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1 Aula de fisiologia Dia 15-04-2021 Luana simões O paratormônio é o hormônio que vai provocar nos tecidos alvos respostas relacionadas com a homeostasia osteomineral. Ele é o principal hormônio. Há também a atuação da vitamina D. O PTH é o hormônio que estar comandando em mais números de tecidos (alvos) a questão de reabsorção ou absorção dos minerais para o LEC. O PTH vai agir nos 3 sistemas principais da homeostasia do cálcio. Ele é o sinalizador (via efetora) que vai promover respostas diretas nos ossos e nos rins e indireta no intestino para que pegar o cálcio e jogar no LEC. Para absorver cálcio no intestino que estar nos alimentos, para retirar fosfato e cálcio do osso pela ação dos osteoclastos, colcoar no LEC e controlar a reabsorção do cálcio e fosfato do filtrado para o LEC. Em contrapartida, a calcitonina, para essa questão da homeostasia mineral e remodelamento ósseo, ela vai ser importante no tecido osso como uma antagonista ao PTH. A vitamina D vai atuar principalmente no intestino. Ela também tem uma função reguladora do PTH e da mineralização. 2 PARATORMÔNIO O PTH é de natureza peptídica produzido pelas células da paratireoides. O principal fator que desencadeia a sua secreção é quando tem a hipocalcemia. O cálcio circulante na sua forma ionizável. Quando há uma queda na concentração de cálcio plasmático, há um estimulo para a produção ou secreção de PTH. Há um estimulo para acentuar a via de sinalização do PTH que vai agir nos rins e nos ossos e indiretamente no intestino. Ele é um hormônio peptídico, portanto, os seus receptores nas suas células alvo estão na membrana celular. Ele é hidrossolúvel no plasma, mas não é lipossuvel para a entrada nas células. Quem produz o PTH é a paratireoide. Pensando no mecanismo como uma via efetora para chegar nos ossos, nos rins ou no intestino, ele é liberado pela paratireoide. A paratireoide no mecanismo de regulação da homeostasia mineral é tanto o sensor como o centro integrador. A células principais da paratireoide possuem um receptor de cálcio. O receptor de cálcio estar acoplado a proteína G. Há vários receptores de cálcio. O receptor acoplado a proteína G é um tipo de receptor de cálcio que ser encontrado na membrana plasma da paratireoide que vai ser chamado de CaSR. O cálcio, na sua forma ionizada (Ca2+) vai se ligar. Ele não entra dentro da célula, esse receptor não é um canal de cálcio, mas um receptor metocotrópico. Assim que o cálcio se ligar (acoplado a proteína G), ele vai promover a ativação de uma transdução de sinal via proteína G e vai acontecer a formação de segundos mensageiros nessas vias de sinalização downstream. Essas vias acontecem depois da transdução via proteína G. 3 Nessa via de sinalização, vão atuar os segundos mensageiros que foram produzidos quando a transdução foi acionada. Para ela ser acionada, ela tem que ter cálcio ligado. Se há, por exemplo, 100 receptores CaSR na membrana da célula da paratireoide e o 90 estão ativos, estará acontecendo uma forte via de sinalização downstream, muitos segundos mensageiros sendo produzidos, pois tem muita sensibilização do receptor. Como os segundos mensageiros controlam a produção e a secreção do PTH? Esses segundos mensageiros vão se ligar nas vesículas que foram empacotadas no complexo de golgi e no REL. Eles processam o PTH até ficar na sua forma ativa e é empacotado no citoplasma para ser secretado. Ele é secredo por exocitose. Esses segundos mensageiros, quando em alta concentração, vão impedir ou minimizar a secreção de PTH ativo. O sinal de menos e a barrinha significa que a via de sinalização que foi provocada pela ligação do cálcio no receptor na membrana estar impedindo a secreção do PTH. Não haverá secreção a depender de quão forte foi essa sensibilização e essas vias de sinalização