empregado e empregador, naturais litigantes do processo laboral.”
· São aplicações práticas desse princípio: gratuidade do processo, com isenção de pagamento de custas e despesas; a assistência judiciária gratuita ao empregado; a inversão do ônus da prova por meio de presunções favorece o trabalhador, nunca ou raramente o empregador; o impulso processual ex officio beneficia o empregado... (Wagner D. Giglio)
· A ausência dos litigantes à audiência trabalhista implica o arquivamento dos autos para o autor (geralmente, o empregado) e revelia e confissão ficta para o réu (em regra, o empregador) – Art. 844, CLT).
Relativização do princípio da proteçãoprocessual
· Art. 899, § 4º, CLT: “O depósito recursal será feito em conta vinculada ao juízo e corrigido com os mesmos índices da poupança.”
· Com a Reforma Trabalhista o depósito recursal passou a ser exigível de qualquer parte, haja vista que deverá ser feito em conta vinculada ao juízo, e não mais em conta vinculada do FGTS.
FINALIDADE SOCIAL DO PROCESSO
· O princípio da proteção processual se diferencia do princípio da finalidade social do processo porque, no primeiro, a própria lei confere a desigualdade no plano processual; no segundo, o juiz pode intervir de forma mais ativa para auxiliar o trabalhador, em busca de uma solução justa, até chegar o momento de proferir a sentença.
· José Eduardo Faria questiona: “Até que ponto todos os homens situados numa formação social como a brasileira, em que a miséria e a pobreza atingem 64% da população, podem ser tomados como cidadãos efetivamente iguais entre si em seus direitos, seus deveres e em suas capacidades tanto subjetivas quanto objetivas de fazê-los prevalecer?”
PRINCÍPIO DA EFETIVIDADE PROCESSUAL
· Segundo André Monteiro Barbosa, Brasilino Santos Ramos, Jouber S. S. Amaral e Juliana Rodrigues de Morais a efetividade social é o “conjunto de concepções, políticas, conceitos, ideias e mecanismos necessários que devem inspirar a concretização ou materialização da prestação jurisdicional, evitando-se preventivamente a lesão ao ordenamento jurídico que se avizinha, ou restabelecendo-se, tempestivamente e com a maior fidelidade possível, o direito que foi violado.”
· P. Ex.: tutelas inibitórias para proteção do meio ambiente do trabalho.
BUSCA DA VERDADE REAL
· Juízos e Tribunais do Trabalho têm ampla liberdade na direção do processo. Para tanto, os magistrados do trabalho “velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas. (Art. 765 da CLT)
· SALÁRIO EXTRAFOLHA. INVALIDADE DA PROVA DOCUMENTAL. PRINCÍPIO DA BUSCA DA VERDADE REAL. INAPLICABILIDADE DO ART. 227, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CÓDIGO CIVIL. No Processo do Trabalho, vigora o princípio da busca da verdade real, que faz com que a prova documental ceda espaço à testemunhal, quando esta se mostra firme no sentido da desconstituição daquela (...) (TRT, 3ª R., RO 0001070- 73.2012.5.03.0147, Rel. Des. Fernando Luiz G. Rios Neto, 7ª T., DEJT 19-8-2014).
PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE
· (...) implica a existência de um interesse social que transcende a vontade dos sujeitos do processo na efetivação dos direitos sociais trabalhistas e influencia a própria gênese da prestação jurisdicional especializada.
· Art. 190 do CPC: “Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo”.
· Carlos Henrique Bezerra Leite entende que “inaplicável a regra do art. 190 do CPC ao processo do trabalho, salvo, é claro, se o negócio processual implicar manifesta vantagem ao trabalhador.”
PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO
· Art. 764. Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação.
· § 1º Para os efeitos deste artigo, os juízes e Tribunais do Trabalho empregarão sempre os seus bons ofícios e persuasão no sentido de uma solução conciliatória dos conflitos.
· § 2º Não havendo acordo, o juízo conciliatório converter-se-á obrigatoriamente em arbitral, proferindo decisão na forma prescrita neste Título.
· § 3º É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao processo, ainda mesmo depois de encerrado o juízo conciliatório.
· Art. 831 da CLT:	é condição intrínseca para a validade da sentença trabalhista porque somente “será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação”.
· “Aberta a audiência, o Juiz ou Presidente proporá a conciliação”. (Art. 846 da CLT)
· Art. 850. Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou residente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão.
