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@dicasjuridicas.val Intervenção do Estado Sobre a Propriedade Mas o que é propriedade? É um direito individual que assegura a seu titular uma série de poderes cujo conteúdo constitui objeto do direito civil, compreendendo os poderes de usar, gozar, usufruir, dispor e reaver um bem, de modo absoluto, exclusivo e perpétuo. A competência para legislar sobre condicionamento e restrições ao uso da propriedade é concorrente entes os entes. Entretanto para legislar sobre direito de propriedade, desapropriação e requisição em si é da União Obs.: se a lei versar sobre proteção do meio ambiente a competência é concorrente Portanto intervenção do Estado na propriedade privada é uma das formas de expressão da administração pública no sentido objetivo, sendo assim, toda e qualquer atividade estatal, que agindo sobre a propriedade alheia tenha por fim ajusta-la à função social atribuída por lei e a qual esta condicionada. Sobre o justo fundamento da supremacia do interesse publico sobre o interesse particular e a pratica de ilegalidade Formas de intervenção Intervenção restritiva Intervenção supressiva O Estado impõe restrições e condicionamentos ao uso da propriedade O Estado transfere compulsoriamente e coercitivamente para si, a propriedade de terceiro, em virtude de interesse público Ex.: servidão administrativa, requisição, ocupação temporária, limitações administrativas e tombamento Ex.: desapropriação. 1) Limitação Administrativa. Consiste numa alteração do regime jurídico privatístico da propriedade produzido por ato administrativo unilateral de cunho geral impondo restrição das faculdades de usar e fruir o bem. Ex.: proibição de construir acima de 4 pavimentos. Como é de caráter geral não gera direito de indenização. É uma atividade da administração pública, que no seu sentido material, objetivo ou funcional pode desenvolver serviços públicos, fomentar as atividades privadas e exercer o poder e policia, intervir na propriedade privada e no domínio econômico. Art. 5 CF XXII - é garantido o direito de propriedade; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social A função social está ligada com o direito positivo, ou seja, o de fazer. Características. Generalidade. Imperatividade. Principio da legalidade e incidência de bens imóveis. @dicasjuridicas.val É uma obrigação de não fazer e não gera perda da posse. Obrigação de fazer Obrigação de não fazer Obrigação permissiva Ex.: limpar terreno Ex.: limitação de pavimentos Ex.: vistoria de elevadores. Todos os entes podem fazer. Município: zoneamento urbano Estado e União: meio ambiente Parte da doutrina diferencia parcelamento, edificação e utilização compulsória da limitação administrativa que são de competência municipal. Para Justen Filho são alterações compulsórias na configuração do uso e da fruição de imóvel urbano para adequá-lo a função social nos termos da lei municipal específica e de acordo com o plano diretor da cidade. Parcelamento Edificação Utilização Desmembramento do imóvel Determinação de utilização do imóvel para fins de edificação Imposição para os fins a que se destina Objetiva evitar a manutenção de grandes áreas desocupadas Geralmente destinada a habitação Solução jurídica para complementar a edificação compulsória Providencia prévia à edificação ou utilização compulsória Tanto para imóveis sem edificação como para aquelas com edificação irrisória Módulos mínimos e máximos Art. 182 §4 CF. É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: I - parcelamento ou edificação compulsórios; II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais. Art. 5 Lei 10257/11. Lei municipal específica para área incluída no plano diretor poderá determinar o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, devendo fixar as condições e os prazos para implementação da referida obrigação. § 1º Considera-se subutilizado o imóvel: I – cujo aproveitamento seja inferior ao mínimo definido no plano diretor ou em legislação dele decorrente; O município não pode substituir o proprietário em nenhumas dessas modalidades citadas @dicasjuridicas.val 2) Servidão administrativa É imposto por ato administrativo unilateral de cunho singular quanto ao uso e fruição de determinado bem imóvel e que acarreta dever de suportar e de não fazer, podendo gerar direito de indenização. quais bens cabe a