ou vou ter uma secreção muito baixa de PTH que não vai provocar sistemicamente uma ação paratormonica. O que vai acontecer quando o cálcio atinge essas vias de sinalização pela sua ligação com o receptor? Os segundos mensageiros produzidos nessas vias de sinalização vão atuar no gene do PTH, vão atuar na região promotora do gene. Os segundos mensageiros irão atuar como fatores de transcrição (molécula de proteína, hormônio que se liga no receptor em uma sequência lá na região promotora do gene regulando a sua expressão). Há alguns fatores de transcrição que atuam diminuindo a expressão ou ate silenciando esse gene. Se eu diminuo a expressão ou silencio o gene, haverá uma menor ou não produção de proteína enquanto aquele fator de transcrição estiver ligado. É uma atuação genética, mas não há uma alteração na sequência genética do gene. A região promotora estar intimamente ligada com a regulação da expressão do gene. Há receptores onde vão se ligar moléculas que vão regular a expressão genética. O que acontece no caso do PTH? Com se liga no receptor, ele ativa vias de sinalização downstream (abaixo) acionadas via proteína G que vão produzir os segundos mensageiros (além de atuarem impedindo a secreção – exocitose de PTH – há aqueles que vão se ligar na região promotora do gene da paratireoide diminuindo a sua expressão. Se há cálcio na quantidade normal, o sensor é a paratiredoide, quando o cálcio plasmático ionizado se liga ao seu receptor, vai promover vias de sinalização e essas vias atuam diminuindo a expressão do gene do PTH, diminuindo a produção de PTH e diminuindo a secreção. 4 Quando maior for a quantidade de receptores sensibilizados, maior será essa rede de sinalização, portanto, menor será a secreção de PTH e sua produção. É por isso que o sinal ou o estimulo para a produção e secreção de PTH, para ter uma ação do paratormônio sistêmica, é hipocalcemia (baixa concentração de cálcio). Se há 100 receptores e só 10 estão sensibilizados, há pouca de sinalização downstream. Não estará minimizando a expressão do gene e nem impedindo a exocitose. Com isso, haverá produção e secreção do PTH. A secreção e a produção do PTH pelas células principais da paratireoide tem a ver com a concentração de cálcio plasmático. Há outra coisa que regula. O osteoclastos não é um alvo direto do PTH. O estimulo da concentração de cálcio que é o principal regulador da produção e secreção do PTH. A vitamina D na sua forma ativa é chamada de calcitriol ou 1,25 hidroxicolecalciferol. Quantidade dessa vitamina D circulante (ativa) também é importante para essa produção do PTH. A vitamina D possui uma natureza esteroide (lipossolúvel) e vai ter receptores intracelulares. Os receptores da vitamina D são intracelulares. Também região promotora do gene da paratireoide há ter VDR (receptor de vitamina D). É um dos tipos de receptores. Uma molécula pode ter diferentes tipos de receptores e dependendo do receptor que ela liga, haverá uma ação diferente. Há o receptor de vitamina D na região promotora do gene da paratireoide e ela sinaliza uma hipoexpressão (um silenciamento ou uma menor expressão, vai depender de quão sensibilizado estar a região promotora do gene do paratormônio). A vitamina D atua regulando a expressão do gene, quando estar ligado diminui a expressão, assim como quando tenho a via de sinalização downstream do cálcio ligado a seu receptor de membrana, mas também atua no gene do receptor. O receptor é uma proteína. O gene tem que ser expresso para essa proteína de membrana ir para a membrana. O gene do receptor do CaSR do cálcio é um gene ativo na paratireoide. Só que a vitamina D atua aumentando (super estressando esse gene). Quando a vitamina D estar ligada ao seu receptor presente na região promotora do gene receptor de cálcio, ela atua aumentando a expressão desse receptor. Se há o cálcio na sua forma normal ou muito cálcio, o LEC estará com quantidade normal ou até mesmo com mais. Se há uma hipercalcemia há muitosreceptores sendo ativados. 