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resumo a síndrome da adolescência normal

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A síndrome da Adolescência normal 
NORMALIDADE E PATOLOGIA NA ADOLESCÊNCIA 
	Para estudar o período de desenvolvimento da adolescência deve-se levar em consideração não só os aspectos sócio-culturais, como toda carga biológica. Precisa considerar a adolescência e suas particularidades no âmbito da história de desenvolvimento do ser humano, também no caráter geográfico e temporal histórico-social. 	Os fundamentos psico-biológicos são responsáveis por dar características universais ao ser humano. Visto que, o redespertar da sexualidade na fase genital é um fenômeno básico da adolescência. Por não haver pleno conhecimento de características comuns da adolescência por parte dos pais, algumas condutas são consideradas como anormal no seu meio familiar ou social. 				Sherif ou Sherif (61) propôs que a adolescência é um período de transição entre a puberdade e o estado adulto de desenvolvimento, contendo variações de acordo com sociedades distintas. Todavia, há um padrão próprio do processo adolescente, pois, é um período que obriga o individuo a reestruturar os conceitos do seu self, que fazem abandonar sua auto-imagrm infantil e projetar-se no seu futuro. Então tem o processo universal de troca, porém é influenciado por particularidades culturais.										Estudar a adolescência é uma complexidade que vai além dos elementos do adultomorfismo e luto pelo corpo infantil. Ademais, é perceptível que obter a estabilização da personalidade é impossível não passar por comportamentos considerados patológicos, mas é normal nessa etapa da vida. Contudo, é difícil conceituar a normalidade, porque são conexões que variam com o meio sócio-econômico, politico e cultural. Mas pode-se dizer que a normalidade se estabelecer sobre as pautas de adaptação do meio.								O adolescente pode falhar nesse equilíbrio de adaptação e aceitação temporária com o meio, tendo conflitos com realização de objetivos, que resultam em mudanças de comportamentos de acordo com necessidades circunstanciais. Portanto, é difícil estabelecer limite entre o normal e o patológico na adolescência, por que o que seria anormal é a presença de um equilíbrio estável nesse período. É comum nesse período que o adolescente passa por processo de luto características defensivas, de caráter psicopático, ou fóbico ou contrafóbico, maníaco, esquizoparanóide. Sendo assim, na adolescência há uma verdadeira patologia normal.												Visto que, nesse período de desenvolvimento o adolescente enfrenta desequilíbrios e instabilidades intensas. É aparente no nosso meio cultural estágios de elação, de introversão, oscilando com audácia, timidez, descoordenação, urgência, desinteresse ou apatia, junto com conflitos afetivos, crises religiosas, etc. Então essas características são ditas como uma síndrome normal da adolescência. Mas deve-se deixar explicito que são atributos que é possível ver em outras culturas. Logo, esses conflitos são necessários para esse processo de identificação e de luto da adolescência, conforme concluído esses processos o adolescente terá seu mundo interno fortificado, e as ditas “anormalidades” serão menos perturbadoras.
A SÍNDROME NORMAL NA ADOLESCÊNCIA
	Há dez sintomas na adolescência que são comuns, sendo eles:
1. Busca de si mesmo e Identidade:
Quando o individuo entra na adolescência ele tem dificuldades, conflitos e incertezas que se ampliam. Nesse período ocorrem mudanças físicas que podem ser descritas em três níveis: A princípio ativação de hormônios responsável pela modificação sexual, no segundo nível a produção de óvulos e espermatozoides maduros, e por fim, o desenvolvimento das características primária e secundária (amadurecimento do corpo). 									À medida que o corpo passa por mudanças o adolescente toma consciência do seu próprio corpo, como consequência de suas experiências. Também é importante nessa fase passar pelo luto do corpo infantil. Além do mais há a conquista de um autoconceito, e o ego se torna autocritico. Inicia-se a busca pela identidade, essencialmente por identificação, isso cria a necessidade grupal, podendo ser até identificações negativas, mas isso é necessário para o adolescente. Nessa busca pela identidade eles passam por momentos de ansiedade, estão aprendendo lidar com o corpo passando por processo de lutos e acentua a separação com os pais.
2. A tendência grupal
Na busca pela identidade os adolescentes sentem a necessidade de pertencer a um grupo, como forma defensiva à busca de uniformidade. Nessa fase todos se identificam com um, eles acreditam que essa conexão é tão intensa que nunca irão se separar, costumam passar mais tempo com o grupo do que com a família. 									Geralmente os indivíduos que o adolescente começa a se identificar são opostos aos elementos familiares, eles elegem um líder no grupo, mesmo que inconsciente, como forma de lidar para exercer o poder dos pais. Dessa forma os grupos são importantes para ocorrer mudanças do ego, e que após esse período haja a individualização adulta.