PRINCÍPIO DA NORMATIZAÇÃO COLETIVA
· Poder de criar normas e condições gerais e abstratas (atividade típica do Poder Legislativo), proferindo sentença normativa (acórdão normativo) com eficácia ultra partes, cujos efeitos irradiarão para os contratos individuais dos trabalhadores integrantes da categoria profissional representada pelo sindicato que ajuizou o dissídio coletivo.
· Essa função especial (competência) conferida aos tribunais trabalhistas é autorizada pelo art. 114, § 2º, da CF, segundo o qual: “Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.”
FONTES
· Primárias (lei) e secundárias (costume, jurisprudência e doutrina);
· Materiais (fato social) e formais (lei, costume, jurisprudência, analogia, equidade, princípios gerais de direito);
· Fontes materiais: fatos sociais, políticos, econômicos, culturais, éticos e morais de determinado povo em dado momento histórico. Entre os escopos do processo está o de promover a realização do direito material.
· As fontes formais do direito processual do trabalho são as que lhe conferem o caráter de direito positivo. Fontes formais diretas, que abrangem a lei em sentido genérico (atos normativos e administrativos editados pelo Poder Público) e o costume;
· Fontes formais indiretas - são aquelas extraídas da doutrina e da jurisprudência;
· Fontes formais de explicitação (integrativas do direito processual) - analogia, os princípios gerais de direito e a equidade.
· Princípios constitucionais como ponto de partida da interpretação e aplicação de todo o ordenamento jurídico.
AUTONOMIA
· O direito processual do trabalho dispõe de vasta matéria legislativa, possuindo título próprio na Consolidação das Leis do Trabalho, que, inclusive, confere ao direito processual civil o papel de mero coadjuvante (CLT, art. 769).
· Existem princípios peculiares do direito processual do trabalho, como os princípios da proteção, da finalidade social, da indisponibilidade, da busca da verdade real, da normatização coletiva e da conciliação.
· A finalidade social do direito processual do trabalho exige do intérprete uma postura comprometida com o direito material do trabalho e com a realidade econômica e social dos sujeitos da lide, utilizando-se da técnica da interpretação teleológica em prol da verdade real.
· Possui Justiça especializada (CF, art. 111) integrada por Juízes e Tribunais do Trabalho e o poder normativo exercido originariamente pelos Tribunais do Trabalho (CF, art. 114, § 2º).
EFICÁCIA NO TEMPO
· A respeito da eficácia temporal da Lei n. 13.467/2017 (Lei da Reforma Trabalhista), o TST aprovou a Resolução IN/TST n. 41/2018 que, em seu art. 1º, dispõe: “A aplicação das normas processuais previstas na Consolidação das Leis do Trabalho, alteradas pela Lei n. 13.467, de 13 de julho de 2017, com eficácia a partir de 11 de novembro de 2017, é imediata, sem atingir, no entanto, situações pretéritas iniciadas ou consolidadas sob a égide da lei revogada”.
· O TST arrola diversos critérios para a eficácia intertemporal da Lei n. 13.467/2017 sobre inúmeros dispositivos de direito processual do trabalho nos arts. 2º a 21 da IN n. 41,
FORMAÇÃO HISTÓRICA DO PROCESSO DO TRABALHO E DA JUSTIÇA DO TRABALHO
Sugestão de leitura:
Resolução dos conflitos laborais no Brasil: Os papéis desempenhados pela Justiça do Trabalho
Disponível em: https://www.econstor.eu/bitstream/10419/177578/1/td_2362.pdf
HISTÓRICO NO BRASIL
· Constituição de 1824 – não há qualquer previsão a respeito da Justiça do Trabalho;
· Constituição de 1891 - não há qualquer previsãoa respeito da Justiça do Trabalho;
· 1923 – Surge o Conselho Nacional do Trabalho – órgão consultivo em matéria trabalhista e autorizador de dispensa de empregados;
· 1930 - Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio;
· 1931 – Departamento Nacional do Trabalho – opinar em matéria contenciosa e consultiva;
· 1932 – Comissões Mistas de Conciliação – conciliação de conflitos coletivos;
· 1932 – Juntas de Conciliação e Julgamento – solução de conflitos individuais (natureza de órgãos administrativos)
· Constituição de 1934 – primeira a prever a Justiça do Trabalho (porém, não integrava o Poder Judiciário e sim o Executivo)
· Constituição de 1937 – A Justiça do Trabalho ainda não integrava formalmente o Poder Judiciário
· 1939 – Institucionalização da Justiça do Trabalho, instalada em 1941. 