5 Por que eu quero aumentar a expressão de PTH se já tenho muito cálcio? O papel do PTH é atuar nos seus sistemas alvos promovendo a saída de cálcio desse sistema para o LEC. Eu tenho que diminuir a resposta pelo paratormônio – isso é feito diminuindo a sua expressão e a sua secreção. E a vitamina D? Quanto mais vitamina D, maior é a sangue de ter mais cálcio, pois ela atua na sua absorção. A quantidade de vitamina D não é o fator principal nessa regulação de produção e secreção do PTH. O principal fator é quantidade de cálcio, mas ela atua como um coadjuvante. Portanto, se há muita vitamina D circulante, a chance de ter níveis maiores de cálcio é grande. Se tenho muita vitamina D, vou ter uma menor secreção de cálcio. Se eu tenho cálcio em quantidade normal e muita vitamina D, estará acontecendo que a ação da vitamina D estará forte e a do cálcio não estará tanto. Então, ainda sim haverá uma produção e secreção de PTH, mas em menor quantidade. Atenção!!! A vitamina D não atua na secreção, ela só atua na expressão do PHT e do cálcio. Se há muita vitamina D, a chance de ter muito cálcio circulante é maior, então o que a vitamina pensa? Quem vai sentir esse cálcio é a paratiredoide. Para ela sentir, o receptor tem que estar expresso. Então, tenho que regular esse receptor para cima para esse receptor ser expresso para ter mais receptores na membrana, tendo chances de sentir mesmo com precisão essa quantidade de cálcio que pode estar aumentada por ter muita vitamina D. A paratiroide é o sensor e o centro integrador. O PTH é via eferente. 6 Os alvos do PTH serão rins, ossos e intestino. O PTH vai agir diretamente nos rins e nos ossos e indiretamente via vitamina D ativa no intestino. A vitamina D tem uma biossíntese muito complexa. Essa biossíntese dela (estou falando vitamina D3 que é aquela que a gente sintetiza e não da D2 que a gente adquire do alimento) vai se iniciar na pele, passar pelo fígado e terminar na sua forma mais ativa nos rins. Então, é necessário que a vitamina D tenha todos esses espaços de transformação da sua cadeia para que ela fique na sua forma ativa. Último passo é nos rins: acontece que o PTH atua nos rins, regulando no sentido de incentivar a produção ou a biossíntese da vitamina D na sua forma ativa. As células renais têm receptores para o PTH, quando este se liga nesse receptor, o paratormônio vai incentivar com que essas células essa formula 25(OH)D3 que estar circulante no sangue e que foi produzido lá no fígado e a transforme em cacitriol. Então, o PTH atua no rim sinalizando positivamente a produção da vitamina D ativa. Essa vitamina D que vai atuar no intestino promove a absorção do cálcio que estar nos alimentos. Então, o PTH no intestino não tem ação direta, pois não tem receptor de PTH nas células intestinais. Ele atua indiretamente via vitamina D. Já nos ossos, o PTH vai atuar diretamente, pois há receptores para o PTH nas células osseas (osteoblastos). Sistematicamente, as respostas promovidas pelo PTH e pela vitamina D nos seus alvos, vai provocar o aumento do cálcio plasmático. 7 Pensando no feedback negativa, há a diminuição do cálcio plasmático, fazendo com que ocorra a sensibilização das células da paratireoide. A via de sinalização downstream vai ficar com sinal baixo e fraco, havendo a produção e a secreção de PTH. Esse PTH, que estar em grande quantidade circulante, vai ligar nos seus receptores e nos seus alvos. Nos rins, promoção das etapas finais da biossíntese da vitamina D. Nos ossos, vai provocar a ação osteoclastica. Nos rins, além da produção da vitamina D, vai provocar a reabsorção do cálcio e secreção de fosfato. Todas essas ações do PTH e da vitamina D provocam o