Sistemas Regionais de Proteção aos Direitos Humanos

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DIREITOS HUMANOS 
Os Sistemas Regionais de 
proteção dos Direitos 
Humanos
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Os Sistemas Regionais de Direitos 
Humanos foram um importante avanço 
no sentido de coibir violações de tais 
direitos. Eles atendem às 
peculiaridades e características 
políticas e culturais de cada região.
O Sistema do qual nosso país faz parte 
é o Sistema Interamericano de 
Proteção aos Direitos Humanos.
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 O continente americano também 
possui seus instrumentos de 
proteção aos Direitos Humanos, 
criados no âmbito da OEA 
(organização dos Estados 
Americanos) , fundada em 1948 
pelo Acordo de Bogotá, entrando 
em vigor em 1951.
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A Organização, cujas raízes históricas são 
ainda mais antigas, é constituída por quase 
todos os países do continente americano e 
tinha como escopo integrar a região e 
favorecer a cooperação e a aproximação 
política, social e econômica entre os povos 
americanos. O primeiro documento aprovado 
no âmbito da Organização Interamericana teve 
sua gênese na IX Conferência em Bogotá, no 
ano de 1948. Trata-se da Declaração 
Americana dos Direitos e Deveres 
Humanos. 5
Porém, o mais notório documento é 
a Convenção Interamericana dos Direitos 
do Homem, que além de estabelecer uma 
série de direitos e princípios comuns sobre o 
respeito aos Direitos Humanos, garantir 
liberdades individuais e o acesso à justiça, 
bem como desenvolvimento e dignidade a 
todos os países das Américas, também criou a 
Corte Interamericana de Direitos Humanos e 
atribuiu novos poderes à Comissão 
Interamericana de Direitos Humanos.
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 A Comissão Interamericana de Direitos 
Humanos é responsável por receber 
as comunicações sobre violações de 
Direitos Humanos e, após pedir 
esclarecimentos ao Estado denunciado 
e se julgar pela admissibilidade das 
denúncias, encaminhá-las à Corte de 
Direitos Humanos, que procederá ao 
julgamento da questão.
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 Além da própria Comissão, somente os 
Estados podem oferecer denúncias à Corte. 
A Comissão também pode optar por manter a 
questão apenas no campo político, emitindo 
recomendações ao Estado faltoso. Caso 
essas recomendações não sejam seguidas, a 
Comissão pode levar a questão para a 
Assembleia Geral da OEA, que cobrará 
responsabilidades do Estado, podendo, 
inclusive, aprovar sanções.
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O Brasil aceitou voluntariamente a 
jurisdição da Corte em 1998, ao ratificar 
seu tratado constitutivo. Portanto, as 
decisões da Corte em relação ao nosso 
ordenamento figuram como uma 
sentença internacional. 
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Para tentar corrigir esse problema e legalizar a 
indenização às vítimas provenientes de casos 
em que o Brasil fora condenado, o Presidente 
da República autorizou, por meio do Decreto nº 
6.185 de 2007, a Secretaria Especial dos 
Direitos Humanos da Presidência da República 
a “promover as gestões necessárias ao 
cumprimento da sentença da Corte 
Interamericana de Direitos Humanos”, 
referente ao caso Damião Ximenes..
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Caso Damião: 1ª condenação do Brasil na OEA completa 10 anos.
Morreu em situação suspeita e o laudo deu-se inconclusivo e a irmão 
de Caminhão foi ate a Corte Internacional de direitos humanos 
A Comissão Interamericana sobre Direitos Humanos aprovou um relatório 
descrevendo que o governo brasileiro havia violado cinco artigos da 
Convenção Americana de Direitos Humanos, da qual o país é signatário. Em 
2006, foi realizada a última a assembleia sobre o caso, na sede da Corte, na 
Costa Rica.
O governo brasileiro foi condenado a pagar indenização de R$ 278 mil por 
danos morais e materiais à família de Damião Ximenes, sendo R$ 117 mil à 
mãe, Albertina Lopes; R$ 105 mil à irmã, Irene Ximenes; e R$ 28 mil ao pai 
e ao irmão da vítima. A Corte Interamericana também cobrou celeridade na 
investigação criminal dos responsáveis pela morte de Damião e estabeleceu 
que fossem criados programas de capacitação para profissionais de 
atendimento psiquiátricos no Brasil.
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