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Teoria do crime

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Teoria do crime 
A teoria do crime em sua concepção tripartite se baseia no crime como fato típico, antijurídico (ilícito) e culpável. Portanto para ser considerado crime tem que ter esses três elementos. 
1. Fato típico: comportamento humano produtor de um resultado que está previsto em lei penal. 
0. Conduta: comportamento humano consciente e voluntario, dirigido a uma finalidade. 
1. Por ação ou omissão: 
1. Comissivos: finalidade ilícita (ação proibida)
1. Omissivos: deixar de fazer uma ação esperada
1. Próprios: dever genérico de proteção 
1. Impróprios: uma pessoa competente aquela ação que se omite: bombeiro não salva alguém. 
1. Ausência de consulta: 
1. Ato de reflexo
1. Coação física irresistível
1. Estado de inconsciência 
1. Tipos de conduta:
1. Dolo:
1. Dolo direto: quando o agente quis produzir o resultado. 
1. 1°grau: o agente pratica um ato buscando uma finalidade sem consequências alheias. Ex: A atira em B
1. 2° grau: para o agente chegar a uma finalidade ele pratica um ato com efeitos colaterais quase certos. EX: A quer mata B e bota uma bomba no avião 
1. Dolo indireto: quando assumiu o risco de produzir o resultado. 
1. Alternativo: a vontade do agente e de produzir qualquer resultado: EX: esfaquear uma pessoa coma intenção de machucar ou matar 
1. Eventual: mesmo sabendo do risco, o agente pratica a conduta. 
1. Culpa: imprudência (fazer algo que não deveria) negligencia (deixar de fazer algo que deveria), imperícia (erros de pessoas competentes em sua área). 
1. Elementos:
1. Conduta voluntária
1. Resultado naturalístico involuntário (resultado sem intenção) 
1. Inobservância do dever de cuidar (imprudência, negligencia e imperícia) 
1. Nexo causal (a conduta causou a morte)
1. Tipicidade (te previsto em lei) 
1. Previsibilidade do homo medius
1. Ausência de previsão (só se responde por resultado previsível). 
1. Espécies de culpa: 
1. Culpa consciente: o individuo prevê o possível resultado, mas acredita sinceramente, que possui habilidades para não deixa acontecer. 
1. Culpa inconsciente: o individuo não prever, algo que era previsível de acontecer. 
1. Culpa própria: 
1. Culpa impropria: busca um resultado, porem por erro de tipo alcança outro resultado (e um erro vencível, portanto responde). Ex: atirar em alguém pensando que e um animal
1. Preterdoloso: a conduta e dolosa, porém o resultado e culposo.
0. Nexo causal: e a comprovação que a ação do agente efetivou aquele resultado. 
1. Tipos de causa: 
1. Causa dependente: depende da conduta praticada só existe porque existiu conduta. 
Obs.: sempre tem nexo causal 
1. Conduta independente:
1. Absolutamente independente: causas que não tem nada haver com a conduta.
1. Pré-existentes: a causa do resultado existe antes da conduta ex: o agente atira em alguém que acabou de se envenenar, e a causa da morte foi por envenenamento. 
1. Concomitantes: a causa do resultado acontece junto com a conduta ex: um raio atinge uma pessoa no mesmo momento que leva um tiro, no qual o motivo da morte foi o raio.
1. Supervenientes: o resultado da morte acontece depois da conduta do agente ex.: um carro atropela uma pessoa depois que o individuo o baleou. 
Obs.: nunca tem nexo causal só responde pelo ato e não pelo resultado, salve quando tem a intenção. 
1. Relativamente independente: A causa se origina da conduta, porém o resultado e dado por um acontecimento não previsível. 
