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Entidades Paraestatais - Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público - Administração Indireta

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Entidades Paraestatais - Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP)
Prof. Eduardo Tanaka
Se você quiser fixar e entender melhor esta matéria, com tudo mastigadinho e explicado, assista à videoaula 18 (Direito Administrativo - Entidades Paraestatais – Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público) em meu canal do Youtube – Prof. Eduardo Tanaka – acesse através do link: https://youtu.be/POOYNGEZ8Sg
Vamos estudar as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), que, da mesma forma que as Organizações Sociais (OS), têm todas as características já estudadas na aulas "entidades paraestatais".
A princípio, o aluno pode até confundir as OSCIP com as OS. Porém, vamos estudar suas diferenças e peculiaridades que são cobradas em provas de concursos públicos.
Como exemplo de OSCIP podemos citar: AMAR (Amparo às Mães de Alto Risco); APAS (Associação de Promoção e Assistência Social); ABAC (Associação Brasileira de Apoio ao Crédito); ABRAES (Associação Brasileira de Educação Social); ABTS (Associação Brasileira para o Terceiro Setor); AAAV (Associação Amigos da Amazônia).
São reguladas pela Lei 9.790/99, regulamentada pelo Decreto Federal nº 3.100/99.
Quem pode se qualificar como OSCIP:
- pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos;
- que tenham sido constituídas e se encontrem em funcionamento regular há, no mínimo, 3 (três) anos; 
- os respectivos objetivos sociais e normas estatutárias devem atender aos requisitos da Lei 9.790/99.
A legislação define como sendo "sem fins lucrativos", conforme § 1º, do art. 1º, da Lei 9.790/99: " Para os efeitos desta Lei, considera-se sem fins lucrativos a pessoa jurídica de direito privado que não distribui, entre os seus sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores, eventuais excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e que os aplica integralmente na consecução do respectivo objeto social."
As OSCIP deverão atuar em uma das seguintes áreas (art. 3º, da Lei 9.790/99):
I - promoção da assistência social;
II - promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
III - promoção gratuita da educação, observando-se a forma complementar de participação das organizações de que trata esta Lei;
IV - promoção gratuita da saúde, observando-se a forma complementar de participação das organizações de que trata esta Lei;
V - promoção da segurança alimentar e nutricional;
VI - defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável;
VII - promoção do voluntariado;
VIII - promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza;
IX - experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e de sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito;
X - promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar;
XI - promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores universais;
XII - estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às atividades mencionadas neste artigo.
XIII - estudos e pesquisas para o desenvolvimento, a disponibilização e a implementação de tecnologias voltadas à mobilidade de pessoas, por qualquer meio de transporte. 
Já o art. 2º da referida Lei exclui expressamente aqueles que não poderão ser qualificadas como OSCIP, conforme a seguir:
Art. 2o Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades descritas no art. 3o desta Lei:
I - as sociedades comerciais;
II - os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional;
III - as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e visões devocionais e confessionais;
IV - as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações;
V - as entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços a um círculo restrito de associados ou sócios;
VI - as entidades e empresas que comercializam planos de saúde e assemelhados;
VII - as instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras;
VIII - as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas mantenedoras;
IX - as organizações sociais;
X - as cooperativas;
XI - as fundações públicas;
XII - as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão público ou por fundações públicas;
XIII - as organizações creditícias que tenham quaisquer tipo de vinculação com o sistema financeiro nacional a que se refere o art. 192 da Constituição Federal.
Criação
A criação de uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) segue os seguintes passos:
1- A pessoa jurídica (de direito privado) sem fins lucrativos deve estar constituída e se encontrar em funcionamento regular há, no mínimo, 3 anos;
2- o requerimento para qualificação como OSCIP deverá ser formalizado perante o Ministério da Justiça;
3- conforme art. 3º do Decreto 3100/99, o Ministério da Justiça, após o recebimento do requerimento, terá o prazo de trinta dias para deferir ou não o pedido de qualificação, ato que será publicado no Diário Oficial da União no prazo máximo de quinze dias da decisão (é um ato vinculado);
4- é celebrado termo de parceria com a administração pública.
Termo de Parceria
Art. 9o , da Lei 9790/99 - Fica instituído o Termo de Parceria, assim considerado o instrumento passível de ser firmado entre o Poder Público e as entidades qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes, para o fomento e a execução das atividades de interesse público previstas no art. 3o desta Lei.
Fomento
- Há previsão de destinação de recursos orçamentários (dinheiro público);
- Não há previsão de cessão de servidores ou de bens públicos.