· 1946 – Decreto 9.797 conferiu à Justiça do Trabalho estrutura judicial e outorgou garantias à magistratura.
· Constituição de 1946 – passou a prever a Justiça do Trabalho como integrante do Poder Judiciário, com competência para conciliar e julgar os dissídios individuais e coletivos entre empregados e empregadores, além das controvérsias oriundas da relação de trabalho, regidas por legislação especial. 
· Constituição de 1967 – semelhante à prevista na Constituição de 1946.
· Constituição de 1988 - Emenda Constitucional 24/99 extingue a representação classista, passando a constar do art. 111, III da CF os Juízes do Trabalho.
Disponível em: https://www.econstor.eu/bitstream/10419/177578/1/td_2362.pdf
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO
O que é a Justiça do Trabalho?
https://www.youtube.com/watch?v=ZpI50swu_Tc
Investidura, organização, composição e competência do TST
https://www.youtube.com/watch?v=7ufHAlGlK7Q
Sessões de julgamento do TST
https://www.youtube.com/watch?v=ZNxf99XAeFs
ORGANIZAÇÃO, COMPOSIÇÃO E FUNCIONAMENTO DA JUSTIÇA DO TRABALHO
Assista ao vídeo: Seção de Dissídios Coletivos do TST : https://www.youtube.com/watch?v=TcVnl6xmbKo
ÓRGÃOS E SERVIÇOS AUXILIARES DA JUSTIÇA DO TRABALHO: MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO
Art. 128 da Constituição Federal de 1988: O Ministério Público abrange:
I - o Ministério Público da União, que compreende:
a) o Ministério Público Federal;
b) o Ministério Público do Trabalho;
c) o Ministério Público Militar;
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
II - os Ministérios Públicos dos Estados.
ÓRGÃOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO
· Procurador-Geral do Trabalho
· Colégio de Procuradores do Trabalho
· Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho
· Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho
· Corregedoria do Ministério Público do Trabalho
· Subprocuradores-Gerais do Trabalho
· Procuradores Regionais do Trabalho
· Procuradores do Trabalho
Lei Complementar 75/93
Art. 83. Compete ao Ministério Público do Trabalho o exercício das seguintes atribuições junto aos órgãos da Justiça do Trabalho:
I - promover as ações que lhe sejam atribuídas pela Constituição Federal e pelas leis trabalhistas; 
II - manifestar-se em qualquer fase do processo trabalhista, acolhendo solicitação do juiz ou por sua iniciativa, quando entender existente interesse público que justifique a intervenção; 
III - promover a ação civil pública no âmbito da Justiça do Trabalho, para defesa de interesses coletivos, quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente garantidos; 
IV - propor as ações cabíveis para declaração de nulidade de cláusula de contrato, acordo coletivo ou convenção coletiva que viole as liberdades individuais ou coletivas ou os direitos individuais indisponíveis dos trabalhadores;
V - propor as ações necessárias à defesa dos direitos e interesses dos menores, incapazes e índios, decorrentes das relações de trabalho; 
VI - recorrer das decisões da Justiça do Trabalho, quando entender necessário, tanto nos processos em que for parte, como naqueles em que oficiar como fiscal da lei, bem como pedir revisão dos Enunciados da Súmula de Jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho; 
VII - funcionar nas sessões dos Tribunais Trabalhistas, manifestando-se verbalmente sobre a matéria em debate, sempre que entender necessário, sendo-lhe assegurado o direito de vista dos processos em julgamento, podendo solicitar as requisições e diligências que julgar convenientes;
VIII - instaurar instância em caso de greve, quando a defesa da ordem jurídica ou o interesse público assim o exigir; 
IX - promover ou participar da instrução e conciliação em dissídios decorrentes da paralisação de serviços de qualquer natureza, oficiando obrigatoriamente nos processos, manifestando sua concordância ou discordância, em eventuais acordos firmados antes da homologação, resguardado o direito de recorrer em caso de violação à lei e à Constituição Federal;
X - promover mandado de injunção, quando a competência for da Justiça do Trabalho; 
XI - atuar como árbitro, se assim for solicitado pelas partes, nos dissídios de competência da Justiça do Trabalho; 
XII - requerer as diligências que julgar convenientes para o correto andamento dos processos e para a melhor solução das lides trabalhistas; 
XIII - intervir obrigatoriamente em todos os feitos nos segundo e terceiro graus de jurisdição da Justiça do Trabalho, quando a parte for pessoa jurídica de Direito Público, Estado estrangeiro ou organismo internacional.