servidão administrativa? Só bens imóveis, para o bem privado cabe servidão administrativa. Para o bem público é usado o principio da predominância do interesse público sendo assim a União pode aplicar uma servidão para bens Estaduais e Municipais e os Estados aplicar a servidão nos bens municipais o contrario não pode. 3) Tombamento É um ato administrativo unilateral e cunho singular imposto quando ao uso e fruição de coisa determinada e cunho singular, cuja a conservação seja de interesse da coletividade e que acarreta o dever de manter a identidade do objeto, podendo gerar direito de indenização Características. Não ocasiona perda da posse Obrigação propter rem Não depende de inscrição no registo de imóveis Pode gerar direito de indenização Ex.: fixar uma placa de identificação de logradouro Acompanha o imóvel Prazo. Regra: permanente. Exceção: desaparecimento do bem, o bem gravado com servidão passa para a ADM ou há um desinteresse do Estado. Decreto Lei nº 3365/41: Art. 40 - O expropriante poderá constituir servidões, mediante indenização na forma desta lei. Art. 29. Lei nº 8.987/95. Incumbe ao poder concedente: VIII - declarar de utilidade pública os bens necessários à execução do serviço ou obra pública, promovendo as desapropriações, diretamente ou mediante outorga de poderes à concessionária, caso em que será desta a responsabilidade pelas indenizações cabíveis; Art. 31 Lei nº 8.987/95. Incumbe à concessionária: VI - promover as desapropriações e constituir servidões autorizadas pelo poder concedente, conforme previsto no edital e no contrato; Características. Pode ser sobre bens imóveis e moveis É um procedimento administrativo Pode ser uma obrigação de fazer (preservar), não fazer (não destruir) e de suportar (fiscalização) STF. Deve ser indenizado e após feita a desapropriação. Geralmente utilizado para fins históricos @dicasjuridicas.val Efeitos do tombamento Restrições ao descolamento Não ocasiona perda da posse Insuscetível de desapropriação Geral a imodificabilidade do bem Dever de se sujeitar a fiscalização pelo poder publico Restrições à vizinhança da coisa tombada (visibilidade) Direito de preferencia do Estado brasileiro, com limites á alienabilidade. art. 1072 CPC. revoga o artigo 22 DL25/37. Não tem o direito de preferencia estatal, SALVO exceção previstas nos estatutos da cidade. Não depende de inscrição no registro de imóveis, mas tem que constar no livro de tombos para ter feitos perante terceiros e averbado. 4) Ocupação Temporária. Consiste no apossamento,mediante ato administrativo unilateral de bem privado para uso temporário no mais breve espaço de tempo e o pagamento da indenização pelos danos eventualmente produzidos. Para Jose dos Santos Carvalho Filho é a forma de intervenção pela qual o poder público usa transitoriamente imóveis privados como meio de apoio a execução de obras e serviços públicos, doutrina majoritária. Art. 216 CF. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: I - as formas de expressão; II - os modos de criar, fazer e viver; III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. § 1º O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação. § 5º Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas dos antigos quilombos. Características. Caráter provisório. Dever de restituição. Obrigação de suportar. Ocasiona perda da posse. Independe de consentimento do particular. Estado de necessidade. @dicasjuridicas.val Doutrina minoritária 5) Requisição Administrativa. Consiste numa modalidade especial de ocupação temporária de bens que se verifica quando um bem, necessário à satisfação de situação de urgência é consumível por natureza. Ex.: Requisição de alimentos e de serviços de transporte em caso de guerra. Requisição de um carro para perseguir um infrator penal. Requisição de um hospital privado para atender doentes de uma pandemia. Art. 5º XXV CF. No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano. Decreto Lei nº 3.365/1941 Art. 36. É permitida a ocupação temporária, que será indenizada, afinal, por ação própria, de terrenos não edificados, vizinhos às obras e necessários à sua realização. Ex.: ocupação de terrenos privados contíguos a estradas, quer seja em construção, quer seja em reforma, para a colocação transitória de máquinas de asfalto, equipamentos de serviços, pequenas barracas de operários e etc; ou ocupação de