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Microbiologia e Imunologia Aplicada

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Imunidade às Infecções Fúngicas 
→ São microorganismos eucariontes, que não necessariamente são parasitas, são imóveis, 
com paredes celulares rígidas, realizam nutrição por absorção (não são exigentes) e 
realizam reprodução sexuada e assexuada. O foco do estudo são as micoses (doenças 
agudas). É importante saber que eles também são sintetizantes de antimicrobianos 
↪ Apresentam parede celular, que envolve a membrana celular que por sua vez envolve as 
organelas: mitocôndrias, núcleo (DNA), ribossomos, retículo endoplasmático, vacúolos, 
lomassomos (responsáveis pela síntese de glicogênio) e cápsula polissacarídica (quando 
leveduras). Os antifúngicos atuam nessas áreas (fatores de virulência: estruturas do 
microorganismo que podem causar doença/patogenicidade). 
● Parede celular: importantes PAMPs, é rígida, de composição lipídica variável, rica 
em quitina (N-acetil glicosamina), complexos polissacarídicos (manana ou manose) 
e proteicos 
○ Em nossa resposta inata, quando o fungo atinge tecidos internos, temos 
células especializadas (monócitos, quando em tecidos: macrófagos, além da 
célula dendrítica // pelo fato dos monócitos não liberarem citocinas que 
estimulam aumento de temperatura, não há uma febre muito aparente, sendo 
a principal diferenciação entre a infecção fúngica e a bacteriana) que 
reconhecem PAMPs, que aqui são a quitina e a manana (ou manose) 
● Membrana celular: múltiplas camadas, fosfolipídios e proteínas, presença de 
ergosterol 
○ Existem antifúngicos que atuam inibindo a produção de ergosterol, o que leva 
um poro na membrana, causando a lise do fungo. Como os fungos são 
euraciontes, como nós, existem poucas as classes de antifúngicos, e 
geralmente são muito caros (pensando numa infecção em órgãos internos, 
doenças fúngicas que atingem SNC ou tecidos subcutâneos no geral) 
→ Podem ser filamentosos (bolores) ou leveduras (fungos unicelulares). Ainda há aqueles 
que podem ser dimórficos: em temperatura ambiente são filamentosos, e em nossos 
organismos se transformam em leveduras, que é a fase parasitária. 
● Filamentosos: possuem micélio vegetativo (inserido no meio de cultura, composto 
por hifas), micélio aéreo (hifas que saem desse meio de cultura, que ficam visíveis) e 
o micélio reprodutor (corpos de reprodução, conídeos ou esporos) 
○ Macronídeos: conídeos grandes 
○ Micronídeos: conídeos pequenos 
○ Hifa segmentadas: possuem septo 
○ Hifa cenocítica: sem septos 
○ Micélio aéreo: no qual é importante visualizar as características para 
diagnóstico. 
○ Esporos: corpos de reprodução fechados 
○ Artroconídio: responsável pela disseminação de hifas, segmentos 
retangulares 
↪ Fungos que produzem melanina: demáceos, com lesões escuras 
Fungo Antibacteriano 
Penicillium sp Penicilina, griseofulvina 
Cephalosporium sp Cefalosporinas 
↪ Fungos que não produzem melanina: hialinos, com lesões claras 
↪ Estruturas de resistência: chamadas de clamidoconídios, são células da hifa se 
diferenciam em uma estrutura arredondada de parede espessa, com reserva de glicogênio 
e normalmente com coloração. Por suas características, resiste aos fatores estressantes e 
pode permanecer no ambiente por um longo período, portanto é um esporo de resistência 
produzido assexuadamente 
● Leveduras: macroscopicamente possuem um aspecto cremoso, de coloração 
geralmente branca, e na microscopia, observamos células ovaladas, e quando 
coloradas por Grahm, se apresentarão roxas, por não possuíem peptídeoglicanos 
(também, serão visualizadas maior do que cocos bacterianos). Por serem células 
únicas, não divide-se em micélios, e possuem duas funções 
○ Função vegetativa: absorção de nutrientes 
○ Função reprodutiva: reprodução assexuada 
■ Algumas leveduras possuem cápsula polissacarídica (na microscopia, 
observa-se “pretinho em volta do branco”, esse branco sendo a 
cápsula que não permite coloração. O principal aqui é o ​Criptococcos 
sp​) 
→ Reprodução: se dá por brotamento, por meio das leveduras, onde pequenas 
protuberâncias laterais surgem da célula mãe, que crescem e separam da mesma 
originando um novo indivíduo. Enquanto o broto surge, o núcleo da célula mãe divide-se, e 
um migra para dentro do broto 
→ Características nutricionais: sempre lembrar que UV é fungicida. 
● Filamentosos: 
○ Crescem em pH 1 a 14 
○ Crescimento lento: 7 a 10 dias 
○ Temperatura ambiente 
○ Aeróbios obrigatórios 
● Leveduras: 
○ São destruídas em pH alcalino 
○ Crescimento em 48 horas 
○ Temperatura ótima : 37​o​C 
○ Aeróbios e fermentadores facultativos 
→ Patogenicidade dos fungos: os possíveis fatores são 
● Variabilidade fúngica; 
● Aderência nos tecidos do hospedeiro, 
● Produção de aflatoxinas. 
● Fungos patogênicos secretam várias enzimas hidrolíticas (proteinases, lipases, 
fosfolipases). 
→ Doenças fúngicas no homem: 
● Micoses: doenças infecciosas. Temos vários tipos de micoses, que são infecções 
causadas pela instalação do fungo em nosso organismo, a cutânea, a subcutânea, 
na qual já começa o reconhecimento da nossa resposta imune, a sistêmica, e a 
oportunista (na qual o paciente possui algum déficit, que leva à infecção fúngica) 
● Micetismo são intoxicações pela ingestão de fungos, cogumelos, dependendo da 
espécie pode: atingir sistema nervoso, causar distúrbios intestinais, vômitos, 
diarreias, convulsões, alucinações e ser fatal. 
● Micotoxicose: são intoxicações pela ingestão de alimentos contaminados com 
toxinas produzidas por fungos filamentosos, podendo causar câncer hepático, 
náuseas, vômito, em gestantes danos ao embrião ou feto, causando aborto, retardo 
mental e má formação e também ser fatal. 
● Alergias: inalação de aflatoxinas liberadas por fungos no ambiente. Na amostra 
biológica, encontram-se as aflatoxinas, e não o fungo. 
→ Imunidade inata: os principais são as células NK (liberam citotoxinas que destroem a 
célula fúngica), e macrófagos, que fagocitam, secretam IL-12, que estimulam célula NK, que 
secretam IFN-γ, citocinas estas que aumentam o estímulo da fagocitose realizada por 
macrófagos (ativam mais macrófagos), formando então granulomas, mas mesmo com a 
formação de granulomas para fagocitose, ele necessita da ativação, que é feita pelos 
intérferons liberados por células NK (ou TCD4+ via Th1, na adaptativa), e então ocorre 
muitos granulomas, para fagocitose. Ou seja, a principal característica da infecção fúngica é 
a presença de granulomas. 
→ Imunidade adquirida (adaptativa): Queremos resposta Th1. Após a fagocitação do fungo 
pelo macrófago, esta célula apresenta o imunógeno via MHC classe II para linfócito TCD4+, 
que deve ter um padrão de resposta Th1, que também sintetizam IFN-γ, para estimular a 
fagocitose. Se o paciente resposta com Th2, não há liberação de IFN-γ, o que leva ao 
choque. Além disso, a Th1 estimula células NK, que também ativam IFN-γ. O Th1 também 
ativa LTCD8+ via IL-2, que quando o imunógeno ligado ao MHC classe I, sofre destruição 
pelo LTCD8+, que mata células infectadas via citotoxinas. Além disso, ele estimula a 
produção de IgG, porém não é muito eficaz, pois fungo tem muito carboidrato (açúcar), e 
anticorpos não se ligam muito bem, ou seja, a função de anticorpos na infecção fúngica é 
de limpeza, pois quem consegue eliminar são os monócitos/macrófagos. O fungo, por 
exemplo, não possui vacinas, então o anticorpo sozinho não impede a doença. Os 
anticorpos gerados por carboidratos (açúcares, principais estruturas de PAMPs dos fungos) 
são rapidamente catabolizados, então ficam em baixa concentração, então não possuem a 
eficácia desejada. 
● A imunidade celular e humoral contribuem inicialmente mas, sozinhas não são 
capazes de eliminar os micro-organismos. 
● A defesa efetiva é a mediada por: sistema complemento e ativação de macrófagos. 
● Burst Oxidativo ​super ativado 
→ Lesões: possuem aspecto granulomatoso, meio rugoso, como podemos ver na 
criptocose cutânea primária causada por ​C. gatti​ sorotipo B ou até mesmo em lâminas. Pelo 
fato do fungo ser um agente persistente, temos uma inflamaçãopersistente. 
