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Cuidado de Enfermagem à Criança com Cardiopatia Congênita O coração é desenvolvido do 18° dia ao 40° dia dentro do útero PROBLEMAS -> CONGÊNITA ( VIDA INTRAUTERINA) ADQUIRIDA ( FREQUENTE DEVIDO A ENDOCARDITE) CARDIOPATIA CONGÊNITA é qualquer anormalidade na estrutura ou função do coração que surge nas primeiras 8 semanas de gestação quando se forma o coração do bebê. Ocorre por uma alteração no desenvolvimento embrionário da estrutura cardíaca, mesmo que descoberto anos mais tarde. INCIDÊNCIA 0,8% de todos os RN 50% com manifestação na fase neonatal QUADRO CLINICO: A criança cardíaca pode apresentar varios sinais e sintomas que podem ser percebidos pelos pais e familiares ou pelo pediatra acompanhante. Na presença de qualquer um deles ou de sua associação o cardiologista pediátrico deve ser consultado HISTORICO Histórico materno Patologia maternas (diabetes e lúpus) Medicações (fenitoina)(Alguns medicamentos ultrapassam a barreira transplacentária) Drogas ilícitas ou álcool Infecções na gestação (rubéola) RN com baixo peso ou sobrepeso Síndrome HELLP ( quadro de sintomas que caracterizam a pré-eclâmpsia : Hemólise, fragmentação das células do sangue, Elevação das enzimas hepáticas e baixa contagem de plaquetas) EXAME FISICO Inspeção: Estado nutricional Cor Deformidade do tórax Pulsações incomuns Exaustão respiratória (batimento da asa do nariz, tiragem intercostal) Baqueteamento digital SOPROS São bulhas anormais Ocorrem quando existem anormalidades no funcionamento das válvulas Sopro não significa cardiopatia DIAGNÓSTICO Exame clinico Rx de tórax Eletrocardiograma Ecocardiograma CLASSIFICAÇÃO DAS CARDIOPATIAS Cianótica Acianótica ! Acianótica não quer dizer que não apresente a cianose. Porém é mt mais frequente nas cianóticas que são mais graves. CARDIOPATIAS CIANÓTICAS Tetralogia de Fallot Troncus arteriosus Atresia de válvula tricúspide Transposição de grandes vasos Ventrículo esquerdo hipoplásico TETRALOGIA DE FALLOT 1. Estenose Pulmonar; o musculo cardíaco fica hipertrofiado no VD, devido precisar de mais força p/ ejetar o sangue no vaso com estenose. 2. Comunicação interventricular; sangue misturado pode ocasionar coágulos 3. Aorta sobreposta ao defeito septal 4. Hipertrofia de VD !O tratamento é cirúrgico CARDIOPATIAS ACIANÓTICAS CIV CIA PCA Coarctação da aorta Estenose de artéria Pulmonar Estenose aórtica COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR Abertura anormal do septo ventricular Pode ser acompanhado de outras anormalidades É a cardiopatia mais comum COMUNICAÇÃO INTERATRIAL Abertura anormal do septo atrial PERSISTÊNCIA DO CANAL ARTERIAL É a presença do ducto arterioso desviando o sangue da aorta para a artéria pulmonar COARCTAÇÃO DA AORTA Estreitamento da luz da aorta ESTENOSE DE ARTÉRIA PULMONAR Obstrução do fluxo sanguíneo entre o VD e as arteríolas pulmonares ESTENOSE DE AORTA Obstrução do fluxo sanguíneo a saída do VE, por diminuição da aorta A correção cirúrgica é muitas vezes o tratamento indicado para a maioria das cardiopatias congênitas A época da cirurgia varia com o tipo de cardiopatia, a idade e o peso da criança e os sintomas apresentados apesar do tratamento com medicamentos A equipe cirúrgica deve ser experiente e preparada para lidar com problemas cardíacos na infância e tem que estar em contato com a equipe clinica responsável pela criança O pós-operatório deve ser em UTI, com equipe preparada para lidar com a criança cardíaca INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Avaliar coloração da pele Avaliar temperatura, mantendo – a dentro dos parâmetros normais Avaliar perfusão