escolas para a realização das eleições Art. 58 Lei 8666/93.O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de: V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo. Art. 35 Lei 8666/95 §2º. Extinta a concessão, haverá a imediata assunção do serviço pelo poder concedente, procedendo-se aos levantamentos, avaliações e liquidações necessários. § 3º A assunção do serviço autoriza a ocupação das instalações e a utilização, pelo poder concedente, de todos os bens reversíveis. Características. Dever de indenização se houver dano Recai sobre bens moveis, imóveis e serviços A devolução do bem pode não ser possível Art. 5 XXV CF. No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; Art. 22 CF. Compete privativamente à União legislar sobre: (...) III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra; @dicasjuridicas.val 6) Desapropriação. Desapropriação é a intervenção do Estado na propriedade alheia, transferindo-a, compulsoriamente e de maneira originária, para o seu patrimônio, com fundamento no interesse público e após o devido processo legal, normalmente mediante indenização. Art. 136 CF. § 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes: II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes. Art. 139 CF. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas: VII - requisição de bens. LEI Nº 13.979, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2020 Dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019. Art. 3º Para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus, as autoridades poderão adotar, no âmbito de suas competências, dentre outras, as seguintes medidas: (MP nº 926/20) VII - requisição de bens e serviços de pessoas naturais e jurídicas, hipótese em que será garantido o pagamento posterior de indenização justa; Utilidade, necessidade ou interesse social. Características. É ato administrativo unilateral Produz a aquisição originária do bem Competência de todos os entes da federação Produz a extinção da propriedade sobre um bem ou direto Não se confunde com compra e venda Todos os encargos do bem são tirados Ex.: se tiver hipoteca quando desapropriado não terá mais. Competência legislativa é privativa da União, mas por Lei Complementar pode passar uma autorização para os entes Estado e DF legislarem sobre o assunto Competência declaratória é um ato de império é exercido por pessoa jurídica de direito publico, ou seja, entes e entidades. Território não Competência executória é ato de gestão e toda e qualquer pessoa jurídica pode exercer. Em regra a indenização é justa previa e em dinheiro Caso a haja discórdia sobre a indenização poderá ser judicial. Diferente de confisco e expropriação pois nesse caso não há indenização só a retirada do domínio ocorre por motivo de plantio de drogas ou uso de trabalho escravo. @dicasjuridicas.val Pode ocorrer a desistência da desapropriação, mas é preciso definir o momento da efetiva aquisição da propriedade pelo Poder Público. O ato expropriatório pode ser controlado sob o prisma da necessidade, adequação e proporcionalidade em vista da satisfação de certo interesse coletivo Tipos de desapropriação. 1) Desapropriação por necessidade ou utilidade publica. 2) Desapropriação urbanística e sancionatória. - Decreto Lei nº 3.365/41 - Lei Federal nº 4132/62: instituiu a desapropriação por interesse social - Lei Federal nº 8.629/93: desapropriação para fins de reforma agrária - Lei Complementar nº 76/93: desapropriação de imóvel rural por interesse social - Lei 10.257/2001: regulamenta desapropriação-sanção prevista no art. 182, §; 4º, III CF/88. Características. É autorizada constitucionalmente É uma manifestação do império estatal É um sacrifício de direitos individuas para o bem comum Necessidade de autorização legislativa orçamentária Desapropriação desnecessária ou inútil é inconstitucional (princípio da eficácia administrativa e da proporcionalidade);Procedimento administrativo que é concluído com um decreto de utilidade ou necessidade pública ou de interesse social, para fins de desapropriação (com contraditório e ampla defesa). Utilidade Conveniência Art. 5º XXIV CF . A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; Função social Art. 182. § 3º CF. As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro. Requisitos: 1) O poder público deve decidir pela devolução ANTES de terminar a desapropriação 2) Ressarcir o expropriado (perdas e danos) 3) Pagar as despesas processuais (honorários, custas ...) 