aumento da concentração de cálcio no plasma, há a reabsorção, tira-se do osso, absorve-se do intestino. Quando o cálcio plasmático ionizado regula, a alça é desligada. Então, para-se de secretar aquela quantidade de PTH. A ação do PTH é reduzida e é desligada a alça, ou seja, feedback negativo, pois a alça vai contra o estímulo inicial. No paciente com doença renal crônica, essa vitamina D em excesso pode ser mais prejudicial? Pode. Esse paciente, depende do problema que ele, pode ter problema na síntese da vitamina D, mas alguns pacientes devido aos fatores alimentares (suplementar de forma errada, pois sem estar controlando a suplementação) pode ser prejudicial. A vitamina D atua nos rins na promoção de cálcio. Então, as células que estão inflamadas ficarão em um processo estressante, ou seja, será acionado ainda mais os mecanismos de inflamação (leva a mais lesão tecidual e a mais morte celular). Por isso que é problemático. Esse paciente estar tendo um processo inflamatório nos rins e, obviamente, o rim é um órgão (tem diversos tecidos). O processo inflamatório no rim estar levando a lesão 8 tecidual. Depende da extensão da lesão, do que estar que estar sendo lecionado para a questão da produção vitamina D. É comum a baixa produção da vitamina D, pois a etapa final é prejudicada. Essa vitamina D que sai do fígado também consegue sinalizar algumas, mas para a via intestinal do cálcio é importante a vitamina D já na forma calcitriol. A vitamina D ativa, nas células epiteliais (os famosos enterócitos), atua como fator de transcrição. Então, essa vitamina D que é lipossolúvel vai entrar na célula e no núcleo e se ligando a receptores na região promotora de alguns genes. Como o cálcio é absorvido no intestino? É o cálcio advindo da alimentação (ex: leite). Na imagem do slide da professa, mostra apenas 1 célula, mas existem várias, daquele epitélio de absorção da parede do intestino. Há o lúmen do intestino. O intestino é um tubo que tem a parte oca que é o lúmen e tem também a parede do intestino. Essa parede é revestida internamente por um epitélio absortido (é um epitélio que tem as células bem juntas, mas tem uma característica de ser muito permeável a diversas moléculas). Há o interstício, capilares sanguíneos, músculo, etc. 9 O epitélio é a barreira de absorção de substância. 10 Como o cálcio é absorvido por esse epitélio? De duas maneiras: Uma certa porcentagem daquela quantidade máxima de cálcio que consigo absorver ao longo do dia é absorvida por uma via paracelular (significa que é entre as células). Há vários regiões de oclusão. Após a alimentação, vários nutrientes são absorvidos (Carboidratos, lipídios, aminoácidos, minerais). A própria desses nutrientes provoca um deslocamento da água, ou seja, provoca uma pressão osmótica para que essa água que estar no lúmen intestinal ser absorvida. Grande parte da água é absorvida pela via paracelular. A pressão da via osmótica é tão grande que consegue passar água de um lado para o outro. Isso é apenas pela pressão osmótica, não sendo necessário nenhum íon, hormônio ou neurotransmissor regulando isso. É apenas a pressão osmótica regulando isso. É simplesmente força de fluxo. Alguns íons que estar sendo emperrado, como o cálcio, pelo fluido da pressão osmótica vão juntos. Essa via paracelular é um transporte mediado por um solvente. A pressão osmótica vai promover a absorção de alguns íons (cálcio, sódio). Então, parte desse cálcio é absorvido pela via paracelular. A outra porcentagem do cálcio é absorvido pela via transepitelial ou transcelular (é aquele transporte que a molécula entra pela membrana apical, atravessa toda atravessa toda a célula e sai pela membrana basolateral para ir para a corrente sanguínea. Esse transporte transepitelial do cálcio no intestino é regulado pela vitamina D ativa (calcitriol). O calcitrol