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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE WWWWWW-MG.
CÓPIA
AUTOS Nº 0718283-88.2019.8.07.0003 XXXXXXXXXXXX.
ERIC DE LIMA VENCESLAU MUSTAFA , já qualificado nos autos supra, em AÇÃO DE CUMPRIMENTO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, que move em face de IZABEL CRISTINA LISBOA CORDEIRO, por seu procurador infra-assinado, vem, com o devido respeito, à presença de V. Exa., em atenção ao r. despacho de fls. 140, e dentro do prazo legal apresentar suas:
ALEGAÇÕES FINAIS,
nos seguintes termos:
Primeiramente, gostaria de saliente que no referido memorial, seremos bem sucintos e objetivo, quanto às alegações e fundamentos, já que na inicial, bem como na réplica. O intuito é apenas relatar sobre os fatos do processo, da audiência e seus posteriores desdobramentos.
No dia 18 de maio de 2019, a genitora do Autor e a Ré discutiram e chegaram a se ofender em público. O Autor obtendo conhecimento daquela situação, compareceu ao local para tentar amenizar e levar sua genitora para casa, foi quando injustamente sofreu ataques por meio de xingamentos homofóbicos pela a Ré, ressalta-se que na época o Autor possuía apenas 17 anos. Ofendido e extremamente magoado com toda a situação, recorreu a sua genitora para buscar o auxílio do Poder Judiciário em uma ação de cumprimento de indenização por danos morais. 
Em contestação, a defesa apresentada é genérica, ou seja, alegam que a Ré não cometeu aquilo que foi narrado pelo Autor. Ademais, utilizam das desavenças que a Ré possuía com a genitora do Autor para alegar a não existência de danos morais, pois ambas não ajudavam para uma boa convivência. 
Em réplica à Contestação, é frizado que a ação trata-se sobre um adolescente que está formando sua personalidade e o teor dos xingamentos proferidos pela Ré, vez que são extremamente homofóbicos e promovem a intolerância da diversidade dentro daquele ciclo social. 
 Durante a audiência, ocorreu a oitiva da testemunha da parte Autora, Jorge dos Santos, em seu depoimento informa que no ocorrido estava separado da genitora do Autor, mas que seguiu morando pela vizinhança e no dia da briga em questão, estava em uma distribuidora próximo a casa da Ré, local em que ocorreu o fato, foi chamado para apaziguar a briga. Afirmando que presenciou os xingamentos “viadinho”, “gayzinho” proferidos pela Ré. Ressalta-se que o depoente informa que o Autor é uma pessoa tranquila, não tem o hábito de se envolver em confusões e que estava lá apenas tentando levar sua genitora para casa. Afirma também que a Ré e a Genitora estavam alcoolizadas na ocasião. Ademais, a testemunha foi questionada se observou alguma mudança no Autor e é respondido que depois do ocorrido, passou dias fora de casa em decorrência do trabalho. Mas que posteriormente, a genitora do Autor teria contado que o Autor estava muito triste com a situação e que por isso ele estaria recorrendo a justiça. 
 Em sequência foi a oitiva da testemunha da Ré, Leandro Oliveira, em seu depoimento afirma que estava na casa da Ré no momento do ocorrido, narra que a Genitora do Autor foi quem iniciou o conflito, mas atenta ao explicar que as duas possuíam desavenças antigas. Informa que o Autor compareceu ao local para retirar a sua genitora, mas que foi infeliz na tentativa, buscando auxílio na distribuidora com o fim de cessar a confusão. Além disso, afirma que foi o Autor que xingou a Ré e que ela apenas repetia os xingamentos. 
I) Do Mérito:
a) Dos Depoimentos das Testemunhas:
Excelência, é notório que as oitivas das testemunhas coincidem com a história narrada na petição inicial, vez que ambas testemunhas deram a entender que o Autor era um adolescente que estava tentando resguardar sua genitora daquele contexto conturbado, o que ocasionou em ataques homofóbicos perante a sua honra. 