1. Pré-existentes: a causa do resultado e anterior a conduta do agente porem não aconteceria sem a conduta. EX: da uma facada em que tem hemofilia 
1. Concomitantes: a causa efetiva acontece simultaneamente com a conduta na qual sem ela não existiria. EX: No momento da facada a vitima enfarta e morre
Obs.: só responde pelo resultado se sabia eu tivesse como saber da situação que causa a morte (se tiver dolo)
1. Supervenientes: a causa do resultado ocorre depois da conduta.
1. Quando o evento superveniente, ou seja, depois da conduta do agente produziu o resultado por si só rompe o nexo de causalidade. Ex.: ambulância que bate e mata o ferido
1. Quando não produz por si só o resultado não rompe o nexo de casualidade e o agente que produziu o ato responde pelo resultado naturalístico ex.: vitima que morre no hospital por uma infecção contraída lá. 
0. Resultado: resultado e a consequência da conduta de um agente.
1. Resultado naturalístico: modificação do mundo exterior perceptivos. Ex.: quebra um bem alheio, mata uma pessoa.
1. Crime material: o CP descreve a conduta e o resultado, porém e necessário se consumar o resultado para caracterizar-se crime. 
1. Crime formal: o CP descreve a conduta e o resultado, porém o resultado e dispensável para a consumação do delito.
1. Crime de mera conduta: o CP só descreve a conduta. 
1. Resultado forma: e a lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico. (todo crime tem)
0. Tipicidade:
1. Formal: a conduta preencheu o que está escrito na lei. 
1. Material: real lesão ao bem jurídico 
1. Ilicitude: é uma conduta contrária à lei e para a qual não há previsão justificante
1. Excludente de ilicitude 
1. Estado de necessidade 
Art. 24, CP: Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
 §1º. Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. 
§2º. Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços.
Obs.: o bem protegido tem que ser de valor maior ou igual o bem sacrificado
Ex.: quebrar uma coisa para salvar pessoa ou matar pessoa para salva outra
1. Legitima defesa:
Art. 25, CP: Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Obs.: vale-se da legitima defesa quando não pode pedir socorro ao estado
1. Estrito comprimento do dever legal: Pressupõe o funcionário público ou agente público que age por ordem da lei, não se excluindo o particular que exerça função pública, por exemplo: jurado, perito, mesário, entre outros. 
Obs.: somente se estiver previsto em lei, então um policial que mata um bandido não esta resguardado por essa excludente. 
1. Exercício regular do direito: Ao cidadão comum, quando uma norma regulamenta certa atividade e o autoriza à conduta típica.
Ex.: aborto realizado pelo medico em caso de risco de morte 
1. Culpabilidade: juízo de censura ou reprovação (pode responsabilizar o agente pelo crime). 
1. Elementos da culpabilidade (necessários para atribuir culpa ao agente)
1. Imputabilidade: consiste na capacidade (consciência) para o agente ser responsabilizado criminalmente
1. Semi-imputavel: reduz a pena (vicariante ou unitário)
1. Por perturbação de saúde mental ou desenvolvimento mental incompleto era relativamente incapaz de entender o caráter ilícito do fato. 
1. Embriagues por causo fortuito ou força maior se o agente não tiver o pleno entendimento do caráter ilícito do fato 
1. Inimputáveis: não se pode atribuir responsabilidade do fato ilícito
1. Doença menta ou desenvolvimento mental incompleto era inteiramente incapaz de entender a ilicitude do fato (biopscicologico) 
1. Por imaturidade natural: menor de 18 anos (normas especiais)
1. Embriaguez completa por causo fortuito ou força maior o agente era completamente inconsciente do fato ilícito 
1. Não excluem a imputabilidade: 
1. Emoção ou paixão 
1. Embriagues voluntaria 
1. Potencial consciência do fato: capacidade do agente imputável entender o caráter ilícito do fato (não conhecer a lei não exclui o crime) 
1. Pode ocorrer o erro de proibição 
1. Evitável: reduz a pena
1. Inevitável: exclui a pena 
1. Exigibilidade de conduta adversa: se existia a possibilidade de optar por uma conduta diferente 
1. Coação moral irresistível: qual há grave ameaça força o agente a cometer um ato ilícito 
1. Estrita obediência a ordem, não manifestamenteilegal, de superior hierárquico (cargo publico) 
 Obs.: só é punível o autor da coação ou da ordem

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