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO
Sugestão de leitura: 
https://www.anamatra.org.br/imprensa/anamatra-na-midia/29813-o-julgamento-da-adi-3395-stf-e-a-competencia-da-justica-do-trabalho-para-os-servidores-com-vinculo-juridico-administrativo
 Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432)
I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
· SÚMULA N. 137 do STJ: Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar ação de servidor público municipal, pleiteando direitos relativos ao vínculo estatutário
Em 25.1.2005, foi protocolada a ADI 3395, em que foi deferida liminar que, sob a lógica do método histórico de hermenêutica jurídica, adotou, para fins de controle de constitucionalidade, a técnica da “interpretação conforme”, para definir o alcance mais restritivo do inc. I do art. 114 da CF/88. A decisão suspendeu a possibilidade de qualquer entendimento no sentido de que caberia à Justiça do Trabalho a apreciação de causas que sejam instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo.
· O Supremo Tribunal Federal ADI nº 3.684-0, proferiu decisão no sentido de que a jurisdição da Justiça do Trabalho, não possui competência para processar e julgar ações penais: 
· A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Sessão Plenária, sob a presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, julgar procedente o pedido formulado na ação direta, de modo a conferir interpretação conforme à Constituição ao seu artigo 114, incisos I, IV e IX, na redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, para afastar qualquer interpretação que entenda competir à Justiça do Trabalho processar e julgar ações penais, nos termos da medida cautelar anteriormente deferida pelo Plenário, nos termos do voto do Relator. Brasília, Sessão Virtual de 01 a 08 de maio de 2020.
II as ações que envolvam exercício do direito de greve; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
USP poderá descontar a totalidade dos dias de greve realizada em 2016
A decisão segue o entendimento majoritário do TST de que a greve suspende o contrato de trabalho.
A Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do Tribunal Superior do Trabalhodecidiu nesta terça-feira (19), por maioria, autorizar a Universidade de São Paulo (USP) a descontar dos salários dos empregados o valor relativo à totalidade dos dias em que eles participaram da greve realizada em 2016. A decisão segue o entendimento predominante na SDC de que a greve suspende o contrato de trabalho e, portanto, não é devido o pagamento dos dias em que não houve prestação de serviço em razão da paralisação. (...) 
Disponível em: https://www.tst.jus.br/web/guest/-/usp-podera-descontar-a-totalidade-dos-dias-de-greve-realizada-em-2016?inheritRedirect=true
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
TST rejeita recurso em mandado de segurança interposto por advogado sem procuração
20/08/20 - A Subseção II Especializada em Dissídios Individuais (SDI-2) do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou o exame de recurso ordinário em mandado de segurança interposto sem a procuração do advogado que o assinou digitalmente. Segundo o colegiado, a concessão de prazo de cinco dias para que a irregularidade seja sanada somente se aplica quando o vício for verificado na procuração ou no substabelecimento constante dos autos, e, no caso, não havia o documento no processo.
O caso teve origem numa ação ajuizada contra a Petróleo Brasileiro S. A. (Petrobras) por um candidato aprovado em concurso. Ele alegava que a estatal, ao invés de contratar os selecionados no certame, mantinha em sua estrutura funcional colaboradores não concursados.
Mandado de segurança
O juízo da 12ª Vara do Trabalho de Vitória (ES) determinou a suspensão do processo, até que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgasse a matéria supostamente controvertida (ilicitude da terceirização em atividade-fim). Diante disso, o candidato impetrou o mandado de segurança, indeferido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região. É que o recurso havia sido assinado eletronicamente por advogado que não estava habilitado por procuração ou substabelecimento no momento da interposição. No agravo ao TST, o candidato pedia a abertura de prazo para que apresentasse procuração, a fim de habilitar seu advogado. (...) 
Disponível em: https://www.tst.jus.br/web/guest/-/tst-rejeita-recurso-em-mandado-de-seguran%C3%A7a-interposto-por-advogado-sem-procura%C3%A7%C3%A3o?inheritRedirect=true
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Profissional ignorada nos primeiros dias de trabalho deve receber indenização por dano moral
Na reclamação trabalhista, a auxiliar de departamento pessoal contou que foi contratada pela Stefanini Consultoria e Assessoria em Informática. A empresa possui matriz em Salvador, na Bahia, e filial em Aracaju, em Sergipe. A empregada alegou ter sofrido assédio moral nos primeiros dias de serviço porque foi ignorada pela gerente da filial, que a deixou sentada em um sofá, sem indicar o local de trabalho.