 
Diagnóstico micológico 
→ Ou o médico suspeita de micose pela clínica, e então ele solicita pesquisa de fungo, ou 
então na coleta da amostra do paciente, observa-se o crescimento fúngico, e daí é de nossa 
responsabilidade a identificação do gênero e espécie. Baseado no material biológico que 
chegou, temos a técnica para identificar fungos filamentosos ou leveduras 
→ Diagnóstico laboratorial de fungo filamentoso: possui crescimento mais demorado devido 
a presença de diversas estruturas, precisa-se da observação tanto macroscópica quanto 
microscópica. Realiza-se a coleta do material clínico (não pode haver contaminação na 
amostra, é de nossa responsabilidade passar orientações aos enfermeiros/técnicos). Se o 
médico solicitar 
● Pesquisa de fungos: exame direto, que deve sair no mesmo dia (as horas variam de 
acordo com o protocolo laboratorial) 
● Pesquisa de fungos e cultura: exame direto, que sai no mesmo dia, além do 
resultado da cultura, que como o tempo de crescimento do fungo é longo, demora de 
7 a 28 dias. Além disso, podemos fazer o antifungigrama (que avalia qual a 
sensibilidade do fungo com medicamentos disponíveis) As condições adequadas de 
incubação para cultura devem ser respeitadas 
○ Temperatura (micose de unha: fungo filamentoso, logo é temperatura 
ambiente // material de punção de um gânglio/nódulo/pulmonar: fungo 
dimórfico, logo parte da cultura vai a 25​o​C e parte a 37​o​C) 
○ Tempo (7-28 dias) 
○ Atmosfera (sempre realizadas em aerobiose, pois os fungos são aeróbios) 
↪ Coleta do material clínico: 
● Escamas de pele: antissepsia com álcool etílico 70%, raspar com bisturi as bordas 
da lesão cutânea 
● Unhas: desprezar toda a hiperceratose formada na parte mais distal e atingir regiões 
mais adentro da matriz ungueal 
● Pêlos e cabelos: 
○ pêlos em regiões de alopécia, quebrados retirada com auxílio de pinça 
flambada ou estéril 
○ tinhas inflamatórias de couro cabeludo e barba: antibioticoterapia ou 
anti-sepsia prévia para maximizar o isolamento primário do fungo 
● Mucosas e outras secreções: swabs, curetagem de lesão ulcerada, biópsias, etc… 
↪ Exame direto: Para a verificação da presença de fungos no corpo humano, e 
consequentemente da identificação de micoses, é realizado o exame micológico direto, por 
meio da coleta de fragmentos dos locais que apresentam as lesões. Os fungos podem ser 
pesquisados em lesões de pele, cabelo, couro cabeludo, unhas ou secreções. ​Como fazer, 
em pele e unha 
● Pegar um pouco do material e coloca sobre uma lâmina, e em cima, coloca-se 
solução KOH (que pode variar entre 10 a 40%, não podendo ultrapassar esse valor. 
Quanto maior a concentração, mais eficaz é, pois o KOH tem a função de clarificar 
(digestão das nossas células, então vai sobrar o fungo devido a presença de quitina 
em sua parede celular) a amostra analisada) fungo hialino fica azul, e fungo 
demáceo fica amarronzado. 
● Deixar 4 horas a temperatura ambiente, ou aquecer a lâmina com KOH de 5 a 10 
minutos 
↪ Cultura: Pega o tubo ou a placa de petri, com base agar Saboraud, adiciona-se 
antibióticos (clorafenicol) para impedir contaminantes. Então, esse agar passa a chamar-se 
agar Mycosel ou Mycobiotic. Realiza-se um ‘furinho’ nas placas e despeja-se o material 
coletado 
● Meios de cultura para isolamento primário 
○ Agar Sabouraud-Dextrose (ASD) 
○ ASD com adição de antibióticos (cloranfenicol) 
○ ASD com adição de cicloheximida e cloranfenicol (Agar Mycosel ou 
Mycobiotic): crescimento de fungos patogênicos 
● Condições de cultivo 
○ 30​o​C por 4 semanas, 28 dias (tempo de crescimento variável: mínimo 15 
dias) alguns dermatófitos crescem melhor a 37​o​C como​ Tricophyton 
verrucosum 
↪ Após o crescimento do cultivo, fazer análise macroscópica e fazer uma lâmina com a 
macrocolônia. Identificação de espécie e gênero por técnica no durex ou microcultivo 
● Técnica no ‘durex’: colar o durex na colônia, esfregar o durex para fixação do fungo, 
vai pra lâmina, adiciona corante no durex e observação em microscópio das hifas e 
dos micélios 
● Microcultivo: placa estéril + papel de filtro ou algodão estéril, coloca-se a lâmina sem 
encostar no fundo. Coloca-se ágar Sabouraud com batata (fornecimento do meio de 
cultura) em cima da placa, então colocamos o meio de cultura na lâmina e o material 
que cresceu em tubo é coletado com alça bacteriológica em L e semeia-se nas 
quatro pontas e no meio da lâmina, e então coloca-se a lamínula por cima, molha o 
algodão/papel e deixa o material crescendo a 25​o​C +- 5. Pode demorar de 7 a 21 
dias; a medida que o fungo cresce, os micélios vão grudando na lamínula, e então 
retira-se com cuidado a lamínula e então coloca em outra lâmina com corante, para 
visualização em microscópio 
↪ Análise de aspectos microscópicos para análise do gênero e espécie 
● Hifas: segmentadas ou não 
● Presença de artroconídio 
● Conídios ou esporos: macro ou micro, e também suas características (se possuem 
ou não septos, quantos possuem, se as pontas são arredondadas ou pontudas, 
visualização de clamidoconídeos…) 
● Hialino ou demáceo 
↪ Com as análises macro e microscópicas, fechamos diagnóstico de gênero e espécie 
→ Diagnóstico laboratorial de leveduras: também temos tanto o exame direto quanto a 
cultura, que deve se levar em conta as condições adequadas de incubação como 
temperatura, tempo e atmosfera 
● Também usa-se KOH de 10 a 40%, azul de lactofenol ou “tinta da china” 
● Temperatura: 37​o​C 
● Tempo: 48h (ou até 24h) 
● Atmosfera: presença de oxigênio 
↪ O exame direto é feito à fresco entre lâmina e lamínula. A clarificação com KOH com 
levedura pode ser mais baixa (10 a 20%, porém também pode ser feito com 40%, 
esperando 4h em temperatura ambiente ou com auxílio de aquecimento). Um material 
úmido pode conter mais contaminantes (mistura), não sendo recomendado. 
● à fresco com tinta da China (nanquim): pega um liquor (liquido cefalorraquidiano, 
LCR) e coloca junto com o corante preto e a lamínula, para pesquisar ​Cryptococcos​. 
Com o esfregaço, podemos dar um zoom de 100x, mas geralmente usa-se o de 40x. 
● Diagnóstico laboratorial: positivo ou negativo para presença de leveduras (podendo 
avisar “presença de blastoconídeos”). Métodos clássicos e comerciais, com aqueles 
citados abaixo: 
○ Análise morfológica 
○ Assimilação de fontes de carbono e nitrogênio 
○ Fermentação de carboidratos 
○ Hidrólise da uréia (teste da urease) 
↪ O meio de cultura também se utiliza de Agar Sabouraud com cloranfenicol, por técnica de 
esgotamento. Para pesquisa de clamidoconídeos, em microcultivo, utiliza-se agar 
fubá-dextrose, com o mesmo preceito do microcultivo com os filamentosos. Ainda, utiliza-se 
Agar Mycrobiotic (Mycosel), um agar seletivo para fungos patogênicos que possui uso 
restrito, pois inibe vários fungos sensíveis à cicloheximida, inclusive leveduras (agar 
sabouraud CC) 
 → Pureza das colônias: ainda temos os meios cromogênicos 
● CHROMagar ​Candida​: sugere espécie conforme cor da colônia (se já sabemos que 
se trata da ​Candida sp​) 
○ Verde: ​C. albicans 
○ Azul: ​C. tropicalis 
○ Rosa: ​C. krusei 
○ Branco: outras espécies 
→ Identificação laboratorial por características microscópicas nas leveduras: 
● Formação de blastoconídio 
● Se a levedura faz hifa verdadeira 
● Presença de pseudo hifas 
● Presença de cápsula 
→ Métodos clássicos de identificação de leveduras por análise morfológica: 
● presença de cápsula 
● produção de tubo germinativo, em geral, leitura em 2h 
● cultivo em lâmina (micromorfologia, filamentação e presença de clamidosporos) 
↪ Tubo germinativo: Identificação presuntiva e rápida de​ Candida spp.​, descrito em 1960 
• Capacidade de formar filamentos na presença de soro (1-3 horas), sendo esse humano, 
fetal bovino ou cavalo. É uma técnica simples que apresenta 94-97% de positividade para 
C. albicans 
↪ Microcultivo: o mesmo com o filamentoso, só que alimentamos com fubá. Fazemos 4 
semeaduras 
↪ Ainda temos um auxanograma: 
● Assimilaçãode fontes de C 
● Assimilação de nitrogênio 
● Fermentação de carboidratos (zimograma; em anaerobiose) 
● Hidrólise da ureia (urease) 
→ Auxanograma: utiliza-se para controle de qualidade cepas ATCC, que conhecemos todas 
as características. verificação das fontes de C (a partir de carboidratos) e N (a partir de 
nitrato) em aerobiose. 