3. Necessidade de Intelectualizar e Fantasiar
O Adolescente passa por perdas dolorosas, como a necessidade de renunciar o seu corpo, ao papel e aos pais da infância, assim como à bissexualidade que acompanha a identidade infantil. Dessa maneira, eles têm a precisão de utilizar deste mecanismo de defesa de intelectualizar e fantasiar.	Anna Freud descreveu o ascetismo e intelectualização típica da adolescência. Ela propôs que o ascetismo tem a função de manter o ID dentro de certos limites por meio de proibições, e a função da intelectualização procede em ligar os fenômenos instintivos com conteúdos ideativos e tornando-os assim acessíveis à consciência e fáceis de controlar.								Essa fuga do mundo interior possibilita ao adolescente um reajuste emocional. Assim a necessidade de intelectualização os leva a preocupação com princípios éticos, filosóficos, sociais. Na busca de encontrar um novo plano de vida diferente do que tinha que permite grandes mudanças no mundo exterior.
4. As crises Religiosas
Nesse período o adolescente passa por extremidades, ora pode ser um ateu exacerbado, ora um místico fervoroso. Pois, essa é uma forma de tentar amenizar a angústia que vive o ego, na sua busca de identificações positivas e do confronto com o fenômeno da morte definitiva de uma parte do seu ego corporal. Como também, começa a enfrentar a separação definitiva dos pais e também a aceitação da possível morte dos mesmos. Portanto são importantes esses momentos de idealizações persecutórias, para posteriormente ocorrer desidealização que possibilite construir novas e verdadeiras ideologias de vida.
5. A deslocalização temporal
Durante a adolescência eles sentem uma intensa urgência para coisas que são de seus interesses, e amo mesmo tempo costumam delongar compromissos, o que parece irracional. Pois há uma percepção de tempo subjetiva deles. 
	A princípio o adolescente é um ser totalmente dependente da mãe, à medida que vai amadurecendo gradativamente ocorre a separação. Conjuntamente as modificações biológicas e o crescimento corporal, incontroláveis. Devido a isso na adolescência predomina a parte psicótica da personalidade.										Conjuntamente é na adolescência que começa acontecer o discernimento temporal. Dado que, eles sentem dificuldade de diferenciar externo-interno, adulto-infantil, bem como distinguir presente - passado -futuro. Isso acontece porque quando o individuo chega na fase da adolescência ele já presenciou separações, morte de objetos internos e externos, de partes do ego.								Então é importante passarem pelo processo de aceitar a perda da infância, passar pelo processo de luto. Para que assim proceda a conceptualização de tempo e noção discriminada de passado, presente e futuro, com a aceitação da morte dos pais e a perda definitiva do seu vínculo com eles, e a própria morte. Em suma esse processo dá ao adolescente a consolidaçãoda identidade.
6. A evolução sexual desde o auto-erotismo até a heterossexualidade
	Nessa fase inicia-se o amadurecimento sexual, o adolescente oscila entre a atividade de masturbação e a busca de um parceiro sexual. É mais comum haver um contato genital de caráter exploratório e preparatório, do que a relação para procriação de fato.							Durante o processo de maturação o primeiro episódio de amor do adolescente é um amor não possível de ser correspondido, por que essa pessoa amada é um ser idealizado como um ator de cinema, um personagem de um seriado, um cantor, uma estrela do esporte, etc. Freud estipulou a importância das mudanças biológicas da puberdade, o luto pelo corpo infantil perdido e a aceitação da genitalidade para a evolução sexual do adolescente.
	Ademais é dito a importância dos pais na fase do complexo de Édipo da criança, porque é o afastamento da figura paterna que vai determinar a fixação na mãe e, logo, pode ser também a origem da homossexualidade, tanto do homem como da mulher. Assim na adolescência não há uma sexualidade formada, há uma bissexualidade mesmo que inconsciente no individuo.
	Portanto é um período caracterizado pela atividade masturbatória intensiva, visto que é uma fase exploratória, de autoconhecimento sobre si, seu corpo, sexualidade. Dessa maneira à medida que o adolescente vai desenvolvendo tomando consciência de si, findando esses processos de muita angustia e ansiedade, o luto corporal. Forma-se por fim uma identidade genital adulta com capacidade procriativa, se torna independente e capaz de formar um par estável. 