estimula a expressão de todas as proteínas transportadoras de 11 cálcio que o enterócito usa para pegar o cálcio que estar no lúmen e jogar para a circulação. Quais sãoessas proteínas? São proteínas canais que vão formar canal de cálcio, proteínas carreadoras tanto de transporte ativo secundário como de transportivo ativo primário e proteínas ligadoras de cálcio. No enterócito, a proteína mais expressa é a calbidina (proteína ligadora de cálcio). O cálcio livre no citoplasma é mantido em uma quantidade baixa, pois o cálcio que entra na célula poderia se ligar a diversas outras moléculas e promover via de sinalização, inclusive, via apoptose. 12 Tem que ser ativada a expressão da calbidina (fica no portão esperando o cálcio). Quando o cálcio entra, ela se liga nele. Ela não deixa o cálcio livre, pois ele podem se ligar a reações que não deveria. Ela transporta o cálcio com segurança (para que ele não se desvie do caminho) até as proteínas carreadoras que vão promover o seu efluxo (saída da células). Há muitas proteínas carregadoras de cálcio no nosso organismo, como a calbidina, calmodulina. Todas as proteínas que promovem o transporte transepiletelial, a sua expressão é estimulada pela vitamina D. Então, esta vitamina D é um fator de transcrição que estimula os três tipos de proteínas. O cálcio entra no enterócito pela membrana apical por difusão simples via canais de cálcio (ECaC – é um dos nomes dos canais de cálcio). Os canais de cálcio que tem nos rins e no intestino também tem nome específico que são esse TRV5/6 (canais de cálcio intestinais e renais). ECaC – canais epiteliais de cálcio (nome genérico). São encontrados nos epitélios renais e intestinais). O cálcio entra na célula por difusão via canal de cálcio, é transportado no interior da célula por calbindina e sai da célula para alcançar a circulação sanguinea por proteínas carreadoras, tanto por transporte ativo secundário (trocador sódio cálcio – entra 3 sódios 13 e sai 1 cálcio), quanto pela bomba de cálcio. Tem ATP, então tem transporte ativo primário. Dessa forma, o cálcio é absorvido. Portanto, quando tem uma hipovitaminosa (falta vitamina D), este transporte transepitelial fica prejudicado, pois não tem oselemtnos que promovem o transporte do cálcio do lúmen para a corrente sanguínea. Nessa vitamina D tem uma baixa absorção de cálcio, pois só a via paracelular estará funcionando. A transcelular (aquela que complementa a absorção de cálcio) não estará funcionando. Assim, haverá uma menor absorção de cálcio que pode ser prejudicial ao organismo. Todas essas proteínas tem a sua expressão promovida pela vitamina D ativa. A vitamina D foi ativa nos rins pela sinalização do PTH. Desta maneira, o PTH estar agindo indiretamente na absorção intestinal do cálcio via vitamina D. 14 REABSORÇÃO RENAL DO CÁLCIO A vitamina D é produzida nos rins, mas ela tem uma atuação como coadjuvante na reabsorção renal de cálcio. Essa imagem tem um esquema de um néfron. É nos rins que o sangue é filtrado. É apenas o plasma que é filtrado. Quando a gente filtra o sangue, significa que está saindo plasma dos capilares glomerulares para o interstício (capsula de bownman). Isso é o processo de filtração. A nível de capilar, o LEC (plasma) é filtrado para o interstício ou é absorvido do interstício para o vaso sanguíneo através da parede do capilar. As paredes dos capilares renais que são extremamente permeáveis (passam muita molécula – glicose, bicarbonato, água, etc). Isso vai compor o filtrado renal (vai ser carreado – o fluxo de filtração vai fazer com que ocorra um transporte desse filtrado por toda essas redes de canais até chegar nos túbulos coletores e virar urina. Durante esse transporte, moléculas são retiradas do filtrado para voltar para a corrente sanguínea. Há vários capilares peritubulares que ficam pegando as substancias reabsorvidas. Há também substâncias já foram filtradas e que serão secretadas pela urina. 