● Meio basal (Sabouraud) sem fonte de carbono 
● Sólido ou líquido 
● Yeast Nitrogen Base (YNB) - 40mL 
● Inóculo: escala 5 McFarland (2mL) (coloca a levedura em solução salina até chegar 
nessa escala) 
● Incorporar suspensão de levedura ao meio; homogeneizado 
● Aplicação de discos ou açúcar in natura 
● Incubação 30​o​C por 24-48h 
→ Auxanograma para N: 
● Meio basal sem fonte de nitrogênio 
● Sólido 
● Yeast Carbon Base (YCB)- 20mL 
● Inóculo: escala 5 McFarland (1mL) 
● Incorporar suspensão de levedura ao meio 
● Aplicação de compostos nitrogenados 
○ Peptona (controle positivo) ou Nitrato de potássio 
● Incubação 30​o​C por 24-48h até 7 dias 
○ Resultados: presença de zona de crescimento (leitura visual) 
→ Zimograma: baixa tensão de oxigênio, fermentação, utilização de fontes de carbono a 
partir de açúcares ou produção de CO​2​
, com meio líquido ou semi-sólido gelosado a 0,6% 
● Meio basal (3mL) 
○ Azul de bromotimol, extrato de levedura, peptona, etanol 95% e água 
● Solução de açúcar 6% (1,5mL) 
● Suspensão levedura: 2-5 McFarland (0,2mL/tubo) 
● Leitura após 10-14 dias de incubação a 37​o​C 
○ Resultados: presença ou ausência de bolhas no tubo de Durham 
→ Métodos comerciais de identificação de leveduras: 
● Chromoagar Candida 
● API 20C AUX (BioMérieux) 
● ID 32C (BioMérieux) 
● Candifast (International Microbio) 
● Vitek (BioMérieux) 
○ Tirando o chromoagar, são muito caros, então nem todos os 
hospitais/instituições possuem. 
 
Micoses superficiais e cutâneas 
→ As micoses são doenças inflamatórias e infecciosas, no qual há a instalação do fungo em 
algum tecido, estimulando (ou não) a resposta imunológica (dependendo do caso), com 
manifestações variadas. O diagnóstico é baseado na detecção das estruturas morfológicas 
fúngicas já estudadas. Existem outros tipos de doenças causadas por fungo, como a 
alergia, mas não é diretamente o fungo, e sim seus metabólitos, então nesse caso se 
pesquisa os anticorpos, ou então realizando uma cultura de leucócitos. Ainda há o 
micetismo e a micotoxicose, que ocorre a inalação ou ingestão de toxinas fúngicas, levando 
a intoxicação. Na micologia clínica, então, o foco são as micoses, no qual há uma lesão 
característica que nos leva a uma coleta. Deve-se lembrar em consideração a 
epidemiologia, isto é, o ambiente em que ‘se cresceu’. Há uma pequena gama de 
tratamento para micoses. 
→ Podemos dividir os fungos de acordo com o material biológico ou até mesmo com o 
habitat (onde esse fungo vai causar doenças), então de acordo com os tecidos e órgãos 
atingidos, as micoses são divididas em: 
● Superficiais: camadas mais externas 
● Cutânea 
● Subcutânea 
● Sistêmica ou profunda: porta de entrada pela via respiratória e se espalha pelo 
organismo 
● Oportunista: o fungo pode até ser da própria microbiota, porém o fungo se aproveita 
de uma resposta imunológica deficiente para proliferação 
↪ Para adesão ao tecido, o fungo precisa de ambiente úmidos, pH ácido, temperatura 
(corporal), ambientes que favoreça seu estabelecimento e adesão (organotropismo), e 
ambientes protegidos do UV. 
→ Micoses superficiais propriamente ditas: são micoses que determinam alterações apenas 
na camada mais superficial do estrato córneo, sem induzir resposta inflamatória no 
hospedeiro. Infecções fúngicas da camada córnea ou cutícula do pelo, em que a resposta 
imune celular do hospedeiro é mínima ou ausente. Fazem parte deste conjunto 
● Pitiríase versicolor (​Malassezia sp​) 
● Tínea nigra (​Phaeoannellomyces werneckii​) 
○ Afetam a pele, camadas mais externas do extrato córneo 
● Piedra branca (​Trichosporum sp​) 
● Piedra negra (​Piedraia hortae​) 
○ Afetam os pelos, apenas a cutícula 
↪ O problema é a estética, porque geralmente não causam desconforto ao hospedeiro e, por 
serem superficiais, não estimulam resposta imune. São facilmente diagnosticada e tratada, 
muitas vezes nem necessitando de receita médica. Medicamentos via oral são 
contraindicados pois o medicamento não chega em regiões extremas do corpo. Os agentes 
das micoses superficiais ou saprofitárias têm como hábitat principal o homem São 
originadas por micro-organismos da própria microbiota normal, ​Malassezia furfur ​(Pitiríase 
versicolor), ou adquiridos no ambiente, microbiota transitória, ​Piedraia hortae ​(Piedra negra) 
→ Pitiríase versicolor: leva o nome pitiríase por acometer a pele e versicolor por poder se 
apresentar com diferentes colorações. Pode ser chamada de tinha versicolor, pano branco, 
micose de praia, impingem de praia. Não é infeccioso por se tratar da microbiota normal, o 
couro cabeludo e outras áreas cobertas por pêlos são reservatórios. 
● Maior frequência nos braços, tronco e região da cintura (predileção pelas áreas 
cobertas do corpo (> produção e excreção de gordura). 
● Assintomáticas e raramente com prurido. Aspecto estético desagradável 
● Exposição solar: leveduras secretam ácido azaléico que tem ação fotoprotetora 
inibindo a tirosinase e interferindo na melanogênese. 
● Agente etiológico: ​Malassezia furfur​ ou ​Pityrosporum orbiculare ​(forma oval) ou ​P. 
ovale ​(forma cilíndrica) 
↪ O que permite que as leveduras saiam da condição comensal e tornem-se patogênicas? 
O que pode predispor à Pitiríase? 
● Fatores geoclimáticos (alta temperatura e alta umidade relativa do ar) 
● Pele gordurosa 
● Elevada sudorese 
● Fatores hereditários (predisposição genéticas) 
● Má nutrição (avitaminoses) 
● Uso de terapias imunossupressoras ou fatores que afetem o sistema imune 
(gravidez, diabetes, etc) 
↪ Diagnóstico: coleta de material por raspagem da lesão ou ​imprint​ com fita durex (método 
de Jarbas Porto, que configura um exame direto, por prender o durex na lâmina e ver 
microscopicamente), além dos sinais de Besnier e Zileri 
● Sinal de Besnier ou sinal da unhada: É caracterizado por uma descamação 
furfurácea da lesão quando é raspado com a unha 
● Sinal de Zileri: É um sinal clínico observado ao ser feito um leve estiramento com os 
dedos da região sugestiva de pitiríase, sendo observado nessa região um discreto 
esfacelamento da queratina 
● Exame direto: leveduras com brotamento em colarete associadas ou não a hifas 
tortuosas (potassa ou K-tinta). Ou método de Jarbas Porto; geralmente se faz a 
coloração de Grahm completa para verificação de infecção bacteriana oportunista, 
porém pode se usar o azul de lactofenol. A cultura é feito em agar Sabouraud com 
fonte de lipídios (azeite de oliva; formando colônias brilhantes). Clarificação com 
KOH em 10 a 40%, coloração simples com azul de algodão ou metileno. Por se 
tratar de um fungo dimórfico, temos a levedura (saprófita) e micélio (parasita), com 
um diagnóstico microbiológico chamado de “espaguete com almôndegas” 
↪ Assintomática, exceção às formas eritematosas (pruriginosas), com lesões hipo ou 
hiperpigmentadas (Versicolor), se localizam no tórax, pescoço, abdome, face e é levemente 
descamativa. O paciente pode confundir com vitiligo, então devemos sempre realizar o 
diagnóstico, deve-se tomar cuidado na área estética pois um diagnóstico errado pode levar 
a inflamação 
↪ Tratamento: 
● Imidazólicos: via oral 
● Azóis tópicos: 
○ creme 
○ xampu 
● Hipossulfito de sódio 40% 
● Sulfeto de selênio 5% para reduzir a população de ​Malassezia sp. ​do couro 
cabeludo. 
● Profilaxia após a cura: uma a duas vezes por semana com produto tópico 
→ Malasseziose: quando a ​Malassezia sp.​ atinge a corrente sanguínea (doença sistêmica); 
fungemia e septicemia em crianças de baixo peso ou adultos imunossuprimidos. 
Geralmente ocorrem por alimentação parenteral lipídica, e aí ocorre a administração de 
antifúngicos via oral ou sistêmica. 
→ Tineanegra: o agente etiológico é ​Hortaea werneckii​, é uma doença rara e é considerada 
uma doença de zonas tropicais e temperadas, com ocorrência relatada nas Américas do Sul 
e Norte, África e Ásia, é assintomática (fungo filamentoso demácio geofílico, amplamente 
distribuído na natureza) e acomete principalmente mulheres, por geralmente terem a palma 
da mão mais úmida. As lesões possuem aspecto arredondado, não descamativo, e altas 
temperaturas (25 a 30​o​C) favorecem a proliferação em restos vegetais, esgotos e solos (o 
agente sobrevive em condições de alta salinidade) 
● A coleta dos raspados de pele deve ser submetida ao exame direto somente com 
potassa, onde observa-se hifas curtas, ramificadas, septadas e em diversos tons de 
castanho 
● O material deve ser semeado em três tubos e incubado de 1 a 3 semanas. 