 A defesa da parte Ré quer gerar o entendimento que os xingamentos trocados naquele contexto, foi apenas um mero aborrecimento do cotidiano. Sendo tal tese totalmente equivocada para o caso exposto. Deve-se respeitar a individualidade das partes, ou seja, é necessário ressaltar que os xingamentos foram direcionados a um adolescente. Assim aplica-se o comando previsto no artigo 17 do Estatuto da Criança e Adolescente(ECA) : 
 Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.
 Oportuno dizer que o adolescente por está em momento de formação da sua personalidade e do seu emocional, tem a tendência de sentir tudo com mais intensidade. Sendo assim, aquilo que é apenas algo desagradável para um adulto pode ser algo de extrema angústia para um adolescente. Ora, o Autor estava em um contexto que o tornava extremamente vulnerável, pois tinha que sozinho retirar sua genitora de um ambiente de briga. Os xingamentos da Ré foi uma tentativa de reduzir ele, o que é algo muito grave porque o Autor ainda está se conhecendo e buscando qual é a sua imagem, esse tipo de fala proferido pela Ré pode ter gerado no Autor, o exacerbados mecanismos do ego
como observado no depoimento pessoal do autor, trata-se de um homem simples, sem muita instrução. Porém, trabalhador e honesto. De mãos calejadas pelo trabalho duro, busca apenas receber seu suor derramado de forma correta.
Na folha de nº 142, o autor apesar de ter ficado nervoso, já que nunca passou por uma experiência assim, tentou relatar de forma mais clara a questão demandada. Relatou quais foram as pessoas que ele executou o serviço, o que foi confirmado pelas testemunhas, folhas 146/147, com exceção do senhor MMMMMM, que não quis permanecer no Fórum.
Ao final foi tomado o depoimento por parte da advogada da ré, no qual tentou de forma minguada induzir que os referidos eram apenas orçamentos. Todavia, não próspera por dois motivos.
Primeiro: foi relatado pelas testemunhas que o conteúdo daqueles “orçamentos”, de fato foi executado pelo autor.
Segundo: a referida palavra nunca existiu nos documentos originais. Dai reforça a afirmativa do autor de que desconhece aquele escrito nos documentos. Segue anexos os referidos originais sem a menção da palavra “orçamento”.
Não devendo por tanto, ser considerado como mero orçamento, já que o serviço foi prestado e nunca existiu nos originais a referida palavra.
Saliento que como relatado pelo autor, o senhor XXXXXX e ele eram amigos. Por essa razão ele esperou o lapso temporal referente às notinhas e quando foi procurado para prestar o ultimo serviço, o referido foi feito sob a promessa der ser quitado a divida anterior, já que o valor da empreitada era de quase MEIO MILHÃO. Acreditando na palavra do HOMEM, fez o trabalho. Contundo, não contou com o destino, que a todos levam sem hora marcada.
Traduzindo em outras palavras o contrato verbal, o que ocorreu, foi uma negociação do famoso “FIO DE BIGODE”.
A confiança consiste no grau de segurança que existe no consciente da pessoa. Ela tem forte intimidade com a boa-fé no sentido que aquela afere o sentimento de expectativa de êxito dessa. Dessa maneira, a confiança surge a partir da consciência da boa-fé, subjetiva, e tem respaldo e ganha força na incidência jurídica dessa – o que consiste na boa-fé objetiva.
Conforme o conceito de confiança e sua ligação com a boa-fé, Menezes apud Schreiber (2005, p. 86) explica:
Nas suas manifestações subjectiva e objectiva, a boa-fé está ligada à confiança: a primeira dá, desta, o momento essencial; a segunda confere-lhe a base juspositiva necessária quando, para tanto, falte uma disposição legal específica.
Quanto às decisões dos tribunais sobre o referido tipo de contrato, encontrasse pacificada a existência dos referidos no mundo jurídico.