4) Devolução do bem ao antigo dono @dicasjuridicas.val 3) Desapropriação confiscatória. O STF entende que se o proprietário desconhecer totalmente do feito os traficantes forem presos poder quer que o proprietário salve o bem. STF toda a propriedade é expropriada mesmo que o plantio de droga se de só em uma parte. 4) Desapropriação para fins de reforma agrária Art. 182 § 4º CF. É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: I - parcelamento ou edificação compulsórios; II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais. Art. 243 CF. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º. Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo especial com destinação específica, na forma da lei. Art. 184 CF. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei. Art. 185 CF. São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária: I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não possua outra; II - a propriedade produtiva. @dicasjuridicas.val 5) Desapropriação indireta. Consiste no apossamento fático pelo Poder Público, sem autorização legal, nem judicial, de bens privados. Exemplos dessa desapropriação indireta é quando a limitação, servidão e o tombamento se tornam tão gravosos e não compensa o proprietário ficar com a parte que sobrou. Não cabe ação reivindicatória mas sim uma ação de indenização, em que será acrescidos de juros compensatórios e moratórios Processo de desapropriação. Sujeito ativo: Entes ou concessionárias e permissionárias. Sujeito passivo: proprietário A defesa do sujeito passivo poderá recair apenas em eventual vício processual ou ajustamento do preço avaliado pelo desapropriante. Decreto-Lei nº 3.365/41 Art. 35. Os bens expropriados, uma vez incorporados à Fazenda Pública, não podem ser objeto de reivindicação, ainda que fundada em nulidade do processo de desapropriação. Qualquer ação, julgada procedente, resolver-se-á em perdas e danos. Desapropriação parcial Desapropriação indireta A partir do transito em julgado da ação. A partir da data efetiva da ocupação Decreto-Lei nº 3.365/41 Art. 3º. Os concessionários de serviços públicos e os estabelecimentos de caráter público ou que exerçam funções delegadas de poder público poderão promover desapropriações mediante autorização expressa, constante de lei ou contrato. Art. 6º A declaração de utilidade pública far-se-á por decreto do Presidente da República, Governador, Interventor ou Prefeito. @dicasjuridicas.val TREDESTINAÇÃO é o desvio de finalidade por parte do poder publico que utiliza o bem desapropriado para atender finalidade diversa da prevista para o ato expropriatório. Pode ser licita ou ilícita a depender da finalidade ADESTINAÇÃO significa a ausência de qualquer destinação ao bem desapropriado revelando hipóteses de completa omissão do poder público . DESDESTINAÇÃO envolve a supressão da afetação do bem desapropriado, aqui o bem desapropriado é inicialmente afetado ao interesse público, mas, posteriormente ocorre a desafetação. Terreno vazio vira escola que vira creche que fica vazio Direito a retrocessão art. 519 CC. Doutrina majoritária: é um direito subjetivo Doutrina minoritária: é um direito real Jurisprudência é um direito real aceita a sua aplicação apenas ante a tredestinação ilícita Desapropriação de bens públicos É possível É vedado Art. 2 §2 DL 3365/41. Os bens do domínio dos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios poderão ser desapropriados pela União, e os dos Municípios pelos Estados, mas, em qualquer caso, ao ato deverá preceder autorização legislativa. Art. 2 §3 DL 3365/41 É vedada a desapropriação, pelos Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios de ações, cotas e direitos representativos do capital de instituições e emprêsas cujo funcionamento dependa de autorização do Govêrno Federal e se subordine à sua fiscalização, salvo mediante prévia autorização, por decreto do Presidente da República. Teoria da predominância do interesse quem pode mais pode menos. Lícita Ilícita Alteração da destinação a ser dada pelo poder expropriante ao bem expropriado Alteração da destinação a ser dada pelo poder expropriante ao bem expropriado A modificação não elimina a destinação do bem para a satisfação de necessidade coletiva. O bem é aplicado para finalidades