● As colônias tem coloração negra ou verde oliva com textura glabrosa, de relevo 
cerebriforme e coloração negra (macrocultivo) 
● O exame micológico direto revela hifas septadas demáceas 
● Caracterizadas por lesões maculares bem demarcadas, cor marrom ou enegrecidas 
nas plantas das mãos e dos pés 
● Também é um fungo dimórfico: em culturas jovens se apresenta como levedura, e 
em culturas velhas observa-se hifas alongadas, predominando o micélio e conídios 
● Tratamento: iodo e antifúngicos de uso tópico. Recidivas ocorrem se houver 
reexposição 
→ Piedras: O agente etiológico é a ​Piedraia hortae​, caracterizam-se pela presença de 
nódulos irregulares, aderentes ao pelo (fios de cabelo, bigode, etc) e, geralmente, visíveis a 
olho nu. É uma infecção fúngica crônica, assintomática, localizada na cutícula do pelo, na 
qual se caracteriza pelo fato deste pelo ter um nódulo que possui vários ascos (ascósporos, 
geralmente de dois a oito, visível apenas microscopicamente). Possui artroconídios de 
coloração castanha, além de ter crescimento lento e se mostrar anamórfico em amostras 
clínicas. É um fungo encontrado em regiões tropicais e subtropicais, além de ser endêmica 
na Amazônia (chamada de Tirana). Essa espécie é sensível a cicloheximida e seu cultivo é 
feito em ágar Mycosel, que pode atestar falso negativo. 
→ Piedra branca: Infecção fúngica crônica e assintomática da cutícula do pelo, possui 
caráter assintomático, benigno e de ​baixo contágio​, acometendo pelos axilares, pubianos, 
perianais, barba e bigode. São mais frequentes em adultos jovens e aparece em climas 
tropicais e temperados, sendo encontrado frequentemente na Europa, Oriente e EUA. Os 
fungos são distribuídos na natureza (terra, água de rios e lagos, animais domésticos) e seu 
agente infeccioso é o ​Trichosporum sp.​ (dimórfico) 
● T. inkin​: pelo pubiano 
● T. ovoides​: cabelo e que não compromete a pele vizinha à infecção 
↪ Aspectos clínicos: nódulos aderidos ao pelo de coloração branco-amarelada e de aspecto 
fusiforme e consistência mucilaginosa, facilmente destacadas do pelo ao toque e são 
observadas na parte mediana do pelo, e causam infecções superficiais como onicomicoses 
e otomicoses. 
● Pode-se observar com utilização de lupas (não confundir com escamas do couro 
cabeludo, dermatite seborréica e larvas de ​Pediculus​ e ​Pithirus​) 
● No exame direto, os nódulos aparecem com hifas hialinas e artroconídeos 
● Material deve ser semeado em três tubos (Sab-C, Sab e Sab-C+C, pois espécies 
como​ T. cutaneum​,​ T. inkin ​e​ T. asteróides​. Não crescem em meio com 
clicloeximida, incubar por 2 a 5 dias 
● As colônias são de textura glabrosa com relevo que vão do rugoso ao cerebriforme 
com cores que vão do branco ao creme 
● Exame microscópico mostra um micélio hialino, septado e com artroconídeos 
retangulares, ovóides e redondos e numerosos blastoconídeos 
● A identificação de espécies se faz com assimilação de carboidratos 
→ Tricosporonose: infecção fúngica ocasionalmente fatal (alta morbidade e mortalidade, 
além de difícil tratamento), compromete imunocomprometidos, neutropênicos, em 
quimioterapia, portadores de doenças hematológicas e AIDS). Prevalência de 30% entre 
leveduras isoladas em ambiente hospitalar. Com um diagnóstico precoce, há sucesso no 
tratamento, os relatos de resistência 5 fluorcitosina, azólicos e anfotericina B. A 
administração combinada de fluconazol e anfotericina B são as que obtém melhores 
resultados do que a monoterapia. 
→ Micoses superficiais cutâneas (dermatofitoses): São micoses superficiais que acometem 
a pele, os pelos e as unhas. Causadas por dermatófitos, leveduras do gênero Candida e 
fungos filamentosos não dermatófitos hialinos ou demácios, além de leveduras exógenas. 
Tem como características serem queratinofílicos; causam lesão circular, alopécica de 
crescimento centrífugo, o nome das lesões são ​Tinea capitis;​ ​Tinea barbae; Tinea corporis; 
Tinea pedis; Tinea mannum; Tinea unguium; ​variam de acordo com a localização. 
Tinea cruris​. Distribuição variável por fatores populacionais: sexo, idade , imunidade, 
hábitos, populações fechadas (tripulação de navios e creches) e sazonalidade (verão e 
outono). 
↪ Dermatófitos: Grupo de fungos , filogeneticamente relacionados entre si, capazes de 
degradar a queratina (queratinofílicos). Cerca de 45 espécies, agrupadas em três gêneros 
● Trichophyton spp 
● Epidermophyton spp 
● Microsporum spp 
○ São todos filamentosos, hialinos, queratinofílicos, e possuem hifas septadas. 
A diferença se dá pela avaliação de conídeos 
São fungos filamentosos queratinofilicos, hialinos, septados, passíveis de colonizar e causar 
lesões clínicas. Epidemiologicamente possuem 3 grupos (divididos por habitat): 
● geofílicos: lesões mais graves ao homem, geram lesão inflamatória maior 
○ Microsporum cookei, M. fulvum, M. nanum, M. gypseum 
● zoofílicos 
○ Microsporum canis, M. equinum, M. gallinae, Trichophyton equinum, T. 
mentagrophytes var. mentagrophytes 
■ Geralmente esses dois tipos de fungos respondem bem ao 
tratamento, podendo até ter cura espontânea devido à baixa 
adaptação ao hospedeiro 
● antropofílicos: menos graves, por já estarem mais adaptados; lesões crônicas 
○ Microsporum audouinii, Trichophyton mentagrophytes var. interdigitale, T. 
rubrum, T. tonsurans, T. violaceum; Epidermophyton flocosum 
■ Basicamente a gravidade deles se deve ao fato da evolução/ou não/ 
no ser humano; os geofílicos se desenvolveram em solo então são 
mais agressivos, ao passo em que os antropofílicos são mais 
desenvolvidos em humanos, consequentemente mais estudados (e 
então o tratamento demora +..... a biologia eh uma bela duma merda), 
e os zoofílicos tao no meio termo pq tem gente q AMA bicho (q nem 
eu) mas tem gente q ODEIA (q ai nem gente eu considero mas quem 
so eu ne….) então: DARWIN EXPLICA MÔ 
↪ ​Tinea Capitis​ microspórica: lesão única; dermatófito zoofílico ou geofílico // ​Tinea Capitis 
tricofítica: múltiplas lesões, dermatófito antropofílico // ​Tinea capitis favosa: 
comprometimento do folículo piloso, com alopecia cicatricial definitiva (causada por 
Trichophyton schoenleinii​) 
● Tinea capitis​: Lesão kerion de Celse, caracterizada por ser uma lesão purulenta, 
com edema e rubor. O processo inflamatório é pouco doloroso e geralmente sem 
febre 
● Regiões Sul e Sudeste =​ M. canis 
● Regiões Norte e Nordeste = ​T. tonsurans 
○ Fômites como escovas, travesseiros, brinquedos e telefones podem ser 
reservatórios. 
● Quérion: Fungos não adaptados ao hospedeiro, resposta imunológica intensa. Pode 
ocorrer infecção secundária por bactérias. No pelo o parasitismo pode ser 
○ Tipo ectothrix: ​Microsporum spp 
○ Tipo endothrix: ​Trichophyton spp 
→ ​Tinea unguium​ e onicomicose: afinidade seletiva pela queratina 
● Microsporum​ predileção por pele e pelos; 
● Epidermophyton ​predileção por pele e unha; 
● Trichophyton ​tanto faz 
→ ​Tinea manus​: acomete as mãos 
→ ​Tinea pedis​: acomete os pés 
→ ​Tinea corporis​: acomete o corpo 
→ ​Tinea cruris​: acomete as mucosas, geralmente as genitálias 
→ ​Tinea barbae​: acomete a barba 
→ Tinha imbricada (tokelau ou chimberê): ​T. concentricum​, doençacrônica, influenciada por 
fatores genéticos. Lesões escamosas e imbricadas, formando desenhos bizarros. 
→ Transmissão por contato direto ou indireto, em ambientes (fômites) contaminados pelos 
propágulos dos fungos; geralmente o portador é assintomático (gatos representam cerca de 
30 a 80%). 