15 Em relação ao cálcio e fosfato, eles estavam no plasma – porção ultrafiltrada. Tanto cálcio e fosfato na sua forma complexada, como cálcio e fosfato na forma ionizável. Esse ultrafiltrado passa pelos capilares glomerulares. Grande parte dos ionizados será reabsorvida. Filtra mais ou menos 10 mil mg de cálcio ultrafiltrado por dia e reabsorve 9.825 mg por dia. 16 O fosfato filtra em torno de 7 mil mg por dia e reabsorve 6.100 mil por dia. Portanto, quase a totalidade dos íons são reabsorvidos (volta para a corrente sanguínea). Como isso volta? Tem que atravessa as células dos túbulos renais para voltar e cair no interstício que vai ter vários capilares sanguíneos que estará pegando essas moléculas. 17 A maior parte do fosfato que é reabsorvido é por via paracelular nos túbulos proximais. Quando chega no túbulo distal, todo fosfato que a gente tem que reabsorver, já foi reabsorvido. Cerca de 65% do cálcio reabsorvido já é reabsorvido nessa porção do túbulo proximal via paracelular carreada pelo solvente. O cálcio vai no fluxo do solvente e 65% desse cálcio na sua forma ionizável é reabsorvido. Na alça de henle não tem absorção de nada, nem de água. Na porção extensão, mais 25% do cálcio que a gente reabsorve do cálcio é reabsorvível. Já foi 90% (65 +25), só falta 10% para ser reabsorvido. É também por via paracelular e não é carregada pelo solvente. O que faz reabsorver o cálcio é que, por ele ser bivalente e ter um lúmen muito positivo, jogo íons bivalente de volta. A força da corrente elétrica promove esse transporte paracelular. É a repulsão de cargas elétricas positivas. Como o cálcio é um íon bivalente, ele está sendo altamente repelido. Essa repulsão faz com que ele seja transportado pela via paracelular. Não há nenhum gasto de energia. Quando chega nos túbulos contorcidos distais e nos coletores, mas principalmente nos distais, haverá a reabsorção do resto cálcio. É na parte distal que tem a atuação do PTH e da vitamina D. Aqui, a reabsorção do cálcio é por via transcelular igual que acontece no intestino que passa pelo interssócito. Nos túbulos distais, o cálcio é absorvido pelas células epiteliais renais por via transcelular. É nesse momento que tem a importante sinalização de PTH e vitamina D. 18 Como isso acontece? No túbulo contorcido distais, nas células epiteliais que reveste o túbulo contorcido distal o que vai tá acontecendo a VITAMINA D atuando no núcleo da célula age paraclinamente produzida no RINS vai para a corrente sanguíneo e essas células do túbulo contorcido distal ( elas tem lá no seu núcleo receptores para a vitamina D esses receptores esses receptores se ligam em regiões promotoras dos genes que expressam proteína canais de cálcios proteínas ligadoras de cálcio tem calbidina e calmudolina ) proteínas carreadoras de cálcio. O cálcio é reabsorvido pelo transporte transepitelial pelas células epiteliais de túbulos renais distais. Como essas moléculas atuam? O PTH ele atua nesses canais de cálcio. Nos rins, vão ter os canais TRPV5 e TRPV 6 são canais de cálcio. Tirou o cálcio que estava no filtrado, passando pelo LUMEN dos túbulos, passa por dentro da célula, colocou ele de volta pelo LEC se tem a reabsorção além de promover a reabsorção de cálcio. O PTH . O TRPV 6 não depende do PTH. O TRPV5 tem receptor de PTH. O PTH deixa esse canal extremamente permeável ao cálcio. O cálcio entra por difusão. No interior da célula, a concentração de cálcio é baixa, mesmo entrando cálcio, haverá as proteínas ligadoras de cálcio (calbindina e calmudolina) que se ligam ao cálcio para que a concentração dele fique baixa, estimulando a difusão do cálcio. Entra cálcio por difusão através dos canais. A vitamina D, nos rins, promove a expressão dos genes das proteínas de transporte de