Licitação
Da mesma forma que uma OS, quando a OSCIP é entidade contratante, e o contrato, relativo a obras, compras, serviços e alienações, envolvam repasse voluntário de recursos públicos da União, deverão ser contratados mediante processo de licitação pública, conforme Decreto 5.504/2005, art. 1º e §§ 1º e 5º.
Estão obrigadas a contratar através de licitação na modalidade pregão (com recursos transferidos pela União), inclusive, as organizações sociais e as entidades qualificadas como organizações da sociedade civil de interesse público.
Concurso Público? Não estão sujeitos a contratar seu pessoal por meio de concurso público. 
Fiscalização - Conforme a Lei 9790/99: 
"Art. 11. A execução do objeto do Termo de Parceria será acompanhada e fiscalizada por órgão do Poder Público da área de atuação correspondente à atividade fomentada, e pelos Conselhos de Políticas Públicas das áreas correspondentes de atuação existentes, em cada nível de governo."
Art. 12. Os responsáveis pela fiscalização do Termo de Parceria, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade na utilização de recursos ou bens de origem pública pela organização parceira, darão imediata ciência ao Tribunal de Contas respectivo e ao Ministério Público, sob pena de responsabilidade solidária.
Art. 13. Sem prejuízo da medida a que se refere o art. 12 desta Lei, havendo indícios fundados de malversação de bens ou recursos de origem pública, os responsáveis pela fiscalização representarão ao Ministério Público, à Advocacia-Geral da União, para que requeiram ao juízo competente a decretação da indisponibilidade dos bens da entidade e o seqüestro dos bens dos seus dirigentes, bem como de agente público ou terceiro, que possam ter enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público, além de outras medidas (...)"
Desqualificação - Assim como a OS, a OSCIP pode perdera qualificação quando descumpridas as disposições contidas no termo de parceria. Isso ocorrerá em processo administrativo, resguardando-se o direito do interessado à ampla defesa. Observe o que preceitua os arts. 7º e 8º da Lei nº 9.790/99:
Art. 7o Perde-se a qualificação de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, a pedido ou mediante decisão proferida em processo administrativo ou judicial, de iniciativa popular ou do Ministério Público, no qual serão assegurados, ampla defesa e o devido contraditório.
Art. 8o Vedado o anonimato, e desde que amparado por fundadas evidências de erro ou fraude, qualquer cidadão, respeitadas as prerrogativas do Ministério Público, é parte legítima para requerer, judicial ou administrativamente, a perda da qualificação instituída por esta Lei.
Vedação - É vedada às entidades qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público a participação em campanhas de interesse político-partidário ou eleitorais, sob quaisquer meios ou formas (art. 16).
Quadro resumo das diferenças entre OS e OSCIP
Questões
(CESPE - TCE-RN - Auditor) A qualificação de OSCIP, a exemplo da entidade em questão, é destinada a pessoas jurídicas de direito privado com fins lucrativos, habilitando-as a receberem delegação estatal para o desempenho de serviços sociais não exclusivos do Estado mediante incentivo do poder público e fiscalização deste.
Gabarito: E 
(CESPE - TC-DF - Analista) Compete ao Ministério da Justiça expedir certificado às entidades interessadas em obter qualificação como organização da sociedade civil de interesse público.
Gabarito: C 
(FCC - MPE-SE - Técnico) As organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIPs) são entidades:
a) criadas pelo Poder Público em parceria com entes particulares, visando à celebração de Contratos de Gestão nas respectivas áreas de atuação, podendo integrar ou não as respectivas administrações indiretas.
b) qualificadas como tal por ato do Ministério da Justiça e que podem celebrar termos de parceria com órgãos de qualquer ente da federação, para o exercício de atividades definidas na lei como de interesse público.
c) integrantes da administração indireta da União, dos Estados ou dos Municípios e que podem exercer, por ato de delegação, atividades de interesse público definidos na lei de sua instituição.
d) registradas no Registro Civil das Pessoas Jurídicas e cadastradas perante o Ministério da Justiça ou órgão equivalente nos Estados e Municípios, para exercício das atividades de relevante interesse público previstas nos seus estatutos.
e) autorizadas pelo Poder Executivo da União, dos Estados ou dos Municípios mas não integrante da respectiva administração indireta, para exercício de atividades públicas sem sujeição ao regime jurídico da Administração.
Gabarito: b
(FCC - TRT-AL - Analista) Quando celebram termo de parceria com a Administração Pública, as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs), como entidades do terceiro setor,
Parte superior do formulário
a) passam a integrar a Administração Direta.
b) exercem atividade privada de interesse público.
c) transformam-se em empresas estatais.
d) exercem atividade de direito público.
e) não estão sujeitas a fiscalização por parte do Tribunal de Contas.
Gabarito: b

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