● Gatos são reservatórios assintomáticos do ​Microsporum canis​, e podem ser 
transmitidas por outros animais (zoonoses), outros indivíduos ou contato com solo 
ou materiais contaminados 
 
↪ Tratamento: 
● Tratamento tópico: preparados à base de iodo, ácido salicílico ou antifúngicos em 
creme ou soluções 
● Tratamento sistêmico: derivados azólicos como cetoconazol, fluconazol, 
griseofulvina, nistatina, terbinafina e itraconazol 
→ Gênero ​Epidermophyton​: 
● Espécie patogênica :​ E. floccosum 
● Possui grande quantidade de macroconídeos piriformes em cachos ou dedos de 
luva, não apresentando microconídeos 
● Aspecto da colônia é pulverulenta ou algodonosa, branca amarelada ou amarelo 
limão 
→ Gênero ​Microsporum​: 
● Apresenta macroconídeos fusiformes, sendo as espécies mais importantes: 
○ Microsporum canis​: Apresentam hifas septadas com numerosos 
macroconídeos fusiformes, grossos, de extremidade afilada e levemente 
curvos, com 6 células ou mais. Apresentam pouca ou média quantidade de 
microconídeos. Formam colônias brancas, algodonosas e com pigmento 
amarelado que se difunde para o meio, sendo o reverso amarelo escuro 
○ M. gypseum​: As hifas são septadas e possuem numerosos macroconídeos 
fusiformes com extremidade arredondada de paredes delgadas e com menos 
de 6 células. Presença de poucos microconídeos. Formam colônias 
aveludadas, serosas de cor canela ou amarelo amarronzada, com reverso 
amarelo claro e ocasionalmente vermelho 
○ M. audouinii​: Apresentam hifas septadas com macroconídeos fusiformes ou 
○ em formato bastante irregular, de parede fina, lisa ou rugosa e com número 
de células variados. Quando há presença de microconídeos são irregulares, 
○ unicelulares e estão ao longo da hifa. Clamidoconídeos terminais. As 
colônias são aveludadas de cor parda ou marrom com reverso marrom 
alaranjado 
→ Gênero ​Trichophyton​: produzem numerosos microconídeos piriformes ou esféricos e 
escassos macroconídeos multi-septados com paredes lisas 
● Trichophyton mentagrophytes:​ Apresenta numerosos microconídeos redondos, 
unicelulares de parede fina, isolados e dispostos em cachos ao longo da hifa. Hifas 
em espiral. Macroconídeos raros ou numerosos. A colônia é bege clara com 
superfície pulverulenta ou granular com reverso que vai de bege claro ao marrom 
(não produz pigmento). Apresenta prova de uréia positiva 
● Trichophyton rubrum​: Hifas septadas com microconídeos laterais em forma de gota 
de lágrima. Macroconídeos raros, abundantes ou ausentes, longos de parede fina 
com 3 a 8 células formados diretamente no final da hifa. Forma colônias cotonosas 
brancas que tornam-se com o tempo aveludadas com reverso avermelhado. Prova 
de uréia negativa 
● Trichophyton tonsurans​: Hifas septadas com microconídeos de formas variadas, 
clavadas, sésseis ou em pedúnculos curtos. São comuns clamidoconídeos terminais 
ou intercalados nas hifas. Formam colônias brancas amareladas ou marrons, 
aveludadas a pulverulentas com superfície central elevada, pregueada e de cor 
amarelada, reverso varia do marrom amarelado ao vermelho escuro 
 
Micoses subcutâneas, sistêmicas e oportunistas 
→ Aqui as micoses atingem tecidos mais internos, então temos uma resposta imune mais 
formada, pois o tecido já é vascularizado. Em casos graves, podem ser transportados pela 
corrente sanguínea; também, pode se instalar em nódulos, que se espalham. São fungos 
saprofíticos presentes no solo, vegetais e animais de vida livre. Para ocorrência, 
necessita-se de um traumatismo (uma exposição) com algum objeto contaminado. 
→ Esporotricose: O agente etiológico é o ​Sporothrix schenckii​; é um fungo dimórfico 
(filamentoso = infectante // levedura = parasitária) causa infecção granulomatosa crônica 
● Esporotricose cutânea (lesões localizadas fixas) 
○ Lesões únicas (Dificulta o diagnóstico; Lesão ulcerada com fundo 
granulomatoso // Lesões com essas características clínicas que não 
respondem à antibioticoterapia = suspeite de esporotricose!) 
○ Tipos: pápulas que postulam e ulceram, abcessos, placas achatadas, 
eritemoescamosas, entre outras. 
● Esporotricose linfocutânea: compromete a pele, tecido subcutâneo e gânglios 
linfáticos regionais. Ocorre nódulos subcutâneos eritematosos ao longo dos vasos 
linfáticos, alguns são flutuantes 
● Esporotricose cutânea disseminadas - Lesões subcutâneas e amolecidas – ulceram 
depois de meses 
○ Osteoarticular 
○ Pulmonar e meníngea 
○ Sistêmicas - generalizado (nasal e ocular) 
↪ Diagnóstico: exame microscópico direto de pus, não realizar punção das lesões. São 
encontradas leveduras esféricas ou ovóides ou com forma de charuto. Por se tratar de um 
fungo dimórfico, realiza-se cultura a 25​o​C e 37​o​C. “Hifas septadas com conídios em forma 
de margaridas”; chamada de micose dos floristas pelo fato de que a maioria dos casos 
ocorre com lesões a partir de espinhos de plantas. 
↪Tratamento: Iodeto de potássio (oral) em doses crescentes. Anfotericina B, itraconazol, 
cetoconazol têm sido utilizados (dependem da forma clínica da doença) 
→ Doença de Jorge Lobo: o agente etiológico é o ​Lacazia loboi​. Doença Crônica, 
Granulomatosa, com período de incubação pode ser entre um e dois anos. Gera lesões 
crônicas de pele – queloidais, nodulares, ulceradas e verrucosas; pontos negros nas lesões, 
locais de eliminação do fungo. As células são leveduriformes e globosas, membrana 
de duplo contorno, refringente; este fungo não cresce em cultura. Arranjo catenulado 
(cadeias de três a oito ou mais células). Ocorre, com maior incidência, nas Américas do Sul 
e Central, desde a Bolívia ao México. Predominando na região Amazônica. 
● Não invade mucosas 
● Não há relatos de transmissão inter-humana 
● Fungo presente no ambiente 
● Apresenta melanina em sua parede celular 
→ Cromoblastomicose: também chamada de cromomicose, dermatite verrucosa ou 
dermatite verrucosa cromo parasitária. Causada por ​Fonsecaea pedrosoi, F. compacta, 
Phialophora verrucosa, Cladosporium carrionii e Rhinocladiella spp​. Mesmo de espécies 
diferentes causam os mesmos sintomas e o mesmo tipo de parasitismo. No Brasil, a 
espécie predominante é o ​Fonsecaea pedrosoi​. 
● Desenvolvimento de nódulos verrucosos nos locais de inoculação 
● Nódulos de desenvolvimento lento 
● As lesões progridem, podendo ou não ulcerar, e passam a apresentar aspecto de 
couve-flor 
○ Lesão eritêmato-descamativa do braço 
○ Lesão eritematosa plana na face 
○ Lesão verrucosa no pé 
↪ Diagnóstico: exame microscópico direto de pus ou crostas das escamas; células esféricas 
de cor cobre em vários estágios de divisão, e corpos muriformes ou fumagóides, ou ainda 
corpúsculos de ​Medlar​; hifas septadas demáceas, não é possível identificar a espécie. 
→ Feo-hifomicose subcutânea: causada pela família ​Dematiaceae​ (fungos geofílicos 
demáceos), dos gêneros ​Fonsecaea, Phialophora, Cladosporium e Exophiala e Wangiella 
spp​; apresentam lesão cística, em geral única, assintomática e bem encapsulada; uma hifa 
com vários conídeos juntos ao redor na extremidade. 
↪ Diagnóstico: Identificação de hifas escuras, septadas; a cultura é importante para 
diferenciar as espécies; cultivadas em meio sem cicloheximida 
↪ Tratamento: Itraconazol em esquema prolongado. Para as lesões localizadas, realiza-se 
infiltrações locais de Anfotericina B ou remoção cirúrgica 
↪ Aspectos micromorfológicos: 
● Tipo ​Phialophora​: estruturas em forma de jarro (fiálides) formadas ao longo das hifas 
e que originam os conídeos que se aglomeram na parte superior. 
● Tipo ​Rhinocladiella​: estruturas alongadas (conidióforos) gerados ao longo das hifas, 
formando conídeos ovais que se localizam na extremidade superior e nos lados dos 
conidióforos.● Tipo ​Cladosporium​: estruturas alongadas (conidióforos) que formam cadeias de 
conídeos e que se ramificam através de brotamento. 
→ Rinosporidiose: Evolução lenta e granulomatosa, causada pelo ​Rinosporidium 
seeberii​. Não se transmite de homem-homem, nem animais-homem-animais. Provável 
habitante natural de águas estagnadas, poços e açudes sendo os banhos de imersão 
possíveis vias de transmissão da doença. Poeira com esporos em suspensão também são 
vias de transmissão. Acomete a laringe, faringe, úvula, palato mole, traquéia, ouvido, 
brônquios, uretra, vagina, reto, pele e ossos-lesão clínica. 
↪ Manifestação clínica: Nódulos vegetantes localizados principalmente nas mucosas 
nasal e conjutival. A infecção progride por continuidade (raro: via linfática ou hematogênica). 
Lesões nasais se instalam dando a impressão ao paciente da presença de 1 corpo estranho 
na região acometida c/ ou s/ prurido e de secreção mucóide ou serosa unilateral. 