periférica Palpar pulso periféricos Realizar ausculta cardíaca Observar sinais de ICC Manter o paciente em semi-fowler Manter o paciente calmo Promover apoio familiar Distúrbios neurológicos na saude da criança AVALIAÇÃO FISICA DOS LACTENTES Avaliação dos reflexo : Babinsky Reflexo tonico do pescoço Reflexo de preensão Reflexo de marcha automática Reflexo de engatinhar HIPERTENSÃO INTRACRANIANA O cérebro está bem protegido, mas altamente vulnerável a uma pressão que pode se acumular no interior do compartimento fechado A pressão normal encontra na caixa craniana tem uma variação fisiológica de 5-15mmhg; Volume craniano total (80%), LCE (10%) e Sangue (10%). Um aumento da PIC pode ser provocado por tumores ou outras lesões que ocupam espaço (sangue, edema ou tecidos cerebrais); MANIFESTAÇÕES CLINICAS Cefaleia Náuseas Vômitos Diplopia Visão turva Convulsões Distensão dos vasos do couro cabeludo por inversão do fluxo sanguíneo venoso intra para extracraniano Disjunção das suturas Abaulamento das fontanelas Desvio dos olhos conjugado para baixo (sinal do sol poente) Alterações respiratórias ESCALA DE COMA DE GLASGOW Avaliação pupilar Postura de Flexão e Extensão SINTOMATOLOGIA Pressão arterial – pode estar aumentada, porem em crianças é raro, quando ocorre é um sinal de PIC HIDROCEFALIA É o aumento do volume de liquido céfalo-raquidiano (LCR) no compartimento intracraniano, causando dilatação do sistema ventricular; Maior produção de LCR -> Menor absorção -> Maior pressão AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA Perímetro cefálico Sinais neurológicos presentes ou progressivos Medidas diárias do PC A detecção e feita por TC ou RM SINAIS DE HIPERTENSÃO INTRACRANIANA Crescimento craniano anormal Abaulamento das fontanelas Veias do couro cabeludo dilatadas Depressão dos olhos Olhar de sol poente Estrabismo Letargia Confusão Apatia Vômitos Irritabilidade CONDUTA TERAPEUTICA DVP – DERIVAÇÃO VENTRICULAR PERITONEAL Objetivo: alivio da dor devido a obstrução do LCR com a colocação de uma derivação ventricular, que oferece uma drenagem para o compartimento extracraniano (peritônio) – DVP (peritoneal) Complicações: infecção e mau funcionamento CUIDADOS DE ENFERMAGEM A CRIANÇA COM DVP Observar e registrar vômitos, irritabilidade Palpar fontanelas e linhas de sutura (tamanho e sinais de abaulamento, tensão e separação) Medir diariamente perímetro cefálico Verificar e registrar SSVV Realizar controle de balanço hídrico rigoroso Curativo diário no sitio de inserção do cateter Observar edema no trajeto do cateter DVE – DERIVAÇÃO VENTRICULAR EXTERNA Sistema fechado de drenagem para tratamento e acompanhamento dos casos de hipertensão intracraniana e drenagem liquorica, fluindo por gravidade para um dispositivo de coleta. CUIDADOS DE ENFERMAGEM A CRIANÇA COM DVE Manter elevação de 30° Observar e avaliar nível de consciência Posicionar a criança sobre o lado não operado; Zerar o cateter no conduto auditivo externo, devendo ser zerado na admissão e quando for alterado o nível da cabeceira Manter a altura de acordo com a decisão da equipe neurocirúrgica Avaliar funcionamento da válvula Observar se há extravasamento de liquor, a cada duas horas ou quando instabilidade Nunca aspirar ou ejetar solução no cateter Realizar curativo diário e quando necessário Nunca esquecer de abrir o cateter após realizar qualquer procedimento Fechar o cateter durante o transporte ou abaixar a cabeceira Avaliação, observação e registro das alterações Acompanhamento continuo dos sinais de irritação meníngea Monitorização dos SSVV, reação pupilar e nível de consciência
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