Assim segue o posicionamento do tribunal Mineiro:
APELAÇÃO. COBRANÇA. CONTRATO VERBAL DE EMPREITADA. ÔNUS DA PROVA. 1. Em se tratando de contrato verbal de empreitada, cabe ao autor demonstrar, em juízo, a sua existência. 2. Havendo prova testemunhal que confirma acelebração do contrato e a ausência de quitação integral pela parte contratante, deve a parte ré ser condenada a pagar o valor remanescente.
(TJ-MG - AC: 10024101841153001 MG , Relator: Wagner Wilson, Data de Julgamento: 08/07/2013, Câmaras Cíveis / 16ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 19/07/2013)
CONTRATO DE EMPREITADA - COBRANÇA PELA REALIZAÇÃO DE SERVIÇOS EXTRAS QUE NÃO CONTARAM COM AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO PARA SUA REALIZAÇÃO - PERÍCIA TÉCNICA - CONSTATAÇÃO DA CONCRETIZAÇÃO DE ALGUNS DESSES SERVIÇOS - PAGAMENTO DEVIDO A ausência de autorização, por escrito, do empreitante para realização de serviços complementares, não elide sua obrigação de pagar por aqueles comprovados pela prova pericial, de maneira a evitar injustiças, permitindo o locupletamento de uma das partes em detrimento de outra.
(TJ-MG, Relator: KILDARE CARVALHO, Data de Julgamento: 23/02/2000)
COBRANÇA - EMPREITADA - CONTRATO VERBAL - EXECUÇÃO DE OBRA - PROVA. É devido o pagamento dos serviços prestados na execução do trabalho de empreitada pactuado verbalmente, tendo em vista convicção a partir da prova colhida na instrução processual.
(TJ-MG, Relator: JOSÉ ANTÔNIO BRAGA, Data de Julgamento: 25/09/2007)
Assim como nos tribunais de nosso Pais, segue procedente os julgados procedentes ao pagamento de contratos verbalmente pactuados.
Assim são:
AÇÃO DE COBRANÇA. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. CONTRATO VERBAL. PROVAS. Havendo firme demonstração da ocorrência de acordo verbal quanto à prestação de serviços, bem como quanto ao não pagamento integral, a ação de cobrança deve ser julgada procedente para adimplir o contrato. (TJ-RO; APL 0015317-95.2009.8.22.0014; Rel. Des. Raduan Miguel Filho; Julg. 14/02/2012; DJERO 27/02/2012; Pág. 59)
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. CONTRATO VERBAL PARA ENTREGA E DISTRIBUIÇÃO DE MERCADORIAS. RESCISÃO UNILATERAL E DESMOTIVADA. Prejuízos da autora que tinha a ré como sua principal fonte de receita. Aviso prévio. Necessidade. Sentença mantida. Apelação desprovida. (TJ-SP; APL 9196959-15.2005.8.26.0000; Ac. 5555622; São Paulo; Trigésima Quarta Câmara de Direito Privado; Relª Desª Cristina Zucchi; Julg. 21/11/2011; DJESP 14/02/2012)
Nossos tribunais são firmes na posição de reconhecer os contratos verbais. E no caso em tela, se enquadra perfeitamente nos julgados acima, já que as testemunhas arroladas, afirmar a prestação de serviço.
Por fim, observe Excelência, na assinatura do autor, comprovando a base de sua simplicidade. Pode ter certeza que tudo que por ele foi dito é a mais pura verdade. Por essa razão que peço a procedência do pedido nos termos da inicial.
b) Do Depoimento Da Ré:
O depoimento de folhas 144 da ré encontrasse muita contradição e omissão. Vejamos: ela relata que namorou com o senhor XXXXXXX por cinco anos e apenas meses antes de sua morte que conviveu com ele, ate ai excelência eu poderia achar normal, agora, pensemos juntos: se ela conviveu em relacionamento de “namoro” no qual teve DUAS filhas, por um período de cinco anos, não seria normal ela ter mais informações da vida do senhor XXXXX? Principalmente porque moravam na mesma cidade, não é estranho?