↪ Diagnóstico: Exames direto e histopatológico. MO com KOH 10-40% das granulações 
branco amareladas (esporângios c/ esporangiosporos): formas arredondadas, parede 
espessa, 10 a 100 mm de diâmetro (jovens) e 100 a 300 mm (maduras). Nos cortes 
histopatológicos, observa-se reação inflamatória com linfócitos, linfócitos B ativados, 
neutrófilos e rica neoformação vascular. Para evidenciar os esporângios, a coloração é feita 
com Grocott-Gomori, HE e PAS. 
↪ Tratamento: remoção cirúrgica apenas. 
→ Eumicetoma ou micetoma eumicótico: existem 23 espécies de fungos envolvidos nessa 
patologia. Micetoma Eumicótico ou Maduromicótico. Os micetoma se apresentam em amplo 
espectro de manifestações da pele e tecidos mais profundos da derme e subcutâneos. Os 
fungos no tecido formam um emaranhado de hifas e clamidósporos, parecendo grãos ou 
drusas (Drusa de Madurella) 
● Infecção crônica e fibrosante de longa evolução. 
● Paciente não relata dor. 
● Sendo de longa evolução, pode haver comprometimento ósseo 
● Grãos de tamanhos e morfologia variados de coloração branca, branco-amarelada 
ou negra. 
● Há a produção de pus com grãos que devem ser retirados 
↪ Diagnóstico: identificar o agente é importante para estabelecer o tratamento, aqui, se faz 
coloração de Grahm para descartar a presença de bactérias. É confirmado pela presença 
de grãos no material purulento das lesões, pois esses grãos podem sugerir a espécie de 
fungo envolvido. 
→ Micoses sistêmicas ou profundas:​ causadas por fungos dimórficos ou leveduras 
saprófitas, ocorrem em regiões de clima quente e úmido (tropical), e são fungos com 
virulência individual e inerentes a cada espécie. Ausência de contágio ao contato com 
pessoa infectada. Causadas por fungos oportunistas (podem estar envolvidos em qualquer 
infecção micótica). Na tabela a seguir, temos uma comparação das características entre 
fungos oportunistas e patógenos verdadeiros: 
 
→ Micoses sistêmicas: 
● Paracoccidioidomicose: ​Paracoccidioides brasiliensis 
● Histoplasmose: ​Histoplasma capsulatum 
● Coccidioidomicose: ​Coccidioides immittis 
● Criptococose: ​Cryptococcus sp 
● Fungos dimórficos: com exceção do ​Cryptococcus sp 
● Micoses sistêmicas são mais comuns em homens (cis), pois as mulheres (cis) 
produzem alta quantidade de estrógeno que impedem a transformação em levedura. 
● Não são transmissíveis inter-humanos e nem de animais para o homem. 
● Foco primário de infecção é o pulmão 
→ Paracoccidioidomicose: o agente infeccioso é ​Paracoccidioides brasiliensis​. Micose de 
início pulmonar, manifestações também na pele, mucosas, gânglios. Casos descritos 
apenas no homem (agricultores entre 30 e 60 anos. Poucos casos descritos em tatus e 
macacos). Habitat: solo e vegetação que o recobre, com umidade. Doença infecciosa de 
evolução aguda, subaguda ou crônica de alta prevalência no Brasil, em especial a região 
sudeste 
● Exigências do fungo: 17° - 24°C, invernos curtos e não rigorosos; pluviosidade entre 
500-2500 mm/ano; altitude em torno dos 1500m; solos férteis (ácidos) e com 
cobertura vegetal 
↪ Patogenia e epidemiologia: 
● Via inalatória: principal mecanismo de infestação 
● Acomete principalmente o homem (90% casos) 
● Transformação da fase M (Micelial) para L (Leveduriforme) é inibida pelo 
17-β-estradiol e por dietiestilbestrol (bloqueio da síntese de proteínas). Não é inibida 
por testosterona ou 17-α-estradiol. 
● Formas clínicas: assintomática, pulmonar aguda e crônica e disseminada. 
↪ Manifestações clínicas: 
● Paracoccidioidomicose-infecção: não seguida de doença. Formação do complexo 
primário (CP) fúngico e regressão discreta - hipersensibilidade IV e anticorpos 
transitórios 
● Paracoccidioidomicose-doença: infecção primária ou reativação. Leveduras do CP 
iniciam um processo inflamatório inespecífico e quando fagocitadas atingem os 
gânglios linfáticos do pulmão 
○ Fase pulmonar 
Características Fungos oportunistas Fungos verdadeiros 
Morfologia da colônia Monomórficos Dimórficos térmicos 
Habitat Universal Endêmicos 
Ocorrência em humanos Microbiota normal Ligado a infecção 
Infecção primária Qualquer local do corpo Porta de entrada pulmonar 
Virulência Baixa - requer 
imunossupressão 
Pode infectar hospedeiro 
normal 
Taxa de crescimento em 
cultura 
Rápido a moderado Moderado a lento 
■ Forma aguda: difícil o diagnóstico clínico, semelhante a qualquer 
processo infeccioso 
■ Forma Crônica: 20 a 30% dos casos. tosse, dispnéia, expectoração 
mucopurulenta, dor torácica e febre baixa 
● Unifocal: enfermidade restrita a um único órgão ou sistema 
(pulmão). Menos frequente. 
● Multifocal: expressão clínica clássica, mais frequente. 
Associação de lesão mucosa e/ou cutânea e quadro pulmonar 
específico. 
○ Fase disseminada: 
■ JUVENIL: < 30 anos 
■ Disseminação hematogênica aguda. Febre alta e caquexia 
progressiva. Osteomielite e ulcerações intestinais 
■ ADULTA: > 30 anos. Evolução lenta. Comprometimento cutâneo 
(lesões labiais). Comprometimento da mucosa anal. Lesões SNC, 
hepáticas e esplênicas 
↪ Aspectos clínicos: 
● Lesões cutâneas granulosas (forma aguda), em diferentes estágios. Na fase crônica 
pode-se observas lesão úlcero-vegetante 
● Massa tumoral nos linfonodos, ulceração nasal com destruição do septo 
↪ Diagnóstico: Exame direto do espécime clínico (diagnóstico de rotina), com pus, escarro, 
secreções. Apresenta estrutura em roda de leme (‘mickey mouse’),, levedura com parede 
birrefringente, dois ou mais brotos ligados por base estreita 
● Materiais muito espessos: misturar com 1 gota de KOH 10%, aquecer levemente 
após a colocação da lamínula. 
↪ Cultivo em meios de cultura: 25​o​C e 37​o​C, com sabouraud glicose. Coloração de 
Metenamina prata (argêntica) de Grocott 
 ↪ Tratamento: 
● Uso de antifúngicos ativos: Anfotericina B; sulfadiazinas e drogas do grupo azólicas 
● Retirada de imunossupressores 
● Melhora das condições orgânicas gerais 
→ Histoplasmose: o agente etiológico pode ser o ​Histoplasma capsulatum ​ou​ H. duboisii​. 
Descrito em 1905 (cosmopolita), com maior incidência na América do Norte, Central e Sul, é 
encontrado em fezes de morcegos, então é bem comumente encontrado em cavernas. Os 
fungos não parasitam os morcegos e estão presentes em solos com vegetais em 
decomposição e dejetos de aves e morcegos (nitrogênio das fezes enriquece o solo) 
↪ Histoplasmose clássica: 
● Transmissão 
○ Inalação de conídios (aspecto de girassol; ‘dedos de luva’) 
○ Mexer em terra rica em filamentos fúngicos 
○ Limpar galinheiros ou viveiros 
○ Penetrar em cavernas habitadas por morcegos 
○ Acomete humanos, animais silvestres e animais domésticos 
 
↪ Manifestações clínicas: 
● Histoplasmose Infecção: quadro assintomático com resolução espontânea. 1/3 dos 
infectados pode desenvolver calcificações nodulares pulmonares 
● Histoplasmose infecção sintomática pulmonar aguda: quase sempre decorre da 
exposição a focos altamente infectantes (espeleólogos). Tende ser autorresolutivo. 
● Histoplasmose disseminada aguda-subaguda: ocorre na infância e adolescentes(rara). Progressão do complexo primário, particularmente para órgãos ricos em 
células do sistema monocítico-fagocitário 
● Histoplasmose pulmonar crônica do adulto: pacientes masculinos, idosos e com 
doença pulmonar obstrutiva de base 
● Histoplasmose multifocal crônica do adulto: mais comuns das formas clássicas. 
Típica do sexo masculino e caracteriza-se pela presença de lesões pulmonares 
(reativação endógena). 
○ Lesão ulceradas em mucosa, com granulações finas ou não, às vezes 
recobertas por pseudomembranas ou com aspecto necrótico. 
○ Lesão cutânea (10% dos casos): aspecto ulceronecrótico com infecção 
secundária 
↪ Diagnóstico: difícil visualização no exame direto do espécime, coloração por giemsa 
(observa-se leveduras ovaladas). Células intracelulares são vistas em biópsia (exame 
direto) 
↪ Fase filamentosa da histoplasmose: 
● Macromorfologia: crescimento lento, cotonoso ou penugenta, cor branca ou 
levemente canela, convexa ou plana com elevação central, franjada ou não, com 
contorno circular. 
● Micromorfologia: hifas finas septadas, conídeos ornamentados com saliências que 
saem das bordas (~dedos de luva) 
↪ Fase leveduriforme da histoplasmose: 
● Macromorfologia: colônia cremosa, úmida, mole, pequena de crescimento com 
velocidade mediana. 