insuficientes para justificar a expropriação Se a nova destinação tivesse sido apontada desde o inicio não haveria defeito na desapropriação O bem recebe destinação diversa da finalidade pública, seja aquela amarada no ato desapropriatório ou qualquer outra nascendo o direito a retrocessão Ex.: desapropriação para uma creche mas constrói um hospital Ex.: o interesse é privado constrói sede para uma associação de servidores da prefeitura @dicasjuridicas.val 6) Desapropriação por zona é aquela que abrange área maior do que necessária para o alcance da finalidade expropriatória, com fins de absolver valorização extraordinária na vizinhança do terreno em que se dará a obra pública, em qualquer caso, a declaração de utilidade pública deverá compreende-las mencionando oque se destinam a revenda Desapropriação por zona Contribuição de melhoria Não é tributo É tributo Não é obrigatório Obrigatório Faz parte do planejamento da obra. Não há dono ainda É recolhida dos atuais donos Evita o ganho sem causa + ajuda financeiramente na obra Conceitos importantessobre a desapropriação. Indenização justa: é a indenização paga ao expropriado e que mantém inalterável seu patrimônio. Antes e depois da expropriação tem-se em valor, o mesmo montante. Com a desapropriação esse montante não se altera. A quantidade patrimonial é a mesma, embora tenha variado a composição dos bens. Pode se dizer que o objetivo aqui é deixar o expropriado com seu patrimônio indene, sem prejuízo, sem desfalque algum. Para que assim seja a indenização deve cobrir além do valor real, efetivo o bem expropriado, os juros moratórios, os juros compensatórios, a correção monetária e as despesas judiciais e civis realizadas pelo expropriado em razão direta da desapropriação E a regra dos 80%? (art. 33 §2 do DL 3365/41) pode sacar até 80% do valor depositado em juízo, e os 20% ficara em juízo Juros compensatórios Juros moratórios São uma criação da jurisprudência e indenizam a perda antecipada da propriedade/posse do bem expropriado. Assim server para repor financeiramente o apossamento prematuro da coisa, efetivada pela imissão provisória na posse sendo vendado o calculo de juros compostos Servem para remunerar o atraso no pagamento da indenização justa e de devida. São devidos como em todos os pagamentos em atraso de qualquer tipo sendo naturalmente computados em qualquer calculo condenatório ou indenizatório sendo assim devidos pelo retardamento no pagamento da indenização fixada Os juros podem ser cumulados entre si, porque se destinam a indenizações diferentes. Os compensatórios visam os lucros cessantes pela ocupação do bem, os moratórios destina-se a cobrir a renda do dinheiro que não foi pago Súmula 12 STJ. E desapropriação, são cumuláveis juros compensatórios e moratórios. Sumula 102 STJ. A incidência dos juros moratórios sobre os compensatórios, nas ações expropriatórias, não constitui anatocismo vedado em lei. @dicasjuridicas.val Quando começa a contar o prazo para os juros na desapropriação? Jurisprudência STJ. > taxa de 6% após a vigência da MP 1577/97 teve uma ADI que suspendeu os efeitos. STF> 12% sumula 618 E os juros moratórios? Quando não forem convencionados ou forem sem taxa estipulada, ou quando provenierem de determinação de lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional Correção monetária STJ deve ser da data da confecção do laudo pericial Decreto-Lei nº 3.365/41 Art. 26. No valor da indenização, que será contemporâneo da avaliação, não se incluirão os direitos de terceiros contra o expropriado. Art. 406 CC. Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional. Art. 161. O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ou em lei tributária. § 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são calculados à taxa de um por cento ao mês. Súmula 69 STJ. Na desapropriação direta, os juros compensatórios são devidos desde a antecipada imissão na posse e, na desapropriação indireta, a partir da efetiva ocupação do imóvel Súmula 113 STJ. Os juros compensatórios, na desapropriação direta, incidem a partir da imissão na posse, calculados sobre o valor da indenização, corrigido monetariamente. Súmula 114 STJ. Os juros compensatórios, na desapropriação indireta, incidem a partir da ocupação, calculados sobre o valor da indenização, corrigido monetariamente.
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