Como ela afirmar a existência de duas empresas distintas, porem, não sabe a localização?
No depoimento de folhas 146 do senhor XXXXX, o mesmo afirma que pagou por uma empreitada 470.000,00 (quatrocentos e setenta mil reais). Agora, somente uma empresa consolidada conseguiria obter um serviço de valor, não é mesmo? Essa empresa tem que ter sede. No mesmo depoimento da testemunha ele afirma que TODOS os dias o senhor XXXXX estava na referida empresa, na parte da manha, além do endereço ser o da empresa, ele afirma que a senhora XXXXXX, já havia o procurado pra tratar de assuntos relacionados a pagamento, por meio de um deposito.
Se não bastasse ambas as testemunhas foram claras no que se refere ao envolvimento do senhor XXXXXX na empresa. Uma afirma que todos os dias ele lá estava, o outro, afirma que inclusive já locou maquinas dele no referido estabelecimento no ano de 2011.
As testemunhas que prestaram depoimento, sem exceção, confirmaram a prestação de serviço, bem como a atuação do senhor XXXXX na referida empresa, sendo de fato sócio oculto da mesma, se não vejamos:
No depoimento do senhor Fábio de folhas 147, a testemunha afirma que o autor prestou o referido serviço e que o senhor XXXXXXXera de fato dono da empresa, pois, era com ele que tratava de assuntos no referido estabelecimento. Chamo atenção Excelência, pois, essa narrativa se deu no ano de 2011. Naquela época a Senhora YYYYYYY já estava com o referido, posto que, ele já estava atuando na empresa, como se dele fosse, já que negociava direto com o referido dentro da empresa, alugando maquinas e contratando serviços.
Com o depoimento da testemunha, cai por terra à afirmativa que a ré nada tinha com o senhor XXXXXX, e que só viveu com ele meses antes de sua morte.
Por fim, devo ressaltar que no referido depoimento, a testemunha alega que alugava equipamentos de construção de ambos os proprietários, ou seja, YYYYYY e XXXXXX.
Quanto à pergunta indeferida no evento da folha 144, creio que Vossa Excelência não tenha tido o mesmo entendimento que o nosso. O intuito da pergunta é questionar a aquisição dos bens, posto que, se ela afirma não ter condições de arcar com custas processuais, bem como não tem renda suficiente. Como ela aparece com tantos bens? Se observar no depoimento de folhas 146, a testemunha afirma através de contrato firmado com o senhor Everaldo, a existência de pagamento no valor de R$ 470.000,00, (quatrocentos e setenta mil reais), isso pouco antes de sua morte. Agora, não é estranho não ter bens em nome do senhor XXXXXX? Com tanto dinheiro, porque não existiam bens de valor considerável em seu nome?
É claro que os referidos foram comprados pelo senhor XXXXXX, esposo e proprietário de fato da empresa. Tudo que ele fazia, colocava em nome da ré. O relato acima confirma a existência do senhor XXXXX na direção da empresa, ao contrario, esse dinheiro estaria em uma conta do referido e a ré não teria tantos bens, já que afirma, em sua contestação, possuir apenas (05), cinco maquinas de aluguel.
Se observar no referido caso, a omissão é clara a ré falta com a verdade! O que não pode é a justiça permitir que ela saia vencedora. Por essa razão, requer pela ordem, a procedência do pedido da inicial.
c) Das Testemunhas Do Autor:
Em ambos os depoimentos, tanto o de folhas 146, quanto do de folhas 147, todos os depoentes, foram claros em dizer que o senhor WWWWWW, havia prestado serviço em suas obras, a pedido do senhor Everaldo.
Também foi confirmado que todo o pagamento foi direcionado ao senhor XXXXXX, que apesar de o autor de executado todo trabalho, o pagamento não foi feito a ele, já que o Everaldo é que havia pegado a empreitada para a construção dos imóveis.