cálcio, das proteínas canais, das proteínas carreadoras e das proteínas ligadoras 19 (intracelular de cálcioigual tem no intestino). A reabsorção é muito parecida com o que acontece no intestino. O cálcio sai do lúmen e entra na célula epitelial por canais de cálcio (difusão), é transportado no interior das células por proteínas ligadoras e sai da célula para ir para a corrente sanguínea por transporte ativo primário via bomba de cálcio ou por transporte ativo secundário (trocador sódio cálcio). Tem a bomba de sódio potássio promovendo a baixa concentração de sódio intracelular para que se tenha a possibilidade de entrar sódio e sair cálcio. Sinal de proibido no fosfato – Nos rins, o PTH tem uma ação no fosfato. Praticamente, toda a massa de fosfato que é reabsorvida ao longo de um dia é reabsorvida por via paracelular nos rins. Praticamente tudo no túbulo proximal e um pouco na espessa. Na parte distal, há baixa reabsorção de fosfato, quase nula. O transporte de fosfato via transcelular é muito baixa. o PTH ele atua, só ele ele atua diminuindo a reabsorção do fosfato. PORQUE isso acontece? O fosfato grande parte dele vai ser reabsorvida, por via paracelular mais de 90 por cento uma pequena porcentagem é reabsorvida nos túbulos distais nesses túbulos distais na membrana apical eu tenho transporte ativo secundário de fosfato que é um transporte ativo mediado também pelo sódio se tem contraposte se entrou sódio, entrou potássio isso na membrana apical nas células do túbulo contorcido distal. O que acontece eu vou ter um monte dessas proteínas, ao longo da membrana apical de todas as células que formam aquele epitélio o PTH se liga a essas proteínas carreadoras impedindo o seu transporte está vendo esse sinal PROIBIDO em preto? O que ele tá fazendo ? inativando essas proteínas, ele não inativa todas, ele inativa apenas a qual ele vai se ligar isso vai diminuir a reabsorção de fosfato NOS RINS o PTH aumenta a reabsorção de cálcio e diminui a reabsorção de fosfato. PTH REABORÇÃO OSSEA ENTÃO AGORA VAMOS PARA O OSSO O PTH lá no osso ele vai promover a saída de cálcio e fosfato, ions minerais, da matriz extracelular mineralizada e esses ions vão ficar livre para o LEC. O PTH PROMOVE o aumento da atividade osteoclastica, porem a molécula sinalizadora para ela promover uma resposta no seu alvo ela tem que se ligar no receptor esse receptor do PTH é o receptor de membrana. Mas o OSTEOCLASTOS não tem receptor de PTH mas se a resposta dele aumentar a arividade osteoclastica pra ir cálcio e fosfato pra o sangue como ele faz isso? 20 É uma ativação do osteoclasto via osteoblasto. É pq o PTH tem receptores no osteoblasto, vai produzir ali, expressão de algumas proteínas, que vai fazer uma ativação direta, que vai produzir e atuar nos osteoclastos. HOMEOSTASIA DE CALCIO Mostrou uma figura que mostrava o PTH QUE É PRODUZIDA PELA PARATIREOIDE promovendo essa saída de cálcio e fosfato para o LEC, mostrou que a calcitonina ela é um hormônio produzida pela tireoide hormônio que vai promover a mineralização óssea deposição desses minerais no osso. METABOLISMO OSTEO - MINERAL Como reage a calcitonina ela desliga o PTH? Não é o mesmo receptores. A calcitonina o efeito dela é um efeito antagônico JÁ EXPLICOU CALCITONINA Ela é um hormônio peptídeos suas células alvos tem receptores de membrana produzidas pelas células C da tireoide também chamadas de células parafoliculares A tireoide: uma glândula um órgão tem vários tipos de células que vão produzir T3 E T4 não tem nada a ver com essa ação no osso Temos a célula C que produz esse hormônio chamado calcitonina O que afeta a liberação de calcitonina? Toda vez que se tem aumento da concentração de cálcio no plasma aumenta a atividade da calcitonina aumenta a liberação Quais são os alvos da calcitonina? OSSO ( aumentando a deposição de cálcio para tirar