● Micromorfologia: células ovaladas, elípticas ou globosas, pequenas (3 a 4 um) com 
brotamento na extremidade, por construção, formando cadeias de 2,3 ou mais 
células, sem espessamento na parede. 
↪ Vida parasitária: Parasita intracelular de macrófagos e monócitos, com parede espessa, 
células pequenas, com citoplasma retraído em colorações de tecido, dando impressão de 
cápsula. 
↪ Tratamento: geralmente é uma infecção benigna e auto-limitada com regressão 
espontânea: repouso e observação clínica 
● Histoplasmose pulmonar: febre + de 3 semanas: anfotericina B 
● Formas disseminadas e pulmonar crônica: anfotericina B 
● Em casos de contra-indicação de anfotericina B, utiliza-se Itraconazol 
→ Coccidioidomicose: o agente etiológico é o ​Coccidioides immitis​, o primeiro caso foi 
relatado na Argentina em 1892, é o fungo mais virulento; geofílico, de clima semiárido e 
desértico. Abundante logo que uma estação seca sucede uma chuvosa, encontrado em 
todas de tatus. Sua distribuição se dá nos EUA (Califórnia, Texas e Arizona), norte do 
México e América do Sul (no Brasil: Piauí e Ceará). Fungo sapróbio presente no solo de 
áreas desérticas e semidesérticas e maior incidência em trabalhadores rurais. 
↪ Epidemiologia: negros, filipinos e grávidas: > predileção a contrair a doença disseminada 
● Cães e gatos sintomáticos: 100% letalidade 
● Doença crônica, caquetizante, anorexia progressiva e comprometimento 
pulmonar-dispnéia e tosse. 
 
● Pneumonia aguda em 40 % dos casos (5% quadro pulmonar crônico cavitário, 
semelhante à tuberculose) 
● Disseminação linfo-hematogênica 
● Lesões nasais cutâneas resultantes de infecção pulmonar disseminada 
↪ Diagnóstico: Considerar epidemiologia, sintomas clínicos, resposta a coccidioidina e 
detecção de anticorpos. Observação de esférulas no material clínico também é importante. 
Cultivo do fungo fecham o diagnóstico (laboratório nível III apenas; geralmente evita-se o 
cultivo do fungo, fechando também diagnóstico por exame clínico e direto). Esférulas em 
corte histológico de tecido pulmonar clarificados com KOH 
↪ Tratamento: anfotericina B, miconazol, cetoconazol, itraconazol tem resultados limitados. 
→ ​Cryptococcus sp​: se trata de uma levedura encapsulada (apenas no organismo, fora dele 
se encontra sem cápsula) e saprófita, ubíqua (no mundo inteiro), é uma micose sistêmica 
com predileção pelo encéfalo, acometendo o SNC, sendo a mais comum a 
neurocriptococose. A porta de entrada também é a via respiratória. Nenhum corante cora a 
cápsula desse fungo, fechando assim o diagnóstico. Seus fatores de virulência são alguns 
acerca das espécies: 
↪ Etiopatogenia da criptococose: 
● Infecção pulmonar, que leva a 
○ SARA 
○ Infecção assintomática 
■ Ambos os quadros o paciente sofre uma imunossupressão 
■ Reativação do granuloma 
Fator de virulência Mecanismo 
Cápsula polissacarídica: GXM encobre as opsoninas, impedindo a 
interação com os receptores de 
macrófagos, indutora da liberação de 
moléculas de adesão dos leucócitos e inibe 
a diapedese 
Lacase ativa a produção de catecolaminas e 
melanina 
Manitol proteção contra reações oxidativas e stress 
osmótico, potencializador do aumento da 
pressão intracraniana 
Melanina proteção contra radicais oxidantes, impede 
a morte intracelular 
Características C. gattii C. neoformans e C. grubii 
Sorotipo (antígenos 
corpulares) 
B e C A, D e AD 
Distribuição Regiões tropicais e 
sub-tropicais 
urbana e mundial 
Paciente principalmente: Imunocompetente Imunodeprimido 
Capacidade quimiostática 
do agente 
+ ++ 
Resistência ao itraconazol, 
anfotericina e fluconazol 
++ + 
Prevalência em centros 
urbanos 
Associado à sementes de 
eucaliptos 
Aglomerados populacionais 
associados à fezes secas 
de aves 
■ Disseminação hematogênica para outros tecidos: tropismo pelo SNC 
mas pode ir para a pele, próstata, etc. 
↪ Manifestações clínicas: 
● Criptococose oportunista 
● Criptococose primária: pacientes imunocompetentes 
↪ Diagnóstico laboratorial: exame direto com coloração tinta da china ou tinta nanquim. 
● LCR (liquor de meninge): realiza-se tanto coloração de Grahm quanto a tinta da 
China. 
○ Grahm: coccos/bacilos gram positivo, gram negativo, leveduras, paracocco, 
candida, histoplasma… 
○ tinta da china: apenas ​Cryptococcus​. E então se quisermos saber a espécie, 
realiza-se cultura da levedura a 37​o​C, em ágar sabouraud, com meio CGB: 
(Canavanina Glicina Azul de bromotimol (+ azul) 
■ esverdeado:​ C.neoformans​ e​ C.grubii 
■ azul: ​C. gatti 
↪ Diagnóstico imunológico: 
● Detecção de antígenos capsulares (GXM) em fluídos corpóreos (prova de 
Aglutinação do látex) 
● Reações falso-positivas: fator reumatóide, ​Trichosporon beigelli, Penicillium sp e H. 
capsulatum 
→ Micoses oportunistas: 
● Fungos na maioria saprófitas e não são considerados patogênicos devendo haver 
correlação da clínica/laboratório, em pacientes imunodeprimidos 
● Pacientes com comprometimento das barreiras inatas por antibioticoterapia 
prolongada 
● Pacientes com granulocitopenia prolongada. 
→ Principais micoses oportunistas: 
● Candida sp​: candidíase 
● Aspergillus sp​: aspergilose 
● Fusarium sp​: fusariose 
→ Candidíase: mais frequente infecção fúngica oportunista. A ​Candida albicans​ é comensal 
do tubo digestivo. No seres humanos o habitat é a mucosa digestiva e por contiguidade a 
mucosa vaginal. Na pele se traduz por uma doença pré existente. 
● Candida albicans 
● Candida tropicalis 
● Candida parapsilosis 
● Candida glabrata 
● Candida krusei 
● Candida rugosa 
● Candida pseudotropicalis 
● Candida guillermondii 
↪ Patogenicidade: 
● Somente as espécies capazes de crescer a 37​o​C são patogênicas ao homem 
● Formação de estruturas filamentosas (hifas e pseudo-hifas) que impedem a 
fagocitose 
● Produção de metabólitos capazes de desencadear hipersensibilidades tipo I e IV 
● Imunossupressão decorrente da grande quantidade de manana circulante. 
● Produção de enzimas como lipase e proteinase 
↪ Manifestações clínicas: 
● Candidíase mucocutânea 
○ Intertriginosa: lesões encontradas nas regiões inframamárias, axilares e 
pregas suprapúbicas. Resultam frequentemente de vulvovaginites ou 
balanopostite, como também de exsudação excessiva e maceração em 
obesos, alcoólatras e diabéticos. Eritematosas, úmidas com bordas mal 
definidas e escamosas. Regiões interdigitais palmares e plantares: atividade 
ocupacional c/ exposição à água. Crianças que usam fraldas 
○ Onicomicose 
■ Infecções do tipo onyxis: modificações de origem infecciosa na 
própria lâmina ungueal. Quadro se inicia próximo a base da unha 
onde a queratina é mais mole. Modificação na coloração da unha. 
■ Infecções do tipo perionyxis: tumefaçãoinflamatória, purulenta da 
região da pele que circunda a unha. 
○ Mucosa Oral: 
■ achados variáveis desde quadros localizados (estomatites) até formas 
graves e generalizadas: 
■ Candidíase pseudomembranosa: “sapinho”/ afta 
■ Atrofia aguda: lesão secundária a um quadro de pseudomembranosa, 
caracterizando-se por eritema visível no dorso da língua. 
■ Hiperplasia crônica ou leucoplásica: aparecimento de placas de 
coloração branca, fortemente aderidas à cavidade oral, 
principalmente na língua, bochechas e lábios, com forte aderência à 
mucosa. 
■ Queilites angular: “boqueira”; início por maceração no ângulo de 
junção do lábio superior com o inferior 
○ Mucosa genito-urinária: Vulvovaginites e balanopostite 
■ Vulvovaginites: multiplicação das leveduras aumenta e provoca uma 
vaginite intensa e irritante, com descarga vaginal caseosa que pode 
ser acompanhada por uretrite e disúria, simulando infecção do trato 
urinário. 
■ Balanopostite: início na glande podendo apresentar-se como um 
discreto eritema pruriginoso após relação sexual ou aparecimento de 
vesículas ou pústulas com conteúdo branco-cremoso 
○ Mucocutânea crônica 
● Candidíase sistêmica ou visceral: sintomatologia infecciosa localizada com 
disseminação via hematogênica a outros órgãos ou com origem exógena com 
disseminação (infusão de líquidos contaminados). Sintomatologia cardíaca, 
digestiva, respiratória, hepática, renal, ocular e do SNC. 