7. Atitude social Reivindicatória 
As mudanças que vem na adolescência não se dá somente por mudanças psicobiológicas ou são manifestações próprias e isoladas deles, a família que é a primeira expressão social, e também a sociedade no geral faz parte desse processo. Assim a primeira identificação do individuo é as figuras parentais, posteriormente o adolescente era em contato com outras culturas, ideologias que fazem parte desse desenvolvimento da identidade.			Mesmo vivendo em uma sociedade contemporânea há muita resistência dos pais em relação à criação dos filhos, que costumam impor limitações brutais, negam o aparecimento da sexualidade, o tabu da menarca, as negações de tipo moralista que contribuem para reforçar as ansiedades paranóicas dos adolescentes. 								Assim os adolescentes passam a ter atitudes reivindicatórias, devido essas restrições impostas em suas vidas. Portanto usam também sua energia libidinal para tentar modificar a sociedade, e evoluir em aspectos sócio-politicamente, e esse processo de expressão vital é de suma importância para que se tornem adultos satisfeitos. Essa pressão que os jovens enfrentam para entrar no mundo adulto, e os problemas de desigualdades sociais faz com que o individuo tente superar mediante crises violentas. Como também frente a estas vicissitudes, a reação da adolescência, ainda que violenta, pode adotar a forma de uma reestruturação egóica revolucionária, que conduz a uma liberação desse superego social cruel e limitador. Que é uma forma sadia de canalizar os problemas, tendo uma adolescência ativa.			Dessa forma, eles sentem a necessidade de ter atitudes reivindicatórias e reformas sociais. Pois todos esses sintomas ditos de intelectualizações, fantasias conscientes, necessidades do ego flutuante que se reforça no ego grupal, fazem com que se transformem em pensamento ativo, em verdadeira ação social, política, cultural, esta elaboração do processo da adolescência, que é essencial para o desenvolvimento do individuo, e é uma forma sadia de enfrentar o luto pelo corpo e pelos pais, ainda possibilitando um mundo realmente melhor.
8. Contradições sucessivas em todas as manifestações da conduta
Na adolescência o aspecto da personalidade pode ser considerado esponjoso, pois, eles recebem tudo e projetam também, passam por processos intensos de projeção e introjeção, sendo constantemente variáveis e frequentes. Devido a isso não podem dotar uma conduta determinada.					Sendo assim é a dita “normal anormalidade” que os adolescentes passam, é comum serem instáveis, frágeis e contraditórios. O que não é normal é haver rigidez que pode caracterizar-se por comportamentos de psicopatas, neuróticos obsessivos, autistas. Portanto, estas contradições, com a variada utilização de defesas, facilitam a elaboração dos lutos típicos deste período da vida e caracterizam a identidade adolescente.
9. Separação progressiva dos pais
À medida que os adolescentes vão desenvolvendo elaboram o luto pelos pais perdidos da infância. Nesse processo de desenvolvimento da sexualidade e genitalidade os pais enfrentam ansiedade, revivem os conflitos edípicos e negam o crescimento dos filhos. E faz com que os filhos e os filhos vejam os pais com as características persecutórias mais acentuadas.		Quando o individuo há uma boa base familiar, com papéis definidos, é tratado com amor essa separação progressiva se torna mais fácil. Em contrapartida, quando não há figuras parentais bem definidas e vive em um lar mais conturbado o adolescente sente necessidade de negar as fantasias genitais e a possibilidade de realização edípica. Nesse caso, o adolescente substitui a identificação por figuras parentais por figuras idealizadas, como relações fantasiadas com professores, heróis reais e imaginários, companheiros mais velhos, que adquirem características parentais, e podem começar a estabelecer relações que nesse momento satisfazem mais.
10. Constantes flutuações do humor e do estado de ânimo 
A consumação dos lutos define a maior ou menor intensidade do sentimento de ansiedade e depressão que permanecerá no decorrer da vida. O individuo enfrenta dolorosas flutuações, assim o ego faz tentativas de conexão prazerosa, porém nem sempre consegue o que resulta em frustrações e faz com que busque refugiar em si mesmo. Mas os adolescentes “normais” sem nem uma condição como psicopatia, neurose, consegue elaborar e reconsiderar constantemente suas vivências e seus fracassos. Portanto esses rápidos processos de projeções e introjeções resultam em mudanças rápidas de seu estado de ânimo, então são normais essas flutuações do humor, pois, são decorrentes dos mecanismos de projeção e de luto pela perda de objetos citadas.

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