É importante frisar que em ambos os depoimentos, foram afirmados que, por um depoente, senhor DDDDDD, que todas as manhas o senhor XXXXXX estava na empresa. O que confirma a versão do autor. Bem sabemos que o chefe é aquele que esta a frente impulsionando o negocio. Se ele não exercia nenhuma função na referida empresa, o que ele fazia lá todas as manhas?
A testemunha informa que aconteceu a confusão em frente a casa da Ré, informa que a mãe do Autor e a Ré já tinham desavenças, informa que não tem inimizade com a Ré, apenas não tem aproximação. O Eric não agrediu a Ré, explica que esses comentários quando uma e a outra passava eram diários e que acarretou na briga. O Autor não foi fazer parte da confusão, apenas foi buscar a sua mãe para cessar a briga. Informa que ambas estavam bebadas, ele informa que lembra que o Autor foi lá apenas buscar a mãe e levar para casa, foi nesse momento que a parte Ré informa que o “viadinho” tinha chegado para buscar a mãe dele. O Juiz questiona se as partes já estavam alcoolizadas, a testemunha informa que no seu entendimento, estavam sim. O juiz questiona se o Autor reagiu, a testemunha informa que não viu e diz que ele não é de confusão. O juiz questiona se a testemunhanotou uma diferença de comportamento do Autor após o ocorrido, a testemunha informa que não e ademais, explica que na época do ocorrido estava separado da mãe do Autor, ou seja, Morava em outra casa. Mas que posteriormente, a mãe do Autor tinha explicado para ele que o Autor teria buscado a justiça que ele não se sentiu bem com a situação que vivenciou. Não pode reparar em conversas se o Autor estava abatido, porque depois do ocorrido, informa que estava trabalhando e passou dias fora de casa e mais uma vez volta afirmar que o Autor Morava na casa com a sua mãe e ele Morava em outra. Sendo assim, entende-se que a testemunha não era tão próxima de Eric. O promotor questiona se a Testemunha estava na festa da Ré, e ele informa que não estava na festa, mas estava na distribuidora perto e que lá chamaram-o para separar a briga, o promotor questiona se ele chegou a entrar na casa da Ré e a testemunha responde dizendo que pós a briga, ele ficou conversando com o marido da Ré e que ambos chegaram ao entendimento que não tinha necessidade da briga. Posteriormente, questiona como ele sabia que a parte Ré estava alcoolizada, se ele chegou apenas na hora da confusão e o informante diz que sabia que desde cedo as duas estavam bebendo e que depois da confusão, ele ainda viu a Ré bebendo na porta da casa dela. 
A testemunha fala que estavam todos a frente da casa da Izabel, o portão vasculhante estava aberta informou que a mãe do eric passou embriagada, foi quando ela mexeu com a testemunha, todos na ocasião riram. Mas a mãe de eric apenas abordou a ré, começaram a discutir e alega que a mãe de eric queria entrar na casa para bater na parte ré, mas a testetumnha juntamente com o marido da ré não permitiu que acontecesse, e o autor tentou retirar a mãe daquela situação, mas foi infeliz na tentativa necessitando de ajuda, foi quando recorreu a distribuidora que ficava perto e alega que a parte ré apenas retribuiu xingamentos para a mãe do autor. Afirmam que as duas estavam embriagadas, ele nega que o autor xingou a ré, mas afirma que o autor xingou a ré de “vagabunda” 
Notasse, o relato desmente o depoimento da ré folhas 144, na qual ela afirma que ele não atuava e nem negociava no estabelecimento. Mas então, o que ele fazia lá? Principio da primazia da realidade.
