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O carcinoma mucoepidermoide é uma das neoplasias malignas de glândula salivar mais comum CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS É a neoplasia maligna mais comum das glândulas salivares O tumor ocorre quase frequentemente numa ampla variação etária, estendendo-se da segunda até a sétima década de vida O carcinoma mucoepidermoide é a neoplasia maligna de glândula salivar mais comum em crianças Alguns tumores têm sido associados à história prévia de radioterapia da região de cabeça e pescoço É mais comum na glânndula parótida e usualmente se apresenta como um aumento de volume assintomático A maioria dos pacientes percebe a presença da lesão com um ano ou menos de evolução Pode se desenvolver dor ou paralisia do nervo facial, geralmente associadas a tumores de alto grau As glândulas salivares menores constituem a segunda localização preferencial, especialmente no palato Os tumores de glândula salivar menor também se apresentam como aumentos de volume assintomáticos, que algumas vezes são flutuantes e têm coloração azulada ou vermelha, que podem ser confundidos clinicamente com uma mucocele CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS Muco – células produtoras de muco Formato irregular Cora para mucina EPIDERMÓIDE – CÉLULAS ESCAMOSAS Formato poligonal Pontes intercelulares Raramente ceratinização CÉLULA INTERMEDIÁRIA Célula progenitora Células ovóides com citoplasma escasso CÉLULAS CLARA Discreto infiltrado linfóide GRAUS HISTOPATOLÓGICO Quantidade de formação cística Grau de atipia celular Número relativo de células mucosas, epidermóides e intermediárias Tumor de baixo grau Tumor de grau intermediária Tumor de alto grau Formato poligonal Pontes intercelulares Raramente ceratinização TRATAMENTO E PROGNÓSTICO O tratamento do carcinoma mucoepidermóide é determinado pela localização, grau histopatológico e estágio clínico do tumor Tumores em estágio precoce da parótida geralmente podem ser tratados pela parotidectomia subtotal com preservação do nervo facial Os tumores avançados podem necessitar da remoção total da glândula parótida, com a remoção do nervo facial Os tumores da glândula submandibular são tratados pela remoção total da glândula. Os carcinomas mucoepidermoides das glândulas salivares menores usualmente podem ser tratados através da excisão cirúrgica Para as neoplasias de baixo grau, somente uma pequena remoção da margem de tecido normal circunjacente pode ser necessária, mas para os tumores de alto grau ou para os tumores grandes deve ser realizada uma ampla ressecção, similar à realizada para os carcinomas de células escamosas Se houver destruição do osso subjacente, este também deve ser excisado CARCINOMA ADENOIDE CÍSTICO É uma das neoplasias malignas de glândula salivar mais comum e mais bem reconhecida CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS O carcinoma adenoide cístico pode ocorrer em qualquer glândula salivar, mas aproximadamente 50% a 60% originam-se nas glândulas salivares menores O palato é a localização mais comum para as lesões de glândula salivar menor Os demais tumores são encontrados principalmente nas glândulas parótida e submandibular, com uma distribuição semelhante entre esses dois sítios Esta lesão é mais comum em adultos de meia-idade e é raro nos indivíduos com idade abaixo dos 20 anos de idade Se apresenta como um aumento de volume de crescimento lento A dor é o achado clínico mais comum e mais importante, ocorrendo ocasionalmente na fase precoce do curso da doença antes que haja uma tumefação clinicamente detectável Os tumores de parótida podem causar paralisia do nervo facial Os tumores de palato podem apresentar superfície lisa ou ulcerada CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS Padrão cribiforme Ilhas de células basalóides Espaços cilíndricos Material mucóide Núcleo basólico / pouco citoplasma Padrão tubular Ductos ou túbulos em estroma hialinizado Variante sólida Ilhas ou lençóis de células tumorais Pleomorfismo celular Atividade mitótica Focos de necrose Células mio-epiteliais Células ductais Invasão perineural TRATAMENTO O carcinoma adenoide cístico é um tumor implacável que tende à recidiva local e eventual metástase a distância Em geral a excisão cirúrgica é o tratamento de escolha, e a radioterapia adjuvante pode melhorar a sobrevida do paciente em alguns casos Sobrevida 10 anos – 50% 20 anos – 25% Pior prognóstico Padrão sólido Seio maxilar e glândula submandibular
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