no LEC e ir pra osso para guardar e formar matriz) e RINS (diminuindo a reabsorção de cálcio se já tem muito calcio no plasma pq vai querer reabsorver mais. AGORA ESQUEMA PARA EXPLICAR PTH 21 PARATORMONIO É TIRAR cálcio e fosfato do osso e jogar para o LEC paratireoide CALCITONINA É efeito contrário produzida e secretada pela tireoide como atua? Elas tem receptores nas celulas osseas necessariamente a via dela não esta bem esclarecida o que a gente sabe é que ela diminui atividade osteoclastica ela atua diminuindo a atividade do osteoclastico desmineralização que o osteoclasto faz e estimulando a deposição de sais de cálcio no osso tira cálcio e fosfato no osso e atua no osteoblasto aumentando ou estimulando a mineralização. E como isso acontece? Ação pronunciada pela calcitonina quando aumenta os níveis de cálcio plasmático pronuncia ação da calcitonina diminuição ação do PTH. No osso se tem mais calcitonina circulante ação principal da calcitonina. Quebra nos níveis de cálcio plasmático ação pronunciada do PTH diminuição da ação da calcitonina. Eu vou ter ação calcitonina de deposição de cálcio e não atuação de osteoclastos lá no aumento de cálcio e diminui o PTH. É assim que se tem a atuação desses dois hormônios no osso Uma coisa interessante da calcitonina a sua produção e secreção é estimulada pelos hormônios sexuais, na mulher pelos estrógenos. Na menopausa a mulher diminui os níveis de estrógenos, de produção e acaba diminuindo a produção de calcitonina menos calcitonina menos interrupção da atividade do osteoclasto eu posso ter logicamente dependendo de toda essa remodelação óssea um caso de osteoporose. REMODELAÇÃO OSSEA HOMEOSTASIA OSSEA Levando em consideração a homeostasia ósseo mineral turnover Ter sempre o ciclo de retirar ions minerais do osso e jogar no LEC e pegar ions e depositar no osso. Não é só na parte de crescimento que se tem a atividade do tecido ósseo na questão remodelação se tem em toda a vida. Reabsorção tirar matriz mineral Neoformação colocar matriz mineral 22 A taxa que isso acontece depende do estado fisiológico da pessoa são os níveis plasmáticos níveis séricos de cálcio. Portanto para esta em homeostasia precisa de taxa de retirada e deposição balanceada assim não perde massa óssea e nem ganhando ions no sangue pra está em homeostáticos necessita está balanceado estados fisiológicos balanceados quais principais estimuladores pra essa questão da da neoformação e reabsorção os níveis séricos de cálcio se eu diminuo muito os níveis séricos de cálcio plasmático de cálcio eu vou promover uma maior reabsorção isso em relação a osso o meu corpo vai querer tirar cálcio do osso e jogar no LEC e as questões intestinais as ações ósseas do PTH nos níveis séricos de cálcio é mais rápida do que os outros que envolve reabsorção e absorção intestinal e renal. Então a gente diminui os níveis de cálcio reabsorção óssea para o osso não fica com a mais fraco matriz óssea fraca precisa fazer deposição neoformação. TODO ESSE TURNOVER passa pelo estado fisiológico que importa para o osso níveis séricos de cálcio. Necessidade de reparação ALGUMA MICROLESÃO OU UMA FRATURA QUANDO SE TEM UMA NECESSIDADE DE REPARAÇÃO vou ter que as vias de sinalização de neoformação estarão mais ativas que a reabsorção. Essa necessidade de reparação é importantíssima pra remodelação óssea que acontece no nosso dia a dia. Mas a questão da dinâmica a remodelação promovida pela reparação são fases que o nosso está crescendo ou quando intensa atividade vai promover ações que vão levar a micro lesões e ação da gravidade quando movimento no osso isso ativa a neoformação e reabsorção. Então gatilhos ou estímulos que leva a essa remodelação óssea. o PTH AGE NOS 3 SISTEMAS MAS A CALCITONINA AGE SÓ NOS OSSOS RECEPETOR SÓ NA CELULAOSSEA 23
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