Já o segundo depoente, o senhor ZZZZZZ, folhas 147, afirma que sempre negociou dentro da empresa com o senhor XXXXXXX, alugando maquinas, inclusive já alugou da senhora YYYYYY.
d) Das Testemunhas Do Réu:
Se não bastasse a forte omissão que ocorreu por parte da ré, a mesma juntou rol de testemunha, que nada sabia sobre a referida ação, folhas 141, com intuito de macular a decisão de Vossa Excelência. Fato este comprovado em audiência, já que uma das testemunhas foi advertida e quase saiu presa da audiência. Tamanho desrespeito com a justiça e seus servidores.
Além do que nas folhas 148/149, consta uma conversa entre a ré que aparece conversando supostamente com sua advogada e as testemunhas, sobre o que falar e como falar. De fato a narrativa se comprova, pela dispensa da oitiva do restante das testemunhas. Porque ela não quis ouvir mais nenhuma testemunha?
Conclusão:
Após os apontamentos acima, gostaríamos de finalizar de forma objetiva, solicitando a Vossa Excelência, em seu impar conhecimento, que não deixe em desamparo aquele que lhe busque socorro. Onde a fumaça, ocorreu fogo! E no caso em tela, o vasto sinal pode ser reconhecido.
Sabemos que os contratos verbais, bem como os sócios “ocultos ou de fato”, sempre existiram e, no presente caso, ficou provado à atuação do senhor XXXXXX na empresa da requerida, como se proprietário fosse.
Como se observa do relato do autor e das testemunhas, ele de fato foi proprietário, enquanto vida o que se resume a primazia da realidade dos fatos.
De acordo com Schreiber (2005, p. 79), a boa-fé objetiva consiste num "princípio geral de cooperação e lealdade recíproca entre as partes" e representa "expressão da solidariedade social no campo das relações privadas". Ela difere da boa-fé subjetiva, conforme Farias &Rosenvald (2010, p. 80) no sentido que "a boa-fé objetiva é a boa-fé de comportamento, enquanto a subjetiva é a boa-fé de conhecimento", e, ainda, "deve ser compreendida como estado (a subjetiva), enquanto a boa-fé objetiva deve ser encarada como dever de conduta".
Assim, o princípio da boa-fé objetiva é aquele que comanda o comportamento dos sujeitos de uma relação jurídica, ou, ainda, a forma como esses devem efetivamente agir em decorrência da relação. Além disso, complementa Schreiber (2005, p. 80):
Sob o ponto de vista dogmático, tem-se, por toda parte, atribuído à boa-fé objetiva uma tríplice função no sistema jurídico, a saber: (i) a função de cânone interpretativo dos negócios jurídicos; (ii) a função criadora de deveres anexos ou acessórios à prestação principal; e (iii) a função restritiva do exercício de direitos.
Da mesma maneira, a partir do princípio da boa-fé, deve haver consensualismo entre os envolvidos na relação jurídica, sendo ilícita a vantagem por um deles que implique lesão ao outro sob o pretexto da existência de um acordo pré-estabelecido e aceito por todos.
A finalidade desse princípio não é outra senão a dignidade da pessoa humana, norteadora das relações jurídicas e fundamento constitucional da República Federativa do Brasil, uma vez que o bem comum corresponde ao bem de cada um e vice-versa.
Agora, se caso persistir duvida sobre essa afirmativa, invoco humildemente que Vossa Excelência use de seu ativismo judicial para sanas qualquer duvida a respeito, pois, sabemos que a cidade de QQQQQQ é pequena e todo mundo conhece todo mundo.
Por fim, acreditando na seriedade deste juízo, requer a procedência do pedido contido na inicial, condenando a ré ao pagamento dos serviços prestados pelo autor, já que foi devidamente comprovada sua execução.
II) Dos Pedidos:
Diante ao exposto, requer:
A) A procedência da Ação, com a condenação da ré nos termos da inicial.
B) Requer ainda a improcedência de todos os pedidos formulados pela parte ré.
Termos em que,
Pede deferimento.
Cariacica-ES. 25 de abril de 2017.
Péricles Demóstenes Dias Pinto.
OAB-ES- 23.403

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