A profissional relatou que tinha dúvidas sobre a execução das atividades, mas a gerente não esclarecia e nem respondia as perguntas, a não ser que fossem feitas diversas vezes.
Uma testemunha confirmou os fatos e detalhou que uma auxiliar de serviços gerais foi a responsável por informar qual era a mesa de trabalho da nova colaboradora. 
Em defesa, a empregadora argumentou que a função da gerente comercial não tinha relação com o Departamento de Pessoal e negou as alegações da auxiliar.
Em primeiro grau, a Stefanini foi condenada a pagar indenização por dano moral de cinco mil reais a empregada. O entendimento foi que a gerente deveria ter ambientado a nova contratada, apesar de não ser a superiora hierárquica da auxiliar de departamento pessoal. Mas o TRT em Sergipe excluiu a condenação, por considerar que não ficou comprovada a conduta ofensiva da empresa. (...) 
Disponível em: https://www.tst.jus.br/web/guest/-/profissional-ignorada-nos-primeiros-dias-de-trabalho-deve-receber-indenizacao-por-dano-moral?inheritRedirect=true
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
· Súmula 368 do TST
I. A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição.
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADI nº 3423) (Vide ADI nº 3423) (Vide ADI nº 3423) (Vide ADI nº 3431) (Vide ADI nº 3432) (Vide ADI nº 3520) (Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432)
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADI nº 3423) (Vide ADI nº 3431) (Vide ADI nº 3520) (Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432)
Questões
FUMARC - 2012 - AGE-MG - Procurador do Estado - Assinale a alternativa INCORRETA:
A) Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as demandas que tenham por objeto dissídio envolvendo servidor público contratado, pela Administração Pública direta, por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público.
B) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho.
C) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores.
D) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.
E) A Justiça do trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente do trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional número 45/04.
Método Soluções Educacionais - 2019 - Prefeitura de Nortelândia - MT – Advogado - Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar, EXCETO:
A) Ações relacionadas ao cadastramento no PIS.
B) Ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve.
C) Abusividade do direito de greve de servidores públicos celetistas dasautarquias e fundações públicas.
D) Abusividade do direito de greve de servidores públicos celetistas das sociedades de economia mista e de empresa pública
Câmara Municipal de Mossoró-RN - A Justiça do Trabalho é competente para julgar
A) as execuções de qualquer sentença proferida em desfavor dos sindicatos.
B) os crimes contra a organização do trabalho.
C) as ações sobre representação sindical entre sindicatos ou entre sindicatos e empregadores.
D) as ações de dano moral coletivo promovidas por empregados públicos em face de empresa pública, ainda que não decorrente de relação de trabalho.
VUNESP - 2018 - TJ-SC - Juiz Leigo - Considerando o teor das Súmulas Vinculantes do Supremo Tribunal Federal, assinale a alternativa que aponta, correta e respectivamente, a competência para processar e julgar: ação de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho proposta por empregado contra empregador; ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.
A) Justiça Estadual e Justiça Federal.
B) Ambas na Justiça do Trabalho.
C) Justiça do Trabalho e Justiça Estadual.
D) Justiça Estadual e Justiça do Trabalho.
E) Ambas na Justiça Estadual.
Instituto Consulplan - 2020 - Câmara de Arcos - MG - Advogado da Mesa Diretora - Nos termos das súmulas vigentes do Tribunal Superior do Trabalho, acompanhando entendimento do Supremo Tribunal Federal, a competência para julgar ação de indenização por dano moral resultante de acidente de trabalho é da Justiça:
A) Federal, conforme expresso na Constituição de 1988.
B) Do Trabalho, desde a Emenda Constitucional nº 45/2004.
C) Comum estadual, conforme expresso na Constituição de 1988.
D) Do Trabalho, nos períodos anteriores à Emenda Constitucional nº 45/2004.
FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXI - Primeira Fase - De acordo com o entendimento consolidado do STF e do TST, assinale a opção que apresenta situação em que a Justiça do Trabalho possui competência para executar as contribuições devidas ao INSS.
A) Reclamação na qual se postulou, com sucesso, o reconhecimento de vínculo empregatício.
B) Ação trabalhista na qual se deferiu o pagamento de diferença por equiparação salarial.
C) Demanda na qual o empregado teve a CTPS assinada mas não teve o INSS recolhido durante todo o contrato.
D) Reclamação trabalhista na qual foi reconhecido o pagamento de salário à margem dos contracheques.

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