● Candidíase alérgica: lesões cutâneas do tipo vesiculosas a lesões eczematóides nos 
espaços interdigitais das mãos e em outras partes do corpo 
○ Tratamento: corticóides 
○ Diagnóstico laboratorial: exame direto e a cultura são sempre negativos 
↪ Tratamento: 
● Drogas antifúngicas: nistatina, anfotericina B, cetoconazol, itraconazol e fluconazol 
● Correção dos fatores predisponentes (pH alcalino, secar o ambiente…) 
● Drogas antifúngicas via sistêmica: anfotericina B 
↪ Diagnóstico laboratorial: 
● exame direto 
● Cultura a 37​o​C 
○ Verdes = ​C. albicans 
○ Azul =​ C. tropicalis 
○ Rosa = ​C. krusei 
○ Branco = outras espécies 
○ microcultivo em ágar-fubá p microconídeo // fungigrama em casos 
específicos mais sérios 
● Fungigrama:I ientificação e teste de sensibilidade 
● Gêneros: ​Candida, Trichosporon, Cryptococcus, Rhodotorula ​e ​Saccharomyces 
● Único inóculo e leitura colorimétrica 
● Resultados em 24 a 72 horas (37​o​C) 
● Identificação 
○ sensibilidade actidione 
○ fermentação de 7 açúcares 
○ hidrólise da uréia 
● Teste de Sensibilidade 
○ sete antifúngicos: 1 concentração 
● Tubo germinativo: ​C.albicans e C.dubliniensis 
● Assimilação de carboidratos 
→ Fungos filamentosos: ​Aspergillus sp​, que causa aspergilose 
● Aspergilose: o agente etiológico é o ​Aspergillus sp​; existem mais de 300 espécies 
(20 patogênicas ao homem e animais). São fungos cosmopolitas, presentes na 
natureza em restos orgânicos, solo, ar, diversos veículos líquidos, superfície de 
seres vivos. Possuem grande quantidade de conídeos pequenos, lisos ou rugosos 
veiculados pelo ar. Engloba várias doenças causadas por várias espécies de 
Aspergillus​, localizando-se nos pulmões, globos oculares, válvulas 
cardíacas...Geram lesões granulomatosas e necrosantes. Nos pulmões, lesões 
cavitárias, geralmente em cavernas pós-tuberculósicas. Fenômenos alérgicos: 
bronquites, rinites, asma. 
○ Manifestações clínicas 
■ Principal via de transmissão: respiratória e causam além de 
processos infecciosos, doença através de mecanismos de 
hipersensibilidade e de toxicidade crônica, pela ingestão de 
metabólitos 
■ Manifestações: aspergilose cutânea, otomicose aspergilar, 
onicomicose aspergilar, aspergiloma ou bola fúngica, aspergilose 
pulmonar invasiva, sinusite aspergilar, aspergilose imunoalérgica e 
micotoxicose 
■ Cutânea: resultante de traumatismo ou queimaduras. Lesões 
polimórficas com nódulos, pápulas, abcessos subcutâneos, 
granulomas e lesões necrosantes. 
■ Otomicose: infecção secundária do conduto auditivo externo de 
pacientes com lesão eczematosa e uso de antimicrobianos e 
corticóides. ​A.brasiliensis ​seguido de​ A.fumigatus 
■ Onicomicose: não são queratinofílicos, mas, em unhas traumatizadas, 
com lesões eczematosas, em pacientes com psoríase utilizam 
resíduos orgânicos como fonte nutricional. 
■ Aspergiloma ou Bola Fúngica: Conídeos pequenos ao se instalarem 
na cavidade pulmonar encontram boas condições nutricionais e boa 
aeração. 
■ Imunoalérgicas: 
● aspergilose broncopulmonar alérgica: formação de moldes 
mucosos com filamentos aspergilares (eosinofilia e aumento 
de IgE) 
● alveolite alérgica extrínseca: broncopneumopatias de 
repetição seguida de insuficiência respiratória por fibrose 
pulmonar. (inalação contínua de conídeos- ocupacional) 
■ Micotoxicoses: intoxicação crônica por metabólitos ou micotoxinas. O 
gênero Aspergillus sp produz aflatoxinas capazes de causar quadros 
de intoxicação com sintomatologia hepática. Cereais contaminados 
○ Tratamento: Limpeza rigorosa (otomicoses), remoção cirúrgica das unhas, 
cirurgia e uso de antifúngicos (aspergilomas), remoção dos fatores 
predisponentes (imunoalergias e micotoxicoses) 
○ Diagnóstico micológico: 
■ Colheita em dias consecutivos ou alternados 
■ Material processado para histopatológico (unhas, biópsia) e exame 
direto: hifas regulares e septadas com conídeos 
■ Determinação da espécie: exame microscópico e macroscópico 
(cultura) 
■ Cultura em ágar Sabouraud + cloranfenicol + cicloeximida, 25 a 30​o​C 
por 2 a 4 dias: colônias maduras com cabeças aspergilares bem 
montadas 
■ Aspergillus fumigatus 
● Fase inicial: colônias algodonosas, coloração branca 
● Fase tardia: coloração cinza esverdeada e aspecto aveludado. 
Reverso: branco ou acastanhado 
● Microscopia: conidióforo liso, incolor, conídeos globulosos 
rugosos. 
■ Aspergillus brasiliensis 
● Utilizado na indústria para produção de ácido cítrico e outros 
ácidos orgânicos 
● Homem: otites 
● Fase inicial: textura algodonosa, branca ou amarela e após 
formação das cabeças aspergilares radiadas apresentam-se 
pretas com textura aeronosa de grânulos grandes. 
Amadurecem em 3-4 dias 
● Microscopia: conidióforo hialino ao castanho com paredes 
lisas e espessas. Conídeos globosos, castanhos escuros, lisos 
■ Aspergillus flavus ​(aflatoxinas) 
● Utilizado na indústria para produção de enzimas proteolíticas 
● Colônias com crescimento rápido (2-3dias) depois da 
formação de cabeças aspergilares radiais ou em coluna, 
textura arenosa de grãos grandes e coloração 
amarelo-esverdeada (verso), branco ou cinza (reverso) 
● Microscopia: conidióforo incolor, mais ou menos rugoso com 
conídeos globulosos, lisos ou rugosos 
● Diagnóstico sorológico confirma aspergilomas e alergias 
● Fusariose: é um saprófita de solo, água e plantas, considerado por anos como 
contaminante. Primeiros achados em pacientes com queimaduras (1959) e podem 
ser classificadas como hialo-hifomicoses 
○ Manifestações clínicas: 
■ Acometimento superficial: pacientes imunocompetentes e 
imunodeprimidos. 
■ Quadros invasivos: apenas pacientes imunodeprimidos. 
■ Principais quadros clínicos: ceratites, micetomas, comprometimentos 
ungueais, formas cutãneas e fusariose disseminada. 
■ Ceratites: mais frequente. Acomete principalmente agricultores, 
jovens com história de traumatismo acidental da córnea. 
Contaminação por conídeos de ​Fusarium sp​. Uso indiscriminado de 
colírios com corticóides propicia esse quadro. 
■ Micetomas: 25% de micetomas de grãos brancos por ​Fusarium sp​. 
Nódulo subcutâneo fechado no pé, não aderente, que fistuliza 
liberando líquido serosanguinolento viscoso. 
■ Onicomicoses: são raras e superficiais 
■ Cutânea: pele queimada e úlceras, sendo 3​o​ lugar das infecções 
■ Disseminada: mais frequente em pacientes imunodeprimidos, fatais, 
causam lesões múltiplas e necróticas da pele, órgãos alvo como 
pulmão, rins, olhos, fígado, baço… Hemoculturas positivas 
diferenciando de aspergilose 
○ Tratamento: 
■ Cutâneas: anfotericinaB 0,15%, natamicina, clotrimazol 1%, 
fluconazol tópico e oral, 12 semanas no mínimo de tratamento. 
■ Micetomas: Excisão cirúrgica da lesão ou amputação dos membros 
■ Onicomicoses: antifúngicos tópicos ou sistêmicos: itraconazol, 
fluconazol, terbinafina ou remoção da unha 
■ Colonização da pele: antissepsia local e conduta expectorante 
○ Diagnóstico Laboratorial: Diagnóstico micológico e histopatológico (fungo 
contaminante). Na lâmina aponta estruturas filamentosas hialinas, septadas, 
irregulares. A presença de conídeos indica contaminação. 
■ Exame direto 
● KOH 10-40%: 
● Imprints 
● Esfregaços ou cortes histopatológicos (patologistas) 
■ Cultura: temperatura ambiente, 2 a 4 dias. Colônias de textura 
algodonosa branca, com passar do tempo ficam cinza, rósea ou 
violeta (ágar batata), pigmentação mais intensa no centro da colônia. 
■ Micromorfologia: colônias fiálides perpendiculares aos filamentos 
fúngicos, solitárias (monofiálides) ou ramificadas (polifiálides). 
Macrofiálidoconídeos hialinos, multisseptados, fusiformes ou em 
forma de meia lua ou canoa. Microfiálidoconídeos hialinos, ovóides ou 
cilindricos, asseptados, isolados ou em cadeia.

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